Você está na página 1de 21

ÁFRICA

RAÍZES DE UMA GRANDE HISTÓRIA


TIPOS DE COLONIZAÇÃO
MERCANTILISMO
PRINCIPAIS FEITORIAS E POSSESSÕES PORTUGUESAS NA ÁFRICA
(SÉCULOS XV A XVIII)
ESCRAVIDÃO

❖ No século XIV, época dos descobrimentos, exploradores europeus chegaram à África.


❖ Através de trocas com alguns chefes locais, os europeus iniciaram a captura e exportação
de milhões de africanos.
❖ O mapa ao lado mostra de onde saiam e para onde iam os escravos.

❖ Os africanos foram escravizados por razões econômicas, pela necessidade que os europeus
tinham de desenvolver as terras que eles invadiram na América.
❖ O que sustentou a escravidão foi a crença da superioridade europeia em relação aos
africanos.
ESCRAVIDÃO

❖ O processo de migração forçada que foi imposto aos povos africanos não tem paralelo nenhum na história
da humanidade.
❖ Nada comparável aconteceu a nenhum outro povo. Os europeus para realizar tamanha atrocidade, tiveram
que vencer as intempéries marítimas, construir portos, dividir os povos africanos, promovendo durante três
séculos o maior genocídio que a história conheceu.
❖ Isto sem contar a destruição de impérios, culturas, famílias - que, juntamente com o racismo e
imperialismo, são os responsáveis pelo estado de miséria atual da África.
COLONIALISMO

1 - LITORAL
❖ Ocupação ao longo do litoral.
● Feitorias e entrepostos comerciais.
❖ Tráfico de escravos.
2 - NO INTERIOR
❖ Existiam tribos vivendo de agricultura de subsistência.
IMPERIALISMO
IMPERIALISMO

❖ IMPERIALISMO - política de expansão e domínio territorial, cultural ou econômico de uma nação sobre a
outras ou sobre uma ou várias regiões.
IMPERIALISMO
GRUPOS ÉTNICOS

❖ O conceito de etnia deriva do grego


ethnos, cujo significado é povo.
❖ A etnia representa a consciência de
um grupo de pessoas que se
diferencia dos outros.
❖ Esta diferenciação ocorre em função
de aspectos culturais, históricos,
linguísticos, raciais, artísticos e
religiosos (Luft, 2005).
GRUPOS ÉTNICOS

❖ Os negros no continente africano subdividem-se


nos seguintes grupos:
● Bantos - os mais numerosos e que ocupam a
maior parte da região equatorial, a região dos
grandes lagos e parte da Namíbia, Botsuana e
África do Sul;
● Sudaneses - Situados principalmente na
porção ocidental;
● Hotentotes - em maior número na África do
Sul, Namíbia e Botsuana;
● Nilóticos - habitantes da região do alto curso
do rio Nilo;
● Bosquímanos - ocupantes das estepes
situadas às margens do deserto do Kalahari;
● Pigmeus - habitantes da floresta equatorial;
● Malgaxes - habitantes da ilha de Madagáscar;
IMPERIALISMO EUROPEU
PARTILHA DA ÁFRICA
❖ No início da Primeira Guerra Mundial, 90%
das terras já estavam sob o domínio da
Europa.
❖ A partilha é feita de maneira arbitrária, não
respeitando as características étnicas e
culturais de cada povo, o que contribui para
muitos dos conflitos atuais no continente
africano.
❖ Tribos aliadas foram separadas e tribos
inimigas foram unidas, ou seja, os europeus
não dividiram o território africano
respeitando as diferentes etnias lá
existentes, gerando assim muitas guerras
internas.
❖ A manutenção das fronteiras artificiais é
uma das principais causas dos conflitos
atuais.
❖ A agricultura familiar de subsistência foi
substituída pela monocultura de
exportação (Plantation), o que contribuiu
para a fome no continente africano.
DESCOLONIZAÇÃO E A INDEPENDÊNCIA
FATORES DA DESCOLONIZAÇÃO E INDEPENDÊNCIA

❖ Após a Segunda Guerra Mundial ocorreu o enfraquecimento das nações europeias,


desgastadas pela guerra, ficaram sem condições de manter seus impérios coloniais.
❖ A opinião pública internacional passou a apoiar a autodeterminação dos povos, e as
duas superpotências rivais do pós-guerra, Estados Unidos e União Soviética.
❖ A partir daí os movimentos de resistência se fortaleceram dentro das colônias.
FATORES DA DESCOLONIZAÇÃO E INDEPENDÊNCIA

❖ A descolonização na África após a Segunda Guerra Mundial foi um período de


transformação significativa, em que muitos países africanos conquistaram sua
independência das potências coloniais europeias.
Aqui estão três características-chave do processo de descolonização na África após a
Segunda Guerra Mundial:
➔ Movimentos de independência e lutas pela autodeterminação: Após a Segunda Guerra
Mundial, os movimentos de independência ganharam força em toda a África. As
populações locais estavam cada vez mais determinadas a se libertar do domínio
colonial e buscar a autodeterminação.
Líderes carismáticos e movimentos nacionalistas emergiram, mobilizando as pessoas
em torno da ideia de liberdade e independência. Esses movimentos lutaram contra o
controle colonial através de várias formas de resistência, incluindo protestos, greves,
manifestações e até conflitos armados.
➔ Descolonização pacífica e violenta: O processo de descolonização na África assumiu
diferentes formas em diferentes regiões. Alguns países alcançaram a independência
de maneira relativamente pacífica, por meio de negociações e acordos com as
potências coloniais, enquanto outros passaram por conflitos armados prolongados
para se libertar do domínio estrangeiro. A luta pela independência em alguns países
africanos resultou em guerras de libertação, com movimentos armados buscando
expulsar as forças coloniais e alcançar a soberania.
➔ Legado da partilha colonial e desafios pós-independência: Apesar de alcançarem a
independência, muitos países africanos enfrentam desafios significativos após a
descolonização. A partilha colonial arbitrária resultou em fronteiras muitas vezes
desenhadas sem levar em conta as realidades culturais, étnicas e linguísticas das
nações africanas. Isso levou a conflitos étnicos e instabilidades políticas em várias
regiões. Além disso, muitos países africanos herdaram estruturas econômicas
dependentes e desequilibradas, que continuaram a perpetuar relações desiguais com
ex-potências coloniais e outras nações desenvolvidas.
OS CONFLITOS
ESTUDO DE CASO: GUERRA DO SUDÃO
CAUSAS DOS CONFLITOS E MIGRAÇÕES FORÇADAS:
❖ AS FRONTEIRAS ARTIFICIAIS
➔ As diferentes etnias/grupos étnicos rivais forçados a conviver em um mesmo país, confinados no
interior de uma fronteira nacional.
➔ Essa situação resultante do processo de colonização europeia, que traçou as fronteiras artificiais e
no seu interesse gera conflitos até mesmo armados. Ex: Quênia, Ruanda, e Sudão --- neste caso,
com o complicador religioso entre a população branca (arabizada) e a outra negra (cristã) ou
(animista).
❖ ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
➔ A pobreza extrema, a falta de perspectiva, o abandono da grande maioria da população assolada
por fome, subnutrição, aids, desemprego, e desenraizamento ou perda de relações comunitárias e
familiares.
➔ Não se pode descartar os interesses econômicos como as reservas minerais (ouro, diamante) e
petróleo.

❖ POLÍTICOS
➔ A existência de governos, anti-democráticos, ditatoriais quase sempre corruptos, que alimentam
guerras civis.
➔ Em alguns casos como no Sudão e Ruanda esses governos como de uma determinada etnia
realimentam as rivalidades com perseguições a outras.
ESTUDO DE CASO: GUERRA DO SUDÃO

https://canaisglobo.globo.com/assistir/globonews/globonews-documentario/v/9698164/
ESTUDO DE CASO: GUERRA DO SUDÃO
ESTUDO DE CASO: GUERRA DO SUDÃO

Você também pode gostar