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A Partilha da África

• Desde o século XVI, devido ao tráfico de escravos, os europeus já conheciam e exploravam algumas regiões
litorâneas da África.
• Com a expansão do capitalismo industrial, várias expedições foram enviadas ao continente com o objetivo de
conhecer melhor riquezas e potencialidades da região.
• Em busca de mercados e recursos naturais, as potências européias realizaram em 1885 a Conferência Internacional
em Berlim, onde se estabeleceu a partilha da África sem que houvesse conflitos. Essa conferência resultou na divisão
da África entre as potências industrializadas da época.
• O interesse econômico das grandes potências foi escamoteado com a alegação de que o povo europeu, o homem
branco, teria o “dever” de “civilizar” as “culturas inferiores”.
A Descolonização
•Ocorreu após a II Guerra, no cenário da Guerra Fria.
•A independência tardia ocorreu apenas no âmbito político, permanecendo a divisão artificial de antes.
• Esse período ficou conhecido como neocolonialismo, onde os novos países independentes recebiam benefícios ao
se alinharem ao socialismo (URSS) ou ao capitalismo (EUA).
•Os novos países independentes apresentavam disputas internas pelo poder, mão de obra desqualificada e as
melhores terras controladas pelas elites locais que produzem para exportação (plantation).
Conflitos na África
•A situação de pobreza e subdesenvolvimento presente no continente africano foi provocada, em parte, pelo
colonialismo ambicioso dos países europeus.
•O continente africano encontra-se isolado do processo de globalização, apresentando inúmeros conflitos internos,
fruto da ocupação e descolonização europeia que levou em conta apenas seus interesses econômicos.
•Atualmente, vários grupos lutam pelo controle territorial ampliando a pobreza e dizimando milhares de pessoas.
A Guerra dos Facões na RUANDA
•Ruanda foi colonizada pela Bélgica.
• Está localizada na África central e possui cerca de 8,2 milhões de habitantes.
• Sua capital é Kigali e tem como línguas oficiais o francês e o ruandês. A guerra dos facões na RUANDA
• Está localizada ao lado de Uganda e Burundi, que foram criados artificialmente, misturando grupos étnicos inimigos
históricos: os Tutsis, os Hutus e os Twas.
Em finais do século XIX, a região é ocupada pelos alemães que logo se aliam aos Tutsis e convertem os Hutus à
escravidão, despertando antigas divergências.
• Após a Segunda Guerra, os alemães perdem o poder na região e a instabilidade passa a reinar. Tutsis e Hutus
passam a se confrontar provocando atitudes cruéis e violentas de ambas as partes. A guerra dos facões na RUANDA
• Em 1962, o país conquista sua independência e a liderança dos Hutus se consolida. Estes passam a perseguir os
Tutsis, massacrando-os.
Os Hutus contam com a maioria da população de Ruanda, cerca de 90%. Controlam o exército e convocaram a
população civil a participar da guerra usando armas domésticas como facões, machadinhas e facas
. • Já os Tutsis representam 10% da população, entretanto controlam as atividades agropecuárias, podendo desta
forma adquirir armas no mercado informal.
ÁFRICA – aspectos gerais e África do Sul
• 1910 – forma-se a União Africana = promulgação de leis segregacionistas contra maioria negra (Zulus e Chosas) •
1912 - Criação do Congresso Nacional Africano CNA = Partido de oposição dos negros
• 1948 – Oficialização do Apartheid – Negros sem acesso a propriedade privada, bairros separados e proibição de
casamentos inter-étnicos
• 1962 – Prisão de Nelson Mandela, acusado de terrorismo África do Sul
• Entre as décadas de 50 – 80 = Embargo econômico promovido pela ONU. Porém, na Guerra Fria era melhor um
país com forte segregação a um país comunista. O regime sulafricano combatia grupos esquerdistas do continente.
• 1990 – Frederik de Klerk liberta Nelson Mandela. De Klerk revogou as leis raciais e iniciou conversas com o CNA
• 1994 - Nelson Mandela é eleito Presidente nas primeiras eleições Multirraciais África do Sul
• Ações afirmativas para a distensão entre brancos e negros = Cotas para educação, empresas e comunicação
• Crescente violência urbana – grande desigualdade social.
• 5,5 milhões de soropositivos (aids) – Conflitos entre o presidente Thabo Mbeki e a companhias farmacêuticas. •
Rivalidade entre Chosas e Zulus influenciada por Jacob Zuma = Líder do CNA
• Fim de 2008 Mbeki renuncia a presidência

Nigéria
- Guerra de Biafra
- há jazidas de petróleo, o grupo étnico Ibos declarou indepedência porém Inglaterra contestou;
- Tribo resistiu e teve apoio francês; -+/- 1 milhão de mortos;
- Descentralização do poder;
• E o BOKO HARAM?
• Educação ocidental ou não islâmica é pecado....
• Norte da Nigéria;
• Seguem a Sharia.

SERRA LEOA
• Por anos consecutivos o país é o último colocado no ranking do IDH e ainda continua...
• Os conflitos e mortes ocorrem devido a disputa pelo controle das minas de diamante;
• Guerrilha desde a década de 90 – Frente Revolucionária Unida – recrutavam jovens e crianças e usavam a mutilação
como arma de submissão;
• Prisão do líder da FRU, desintegração da milícia.

ETIÓPIA
• Década de 80 subnutrição crônica devido a ausência de investimentos econômicos, humanitários, concentração de
terras...
• Consequência da Guerra Fria;
•1 milhão de mortos;

ERITRÉIA
• 1993 criação de Eritreia;
• A região que hoje é Eritreia foi colônia italiana até 2ª Guerra Mundial;
• Inglaterra ajudou a Etiópia a expulsar os italianos;
• Fim da 2ª Guerra Eritreia foi incorporada a Etiópia;
• Movimento separatista;
• Etiópia enfraquecida, eritreus conquistaram independência, porém ambos os países disputam território, divergem a
respeito da demarcação de fronteiras etc, controle do estreito de Éden (mar vermelho e Golfo de Áden – passagem
para o Índico)

ARGÉLIA
• País muçulmano;
• Longa guerra contra a França (1954-1962);
• Ben Bella da FLN, governo socialista fracassou e não uniu facções;
• Novo governo do coronel Boumediene (industrialização, reforma agrária, nacionalização) fim de influência das
superpotências...
• Força muçulmana > que o poder do governo;
• Frente Islâmica da Salvação;
• Ganhou popularidade, mas a França interferiu nas eleições gerando instabilidade;
• A FIS então passou a atuar na clandestinidade e então surgiu o GIA – Grupo Islâmico Armado

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