O documento discute a história do comércio de escravos na África e sua representação em filmes. Também aborda a apropriação europeia do território africano no século XIX através da conferência de Berlim e a política do apartheid na África do Sul.
O documento discute a história do comércio de escravos na África e sua representação em filmes. Também aborda a apropriação europeia do território africano no século XIX através da conferência de Berlim e a política do apartheid na África do Sul.
O documento discute a história do comércio de escravos na África e sua representação em filmes. Também aborda a apropriação europeia do território africano no século XIX através da conferência de Berlim e a política do apartheid na África do Sul.
capitalismo comercial, os europeus — particularmente portugueses, espanhóis, ingleses, franceses, holandeses e belgas — fundaram feitorias ou entrepostos comerciais na África (figura 13) e na Ásia e colônias na América.
Durante quase quatro séculos, a África exerceu o papel de
principal fornecedora de mão de obra escravizada na América. JORNADA PELA LIBERDADE: Filme que fala sobre o assunto.
SINOPSE E DETALHES
Em pleno século 18, William Wilbeforce (Ioan Gruffudd), membro parlamentar
do poderoso Império Britânico, luta por uma reforma social na Europa. Para dar dignidade aos imigrantes africanos que vivem como escravos, Wilbeforce enfrenta a aristocracia e os preconceitos da época como líder abolicionista na criação de uma lei para acabar com o tráfico negreiro. Sua missão é dificultada pela falta de apoio da maioria branca, que exerce enorme influência sobre as leis e acreditam que a escravidão está ligada à estabilidade do império britânico. AMISTAD: Filme que fala sobre o assunto A APROPRIAÇÃO DO TERRITÓRIO •No século XIX, com o desenvolvimento do capitalismo industrial e da crescente necessidade de matérias-primas para sustentar o processo de industrialização, alguns Estados europeus transformaram a maior parte do continente africano e das feitorias existentes em colônias europeias.
A Conferência de Berlim (1884) e a partilha da África
Em meados do século XVIII, percebeu-se que a grande fonte de riqueza não
era mais exclusivamente o comércio ou a acumulação de ouro, como pregavam os defensores do capitalismo comercial, mas, sim, a produção de mercadorias. Desse modo, o domínio de técnicas de produção em escala (grande quantidade) tornou-se a meta de alguns países europeus, levando-os a realizar as Revoluções Industriais (séculos XVIII a XX) e a implantar o capitalismo industrial. • Iniciada na Inglaterra, em meados do século XVIII, a Revolução Industrial propagou-se por França, Bélgica, Alemanha, Rússia, Itália, Estados Unidos e Japão.
À medida que a Inglaterra deixava de ser a única “oficina do mundo”,
acirrava-se a competição entre as potências pelo controle de fontes de ABASTECIMENTO DE MATÉRIAS-PRIMAS (especialmente minérios) para a indústria, mercados compradores e áreas para o investimento de CAPITAIS EXCEDENTES.
• Dessa maneira, as feitorias implantadas na África, como também na Ásia, já
não atendiam plenamente aos interesses da burguesia industrial e dos Estados colonialistas europeus. Assim, eles se apropriaram de territórios africanos e implantaram colônias (isso também ocorreu na Ásia). Para dar caráter legal à partilha da África e regulamentá-la, os países colonialistas europeus convocaram a Conferência de Berlim, em 1884. Nessa conferência, ficou decidido que o direito de posse do país europeu sobre o território conquistado na África seria respeitado e reconhecido pelos demais e cada território ocupado teria uma autoridade representando o país conquistador.
Assim, a Conferência estabeleceu princípios ou regras para evitar conflitos
entre as potências colonialistas europeias na partilha do continente. APÓS A CONFERÊNCIA DE BERLIM, AS POTÊNCIAS EUROPEIAS LANÇARAM-SE AVIDAMENTE NA CONQUISTA NEOCOLONIAL.
Consequências:
Os progressos técnicos advindos da Revolução Industrial deram aos
europeus um poderio bélico esmagador diante dos africanos (isso também ocorreu na conquista colonial da Ásia).
Servindo-se de poderosos exércitos, as potências colonialistas europeias
invadiram territórios africanos (e também asiáticos), transformando-os em colônias.
Assim, do controle informal ou indireto que exerciam com as feitorias,
passaram para o controle formal, direto. No entanto, essa apropriação não foi marcada pela submissão africana. Vários povos resistiram. O IMPACTO DO NEOCOLONIALISMO NA ÁFRICA
• Impacto no sistema produtivo artesanal, destruído em grande parte pela
entrada dos produtos industrializados europeus.
• O SISTEMA PRODUTIVO AGRÍCOLA AFRICANO, substituído pelo
PLANTATION, ou seja, pela grande propriedade agrícola monocultora de produtos destinados à exportação (algodão, café, amendoim, cacau etc.).
• A criação de fronteiras políticas artificiais pelo colonizador na África foi
outro impacto desfavorável.
• O RACISMO: outro legado do colonialismo – missão civilizatória dos
brancos A POLÍTICA DO APARTHEID Figura. Preso entre os anos de 1964 e 1990, acusado de se envolver em ações contra o apartheid, Nelson Mandela (1918-2013) tornou-se o símbolo da igualdade racial da África do Sul. Por seu papel de liderança na luta pela igualdade, ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Na foto, Nelson Mandela cumprimenta seus partidários na cidade de Mmabatho, África do Sul (1994). A POLÍTICA DO APARTHEID
Um exemplo cruel e violento de racismo ocorreu na África
do Sul. O país esteve sob regime oficial de segregação racial até as eleições multirraciais realizadas em abril de 1994, nas quais Nelson Mandela foi eleito o primeiro presidente negro do país (figura 17). Antes das eleições, a minoria branca (14% de uma população total de 41 milhões, em 1994) detinha o poder político e econômico e, amparada em leis por ela criadas — conhecidas pelo nome de apartheid(separação) —, dominava a maioria negra (75% da população total) e os 11% restantes formados por outras etnias ou povos. A POLÍTICA DO APARTHEID • Entre as leis que sustentavam o apartheid, estavam: 1. a proibição do casamento inter-racial, a obrigatoriedade do registro da raça na certidão de nascimento; 2. a proibição ao negro de comprar terras; 3. a proibição de greve para a população negra; 4. a divisão dos serviços públicos (escola, hospital, praça pública, estádio esportivo etc.) em locais para brancos e locais para negros; 5. os dias atuais. egar é preciso A POLÍTICA DO APARTHEID 6. e a proibição ao negro de votar.
•Essas leis foram abolidas entre 1984 e 1993, mas, ao
longo de vários anos, a política do apartheid reprimiu os movimentos que lutavam por igualdade de direitos entre brancos e negros e provocou milhares de mortes, marcando profundamente a sociedade sul-africana até os dias atuais. Pausa para o cinema Navegar é preciso DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA • Potências europeias enfraquecidas no fim da 2ª Guerra Mundial – somente 4 países independentes antes de 1945; • Pressão da opinião pública mundial; e • Guerra Fria – EUA e URSS apoiavam o fim das colônias africanas; • Independência de Gana em 1957; • Não aconteceu de forma pacífica. Exemplo da Argélia e França;