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Nota de Aula 19 – 3º Trimestre

Disciplina: Geografia - 8º ano

ÁFRICA
O comércio de escravos

 Para assegurar o desenvolvimento comercial ou o


capitalismo comercial, os europeus — particularmente
portugueses, espanhóis, ingleses, franceses, holandeses e
belgas — fundaram feitorias ou entrepostos comerciais na
África (figura 13) e na Ásia e colônias na América.

 Durante quase quatro séculos, a África exerceu o papel de


principal fornecedora de mão de obra escravizada na
América. 
JORNADA PELA LIBERDADE: Filme que fala sobre o assunto.

SINOPSE E DETALHES

Em pleno século 18, William Wilbeforce (Ioan Gruffudd), membro parlamentar


do poderoso Império Britânico, luta por uma reforma social na Europa. Para
dar dignidade aos imigrantes africanos que vivem como escravos, Wilbeforce
enfrenta a aristocracia e os preconceitos da época como líder abolicionista na
criação de uma lei para acabar com o tráfico negreiro. Sua missão é
dificultada pela falta de apoio da maioria branca, que exerce enorme
influência sobre as leis e acreditam que a escravidão está ligada à
estabilidade do império britânico.
AMISTAD: Filme que fala
sobre o assunto
 A APROPRIAÇÃO DO TERRITÓRIO
•No século XIX, com o desenvolvimento do capitalismo industrial e da
crescente necessidade de matérias-primas para sustentar o processo de
industrialização, alguns Estados europeus transformaram a maior parte do
continente africano e das feitorias existentes em colônias europeias.

A Conferência de Berlim (1884) e a partilha da África

Em meados do século XVIII, percebeu-se que a grande fonte de riqueza não


era mais exclusivamente o comércio ou a acumulação de ouro, como
pregavam os defensores do capitalismo comercial, mas, sim, a produção de
mercadorias.
Desse modo, o domínio de técnicas de produção em escala (grande
quantidade) tornou-se a meta de alguns países europeus, levando-os a
realizar as Revoluções Industriais (séculos XVIII a XX) e a implantar
o capitalismo industrial.
• Iniciada na Inglaterra, em meados do século XVIII, a Revolução Industrial
propagou-se por França, Bélgica, Alemanha, Rússia, Itália, Estados Unidos
e Japão.

À medida que a Inglaterra deixava de ser a única “oficina do mundo”,


acirrava-se a competição entre as potências pelo controle de fontes de
ABASTECIMENTO DE MATÉRIAS-PRIMAS (especialmente minérios) para
a indústria, mercados compradores e áreas para o investimento de 
CAPITAIS EXCEDENTES.

• Dessa maneira, as feitorias implantadas na África, como também na Ásia, já


não atendiam plenamente aos interesses da burguesia industrial e dos
Estados colonialistas europeus. Assim, eles se apropriaram de territórios
africanos e implantaram colônias (isso também ocorreu na Ásia). 
 Para dar caráter legal à partilha da África e regulamentá-la, os países
colonialistas europeus convocaram a Conferência de Berlim, em 1884. Nessa
conferência, ficou decidido que o direito de posse do país europeu sobre o
território conquistado na África seria respeitado e reconhecido pelos demais e
cada território ocupado teria uma autoridade representando o país
conquistador.

Assim, a Conferência estabeleceu princípios ou regras para evitar conflitos


entre as potências colonialistas europeias na partilha do continente.
 APÓS A CONFERÊNCIA DE BERLIM, AS POTÊNCIAS EUROPEIAS
LANÇARAM-SE AVIDAMENTE NA CONQUISTA NEOCOLONIAL.

Consequências:

Os progressos técnicos advindos da Revolução Industrial deram aos


europeus um poderio bélico esmagador diante dos africanos (isso
também ocorreu na conquista colonial da Ásia).

 Servindo-se de poderosos exércitos, as potências colonialistas europeias


invadiram territórios africanos (e também asiáticos), transformando-os
em colônias.

 Assim, do controle informal ou indireto que exerciam com as feitorias,


passaram para o controle formal, direto. No entanto, essa apropriação
não foi marcada pela submissão africana. Vários povos resistiram. 
 O IMPACTO DO NEOCOLONIALISMO NA ÁFRICA

• Impacto no sistema produtivo artesanal, destruído em grande parte pela


entrada dos produtos industrializados europeus.

• O SISTEMA PRODUTIVO AGRÍCOLA AFRICANO, substituído pelo


PLANTATION, ou seja, pela grande propriedade agrícola monocultora de
produtos destinados à exportação (algodão, café, amendoim, cacau etc.).

• A criação de fronteiras políticas artificiais pelo colonizador na África foi


outro impacto desfavorável.

• O RACISMO: outro legado do colonialismo – missão civilizatória dos


brancos
A POLÍTICA
DO APARTHEID
Figura. Preso entre os anos de
1964 e 1990, acusado de se
envolver em ações contra
o apartheid, Nelson Mandela
(1918-2013) tornou-se o símbolo
da igualdade racial da África do
Sul. Por seu papel de liderança na
luta pela igualdade, ganhou o
Prêmio Nobel da Paz em 1993.
Na foto, Nelson Mandela
cumprimenta seus partidários na
cidade de Mmabatho, África do
Sul (1994).
A POLÍTICA DO APARTHEID

Um exemplo cruel e violento de racismo ocorreu na África


do Sul. O país esteve sob regime oficial de segregação
racial até as eleições multirraciais realizadas em abril de
1994, nas quais Nelson Mandela foi eleito o primeiro
presidente negro do país (figura 17). Antes das eleições, a
minoria branca (14% de uma população total de 41 milhões,
em 1994) detinha o poder político e econômico e,
amparada em leis por ela criadas — conhecidas pelo nome
de apartheid(separação) —, dominava a maioria negra (75%
da população total) e os 11% restantes formados por outras
etnias ou povos.
A POLÍTICA
DO APARTHEID
• Entre as leis que sustentavam o apartheid, estavam:
1. a proibição do casamento inter-racial, a
obrigatoriedade do registro da raça na certidão de
nascimento;
2. a proibição ao negro de comprar terras;
3. a proibição de greve para a população negra;
4. a divisão dos serviços públicos (escola, hospital, praça
pública, estádio esportivo etc.) em locais para brancos e
locais para negros;
5. os dias atuais.
egar é preciso
A POLÍTICA
DO APARTHEID
6. e a proibição ao negro de votar.

•Essas leis foram abolidas entre 1984 e 1993, mas, ao


longo de vários anos, a política do apartheid reprimiu os
movimentos que lutavam por igualdade de direitos entre
brancos e negros e provocou milhares de mortes,
marcando profundamente a sociedade sul-africana até os
dias atuais.
Pausa para o cinema
Navegar é preciso
DESCOLONIZAÇÃO DA
ÁFRICA
• Potências europeias enfraquecidas no fim da 2ª
Guerra Mundial – somente 4 países independentes
antes de 1945;
• Pressão da opinião pública mundial; e
• Guerra Fria – EUA e URSS apoiavam o fim das
colônias africanas;
• Independência de Gana em 1957;
• Não aconteceu de forma pacífica. Exemplo da
Argélia e França;

Pausa para o cinema

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