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•Tópico I: Independência da Índia.

Em 1858 ocorreu na Índia a Revolta dos Sípaios, que culminou na coroação da


Rainha Vitória como imperatriz dos indianos. O domínio da Índia não foi uma
tarefa fácil. Contudo, a ausência de um governo centralizado e a existência de
uma sociedade de castas facilitaram a penetração inglesa.

A partir da década de 1920, Mahatma Gandhi e Jawaharlal Nehru, com apoio


da burguesia e do Partido do Congresso, começaram a liderar o movimento de
independência. Gandhi pregava a desobediência civil e a não violência como
meios de rejeição à dominação inglesa. A perda do poder econômico
pela Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial retirou as condições para
manter a dominação da Índia.

Em 1947, os ingleses reconheceram a independência indiana. Isso levou, em


função das rivalidades religiosas, à criação da União Indiana, governada por
Nerhu, e do Partido do Congresso, com maioria hinduísta; e
do Paquistão (Ocidental e Oriental) governado por Ali Jinnah, e da Liga
Muçulmana com maioria islamita.

A independência da Índia ocorre devido um processo de lutas nacionalistas,


permeadas pelas divergências religiosas entre hinduístas e muçulmanos, que
levou em 1948 ao assassinato de Gandhi.

Desde 1947, o subcontinente indiano é atormentado por conflitos entre Índia e


Paquistão.

•Tópico II: Independência da Indochina e Guerra do Vietnã.

A Indochina, situada no Sudeste asiático, foi ocupada pela França no final do


século XIX. Durante a Segunda Guerra Mundial, a região foi invadida
pelo Japão, que, ao final do conflito, foi obrigado a devolver o controle do
território para a França.

A resistência contrária o domínio francês tornou-se cada vez mais forte e maior
com os crescentes movimentos pela independência da Indochina. As principais
ações anticoloniais eram realizadas pela Liga Revolucionária para a
Independência do Vietnã

Em Agosto de 1945, os rebeldes do Vietminh proclamaram a fundação da


República Democrática do Vietnã. Em resposta, a França realizou uma
contraofensiva, iniciando a Guerra da Indochina. Os franceses foram
derrotados e expulsos da região em 1954. Os acordos de paz, assinados
em Genebra, dividiram a Indochina em quatro estados
independentes: Laos, Camboja e Vietnã, que ficou separado em Vietnã do
Norte (socialista) e Vietnã do Sul (capitalista).

Os Estados Unidos passaram a auxiliar o governo do Vietnã do Sul com armas,


dinheiro e treinamento militar. O Vietnã do Norte, por sua vez, teve auxílio
chinês e sobretudo, soviético.

A Guerra do Vietnã aconteceu entre 1959 e 1975 e foi um conflito entre os dois
governos estabelecidos que lutavam pela unificação do país sob sua liderança.
O conflito no Vietnã iniciou-se poucos anos depois de um primeiro conflito ter
se encerrado: a Guerra da Indochina.

No percurso da Guerra do Vietnã, os Estados Unidos envolveram-se


diretamente no conflito e, em 1969, chegaram a enviar mais de 500 mil
soldados ao país asiático. A participação americana e a motivação ideológica
do conflito são consequências das tensões da bipolarização do período da
Guerra Fria, no qual as ideologias do comunismo e do capitalismo disputavam
a hegemonia do mundo.

Após anos de guerra, acredita-se que de 1,5 milhão a 3 milhões de pessoas


tenham morrido no Vietnã. Além disso, o conflito ficou marcado por cenas de
violência contra civis que chocaram o mundo e pelo uso de armas químicas
pelos Estados Unidos, o que causou grave contaminação do solo e até hoje
afeta o país, pois aumentou o número de casos de doenças como o câncer."

•Tópico III: Descolonização da África

O continente africano foi colônia de potências europeias até a segunda metade


do século XX. Sua independência se deu pela ocorrência da Segunda Guerra
Mundial, que aconteceu na Europa entre 1939 e 1945. Um acontecimento que
envolveu muitos países, dentre eles nações europeias que detinham territórios
de exploração no continente africano.

Após o conflito, a Europa ficou bastante debilitada no âmbito político e


econômico. O enfraquecimento das nações fez ressurgir movimentos de luta
pela independência em todas as colônias africanas. No decorrer da década de
1960, os protestos se multiplicaram e muitos países europeus concederam
pacificamente independência às colônias. Porém, a independência de alguns
territórios se efetivou depois de prolongados confrontos entre nativos e
colonizadores.

As antigas colônias se transformaram em países autônomos, no entanto, a


partilha do território foi realizada pelas nações europeias, que não
consideraram as divergências étnicas existentes antes da colonização. Desse
modo, os territórios estipulados pelos colonizadores separaram povos de
mesma característica histórico-cultural e agruparam etnias rivais.

Tal iniciativa produziu instabilidade política, que resultou em diversos conflitos


entre grupo étnicos rivais. Diante dessa situação, as minorias continuaram
sendo reprimidas por grupos majoritários, assim como acontecia no período
colonial.

O continente está atualmente fragmentado em 53 países independentes. A


incidência de conflitos tribais e o neocolonialismo dificultam a instabilidade
política e econômica da região."

•Tópico IV: África do Sul e o Apartheid

Apartheid [apartáid] (pronúncia em africâner: [aˈpartɦɛit], significando


"separação” foi um regime político que ocorreu entre 1948 e 1994 na África do
Sul. Esse regime se manteve pelo Partido Nacional, partido de extrema-direita,
promovendo diversos privilégios para os brancos, que eram a menor parte da
população.

Esse sistema teve maior destaque na África do Sul. Mesmo sendo um sistema
extremamente impopular, ele se manteve por décadas por meio da violência e
censura pelo governo. Movimentos de resistência foram formados, e um dos
nomes dessa resistência foi o de Nelson Mandela. Durante a presidência de
Frederik de Klerk começou a ruir.

A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas
o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948.
A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos",
"de cor" e "indianos"), segregando as áreas residenciais, muitas vezes através
de remoções forçadas. A partir de finais da década de 1970, os negros foram
privados de sua cidadania, tornando-se legalmente cidadãos de uma das dez
pátrias tribais autônomas chamadas de bantustões. Nessa altura, o governo já
havia segregado a saúde, a educação e outros serviços públicos, fornecendo
aos negros serviços inferiores aos dos brancos.

O apartheid trouxe violência e um significativo movimento de resistência


interna, bem como um longo embargo comercial contra a África do Sul Uma
série de revoltas populares e protestos causaram o banimento da oposição e a
detenção de líderes antiapartheid. Conforme a desordem se espalhava e se
tornava mais violenta, as organizações estatais respondiam com o aumento da
repressão e da violência.

Reformas no regime durante a década de 1980 não conseguiram conter a


crescente oposição, e em 1990, o presidente Frederik Willem de Klerk iniciou
negociações para acabar com o apartheid o que culminou com a realização de
eleições multirraciais e democráticas em 1994, que foram vencidas
pelo Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela.

O apartheid foi implementado por lei. As restrições a seguir não eram apenas
sociais, mas obrigatórias pela força da lei. Não brancos eram excluídos do
governo nacional e não podiam votar, exceto em eleições para instituições
segregadas que não tinham qualquer poder. Aos negros, eram proibidos
diversos empregos, sendo-lhes também vetado empregar brancos. Não
brancos não podiam manter negócios ou práticas profissionais em quaisquer
áreas designadas somente para brancos. Cada metrópole significante e
praticamente todas as regiões comerciais estavam dentro dessas áreas. Os
negros, sendo um contingente de 70% da população, foram excluídos de tudo,
menos uma pequena proporção do país, a não ser que eles tivessem um
passe, o que era impossível, para a maioria, conseguir.

A implementação desta política resultou no confisco da propriedade e remoção


forçada de milhões de negros. Um passe só era dado a quem tinha trabalho
aprovado; esposas e crianças tinham que ser deixadas para trás. Esse passe
era emitido por um magistério distrital confinando os (negros) que o possuíam
àquela área apenas. Não ter um passe válido fazia um negro sujeito a prisão
imediata, julgamento sumário e "deportação" da "pátria". Viaturas da polícia
que continham o símbolo sjambok da polícia vasculhavam a "área branca" para
enquadrar os negros "ilegais".

A terra conferida aos negros era tipicamente muito pobre, impossibilitada de


prover recursos à população forçada a ela. As áreas de negros raramente
tinham saneamento ou eletricidade. Os hospitais eram segregados, sendo os
destinados a brancos capazes de fazer frente a qualquer um do mundo
ocidental e os destinados a negros, comparativamente, tinham séria falta de
pessoal e fundos e eram, de longe, limitados em número. As ambulâncias eram
segregadas, forçando que a raça da pessoa fosse corretamente identificada
quando aquelas eram chamadas. Uma ambulância "branca" não levaria um
negro ao hospital. Ambulâncias para negros tipicamente continham pouco ou
nenhum equipamento médico.

Nos anos 1970, a educação de cada criança negra custava, ao estado, apenas
um décimo de cada criança branca. Educação superior era praticamente
impossível para a maioria dos negros: as poucas universidades de alta
qualidade eram reservadas para brancos. Além disso, a educação provida aos
negros era deliberadamente não designada para prepará-los para a
universidade, e sim para os trabalhos braçais disponíveis para eles.

Trens e ônibus eram segregados. Além disso, trens para brancos não tinham
vagões de terceira classe, enquanto trens para negros eram superlotados e
apresentavam apenas vagões de terceira classe. Ônibus de negros paravam
apenas em paradas de negros e os de brancos, nas de brancos.
As praias eram racialmente segregadas, com a maioria (incluindo todas as
melhores) reservadas para brancos. Piscinas públicas e bibliotecas eram
racialmente segregadas mas praticamente não havia piscinas ou bibliotecas
para negros. Quase não havia parques, cinemas, campos para esportes ou
quaisquer amenidades a não ser postos policiais nas áreas negras.

Os bancos de parques eram marcados "Apenas para europeus". Policiais


negros não tinham permissão para prender brancos. Negros não tinham
autorização para comprar a maioria das bebidas alcoólicas. Um negro poderia
estar sujeito a pena de morte por estuprar uma branca, mas um branco que
estuprasse uma negra recebia apenas uma multa, e quase sempre nem isso.
Os cinemas nas áreas brancas não tinham permissão para aceitar negros.
Restaurantes e hotéis não tinham permissão para aceitar negros, a não ser
como funcionários.

Tornar-se membro em sindicatos não era permitido aos negros até os anos
1980, e qualquer sindicato "político" era banido. Greves eram banidas e
severamente reprimidas. Negros pagavam impostos sobre uma renda baixa até
o nível de 30 rands ao mês (cerca de 15 libras esterlinas nos anos 1970),
enquanto que o limite de isenção fiscal dos brancos era muito mais alto.

O apartheid perverteu a cultura Sul-Africana, assim como as suas leis. Um


branco que entrasse em uma loja seria atendido primeiro, à frente de negros
que já estavam na fila, independente da idade ou qualquer outro fator. Até os
anos 1980, dos negros sempre se esperaria que descessem da calçada para
dar passagem a qualquer pedestre branco. Um menino branco seria chamado
de "Klein Baas" (pequeno patrão) por um negro, sem que este demonstrasse
qualquer tipo de desaprovação; um negro adulto poderia ser chamado de
"garoto", por brancos.
Trabalho orientado por Marcelo Freitas

Bibliografia:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_da_Indochina

https://pt.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Independ
%C3%AAncia_da_%C3%8Dndia

https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foi-a-guerra-vietna.htm

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/descolonizacao-africa.htm

https://brasilescola-uol-com-br.cdn.ampproject.org/v/s/brasilescola.uol.com.br/
amp/geografia/apartheid.htm?
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%2Fgeografia%2Fapartheid.htm

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