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A Revolta dos Cipaios, 1858, colocou a Índia na esfera do domínio britânico, que culminou
com a sagração da rainha Vitória corno imperatriz dos indianos.
A dominação da Índia não foi uma tarefa difícil, pois a ausência de um governo centralizado,
a diversidade de religiões e a existência de uma sociedade de castas facilitaram a penetração inglesa.
A partir da década de 1920, Mahatma Gandhi e Jawarharlal Nerhu, através do Partido do
Congresso, com apoio da burguesia, passaram a liderar o movimento de independência da Índia.
Gandhi pregava a desobediência civil e a não-violência como meios de rejeição à dominação
inglesa, transformando-se na principal figura do movimento indiano pela independência.
A perda do poder econômico e militar pela Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial
retirou-lhe as condições para continuar a dominação na Índia.
Em 1947, os ingleses reconheceram a independência indiana, que levou — em função das
rivalidades religiosas — à formação da União Indiana, governada por Nerhu, do Partido do Congresso,
com maioria hinduísta, e do Paquistão (Ocidental e Oriental), governado por Ali Jinnah, da Liga
Muçulmana, com maioria islamita. O Ceilão também se tornava independente, passando a ilha a se
denominar Sri-Lanka, com maioria budista.
A independência da Índia resultava de um longo processo de lutas nacionalistas, permeadas
pelas divergências religiosas entre hinduístas e muçulmanos, o que levou, em 1949, ao assassinato de
Gandhi. O Paquistão Oriental, em 1971, sob liderança da Liga Auami, separa-se do Paquistão
Ocidental, constituindo a República de Bangladesh.
A independência da Indonésia
A Indonésia é formada por cerca de três mil ilhas, entre as quais se destaca Java e Sumatra.
Desde o século XVII até 1941, o arquipélago esteve sob domínio holandês.
Em 1941, durante as ofensivas da Segunda Guerra, o Japão passou a dominar a Indonésia, o
que levou à formação de um movimento nacionalista de resistência liderado por Alimed Sukarno.
Com a derrota japonesa, em 1945, o movimento de resistência proclama a independência do
país, que não foi aceita pela Holanda, que iniciou uma tentativa de recolonização da Indonésia.
Sukarno, aglutinando os nacionalistas, lidera a guerrilha contra a Holanda que, em 1949,
reconhece a independência da Indonésia.
As lutas pela independência e a divisão da Indochina
Em 1887, a Indochina foi conquistada e submetida ao colonialismo francês. A França, em
1940, foi ocupada pelos alemães, cessando seu domínio sobre a região. No ano seguinte, 1941, os
japoneses ocuparam toda a Indochina, com o consentimento do general Pétain, o que levou à
formação do movimento de resistência nacionalista, comandado pelo Vietminh (Liga Revolucionária
para a Independência do Vietnã).
O Vietminh era liderado por Ho Chi Minh, dirigente comunista, que após a derrota do Japão
na Segunda Guerra proclamou a independência da República Democrática do Vietnã (parte norte).
Terminada a Segunda Guerra, os franceses não reconheceram o governo de Ho Chi Minh e
tentaram, a partir de 1946, recolonizar a Indochina, ocupando as regiões do Laos, Camboja e o Vietnã
do Sul, desencadeando a Guerra da Indochina, que se estendeu até 1954, quando os franceses foram
derrotados na Batalha de Dien Bien Phu.
No mesmo ano, realizou-se a Conferência de Genebra, na qual a França retirava suas tropas
e reconhecia a independência da Indochina, dividida em Laos,
( C Prep MAUSS – continuação sobre descolonização da Ásia..........................................................................Fl 3 de 4 )
do Khmer Vermelho.
Outras nações surgidas no processo de descolonização da Ásia
As Filipinas, que desde o século XVI passava pelo domínio da Espanha, EUA e Japão, em 1946
é retomada pelos norte-americanos, que lhe concedem a independência.
A Birmânia, em 1948, tornou-se independente da Inglaterra.
A Malásia, em 1957, tornou-se independente da Inglaterra e integrante da Comunidade
Britânica, a Commonwealth.
Consequências da descolonização asiática
A principal consequência do processo de descolonização asiática foi a criação de um novo
bloco de países que juntamente com a América Latina passaram a compor o Terceiro Mundo.
Essa denominação deve-se ao fato de que os países originados a partir desses processos de
independência acabaram por manter vínculos de dependência econômica com os países capitalistas
desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou com países socialistas desenvolvidos (Segundo Mundo).