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Guerras ocorridas:
Coreia:
A Guerra da Coreia foi um dos símbolos da Guerra Fria e iniciou-se em 1950,
quando tropas norte-coreanas invadiram a Coreia do Sul com o objetivo de
unificar a península.
A Guerra da Coreia foi resultado direto da divisão arbitrária daquela península
por EUA e URSS durante a Conferência de Potsdam, em julho de 1945. No
entanto, para entendermos melhor o contexto da divisão da península em
1945, é preciso recapitular alguns pontos da história coreana ao longo do
século XX.
A Península da Coreia sofria com interferências estrangeiras desde o começo
daquele século, pois, em 1910, a região foi oficialmente anexada ao território
japonês a partir de um acordo que garantia a anexação daquele território ao
Japão e permitia a ocupação da região por cidadãos japoneses.
Com isso, deu-se início à formação de colônias de japoneses na Coreia a partir
da tomada das terras produtivas dos coreanos, além da exploração do trabalho
dos coreanos por parte dos japoneses. A ocupação japonesa na Coreia tornou-
se violenta, principalmente a partir da década de 1930, e casos de violência
foram comuns, inclusive violência sexual contra coreanas.
Com a Segunda Guerra Mundial, os coreanos juntaram-se ao esforço de
guerra realizado pelos americanos e passaram a lutar contra os invasores
japoneses. Apesar disso, é importante pontuar que naturalmente houve
colaboracionismo de parte da sociedade coreana com os japoneses, havendo
até mesmo a adesão de coreanos ao exército japonês.
Quando os japoneses foram derrotados em agosto de 1945, a parte norte da
Coreia encontrava-se ocupada pelas tropas soviéticas que haviam iniciado a
luta contra os japoneses na Manchúria. Foi nesse contexto que americanos e
soviéticos realizaram a divisão da península entre si, cada qual ocupando-a
militarmente e desenvolvendo um regime alinhado aos seus interesses.
O marco dessa divisão ficou conhecido como Paralelo 38 e determinou que a
parte norte da península seria ocupada pelos soviéticos e que a parte sul seria
ocupada pelos americanos. Obviamente, os coreanos não foram consultados
em nenhum momento enquanto a divisão era estabelecida, e a divisão da
península gerou muita insatisfação.
A Guerra da Indochina aconteceu entre 1946 e 1954 e foi motivada pelo desejo
do movimento Vietminh em obter a independência do Vietnã e o fim do domínio
colonial na região, conhecida, até então, como Indochina Francesa. A
consequência desse conflito foi o fim da colonização francesa nesse território e
a independência e divisão do Vietnã em duas nações distintas, Vietnã do Norte
e Vietnã do Sul.
O domínio francês na região foi iniciado a partir do século XIX, sob o nome de
Indochina Francesa. Essa colônia francesa incluía os reinos do Laos e
Camboja, além de três províncias vietnamitas, Tonquim (ao norte), Annam (ao
centro) e Conchinchina (ao sul), e um protetorado cedido pela China, chamado
de Guangzhouwan (atualmente se chama Zhanjiang). A região foi ocupada
gradativamente pela França entre 1862 a 1893.
O domínio francês nesse território asiático foi interrompido quando o Japão
resolveu atacar e invadir a região em 1940, com o objetivo de fechar as
possíveis rotas utilizadas pelos Estados Unidos para entregar armas aos
chineses na luta contra os japoneses, durante a Segunda Guerra sino-
japonesa. O domínio japonês acabou motivando o fortalecimento dos
movimentos de independência no Vietnã.
Esse fortalecimento dos movimentos da independência na Indochina,
sobretudo no Vietnã, deve-se a anos de insatisfação com a exploração colonial
francesa e com a brutalidade imposta durante o domínio japonês. Assim,
membros de movimentos nacionalistas do Vietnã formaram a Liga
Revolucionária para a Independência do Vietnã, conhecido apenas como
Vietminh e liderado por Ho Chi Minh.
O Vietminh aliou-se com os Estados Unidos e com a China e engajou-se na
luta contra os japoneses durante a Segunda Guerra Mundial na Ásia. Esse
movimento também defendia a expulsão definitiva dos franceses da região. Ao
final da Segunda Guerra, as potências Aliadas reuniram-se na Conferência de
Potsdam e decidiram dividir o Vietnã em duas entidades a partir do paralelo 17º
N.
Assim, a parte norte do Vietnã foi ocupada pelos chineses e a parte ao sul foi
ocupada pelos britânicos. No entanto, o movimento liderado por Ho Chi Minh,
que havia tomado o controle do norte do Vietnã, proclamou um governo
republicano na região, tendo Hanói como capital. O sul do Vietnã foi entregue
ao domínio francês novamente.
A guerra iniciou-se quando tropas francesas desembarcaram em Tonquim
(norte do Vietnã) e atacaram o porto de Haiphong, em novembro de 1946, com
o objetivo de reaver o controle sobre o norte do Vietnã.
Guerra do Vietnã:
A Guerra do Vietnã aconteceu entre 1959 e 1975 e foi um conflito entre os dois
governos estabelecidos que lutavam pela unificação do país sob sua liderança.
O conflito no Vietnã iniciou-se poucos anos depois de um primeiro conflito ter
se encerrado: a Guerra da Indochina.
No percurso da Guerra do Vietnã, os Estados Unidos envolveram-se
diretamente no conflito e, em 1969, chegaram a enviar mais de 500 mil
soldados ao país asiático. A participação americana e a motivação ideológica
do conflito são consequências das tensões da bipolarização do período da
Guerra Fria, no qual as ideologias do comunismo e do capitalismo disputavam
a hegemonia do mundo.
Após anos de guerra, acredita-se que de 1,5 milhão a 3 milhões de pessoas
tenham morrido no Vietnã. Além disso, o conflito ficou marcado por cenas de
violência contra civis que chocaram o mundo e pelo uso de armas químicas
pelos Estados Unidos, o que causou grave contaminação do solo e até hoje
afeta o país, pois aumentou o número de casos de doenças como o câncer.
Cuba:
Crise dos Mísseis
Antecedentes
Estados Unidos e União Soviética eram líderes dos blocos ideológicos
antagônicos durante o período da Guerra Fria. O primeiro defendia o
capitalismo, enquanto a URSS, o socialismo.
Ambos disputavam cada país a fim de aumentar suas zonas de influência, seja
através de ajuda financeira ou intervenções militares. Apesar disso, ambos os
países nunca se enfrentaram diretamente.