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O reino Zulu, desde 1870 era políticamente independente, e a sua estrutura interna
não tinha sido dominada economicamente pela força política colonial.
Visto que o desenvolvimento da resistência à colonizção na região sul do continente
deve ser compreendida primeiramente a partir do seu ambiente cultural e social em que
ela se desenrolou.
Segundo CHANAIWA (1985) As principais forças históricas eram o
expansionismo colonial, a cristianização e o ensino dos Missionários, a revolução zulu e
seus corolários: o Mfecane e as migrações Nguni. (p. 211)
Os colonos do sul da África, ao contrário dos do resto do continente, projectavam
fundar estabelecimentos permanentes nessa região nova que os atraía pelo clima
temperado, pela fertilidade das terras aráveis, pela mão de obra barata e, enfim, pela
riqueza mineral.
Na região zulu, os colonos não conseguiram obter mão-de-obra para as suas
plantações, nem os missionários conseguiram ter os crentes que desejavam, facto que
precipitou a força militar britânica, a criarem um grupo de pacificação a população zulu.
Os zulus eram um povo numeroso que deferiam dos Xhosas que era um grupo
menoritário que foram submetidos pela dominação dos ingleses que pretendiam usar e
submeter os nativos como mão-de-obra barata para suas plantaçõe agricolas e nas minas.
Atitude dos europeus perante os nativos era do seu interesse conquistar, governar e
explorar os africanos. Como também evitar utilização de tropas africanas como aliados
quando combatiam uns com os outros. Todas estas atitudes condicionaram ao
desenvolvimento de iniciativas e reações dos africanos, limitando suas possibilidades de
acção.
2. Factor Missonário
Outra forma usada pelos Britânicos contra a resistência dos africanos, foi de
inventar pretextos para interferir nos negócios internos africanos oferecendo "libertação"
ou "protecção" aos pequenos grupos primidos e faziam "alianças" aos reinos menos
poderosos e invadindo os impérios militares.
Foram com novas tácticas destrutiva aplicar o sistema "Dividir para Reinar", dessa
forma os colonizadores europeus saem vitóriosos do panorama porque souberam explorar
as rivalidades, medos e fraquezas dos africanos em seu favor.
2. Resistência Zulu
A resistência dos zulus deve ser entendida a partir dos seus conflitos dinasticos
desde 1856.
Segundo GENTILI (1998:109), “1856, quando começou o longo conflito dinástico
protoganizado por dois filhos de Mpande, apesar de cercado e ameaçado, o reino zulu
continuava sólito e ao ataque.”
Depois da morte de Mpande, em 1872, o seu filho Chetshwayo, cuja posição
política estava consolidada desde 1857, torna-se rei. Este que veio a mudar a situação
política e social da região.
A resistência zulu foi liderado por Cetshwayo e teve inicio em Dezembro de 1878,
quando os Ingleses enviaram um ultimato para que este desmantelasse o seu exército.
Cetshwayo, rei dos zulus adoptou uma estrat'egia de confronto, a principio usando
a táctica de diplomacia e depois da resistência armada.
De acordo com esta estratégia, Cetshwayo deu andamento de ínicio a política
externa pacifista e isolacionista do seu antecessor Mpande.
Com o domínio e a força dos Boers do Transvaal, os zulus mantinham uma sólida
aliança com os ingleses de natal e relações amistosas com Theophilus Shepstone, o
cérebro Secretário dos Negócios Indigena do natal.
Mas quando os Britânicos anexam o transvaal em 1877 e nomea-se Shepstone
administrador, automáticamente o sistema de aliança montado por cetshwayo se
desmorou rapidamente.
A partir daí Shepstone passou a apoiar os Afrikaners que haviam cruzado o rio
Bufalo, penetrando no território Zulu, ocuparam fazendas e que então reclamavam titulos
de posse das terras.
Enquanto que o Sir Bartle Frese, alto comissário Britânico para África do Sul, só
tinha como preocupação concretizar a federação das cólonias brancas.
Em contrapartida Shepstone persuade a ideia afirmando que "a federação só seria
realizável na África Austral com o desmantelamento da potência militar Zulu", porque
esta nação, ameaçava a segurança e o desenvolvimento económico do Natal. Por outro
lado Shepstone acreditava que a destruíção dos zulus demostraria aos Afrikaner, que o
governo Britânico sabia conduzir uma política racial eficaz e era suficientemente
poderosa para fazer executar suas decisões.
Com esta situação Cetshwayo procura formas de como ultrapassar o conflito
fronteiriço que opunha os zulus aos Afrikaners. Para efeito tomou as seguintes soluções:
Solicitar ao vice-governador do Natal Sir Henry Bulwe para arbitar o conflito
fronteiriço que opunha os zulus aos Afrikaners.
Sir Henry compromete-se a nomear uma comissão para exame do lítigio, a qual
declarou serem ilegais as prentensões dos Africanrs.
Mas o alto comissário Britậnico Frese, querendo realizar o seu projecto de
Federação, esconde a decisão tomada por Sir Henry esperando que encontra-se um
pretexto justificativo da invasão.
A ocasião se dera em 28 de Julho de 1878, quando Mehlokazulu Kululu e
Tshekwana, filhos do chefe Sirayo, bem como seu tio Zulyhlenga, atravessaram o rio
Bufalo trazendo consigo as mulheres do chefe, que tinham emigrado para o natal.
Frese e Shepstone exploraram o máximo incidente. Logo se expalhando pela África
e pelo Ministério das cólonias, em Londres, que era iminente uma invasão de natal pelos
zulu.
Neste caso, o secretário dos negócios indigenas Shepstone e o Alto Comissário
britãnico Frese passaram a se referir ao exército zulu como uma força de ataque
ameaçadora e a Cetshwayo como um tirano sedento de sangue.
Frese tendo intimidado Cetshwayo pedira que lhe entregasse seu irmão e os filhos
de sirayo a Sir Henry Bulwer para julgamento, embora os zulu jamais tivessem sido
conquistados e submetidos à dominação Britânica. Em resposta, Cetshwayo propôs pagar
50 libras esterlinas por perdas e danos e pediria desculpas pelo incidente.
Em 11 de janeiro de 1878, Frese enviara um ultimato a Cetshwayo. Entre as suas
exigências figuravam a entrega dos acusados, com 500 cabeças de gado, a dispersão do
exército zulu no prazo de um mês, a admissão de missionários e a instalacão de um
residente Britậnico na Zululândia. Frese sabia de antemão que nenhum dirigente político
independente é digno dessa função se submeteria a tais condições.
Conclusão
Bibliografia