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Edição 2005
A informação incluída nesta publicação provém de fontes consideradas fiáveis e tem uma
natureza informativa, não constituindo parecer profissional sobre a estratégia de
desenvolvimento local. As suas conclusões não são válidas em todas as circunstâncias. Noutros
casos, deverá ser solicitada opinião específica ao Ministério da Administração Estatal ou à
firma MÉTIER - Consultoria & Desenvolvimento, Lda.
ÍÍnnddiiccee
PPrreeffáácciioo v
SSiiggllaass ee A
Abbrreevviiaattuurraass vii
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11 BBrreevvee CCaarraacctteerriizzaaççããoo ddoo D
Diissttrriittoo 2
11..11 LLooccaalliizzaaççããoo,, SSuuppeerrffíícciiee ee PPooppuullaaççããoo 2
11..22 maa ee H
CClliim Hiiddrrooggrraaffiiaa 2
11..33 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass 3
11..44 EEccoonnoom miiaa ee SSeerrvviiççooss 5
22 H
Hiissttóórriiaa,, PPoollííttiiccaa ee SSoocciieeddaaddee CCiivviill 7
22..11 HHiissttóórriiaa ee ccuullttuurraa 7
22..22 CCeennáárriioo ppoollííttiiccoo aaccttuuaall ee ssoocciieeddaaddee cciivviill 8
33 D
Deem
mooggrraaffiiaa 10
33..11 EEssttrruuttuurraa eettáárriiaa ee ppoorr sseexxoo 10
33..22 TTrraaççoo ssoocciioollóóggiiccoo 10
33..33 LLíínngguuaass ffaallaaddaass 11
33..44 AAnnaallffaabbeettiissmmoo ee EEssccoollaarriizzaaççããoo 12
44 H
Haabbiittaaççããoo ee CCoonnddiiççõõeess ddee V
Viiddaa 13
55 O
Orrggaanniizzaaççããoo A
Addm
miinniissttrraattiivvaa ee G
Goovveerrnnaaççããoo 15
55..11 GGoovveerrnnoo D Diissttrriittaall 15
55..22 RReeffoorrm maa ddoo sseeccttoorr ppúúbblliiccoo 18
55..33 SSíínntteessee ddooss rreessuullttaaddooss ddaa aaccttiivviiddaaddee ddooss óórrggããooss ddiissttrriittaaiiss 19
5.3.1 Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento Rural 19
5.3.2 Educação e Saúde 20
5.3.3 Cultura, Juventude e Desporto 21
5.3.4 Mulher e Coordenação da Acção Social 21
5.3.5 Justiça, Ordem e Segurança pública 21
55..44 DDeessm miinnaaggeem m 22
55..55 FFiinnaannççaass PPúúbblliiccaass 23
55..66 CCoonnssttrraannggiim meennttooss àà aaccççããoo ddoo G Goovveerrnnoo D Diissttrriittaall 23
55..77 PPaarrttiicciippaaççããoo ccoom u n
munitáriai tár i a 24
55..88 AAppooiioo eexxtteerrnnoo 24
66 PPoossssee ee U
Ussoo ddaa TTeerrrraa 25
66..11 PPoossssee ddaa tteerrrraa 25
66..22 TTrraabbaallhhoo aaggrrííccoollaa 26
66..33 UUttiilliizzaaççããoo eeccoonnóómmiiccaa ddoo ssoolloo 27
6.3.1 Agricultura 27
Namapa
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Índice
________________________________________________________________________________________________
77 E
Edduuccaaççããoo 28
88 SSaaúúddee ee A
Accççããoo SSoocciiaall 31
88..11 CCuuiiddaaddooss ddee ssaaúúddee ee qquuaaddrroo eeppiiddéém
miiccoo 31
88..22 A c ç ão S
Acção Social o c i al 32
99 G
Géénneerroo 33
99..11 EEdduuccaaççããoo 33
99..22 A miiccaa ee eexxpplloorraaççããoo ddaa tteerrrraa
Accttiivviiddaaddee eeccoonnóóm 33
99..33 GGoovveerrnnaaççããoo 34
1100 A
Accttiivviiddaaddee E
Eccoonnóóm
miiccaa 36
1100..11 PPooppuullaaççããoo eeccoonnoom miiccaammeennttee aaccttiivvaa 36
1100..22 OOrrççaam meennttoo ffaam miilliiaarr 36
1100..33 SSeegguurraannççaa aalliim meennttaarr ee eessttrraattééggiiaass ddee ssoobbrreevviivvêênncciiaa 37
1100..44 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass ddee bbaassee 38
1100..55 AAggrriiccuullttuurraa ee D Deesseennvvoollvviimmeennttoo RRuurraall 40
10.5.1 Produção agrícola e sistemas de cultivo 40
10.5.2 Pecuária 41
10.5.3 Pescas, Florestas e Fauna bravia 41
1100..66 IInnddúússttrriiaa,, CCoom méérrcciioo ee SSeerrvviiççooss 42
D
Dooccuum
meennttaaççããoo ccoonnssuullttaaddaa 43
Namapa
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Índice
________________________________________________________________________________________________
L
Liissttaa ddee ffiigguurraass
FIGURA 1: Famílias, por condições básicas de vida....................................................... 13
FIGURA 2: Habitações, por tipo de materiais usados .................................................... 14
FIGURA 3: Habitações, segundo a fonte de abastecimento de água............................ 14
FIGURA 4: Locais suspeitos de minas .............................................................................. 22
FIGURA 5: Estrutura do orçamento distrital, 2004 ........................................................ 23
FIGURA 6: Estrutura de exploração agrária da terra ...................................................... 26
FIGURA 7: Explorações e área, por culturas principais ................................................. 27
FIGURA 8: População, por nível de ensino que frequenta............................................ 28
FIGURA 9: Indicadores de escolaridade, por sexos........................................................ 33
FIGURA 10: Quota das mulheres no trabalho agrícola e remunerado.......................... 34
FIGURA 11: População activa, por ramo de actividade, 2005........................................ 36
FIGURA 12: Consumo familiar, por grupo de produtos e serviços .............................. 37
FIGURA 13: Distribuição das famílias, segundo o rendimento mensal ........................ 37
Namapa
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República de Moçambique
Ministério da Administração Estatal
P
Prre
effá
ácciio
o
Com 800 mil km2 de superfície e uma população de 19,5
milhões de habitantes, Moçambique inicia o séc. XXI, com
exigências inadiáveis de engajamento de todos os níveis da
sociedade e dos vários intervenientes institucionais e
parceiros de cooperação, num esforço conjugado de combate
à pobreza e desigualdade e de promoção do desenvolvimento económico e social do País.
Na esfera da governação, esta exigência abrange todos os níveis territoriais e cada uma das
instituições públicas, estando a respectiva política do Governo enunciada nos preceitos
Constitucionais sobre a Descentralização e a Reforma do Sector Público.
A Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março, ao estabelecer os novos princípios e
normas de organização, competências e de funcionamento destes órgãos nos escalões de
província, distrito, posto administrativo e localidade, dotou o processo de um novo quadro
jurídico que reforça e operacionaliza a importância estratégica da governação local.
Estamos certos que este produto, apetrechará as várias Instituições públicas e privadas,
nacionais ou internacionais, com um conhecimento de todo o país, que potencia o
prosseguimento coordenado das acções de combate à pobreza em Moçambique.
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República de Moçambique
Ministério da Administração Estatal
Efectivamente, entendemos os Perfis Distritais como um contributo para um processo de
gestão que integra, por um lado, os aspectos organizacionais e de competências distritais e,
por outro, as questões decorrentes do desenvolvimento e da descentralização nas áreas da
planificação e da afectação e gestão dos recursos públicos.
A finalizar, referir que a publicação destes Perfis insere-se num esforço continuado, por
parte do Ministério da Administração Estatal e da sua Direcção Nacional de Administração
Local, de monitoria do desenvolvimento institucional da administração pública local e do seu
gradual ajustamento às exigências do desenvolvimento e crescimento em Moçambique.
Entusiasmamos, pois, todas as contribuições e comentários que possam fazer chegar a essa
Direcção Nacional, no sentido de melhorar e enriquecer o conteúdo futuro dos Perfis.
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Siglas e Abreviaturas
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S
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AD Administração Distrital
EN Estrada Nacional
PA Posto Administrativo
Namapa
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Diissttrriitto
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11..11 LLooccaalliizzaaççããoo,, S
Suuppeerrffíícciiee ee PPooppuullaaççããoo
O
distrito de Eráti está localizado a Norte da Província de Nampula, confinando a Norte
com a Província de Cabo-Delgado, através do rio Lúrio, a Sul com o distrito de
Nacarôa, através do rio Mecuburi, a Este com o distrito de Memba e a Oeste com o
distrito de Mecuburi.
Com uma superfície1 de 5.751 km2 e uma população recenseada em 1997 de 210.239
habitantes e estimada, à data de 1/1/2005, em 252.506 habitantes, este distrito tem uma
densidade populacional de 53.9 hab/km2.
A população é jovem (44%, abaixo dos 15 anos de idade), maioritariamente feminina (taxa
de masculinidade de 48%) e de matriz rural (taxa de urbanização de 4%).
11..22 C
Clliim
maa ee H
Hiiddrrooggrraaffiiaa
Climaticamente a região é dominada por climas do tipo semi-árido e sub-
húmido seco. A precipitação média anual varia de 800 a 1200 mm,
enquanto a evapotranspiração potencial de referência (ETo) está entre os
1300 e 1500 mm.
A precipitação média anual pode contudo, localmente, por vezes exceder os 1500 mm,
tornando-se o clima do tipo sub-húmido chuvoso. Em termos da temperatura média
durante o período de crescimento das culturas, há regiões cujas temperaturas excedem os
25ºC, embora em geral a temperatura média anual varie entre os 20 e 25ºC. A zona constitui
a área de influência dos vales dos rios Mecúburi e Lúrio.
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passa para um relevo mais dissecado com encostas mais declivosas intermédias, da zona
subplanáltica de transição para a zona litoral.
Os dambos (ndabo nas línguas locais) são formas especiais dos vales, depressões
hidromórficas suaves ou vales extensos, não profundos, sem escoamento de água na forma
de uma linha de drenagem ou mesmo leito de rio. O escoamento superficial é lento e difuso
para além de poder ainda beneficiar da contribuição do fluxo de água subterrânea,
principalmente nas zonas cujos depósitos apresentam texturas grosseira e arenosa. Estas
unidades de terreno são ainda características das áreas mais planas ao longo dos divisores de
água dos rios.
A fisiografia é dominada pela alternância de interflúvios e os vales dos rios que, devido á sua
largura, profundidade e posição (em relação aos rios), poderão alternar com dambos.
Os vales dos rios são dominados por solos aluvionares (Fluvisols), escuros, profundos, de
textura pesada a média, moderadamente a mal drenados, sujeitos a inundação regular. Nos
dambos encontram-se solos hidromórficos de textura variada, desde arenosos de cores
cinzentas, arenosos sobre argila a solos argilosos estratificados, de cor escura (Mollic, Gleyic
e Dystric Gleysols, e Haplic e Luvic Phaeozems).
Os topos e encostas superiores dos interfluvios são dominados por complexos de solos
vermelhos e alaranjados (Rhodic Ferralsols, Chromic Luvisols), e amarelos (Haplic Lixisols
e Haplic Ferralsols).
A maioria dos solos apresentam texturas média a pesada, sendo profundos, bem a
moderadamente bem drenados. Nas encostas intermédias dos interflúvios os solos variam
de cor, desde solos com cores pardo-acastanhada a castanho-amareladas, moderadamente
bem drenados, com textura argilosa.
11..33 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass
Estão em curso no Distrito actividades de ampliação da rede eléctrica, aquisição de
motobombas para o pequeno Sistema de abastecimento de água potável à Vila de Namapa,
abertura de poços nas comunidades, melhoramento e ampliação do sistema das
Telecomunicações de Moçambique no Distrito, reabilitação de estradas regionais e
terciárias.
Namapa
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O distrito dispõe de diversas fontes, mas em alguns bairros o acesso à água é ainda crítico.
A totalidade dos poços e furos está equipada com bombas manuais mas, devido à pouca
profundidade de alguns, nem sempre fornecem água o ano inteiro.
A Água Rural e a Cooperação Holandesa são as únicas instituições activas no sector a nível
do distrito. A Água Rural tem organizado estágios de manutenção de bombas dirigidos aos
membros das comunidades, e tem animadores a trabalhar no distrito. Por sua vez, o
governo holandês financiou a reabilitação do sistema de abastecimento de água na vila de
Namapa.
Na área das Telecomunicações foi instalado 1 Link VKF com capacidade de 2 canais com
cabina assistida, tendo em vista o melhoramento das comunicações em Namapa.
O distrito possui 113 escolas (das quais, 108 do ensino primário nível 1), e está servido por
7 unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população aos serviços do
Sistema Nacional de Saúde, apesar de a um nível bastante insuficiente como se conclui dos
seguintes índices de cobertura média:
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11..44 EEccoonnoom
miiaa ee S
Seerrvviiççooss
A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares. De
um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações familiares
em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.
Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio
das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das
questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta
ou insuficiência de sementes e pesticidas.
De uma forma generalizada pode-se dizer que a região é caracterizada pela ocorrência de
três sistemas de produção agrícola dominantes. O primeiro corresponde à vasta zona
planáltica baixa onde domina a consociação das culturas alimentares, nomeadamente
mandioca/milho/feijões nhemba e boer, como culturas de 1a época (época das chuvas) e a
produção de arroz pluvial nos vales dos rios, dambos e partes inferiores dos declives. Na
maioria da região, este sistema é característico do topo dos interflúvios, declives superiores e
intermédios.
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O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e
algumas infra-estruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.
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2
2 H
Hiissttó
órriia
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Poollííttiicca
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22..11 H
Hiissttóórriiaa ee ccuullttuurraa
O distrito de Erati tem a sua história ligada à figura do Régulo Khomala, o principal líder da
região e, principalmente, o herói da resistência contra a penetração e dominação colonial.
Para garantir o controlo e a segurança das zonas limítrofes da sua área, Khomala havia
montado emboscadas nas entradas principais do rio Lúrio, em Nacarôa, área de Memba e
de Niwaro, dando instruções aos seus homens para matarem qualquer português que
violasse o seu território.
Reza a história que um soldado português que havia sido enviado para fazer o
reconhecimento da zona e tentar encetar negociações com Khomala caiu numa das
emboscadas montadas pelo Régulo Mutepuere, sobrinho de Khomala e responsável pela
frente do Lúrio. O soldado conseguiu escapar com vida mas o seu cavalo que havia caído e
ficado no território foi morto e a sua cabeça levada a Khomala, como troféu.
Mesmo depois dos vários interrogatórios a que Khomala foi submetido, no intuito de o
convencer a aceitar as ordens dos portugueses, nomeadamente, o pagamento de Impostos
(Mussokho) a favor dos Colonos, ele e seus seguidores continuaram a resistir e a não acatar
as ordens impostas. Foi com base nesta resistência que Khomala foi condenado e,
posteriormente, fuzilado.
A partir de então, os Portugueses passaram a ter domínio total sobre todos os chefes
tradicionais, obrigando-os ao pagamento de Imposto e outros tributos sob ameaça de
morte.
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22..22 C
Ceennáárriioo ppoollííttiiccoo aaccttuuaall ee ssoocciieeddaaddee cciivviill
A liderança tradicional é assegurada pelos seguintes representantes do poder ao nível da
comunidade:
Régulos e Secretários de Bairros;
Chefes de Grupos de Povoações;
Chefe da Povoação;
Chingore;
Outras personalidades na comunidade respeitadas e legitimadas pelo seu papel
social, cultural, económico e religioso.
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Através dos líderes comunitários, as populações têm-se envolvido na busca de soluções para
os problemas existentes, nomeadamente, no combate à criminalidade, em colaboração com
a Polícia Comunitária, através da apreensão e denúncia de delinquentes; no combate ao
cultivo, consumo e comercialização de estupefacientes (suruma); na abertura de vias de
acesso; na confecção de tijolos no âmbito do programa de “comida por trabalho” e na abertura
de poços comunitários usando material convencional ou local.
Namapa
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3
3 D
Deem
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grra
affiia
a
O distrito tem uma superfície de 5.751 km2 e uma
população, à data de 1/1/2005, de 252 mil
habitantes. Com uma densidade populacional de 54
hab/km2, estima-se que o distrito atinja, em 2010, os
274 mil habitantes.
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Na sua maioria casados, após os 12 anos de idade, têm forte crença religiosa, dominada pela
religião Muçulmana.
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33..44 A
Annaallffaabbeettiissm
moo ee EEssccoollaarriizzaaççããoo
Com 87% da população analfabeta, predominantemente mulheres, a taxa de escolarização
no distrito é baixa, constatando-se que somente 29% dos habitantes2 frequentam ou já
frequentaram a escola.
Namapa
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4
4 H
Haab
biitta
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ãooe
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O tipo de habitação modal do distrito é “a palhota, com
pavimento de terra batida, tecto de capim ou colmo
e paredes de caniço ou paus”.
12%
12%
1% 0%
Com Água Canalizada Com retrete ou latrina Com electricidade Com Radio
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________________________________________________________________________________________________
90% 83%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
15%
20%
10% 2%
0% 0%
0%
Canalizada, Canalizada, fora Fontanário Poço ou furo Rio ou Lago
dentro de cas a de cas a
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.
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5
5 O
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O
distrito tem três Postos Administrativos: Namapa-Sede, Alua e Namiroa que, por sua
vez, estão subdivididos em 6 Localidades.
NAMAPA-ERATI
NAMAPA - SEDE
ODINEPA
ALUA
ALUA - SEDE
SAMORA MACHEL
NAMIROA
NAMIROA - SEDE
MUANONA
55..11 G
Goovveerrnnoo D
Diissttrriittaall
O Governo Distrital, dirigido pelo Administrador de Distrito, está
estruturado nos seguintes níveis de direcção e coordenação:
Gabinete do Administrador, Administração e Secretaria;
Direcção Distrital da Agricultura e Desenvolvimento Rural;
Direcção Distrital da Educação;
Direcção Distrital da Saúde;
Direcção Distrital da Cultura, Juventude e Desporto;
Direcção Distrital das Mulher e Coordenação da Acção Social;
Delegação do Registo Civil e Notariado;
Comando Distrital da PRM.
Para além destes órgãos, estão também adstritos ao Governo Distrital, os seguintes
organismos:
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Viaturas
1 para a Administração do Distrito
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PA de Alua – 3 motorizadas
PA de Namirôa – 1 motorizada
DDADR- 3 motos
Equipamento
3 jogos de mobiliário (sala de visitas, jantar e quarto) para as residências dos Chefes
dos Postos Administrativos de Alua e Namiroa.
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As instituições do distrito operam com base nas normas de funcionamento dos serviços da
Administração Pública, aprovadas pelo Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, do Conselho
de Ministros, publicado no Boletim da república n° 41, I Série, Suplemento.
55..22 R
Reeffoorrm
maa ddoo sseeccttoorr ppúúbblliiccoo
O Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, sobre a Reforma do Sector Público, está a ser
implementado no distrito. Com efeito, este instrumento foi objecto de estudo pelos
funcionários do Estado, de modo a garantir a sua correcta implementação pelos sectores.
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________________________________________________________________________________________________
55..33 S
Síínntteessee ddooss rreessuullttaaddooss ddaa aaccttiivviiddaaddee ddooss óórrggããooss ddiissttrriittaaiiss
Nesta secção, sem pretender ser exaustivo e transcrever o rol de funções oficiais dos
Governos Distritais aprovadas e publicadas oficialmente, focam-se as principais actividades
de intervenção pública directa, realizadas no período 2000-2004, que contribuem para o
desenvolvimento do distrito.
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O início do século foi marcado por calamidades naturais, que criaram uma situação de
insegurança alimentar, exigindo do Governo Distrital iniciativas enérgicas de mitigação, de
que se destacam:
Para melhoria das condições de vida das populações, o Governo do Distrito, as ONG’s e
todas as entidades intervenientes levaram a cabo as seguintes actividades:
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Apesar dos esforços desenvolvidos, são ainda bem patentes no distrito os efeitos da
pobreza, calamidades naturais e da guerra que assolou Moçambique nas últimas décadas.
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minas conhecidas neste distrito. Os assaltos, roubos e ofensas corporais são os crimes mais
frequentes no distrito.
55..44 D
Deessm
miinnaaggeem
m
As minas constituem ou constituíram, em algumas zonas identificadas, uma ameaça à
segurança da população e ao desenvolvimento económico. A acção de desminagem em
curso no país desde 1992, tem permitido diminuir o seu risco, sendo hoje a situação
existente no país e neste distrito mais controlada e conhecida.
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4% 2%
12%
23%
13% 54%
10%
82%
Imposto de Reconstrução Nacional T axas e licenças de Mercados Despesas com pessoal Combustíveis e comunicações
Outras receitas e taxas Subsídio do O.E. Manutenção Outros gastos materiais
55..66 C
Coonnssttrraannggiim
meennttooss àà aaccççããoo ddoo G
Goovveerrnnoo D
Diissttrriittaall
Face à situação financeira descrita, o Governo Distrital tem enfrentado vários
constrangimentos à sua acção, de que se destacam os seguintes:
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A participação comunitária tem sido essencial para suprir várias necessidades em matéria de
construção, reabilitação e manutenção de infra-estruturas, nomeadamente estradas
interiores, postos de saúde e escolas, bem como residências para professores e enfermeiros.
Para tal, o Governo Distrital tem estabelecido coordenação de acções com as ONG’s,
visando levar a efeito a reconstrução e construção de infra-estruturas com base em recursos
locais e nos programas “comida pelo trabalho” financiados pelo PMA e pela Acção Agrária
Alemã (AAA).
55..88 A
Appooiioo eexxtteerrnnoo
Na sua actuação, o Governo Distrital tem tido apoio de vários organismos de cooperação,
que promovem programas sociais de assistência, protecção do ambiente e desenvolvimento
rural, que desempenham um papel activo e importante no apoio à reconstrução e
desenvolvimento locais, sendo de destacar a CARE no abastecimento de água rural, a
ADRA e o PMA na distribuição de sementes, e a MSF-Bélgica no sector da saúde.
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6
6 P
Poosssse
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Usso
odda
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a 333
A informação deste capítulo tem por objectivo analisar os
traços gerais que caracterizam a base agrária do distrito,
de forma a permitir inferir sobre eventuais cenários de
intervenção que reforcem o sector no contexto do
processo de desenvolvimento distrital.
Este distrito possui cerca de 60 mil explorações agrícolas com uma área média é de 1
hectare. Com um grau de exploração familiar dominante, 62% das explorações do distrito
têm menos de 1 hectare, ocupando somente 34% da área cultivada.
Este padrão desigual da distribuição das áreas fica evidente se referirmos que 26% da área
cultivada pertence a somente 8% das explorações do distrito.
3 Baseado em trabalho analítico da MÉTIER, suportado pelos dados do INE do Censo Agro-pecuário de 1999-2000. Apesar de se
tratar de extrapolação s a partir duma amostra cuja representatividade ao nível distrital é baixa, considera-se que – do ponto de vista
da análise da estrutura de uso e exploração da terra - os seus resultados são um bom retrato das características essenciais do distrito.
Aconselha-se, pois, que mais do que os seus valores absolutos, este capítulo seja analisado tendo em vista absorver os principais
aspectos estruturais da actividade agrária.
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Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar,
têm como responsável, em quase 85% dos casos, o homem da família.
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
< 1/2 1/2 ha - 1 ha - 2 2 ha - 3 3 ha - 4 4 ha - 5 5 ha - 10 ha - ³ 100
ha 1 ha ha ha ha ha 10 ha 100 ha ha
Estas explorações estão divididas em cerca de 180 mil parcelas, 73% com menos de meio
hectare e exploradas em metade dos casos por mulheres. De reter que, do total de
agricultores, quase 40% são crianças menores de 10 anos de idade, de ambos os sexos.
Namapa
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________________________________________________________________________________________________
66..33 U
Uttiilliizzaaççããoo eeccoonnóóm
miiccaa ddoo ssoolloo
6.3.1 Agricultura
A maioria da terra é explorada em regime de consociação de culturas alimentares,
nomeadamente o milho, mandioca, feijão nhemba, amendoim.
80.000 70.053
70.000
55.399
60.000
50.000
42.775 42.775
40.000 35.439
30.000
14.263
20.000 10.801
10.000
1.628 17.127 0 2.647 407
8.575 7.827
83 6.979 8.541 610 6.728
0 52 2.328 0 32
257
Amendoim Batata Feijão Mandioca Milho Mapira Mexoeira Arroz Tabaco Cana-de- Algodão Girassol
Doce açucar
Para além das culturas alimentares e de rendimento, o distrito tem um apreciável número de
fruteiras e cajueiros.
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________________________________________________________________________________________________
7
7 E
Eddu
ucca
aççã
ãoo
Com 87% da população analfabeta, predominantemente mulheres, a taxa de
escolarização no distrito é baixa, constatando-se que somente 30% dos
habitantes4 frequentam ou já frequentaram a escola primária.
A maior taxa de escolarização verifica-se no grupo etário dos 10 a 14 anos, onde 31% das
crianças frequenta a escola, seguido do grupo de 5 a 9 anos, o que reflecte a entrada tardia
na escola. Na sua maioria, os estudantes são rapazes a frequentar o ensino primário, dada a
insuficiente / inexistente rede escolar dos restantes níveis de ensino nalgumas localidades.
80%
60%
40%
20%
0%
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O baixo grau de escolarização reflecte o facto de, apesar da expansão em curso, a rede
escolar e o efectivo de professores serem insuficientes e possuirem uma baixa qualificação
pedagógica. Tais factos são agravados por factores socio-económicos, resultando em baixas
taxas de aproveitamento e altas desistências, em algumas das localidades do distrito.
Namapa
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A maioria dos professores tem uma formação escolar baixa, possuindo, em média,
habilitações entre a 6ª e a 8ª classe e, em alguns casos, um ano de estágio pedagógico, o que
condiciona bastante a qualidade do ensino ministrado.
Namapa
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________________________________________________________________________________________________
8
8 S
Saaú
údde
eeeA
Accççã
ãooS
Soocciia
all
88..11 C
Cuuiiddaaddooss ddee ssaaúúddee ee qquuaaddrroo eeppiiddéém
miiccoo
A rede de saúde do distrito, apesar de estar a evoluir a bom ritmo, é
insuficiente, evidenciando os seguintes índices de cobertura média:
Uma unidade sanitária por cada 39 mil pessoas;
Uma cama por mil habitantes; e
Um profissional técnico para cada quatro mil residentes no distrito.
A Direcção Distrital de Saúde distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e B”
e pelos Postos de Saúde “Kits B”. A tabela seguinte apresenta, para o ano de 2003, a
posição de alguns indicadores que caracterizam o grau de acesso e de cobertura dos serviços
do Sistema Nacional de Saúde.
O quadro epidémico do distrito é dominado pela malária, diarreia e DTS e SIDA que, no
seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no Namapa
distrito.
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________________________________________________________________________________________________
88..22 A
Accççããoo S
Soocciiaall
A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza
absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e
portadores do HIV-SIDA, tóxico-dependentes e regressados.
Neste distrito existem, segundo os dados do Censo de 1997, cerca de 4 mil órfãos (dos quais
35% de pai e mãe) e cerca de 5 mil deficientes (79% com debilidade física, 13% com
doenças mentais e 8% com ambos os tipos de doença).
A acção social no distrito tem sido coordenada com as organizações não governamentais,
associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidades e de
direitos entre homem e mulher em todos aspectos de vida social e económica, bem como a
integração no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida escolar.
Namapa
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________________________________________________________________________________________________
9
9 G
Géén
neerro
o
O distrito tem uma população de 253 mil habitantes - 131 mil do sexo feminino - sendo 2%
das famílias do tipo monoparental chefiados por mulheres.
99..11 EEdduuccaaççããoo
Tendo por língua materna dominante o Emakuwa, só 6% das mulheres tem conhecimento
da língua portuguesa. A taxa de analfabetismo na população feminina é de 96%, sendo de
78% no caso dos homens.
Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 82% nunca frequentaram a escola e somente
2% concluíram o ensino primário.
A maior taxa de escolarização feminina ocorre no grupo etário dos 10 a 14 anos, em que
19% das raparigas frequentam a escola. Este indicador evidencia o baixo nível escolar e a
entrada tardia na escola da maioria das raparigas, sobretudo nas zonas rurais.
78%
58%
82%
Ensino primário concluído Sem frequência escolar
99..22 A
Accttiivviiddaaddee eeccoonnóóm
miiccaa ee eexxpplloorraaççããoo ddaa tteerrrraa
De um total de 131 mil mulheres, 77 mil estão em idade de trabalho (15 a 64 anos).
Excluindo as que procuram emprego pela 1ª vez, a população activa feminina é de 68 mil
pessoas, o que reflecte uma taxa implícita de desemprego de 11% (idêntica Namapa
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________________________________________________________________________________________________
à dos homens).
As 59 mil explorações agrícolas do distrito estão divididas em cerca de 180 mil parcelas, na
maioria com menos de meio hectare e exploradas, em mais de metade dos casos, por
mulheres. De reter, que 38% do total de agricultores são crianças menores de 10 anos de
idade, de ambos os sexos, das quais 54% são raparigas.
90%
80%
54%
70% 56%
60%
46%
44% Homens
50% Mulheres
40%
15%
30% 11%
20%
10%
0%
Responsável pelas Trabalhadores % de assalariados % de agricultores
explorações agrícolas com menos de 10
anos de idade
99..33 G
Goovveerrnnaaççããoo
Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de algumas organizações
não governamentais, associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de
oportunidades e direitos entre sexos em todos aspectos de vida social e económica, e a
integração da mulher no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida
escolar. Esta coordenação recorre a mecanismos de troca de informação, diálogo e
concertação da acção, evitando a sobreposição de actividades e racionalizando recursos de
Namapa
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________________________________________________________________________________________________
Namapa
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________________________________________________________________________________________________
1
100 A
Accttiiv
viid
daad
deeE
Ecco
onnó
ómmiicca
a
1100..11 PPooppuullaaççããoo eeccoonnoom
miiccaam
meennttee aaccttiivvaa
A estrutura etária da população reflecte uma relação de dependência económica aproximada
de 1:1.2, isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 12 pessoas em idade activa.
De um total de 252 mil habitantes, 142 mil estão em idade de trabalho (15 a 64 anos).
Excluindo os que procuram emprego pela primeira vez, a população economicamente activa
é de 126 mil pessoas, o que reflecte uma taxa implícita de desemprego de 11%.
Da população activa, 98% são trabalhadores familiares ou por conta própria, na maioria,
mulheres. A percentagem de assalariados é somente de 2% da população activa, sendo - de
forma inversa, dominada por homens (as mulheres representam apenas 11% do total de
assalariados).
2% 2% 12% 2%
96% 86%
1100..22 O
Orrççaam
meennttoo ffaam
miilliiaarr
Com um nível médio mensal de receitas familiares de 63% em espécie, derivados do
Namapa
10 Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
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________________________________________________________________________________________________
3% 2%
8%
4%
16%
67%
(*) Inclui o autoconsumo da produção agrícola e a imputação da renda por posse de habitação própria
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, IAF - 2002/03.
Com variância significativa, a distribuição da receita familiar está concentrada nas classes
baixas, com quase 60% dos agregados na faixa de rendimentos mensais inferiores a 1.500
contos.
15,7% 15,6%
13,1%
9,1% 9,7%
5,1%
2,9%
Com m enos De 500.000 a De 1.000.000 De 1.500.000 De 2.000.000 De 2.500.000 De 5.000.000 Com m ais de
de 500.000 MT 1.000.000 MT a 1.500.000 a 2.000.000 a 2.500.000 a 5.000.000 a 10.000.000 10.000.000 MT
MT MT MT MT MT
1100..33 S
Seegguurraannççaa aalliim
meennttaarr ee eessttrraattééggiiaass ddee ssoobbrreevviivvêênncciiaa
Namapa
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As famílias com homens activos recorrem ao trabalho remunerado nas cidades mais
próximas, já que as oportunidades de emprego no distrito são reduzidas, dado que a
economia ter por base, essencialmente, as relações familiares.
Namapa
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O distrito dispõe de diversas fontes, mas em alguns bairros o acesso à água é ainda crítico.
A totalidade dos poços e furos está equipada com bombas manuais mas, devido à pouca
profundidade de alguns, nem sempre fornecem água o ano inteiro.
A Água Rural e a Cooperação Holandesa são as únicas instituições activas no sector a nível
do distrito. A Água Rural tem organizado estágios de manutenção de bombas dirigidos aos
membros das comunidades, e tem animadores a trabalhar no distrito. Por sua vez, o
governo holandês financiou a reabilitação do sistema de abastecimento de água na vila de
Namapa.
Na área das Telecomunicações foi instalado 1 Link VKF com capacidade de 2 canais com
cabina assistida, tendo em vista o melhoramento das comunicações em Namapa.
Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
Namapa
manutenção das infra-estruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede
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de bombas de água a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que,
na época das chuvas, tem problemas de transitibilidade.
1100..55 A
Aggrriiccuullttuurraa ee D
Deesseennvvoollvviim
meennttoo R
Ruurraall
A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares.
Existem pequenas infra-estruturas de rega com capacidade para fazer irrigação de superfície
e represas com potencial para irrigar pequenas áreas agrícolas.
Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio
das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das
questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta
ou insuficiência de sementes e pesticidas.
De uma forma generalizada pode-se dizer que a região é caracterizada pela ocorrência de
três sistemas de produção agrícola dominantes. O primeiro corresponde à vasta zona
planáltica baixa onde domina a consociação das culturas alimentares, nomeadamente
mandioca/milho/feijões nhemba e boer, como culturas de 1a época (época das chuvas) e a
produção de arroz pluvial nos vales dos rios, dambos e partes inferiores dos declives. Na
maioria da região, este sistema é característico do topo dos interflúvios, declives superiores e
intermédios.
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10.5.2 Pecuária
O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e
algumas infra-estruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.
Os animais domésticos mais importantes para o consumo familiar são as galinhas, os patos
e os cabritos, enquanto que, para a comercialização, são os bois, os cabritos, os porcos e as
ovelhas.
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distrito, existem algumas localidades, como Namapa e Alua, cujas fontes de lenha mais
próximas se encontram entre 7 km a 25 km de distância.
1100..66 IInnddúússttrriiaa,, C
Coom
méérrcciioo ee S
Seerrvviiççooss
A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) surge como alternativa à
actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.
A produção de caju e a comercialização de excedentes constituem a base da actividade
comercial do distrito de Eráti. O do distrito é um grande produtor de caju, razão pela qual
há comerciantes de Nampula, Maputo e Beira a operarem em Eráti.
Das 57 lojas existentes no distrito, apenas 46 estão operacionais. Existem, ainda, cinco
moagens e uma fábrica de processamento de algodão em actividade, para além de uma
moagem, uma estação de serviço, duas carpintarias, uma serração e quatro padarias
(inoperacionais).
Opera no distrito uma filial do Banco Austral que se dedica à captação de poupanças, não
havendo nenhum sistema formal de crédito em condições acessíveis aos operadores locais,
o que denota uma fraca implantação do sector financeiro.
Namapa
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Documentação consultada
________________________________________________________________________________________________
D
Dooccu
umme
enntta
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ãoo cco
onnssu
ulltta
adda
a
Administração do Distrito, Balanço de Actividades Quinquenal para a 4ª Reunião Nacional, 2004.
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Documentação consultada
________________________________________________________________________________________________
Ministério do Plano e Finanças, Gabinete de Estudos, DNPO, Relatório sobre Pobreza e Bem-
estar em Moçambique: 2ª Avaliação Nacional (2002-03).
Ministério do Plano e Finanças, Plano de Acção Para a Redução da Pobreza Absoluta (2001-2005),
Conselho de Ministros, 2001.
Namapa
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Série: Perfis Distritais
Edição: 2005