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República de Moçambique

Ministério da Administração Estatal

PERFIL DO DISTRITO DO CHÓKWE


PROVÍNCIA DE GAZA

MASSANGENA

CHICUALACUALA

CHIGUBO

MABALANE

MASSINGIR

GUIJA
CHIBUTO

MANDLAKAZE

XAI-XAI
BILENE
CIDADE_DE
_XAI-XAI

Edição 2014
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informativa.

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Publicado por

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇAO ESTATAL


Direcção Nacional de Administração Local
Maputo - Moçambique
Primeira edição, primeira impressão 2012

Esta publicação está disponível na Internet em http://www.portaldogoverno.gov.mz

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Chókwè
________________________________________________________________________________________________

ÍÍnnddiiccee
PPrreeffáácciioo v  
SSiiggllaass ee A
Abbrreevviiaattuurraass vii  
11   B
Brreevvee C
Caarraacctteerriizzaaççããoo ddoo D
Diissttrriittoo 2  
11..11   LLooccaalliizzaaççããoo,, SSuuppeerrffíícciiee ee PPooppuullaaççããoo 2  
11..22   CClliimmaa 2  
11..33   RReleevvoo ee SSoollooss
e l 2  
11..44   HHiiddrrooggrraaffiiaa 3  
11..55   ÁÁgguuaass ssuubbtteerrrrâânneeaass 4  
11..66   RReeccuurrssooss N Naattuurraaiiss 5  
11..77   IInnffrraaeessttrruuttuurraass ee SSeerrvviiççooss 7  
11..88   EEccoonnoom miiaa 8  
11..99   HHistóriaa,, C
is tó r i Cuullttuurraa ee SSoocciieeddaaddee C
Ciivviill 9  

22   D
Deem
mooggrraaffiiaa 11  
22..11   EEssttrruuttuurraa eettáárriiaa ee ppoorr sseexxoo 11  
22..22   TTrraaççoo ssoocciioollóóggiiccoo 12  
22..33   AAnnaallffaabbeettiissm moo ee EEssccoollaarriizzaaççããoo 14  

33   H
Haabbiittaaççããoo ee C
Coonnddiiççõõeess ddee V
Viiddaa 15  
44   O
Orrggaanniizzaaççããoo A
Addm
miinniissttrraattiivvaa ee G
Goovveerrnnaaççããoo 19  
44..11   GGoovveerrnnoo D Diissttrriittaall 19  
44..22   SSíínntteessee ddaass aattrriibbuuiiççõõeess ee ddaa aaccttiivviiddaaddee ddooss óórrggããooss ddiissttrriittaaiiss 22  
4.2.1   Secretaria Distrital 22  
4.2.2   Serviço Distrital de Actividades Económicas 22  
4.2.2.1   Agricultura e Desenvolvimento Rural 23  
4.2.2.2   Indústria, Comércio e Turismo 23  
4.2.3   Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 24  
4.2.3.1   Educação 24  
4.2.3.2   Cultura 27  
4.2.4   Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 28  
4.2.4.1   Saúde 28  
4.2.4.2   Acção Social 30  
4.2.4.3   Género 32  
4.2.5   Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas 34  
4.2.5.1   Ordenamento Territorial 34  
4.2.5.2   Gestão Ambiental 35  
4.2.5.3   Educação Ambiental 35  
4.2.5.4   Infraestruturas 35  
44..33   FFiinnaannççaass PPúúbblliiccaass ee IInnvveessttiimmeennttoo 37  
4.3.1   Fundo Distrital de Desenvolvimento 38  
4.3.2   Fundo de Investimento em Infraestruturas 39  

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Chókwè
________________________________________________________________________________________________

4.3.3   Fundos Sectoriais Descentralizados 39  


44..44   JJuussttiiççaa,, O
Orrddeem
m ee SSeegguurraannççaa ppúúbblliiccaa 39  
44..55   CCoonnssttrraannggiimmeennttooss ee PPeerrssppeeccttiivvaass 40  
44..66   AAppooiioo eexxtteerrnnoo ee ccoommuunniittáárriioo 40  

55   A
Accttiivviiddaaddee EEccoonnóóm
miiccaa 42  
55..11   PPooppuullaaççããoo eeccoonnoom miiccaam meennttee aaccttiivvaa 42  
55..22   PPoobbrreezzaa ee SSeegguurraannççaa A Alliim
meennttaarr 45  
55..33   IInnffrraaeessttrruuttuurraass ddee bbaassee 46  
55..44   UUssoo ee C Coobbeerrttuurraa ddaa TTeerrrraa 49  
55..55   SSeeccttoorr A Aggrráárriioo 52  
5.5.1   Infraestruturas e equipamento 52  
5.5.2   Zonas agro-ecológicas 52  
5.5.3   Sistemas de cultivo 52  
5.5.4   Produção agrícola 53  
5.5.5   Pecuária 54  
5.5.6   Florestas e Fauna bravia 55  
5.5.7   Pesca 55  
55..66   CCoom méérrcciioo,, IInnddúússttrriiaa ee TTuurriissm
moo 56  
55..77   VVectores de Desenvolvimenttoo ee C
e c to r e s d e D e s en v o lv im e n Caaddeeiiaass ddee V
Vaalloorr 57  

66   V
Viissããoo ee EEssttrraattééggiiaa ddee D
Deesseennvvoollvviim
meennttoo LLooccaall 61  
66..11   V
Viissããoo 61  
66..22   M
Miissssããoo 61  
66..33   O
Obbjjeeccttiivvooss eessttrraattééggiiccooss 61  
66..44   A
Annáálliissee FFOOFFA A 64  

Lista de Quadros
Quadro 1.   População por posto administrativo, 1/7/2012 11  
Quadro 2.   Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento 12  
Quadro 3.   Agregados familiares, segundo a dimensão 12  
Quadro 4.   Agregados familiares, segundo o tipo sociológico 12  
Quadro 5.   Distribuição da população, segundo o estado civil 12  
Quadro 6.   População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo 13  
Quadro 7.   População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português 13  
Quadro 8.   População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 14  
Quadro 9.   Habitações segundo o regime de propriedade 15  
Quadro 10.   Tipo de habitações 15  
Quadro 11.   Habitações segundo o material de construção 16  
Quadro 12.   Habitações, água, saneamento e energia 18  
Quadro 13.   Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis 18  
Quadro 14.   População com 5 anos ou mais, e frequência escolar 24  
Quadro 15.   População de 5 anos ou mais, por nível de ensino 24  
Quadro 16.   Taxas de escolarização 25  
Quadro 17.   Escolas, Alunos, Professores – 2011 26  
Quadro 18.   População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído 27  

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Chókwè
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Quadro 19.   Prestação de serviços de cuidados de saúde 29  


Quadro 20.   Quadro epidemiológico: Casos notificados, 2010-11 30  
Quadro 21.   População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007 31  
Quadro 22.   População deficiente, 2007 31  
Quadro 23.   População portadora de deficiência, segundo a causa 31  
Quadro 24.   Programas de acção social, 2010-2011 31  
Quadro 25.   Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais) 33  
Quadro 26.   Execução orçamental (em ‘000 MT) 38  
Quadro 27.   Receitas cobradas (em ‘000 MT) 38  
Quadro 28.   Projectos de iniciativa local financiados 38  
Quadro 28.   Sector económico do investimento local 39  
Quadro 29.   Investimento local em infraestruturas escolares 39  
Quadro 30.   Investimento local em estradas 39  
Quadro 31.   População segundo a condição de actividade 42  
Quadro 32.   População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 43  
Quadro 33.   População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 44  
Quadro 34.   Rede de Estradas 47  
Quadro 35.   Uso e Cobertura da Terra 49  
Quadro 36.   Produção agrícola: 2007-2011 (toneladas) 53  
Quadro 37.   Evolução de efectivos das principais espécies 54  

Lista de Figuras
Figura 1.   População com 5 anos ou mais, por língua materna ............................................ 13  
Figura 2.   Tipo de habitações ............................................................................................... 16  
Figura 3.   Habitações segundo o material de construção ..................................................... 17  
Figura 4.   Habitações e condições básicas existentes........................................................... 17  
Figura 5.   População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado .............................. 25  
Figura 6.   População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído ................................ 27  
Figura 7.   Quadro epidemiológico, 2011.............................................................................. 30  
Figura 8.   Indicadores de escolarização por sexos ............................................................... 32  
Figura 9.   População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo................................. 33  
Figura 10.   População segundo a posição no trabalho e sexo .............................................. 34  
Figura 11.   População com 15 anos ou mais, segundo a actividade .................................... 43  
Figura 12.   População activa, segundo a ocupação principal ............................................... 44  
Figura 13.   População activa, segundo o ramo de actividade .............................................. 45  
Figura 14.   Explorações segundo a sua utilização ................................................................ 51  
Figura 15.   Explorações por classes de área cultivada ......................................................... 51  

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Chókwè
________________________________________________________________________________________________

SSiiggllaass ee A
Abbrreevviiaattuurraass

APEs Agentes Polivalentes Elementares

BCI Banco Comercial e de Investimentos

BIM Banco Internacional de Moçambique

CDPRM Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique

CENACARTA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção

CFM Caminhos de Ferro de Moçambique

CGRN Comité de gestão de recursos naturais

CISM Centro de Investigação em Saúde da Malária

CL’s Conselhos Locais

CNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDA

COVs Crianças Órfãs e Vulneráveis

DNAL Direcção Nacional da Administração Local

DNPO Direcção Nacional do Plano e Orçamento

DPOPH Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação

DPPF Direcção Provincial do Plano e Finanças

DPS Direcção Provincial de Saúde

DTS Doença de Transmissão Sexual

EDM Electricidade de Moçambique

EN Estrada Nacional

EN1 Estrada Nacional nº 1

EP1 Ensino Primário do 1º Grau

EP2 Ensino Primário do 2º Grau

EPC Escola Primária Completa

ESG1 Ensino Secundário Geral do 1º ciclo

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Chókwè
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ESG2 Ensino Secundário Geral do 2º ciclo

ET Ensino Técnico

FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital

GD Governo Distrital

IAF Inquérito aos agregados familiares, sobre o orçamento familiar

IFP Instituto de Formação de Professores

INE Instituto Nacional de Estatística

IPCC’s Instituições de participação e consulta comunitária

ITS’s Infecções de Transmissão Sexual

LOLE Lei dos Órgãos Locais do Estado

MAE Ministério da Administração Estatal

Mcel Moçambique Celular

MF Ministério das Finanças

MINAG Ministério da Agricultura

MPD Ministério da Planificação e Desenvolvimento

ONGs Organizações Não Governamentais

ORAM Organização de Ajuda Mútua

PA Posto Administrativo

PARPA Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta

PEDD Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PPFD Programa de Planificação e Finanças Descentralizadas

PQG Programa Quinquenal do Governo

PRM Polícia da República de Moçambique

PSAA Pequeno Sistema de Abastecimento de Água

SD Secretaria Distrital

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Chókwè
________________________________________________________________________________________________

SDAE Serviço Distrital de Actividades Económicas

SDEJT Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia

SDPI Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas

SDSMAS Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

SIFAP Sistema de Formação em Administração Pública

STV Soico Televisão

TDM Telecomunicações de Moçambique

VODACOM Operadora de telefonia móvel

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Chókwè
PÁGINA 1
Chókwè
11 B
Brreevvee C
Caarraacctteerriizzaaççããoo ddoo D
Diissttrriittoo
11..11 L
Looccaalliizzaaççããoo,, SSuuppeerrffíícciiee ee PPooppuullaaççããoo
O distrito de Chókwè está situado a Sul da província de Gaza, no curso médio do rio Limpopo,
tendo como limites a Norte o rio Limpopo que o separa dos distritos de Massingir, Mabalane e
Guijá, a Sul o distrito de Bilene e o rio Mazimuchope por distrito de Bilene, Chibuto e Xai-Xai, a
Este confina com os distritos de Bilene e Chibuto e a Oeste com os distritos de Magude e de
Massingir.

A superfície do distrito1 é de 2.450 km2 e a sua população está estimada em 197 mil habitantes à
data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 80,3 hab/km2, prevê-se que o
distrito em 2020 venha a atingir os 223 mil habitantes.

A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é, por
cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa. Com uma população jovem
(45%), abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 79% (por cada 100 pessoas do
sexo feminino existem 79 do masculino) e uma taxa de urbanização de 40%, concentrada na
Cidade do Chókwè e Vila de Xilembene, e nas respectivas zonas periféricas de matriz
semiurbana. A cidade do Chókwè, com uma densidade populacional de cerca de 1.200 hab/km2,
é o 2º maior centro urbano da Província de Gaza.

11..22 C
Clliim
maa
O clima do distrito é dominado pelo tipo semiárido (seco de savana), onde a precipitação varia
de 500 a 800mm, confirmando o gradiente do litoral para o interior, enquanto a
evapotranspiração potencial de referência (ETo) é da ordem dos 1400 a 1500 mm. As
temperaturas médias anuais variam entre os 22ºC e 26ºC e a humidade relativa média anual entre
60-65%.

A baixa pluviosidade, aliada às elevadas temperaturas, resulta numa acentuada deficiência de


água. A irregularidade das chuvas ocasiona estiagem e secas frequentes, mesmo durante a
estação das chuvas.

11..33 R
Reelleevvoo ee SSoollooss
Todo o distrito de Chókwè é uma planície com menos de 100 metros de altitude e composta por
aluviões ao longo do rio Limpopo, que atravessa todo o distrito no sentido NW-SE, e por
depósitos indiferenciados no resto do distrito (PA’s de Macarretane e Lionde).

1
Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com
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Chókwè
Verifica-se a ocorrência de terraços no extremo Sudeste do distrito (PA de Chilembene), junto ao
distrito de Bilene. Em Macarretane, na zona de Matuba, ocorrem argilas vermelhas.

O Distrito possui solos distintos que podem ser divididos em quatro grupos principais:

• O primeiro grupo encontra-se nas áreas elevadas dos sedimentos marinhos, suavemente
ondulado, em grande parte fora do sistema do regadio, com camada superior de areia com
espessura que varia entre 20 a 80cm, mal estruturado, sobre um subsolo franco argiloso
muito duro e compacto, moderadamente a fortemente salino e sódico. O solo arenoso possui
baixa capacidade de retenção de água e tem baixa fertilidade natural;

• O segundo grupo de solos encontra-se nas depressões ou planícies dos sedimentos


marinhos, caracteriza-se por um relevo plano ou quase plano com declives inferior a 0.5%,
textura agrícola pesada e fertilidade moderada. Estes solos são imperfeitamente a
pobremente drenadas e podem ser inundadas durante semanas. Em algumas áreas encontra-
se uma salinidade e sodicidade mais ou menos forte no subsolo e localmente no solo da
superfície;

• O terceiro grupo de solos é composto por variedades de solos profundos, arenosos,


moderadamente a bem drenados e de fertilidade natural baixa a moderada nas dunas
interiores. São geralmente salinos e não sódicos; e

• O quarto grupo de solo desenvolve-se nos sedimentos recentes do rio Limpopo, ocupando
toda área dos meandros do rio. Estes solos são profundos, altamente variáveis em textura,
geralmente com elevada fertilidade natural. O relevo é localmente ondulado com curta
inclinação. São solos usados intensivamente em sequeiro pelo sector familiar.

11..44 H
Hiiddrrooggrraaffiiaa
O distrito tem um grande potencial hidrográfico, sendo banhado pela margem direita do Rio
Limpopo e pelo Rio Mazimuchope, possuindo ainda os riachos periódicos de Ngonwane,
Munhuane, Chuezi, Nhambabwe e as lagoas de Chinangue, Ngondzo, Nha-nhai, Mbalambe e
Khokhotiva.

O Rio Limpopo é, a seguir ao Zambeze, o rio mais extenso de Moçambique e serve o maior
sistema de irrigação do país, atravessando o distrito de Chókwè em todo o seu comprimento, no
sentido NW-SE, estabelecendo a fronteira com os distritos de Mabalane, Guijá e Chibuto.

A área total de captação do rio Limpopo é de 412.280 Km², distribuída por 4 países, ao longo dos
seus 1.461 Km de extensão.

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Chókwè
Nasce na confluência dos rios Marico e Crocodilos na África do Sul, numa zona a Noroeste de
Pretória. Depois de se juntar ao rio Notwane, proveniente do Botswana, este rio estabelece
fronteira entre o Botswana e a África do Sul e corre para Nordeste. Na confluência com o rio
Shashe, proveniente do Zimbabwe, o Limpopo vira para Leste e corre ao longo da fronteira entre
o Zimbabwe e África do Sul antes de entrar em território moçambicano, em Pafúri.

Em Moçambique, o Limpopo corre 561Km, antes de desaguar no Oceano Índico em Zongoene, a


60 Km da cidade de Xai-Xai.

O rio dos Elefantes e os seus tributários formam, com 79 mil Km², a segunda área de captação
do Limpopo, da qual 84% está localizada na África do Sul.

A terceira área de captação do Limpopo, com 43 mil Km² em Moçambique, está ligada ao rio
Changane, que drena uma área de fraca precipitação e está seco na maior parte do ano.

O caudal do Limpopo é caracterizado por uma variação de caudal considerável, estando, alguns
anos, seco por alguns meses. Estima-se que apenas 10% do caudal medido em Chókwè é gerado
na parte moçambicana da área de captação do rio.

Os seus caudais são muito baixos durante a estação seca, tendo reduzido bastante no Baixo
Limpopo (desde a barragem de Macarretane até à foz do rio, em Zongoene), devido à construção
de reservatórios e barragens nos países a montante.

As águas do rio Limpopo tendem a ser altamente mineralizadas (salinas) devido a vários
motivos, nomeadamente: (a) o facto de o rio drenar uma área de captação árida; (b) o afluxo da
água salina drenada dos vários sistemas de regadio existentes ao longo das suas margens, o que
aumenta a condutividade e concentração de sais em direcção a jusante; e (c) o gradiente do rio
ser baixo no período seco, ocorrendo penetração da água do mar (salgada) para o interior, até 80
km da costa.

Quanto ao rio dos Elefantes, embora as suas flutuações de caudal sejam menores que as do
Limpopo, são significativas, sendo essencial a albufeira de Massingir para a sua regulação e para
possibilitar o uso intensivo da água no Baixo Limpopo.

11..55 Á
Ágguuaass ssuubbtteerrrrâânneeaass
A maior parte dos aquíferos do distrito do Chókwè são profundos (mais de 100 metros), variando
de alta produtividade e boa qualidade de água (na cidade de Chókwè, Lionde e maior parte de
Macarretane), a baixa produtividade e qualidade medíocre da água (numa parte de Macarretane).

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Chókwè
A parte oriental do distrito (Chilembene) possui aquíferos até 20 metros com alta produtividade e
boa qualidade de água. Mais de 2/3 do território do distrito tem áreas com ocorrência de água
salobra.

A água no distrito do Chókwè, incluindo a cidade de Chókwè, é obtida principalmente através de


furos que existem nas localidades. As áreas que estão fora do sistema de regadio não têm acesso
a fontes melhoradas de água e, durante a estação seca, os seus residentes são obrigados a
percorrer grandes distâncias à procura de água.

11..66 R
Reeccuurrssooss N
Naattuurraaiiss
A vegetação natural do Distrito é escassa, pois quase todo ele é ocupado por terrenos agrícolas.
No Posto Administrativo de Macarretane junto ao limite do distrito de Massingir, ocorre matagal
alto, com pequenas porções de matagal médio e baixo.

Possui florestas formadas principalmente de micaias, chanatse, acácias, chanfutas, mondzo e


sândalo.

As árvores são usadas sobretudo como combustível doméstico na forma de lenha e carvão
comercializado localmente e fora do distrito.

Existe um programa de gestão de florestas em Machua e Machinho. Esta gestão é feita pelas
próprias comunidades, existindo 49 florestas comunitárias das quais 3 em Mapapa, Conhane,
Massavasse, com fim de gestão e preservação dos recursos ambientais.

O distrito debate-se com problemas de desflorestamento e erosão de solos provocados pelas


queimadas e abates descontrolados de árvores. Em alguns locais tais como Massavasse, Conhane,
Chilembene, Chiguidela, Chalucuane, Mahlazine e Nwachicoluane há problema da falta de lenha
e os residentes tem se deslocado a volta de 7 a 30 Kms para obtê-la.

As espécies da fauna bravia existente no distrito incluem: javalis, gazelas, coelhos, crocodilos e
hipopótamos, macacos, tartarugas, elefantes e búfalos tendo no passado existido leões, leopardos
e hienas.

A carne de caça, principalmente cudos, gazelas, javalis, impalas e coelhos constituem um


suplemento na dieta das famílias. No Posto Administrativo de Macarretane, existe uma área de
vigilância especial denominada Área de Vigilância de Limpopo.

Existe um programa de gestão de fauna em Machua e Machinho. Verificando-se alguns casos de


conflito homem-fauna bravia.

PÁGINA 5
Chókwè
Os principais constrangimentos desta actividade são: Exiguidade de meios de fiscalização e de
recursos humanos qualificados.

O Distrito tem um potencial de cerca 87.000 ha de terras aráveis para agricultura, 50.000 ha
pecuária, 26.000 ha florestas e fauna bravia para além de áreas não quantificadas destinados a
exploração de areia. Actualmente estão sendo aproveitados cerca de 54.000ha (61%) para a
Agricultura, 26.000ha (51%) para a Pecuária e 20ha (0,07%) para Florestas.

A gestão das terras no distrito é feita com a participação das comunidades. A terra é usada pela
maior parte das famílias para a prática da agricultura e pecuária.

O distrito conta com 119 licenças de uso e aproveitamento de terra para os seguintes fins: 21 para
habitação; 6 para agropecuária, 40 actividade agrícola, 16 para pecuária, 8 para comércio, 8 para
indústria e 20 para outros fins sociais.

O tipo de conflito de terras mais comum é de carácter histórico, prende-se com a deficiente
delimitação das terras, existindo 3 comités gestão de terra, sendo 1 em cada Posto Administrativo.
A delimitação de terra nas comunidades é na base de hábitos costumeiros, sendo que os conflitos
que ocorrem são dirimidos pelas autoridades locais.

A gestão de terras no perímetro irrigado é feita pela Empresa Pública Hidráulica de Chókwè
(HICEP), competências atribuídas pelo decreto no 3/97 de 4 de Maio.

Os constrangimentos existentes no sector são: a falta de transporte para a fiscalização e de


recursos humanos qualificados.

O Rio Limpopo é um dos grandes potenciais de que o Distrito se beneficia, sob gestão da
Unidade de Gestão da Bacia do Limpopo (UGBL), servindo o mercado agrícola no baixo
Limpopo, assim como pequenos agricultores ao longo do vale do Rio.

A gestão de água no sistema de regadio é feita pela HICEP, e tem em vista assegurar a efectiva
utilização deste recurso para a prática da agricultura ao longo do perímetro irrigado.

A ponte açude em Macarretane, serve para elevar o nível de água do rio Limpopo para o regadio.
O rio Mazimuchope é utilizado para assegurar a agricultura e abeberamento de gado.

Os constrangimentos existentes no sector de gestão de recursos hídricos são: falta da capacidade


técnica para uso integral dos recursos hídricos, recursos humanos qualificados, meios circulantes
e equipamento adequado

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Chókwè
11..77 IInnffrraaeessttrruuttuurraass ee SSeerrvviiççooss
As vias rodoviárias principais totalizam 389 quilómetros de estradas, em geral, transitáveis, e o
distrito tem acesso fácil à EN1 e aos principais distritos da província. A rede de estradas está em
situação razoável, embora algumas vias, só sejam transitáveis durante a época seca, devido às
características do solo. Existe um total de 120Kms de estradas asfaltadas, 93Kms de terra batida
e 176Kms de picadas.2 A ligação entre as Localidades e Postos Administrativos é deficiente
devido aos factores acima referidos e à inexistência de aquedutos e pontecas em alguns troços.

O Distrito conta com uma rede de transporte semicolectivos de passageiros que liga todos Postos
Administrativos e suas localidades, para além de autocarros que fazem a ligação inter-provincial
e internacional para África do Sul. Possui ligação com a república do Zimbabwe, por via
ferroviária.

A reabilitação da rede rodoviária tem tido grande impacto positivo na comercialização, na


agricultura, no acesso e reabilitação de escolas e postos de saúde e no transporte da ajuda
alimentar e de bens. Em particular as estradas não classificadas precisam de cuidados de
manutenção reforçados.

O Distrito conta com 1 aeródromo, situado na Cidade de Chokwe e é servido pelo transporte
ferroviário na linha Maputo-Chicualacuala, que liga o Porto de Maputo ao Zimbabwe.

Quanto às telecomunicações o distrito conta com a rede fixa da TDM e móvel, possuindo um
telecentro para acesso à Internet e Correio electrónico. Existe, ainda, telégrafo e comunicações
via rádio, sendo de lamentar o fraco sinal da TVM.

As Telecomunicações de Moçambique no Distrito contam com 356 assinantes normais, 14


cabines públicas e 2 de telecartão.

As águas subterrâneas são o principal recurso para o abastecimento de água à população do


distrito, sendo o fornecimento de água feito principalmente através dos 246 furos existentes em
algumas localidades (86 inoperacionais), e pelo sistema do “FIPAG”, na cidade de Chókwe e
periferia. Esta rede corresponde a uma taxa de cobertura de cerca de 63%.

Existem, ainda, 27 pequenos sistemas de abastecimento de água, dos quais 21 estão operacionais
e com a sua gestão feita pelo FIPAG e privados.

O distrito beneficia de uma razoável cobertura de rede eléctrica da EDM, sendo cobertas pela
sua distribuição 22% da população total do distrito (à data do Censo de 2007), contra 11% a data
do Censo de 1997.

2
Fonte: SDPIE, Chókwè
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Chókwè
Está em implementação o projecto aprovado em 2012 pelo Centro de Promoção de
Investimentos de Kuvaninga Energia de construção e exploração de uma central eléctrica a gás
natural para a produção e venda de energia eléctrica, estimado em 104.900.000 USD.

O distrito do Chókwè possui 98 escolas (das quais, 48 do EP1, 1 EPII, 37 EPC), e está servido
por 20 Unidades Sanitárias, sendo 1 Hospital Rural, 19 Centros de Saúde, destes 1 do tipo I, 9
do tipo II e os restantes são do tipo III.

11..88 E
Eccoonnoom
miiaa
O Chókwè é um distrito pequeno e densamente povoado, com excelentes condições para a
prática da agricultura. Este distrito possui quase 40% do total da área de regadios de
Moçambique. Em relação à Província de Gaza, está localizada neste distrito 70% da área total e
90% da sua área operacional.

A actividade económica do distrito assenta, fundamentalmente, na agricultura e na pecuária.


Outras actividades que contribuem para o aumento da produção e geração de rendimentos são a
pesca, a exploração de argila para a construção civil, o comércio e as indústrias alimentar e de
bebidas.

O distrito possui facilidades para atracção de investimentos, como sejam as condições naturais
(disposição do relevo, clima e recursos hídricos) favoráveis à prática da agricultura (sobretudo as
culturas de arroz e hortícolas), os recursos humanos qualificados (embora ainda insuficientes), a
existência de infraestruturas socioeconómicas básicas (energia eléctrica, água, rede de telefonia
móvel e fixa, rede sanitária e escolar, vias de acesso transitáveis em grande parte do território do
distrito), a ocorrência de argila, a existência de um número significativo de micro e pequenas
empresas de prestação de serviços (serralharia, carpintaria, construção civil, restauração,
acomodação e outras) e um povo simpático e acolhedor.

O distrito selecionou como vectores de desenvolvimento do distrito o arroz, o tomate e o frango


de corte.

O distrito do Chókwè possui quase 40% do total da área de regadios de Moçambique. Em


relação à Província de Gaza, está localizada neste distrito 70% da área total e 90% da sua área
operacional.

O Distrito possui um sistema de rega com uma capacidade para irrigar 33.000 hectares. Mas,
devido ao assoreamento e degradação do sistema, esta área reduziu para 23.000 hectares. A fraca
capacidade dos utentes, aliada a outros factores, faz com que actualmente estejam a ser utilizados
23.000 hectares beneficiando mais de 12.000 produtores por campanha agrícola.

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Chókwè
Chókwè é um dos principais distritos de criação de gado na província de Gaza e no País. Apesar
de o fomento pecuário ter sido insuficiente, o investimento privado e a tradição na criação de
gado e uso de tracção animal, conduziram ao crescimento do efectivo bovino de 26 mil cabeças
em 2000, para cerca de 43.429 mil em 2011, cuja exploração é feita por vários criadores privados
e familiares, servidos por algumas infraestruturas de apoio.

A vegetação natural no distrito de Chókwè é escassa, pois quase todo ele é ocupado por terrenos
agrícolas. As árvores são usadas sobretudo como combustível doméstico na forma de lenha e
carvão comercializados localmente. O distrito debate-se com problemas de desflorestamento e
erosão de solos provocadas pelas queimadas e abate descontrolados.

O Distrito, possui um enorme potencial para o desenvolvimento da piscicultura, conta com 55


tanques sendo: 7 tanques pertencentes a Igreja Católica localizados na cidade de Chókwe, 27
tanques do Estado, localizados no Posto Administrativo de Lionde, 21 em Xilembene dos quais 4
pertencem ao sector privado e os restantes pertencentes ao Estado.

O distrito está bem integrado na rede comercial do sul do país, possuindo ligações comerciais
com cidades próximas e distritos vizinhos e conta com 234 estabelecimentos. O parque industrial
do Distrito é composto por 46 indústrias, das quais 31 operacionais e 15 inoperacionais. As
indústrias operacionais são basicamente de micro e pequenas dimensões ligadas à produção de
pão, bebidas (vinhos), material de construção e outros artigos.

Comparativamente aos outros distritos da província de Gaza, Chókwè encontra-se privilegiado


em termos de serviços financeiros. Neste distrito, há agências bancárias do Millennium BIM,
BCI, Barclays, Banco Oportunidade de Moçambique e Banco Terra. Outras instituições de
microfinanças ou que prestam serviços micro-financeiros incluem o Banco Procredit, a ONG
Africa Works, a Cooperativa dos Produtores do Limpopo e o Fundo Distrital de
Desenvolvimento. Estas instituições servem não só a população de Chókwè, mas também a dos
outros distritos, nomeadamente Guijá, Mabalane, Chicualacuala, Massingir, Massangena e
Chigubo.

11..99 H
Hiissttóórriiaa,, C
Cuullttuurraa ee SSoocciieeddaaddee C
Ciivviill

O Distrito de Chókwe, outrora pertencente a povoação de Caniçado, foi criado em 1975 através
do decreto 6/75 de 18 de Janeiro. Em 1987, através da resolução nº 8/87 de 25 de Abril, é
classificado por Distrito da 1ª classe.

A cidade ascende a categoria de Distrito Municipal em 1992, ao abrigo da Lei 3/94 de 13/09 que
foi revogada pela Lei 2/97 que cria as Autarquias Locais.

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Chókwè
O rápido desenvolvimento sócio económico da aldeia de Guijá, hoje ‘Chókwe’, levou a que
fosse criado um Conselho de 3ª classe, através da portaria nº 13/534 de 28 de Novembro de
1959, com sede provisória na Aldeia da Barragem, tendo entrado em pleno funcionamento no dia
01/01/1960. Por Portaria no 13/892 de 19 de Março do mesmo ano, a antiga aldeia de Guijá é
considerada sede definitiva do Conselho, passando a designar-se Vila Alferes Chamusca. A 25
de Abril de 1964 foi baptizada com o nome Vila Trigo de Morais, em homenagem ao
Engenheiro pioneiro do projecto do Regadio do Limpopo, através da portaria no 17:781. Por
Portaria 713 de 17 de Agosto de 1971 a Vila Trigo de Morais foi elevada a categoria de cidade.

Segundo fontes locais, Chókwe/Chambal é nome de um cidadão, pastor da Igreja Free-Metodista


proveniente da outra margem do rio Limpopo que fixara a sua residência nas terras de Nkavelane
(na zona desta urbe, jurisdição do ex-régulo Rihondzo – actualmente conhecido por Lionde).

O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital composto por 50 membros e presidido pelo
Administrador Distrital. Em 2011 o CCD aprovou 157 projectos de iniciativa local. No Distrito
funcionam quatro Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, com 30 membros cada, e
presididos pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo
estes envolvem os membros dos Conselhos Consultivos de Localidade.

Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do PEDD e


PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local, bem como no
que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local e projectos com
impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são submetidos
posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.

No âmbito da implementação do Decreto 15/2000 sobre as autoridades comunitárias de 1ª e 2ª


linha (régulos, chefes de terras e secretários de bairro), foram reconhecidas 10 autoridades
comunitárias do III escalão nas aldeias de Malhazene, Chiduachine, Hókwe, Mananganine,
Matsolo, Muzai, Zuza, Viúva e Marrambajane no Posto Administrativo de Chilembene e Duvane
no Posto Administrativo de Lionde. O Distrito conta com 49 Autoridades Comunitárias, das
quais 34 são do I escalão, 5 do II escalão e 10 do III escalão. A relação entre a Administração e
as autoridades comunitárias é positiva e tem contribuído para a solução dos vários problemas
locais, nomeadamente os surgidos devido aos conflitos de terras existentes no distrito.

Em relação à religião existem várias crenças no distrito e representes das respectivas hierarquias
e que se têm envolvido, em coordenação com as autoridades distritais em várias actividades de
índole social. A religião dominante é a Sião/Zione, praticada pela maioria da população.

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Chókwè
3
22 D mooggrraaffiiaa3
Deem
A superfície do distrito4 é de 2.450 km2 e a sua população está estimada em 197 mil habitantes à
data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 80,3 hab/km2, prevê-se que o
distrito em 2020 venha a atingir os 223 mil habitantes.

22..11 E
Essttrruuttuurraa eettáárriiaa ee ppoorr sseexxoo
A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é, por
cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa.

Com uma população jovem (45%), abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 79%
(por cada 100 pessoas do sexo feminino existem 79 do masculino) e uma taxa de urbanização de
40%, concentrada na Cidade do Chókwè e Vila de Xilembene, e nas respectivas zonas periféricas
de matriz semiurbana.

Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012


Grupos etários
TOTAL 0-4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e mais
Distrito de Chókwè 196,671 33,432 55,701 81,425 18,996 7,117
Homens 87,022 16,645 27,302 33,751 7,089 2,235
Mulheres 109,650 16,787 28,399 47,674 11,907 4,882
Cidade de Chokwé 57,098 8,886 15,639 26,169 5,062 1,341
Homens 25,569 4,441 7,505 11,172 2,042 409
Mulheres 31,531 4,446 8,134 15,010 3,008 933
P.A. de Lionde 45,188 7,693 12,878 18,460 4,390 1,767
Homens 20,232 3,848 6,361 7,811 1,665 548
Mulheres 24,961 3,846 6,517 10,656 2,723 1,219
P.A. de Macarretane 31,858 5,903 9,356 12,223 3,061 1,314
Homens 13,858 2,970 4,663 4,726 1,060 440
Mulheres 17,990 2,934 4,694 7,483 2,008 871
P.A. de Xilembene 62,529 10,949 17,828 24,573 6,483 2,696
Homens 27,362 5,386 8,774 10,042 2,322 837
Mulheres 35,168 5,562 9,054 14,524 4,168 1,859
Fonte: INE, Dados do Censo de 2007.

A cidade do Chókwè, com uma densidade populacional de cerca de 1.200 hab/km2, é o 2º maior
centro urbano da Província de Gaza.
Das pessoas residentes no distrito, 81% nasceram no próprio distrito, o que denota fluxos de
migração internos baixos. No caso das mulheres este fluxo é maior entre distritos da mesma
província e menor quando considerado em relação a outras províncias do país.

3
Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária.
4
Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com
PÁGINA 1 1
Chókwè
Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento
    Local  de  Nascimento  
Noutro  distrito  
No  próprio   da  mesma   Noutra  
    distrito   província   Província  
Total   80.6%   14.3%   5.1%  
 -­‐  Homens   82.8%   11.4%   5.9%  
 -­‐  Mulheres   78.9%   16.6%   4.5%  
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

22..22 T
Trraaççoo ssoocciioollóóggiiccoo
Das 39 mil famílias5 do distrito, a maioria é do tipo sociológico alargado (49%), isto é, com um
ou mais parentes para além de filhos e têm, em média, 5 membros.

Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão


% de agregados, por dimensão
1-2 3-5 6 e mais
22.8% 41.0% 36.2%
Fonte: INE, Dados do Censo de 2007 e Projeções globais da população.

Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico


TIPO SOCIOLÓGICO DE AGREGADO FAMILIAR
Monoparental (1) Nuclear
Unipessoal Alargado (2)
Masculino Feminino Com filhos Sem filhos
11.9% 1.1% 16.4% 18.6% 3.4% 48.8%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Censo de 2007.
1) Família com um dos pais.
2) Família nuclear ou monoparental com ou sem filhos e um ou mais parentes.

Na sua maioria casados após os 12 anos de idade, têm forte crença religiosa, dominada pela
religião Sião ou Zione.

Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil


Com 12 anos ou mais, por Estado civil

Casado ou Separado/
Total Solteiro união Divorciado Viúvo
100.0% 36.8% 47.9% 4.0% 11.3%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Censo de 2007.

Tendo o Xichangana como língua materna dominante, constata-se que 53% da população do
distrito (com 5 ou mais anos de idade) tem conhecimento da língua portuguesa, sendo este

5
Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007.
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Chókwè
domínio predominante nos homens, dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de
trabalho.

Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo


GRUPO ETÁRIO
TOTAL 5-9 10 - 14 15 - 19 20 - 44 45 e mais
TOTAL 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Xichangana 92.0% 93.3% 92.6% 90.3% 89.9% 92.4%
Xirhonga 0.2% 0.0% 0.1% 0.2% 0.2% 0.3%
Português 5.1% 4.8% 6.1% 7.5% 6.8% 3.7%
Xitshwa 0.3% 0.0% 0.1% 0.2% 0.3% 0.5%
Outras 2.7% 1.9% 1.3% 2.0% 3.0% 3.6%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Censo de 2007.

Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português


Sabe falar Português Não sabe falar Português
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 53.2% 60.5% 47.8% 46.8% 39.5% 52.2%
5 - 9 anos 33.2% 32.0% 34.5% 66.8% 68.0% 65.5%
10 - 14 anos 71.4% 69.4% 73.4% 28.6% 30.6% 26.6%
15 - 44 anos 91.4% 91.6% 91.2% 8.6% 8.4% 8.8%
45 anos ou mais 59.3% 76.9% 40.4% 40.7% 23.1% 59.6%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística.

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Chókwè
22..33 A
Annaallffaabbeettiissm
moo ee E
Essccoollaarriizzaaççããoo
Com 60% da população alfabetizada, predominantemente homens, o distrito tem uma taxa de
escolarização normal, constatando-se que 70% dos seus habitantes frequentam ou já
frequentaram a escola, ainda que maioritariamente somente até ao nível primário.

Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012


Taxa de analfabetismo
TOTAL Homens Mulheres
Total 40.7% 26.9% 49.7%
15 - 19 anos 16.3% 15.5% 17.0%
20 - 24 anos 29.7% 21.4% 34.9%
25 - 29 anos 36.9% 27.4% 43.3%
30 - 44 anos 42.0% 28.3% 49.9%
45 anos ou mais 65.5% 39.0% 81.4%
P.A. da Cidade do Chokwé 30.1% 18.5% 38.2%
P.A. de Lionde 39.4% 25.4% 48.8%
P.A. de Macarretane 49.7% 35.4% 58.2%
P.A. de Xilembene 47.3% 32.6% 56.6%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

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Chókwè
6
33 H
Haabbiittaaççããoo ee C Viiddaa6
Coonnddiiççõõeess ddee V
As características físicas das habitações, especialmente o material usado na sua construção e o
acesso a serviços básicos de água, saneamento e energia, são indicadores importantes do nível de
vida dos agregados familiares. As características do parque habitacional duma sociedade
constituem um indicador bastante relevante do nível de desenvolvimento socioeconómico.

Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade


Total  de  Habitações   100.0%  
 -­‐  Próprias   92.2%
 -­‐  Alugadas   3.8%
 -­‐  Cedidas  ou  emprestadas   3.1%
 -­‐  Outro  regime   0.9%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

A maioria (92%) das cerca de 40 mil habitações7 existentes no distrito são de propriedade
própria.

O tipo de habitação dominante é a casa mista (55%), que é um tipo de habitação que combina
materiais de construção duráveis e materiais de origem vegetal. A casa de tipo básico representa
21% e a palhota 20% do parque habitacional do distrito.

Quadro 10. Tipo de habitações


Casa convencional8 ou apartamento9 4.4%
Casa mista10 55.1%
Casa básica11 21.0%
Palhota12, casa improvisada13 e outras 19.5%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

6
Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária.
7
Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007.
8
Casa convencional - é uma unidade habitacional unifamiliar que tenha quarto(s), casa de banho, cozinha dentro de casa, e
construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de betão). Pode ser de rés do
chão, mais de 1 ou 2 pisos.
9
Flat/apartamento - é uma unidade habitacional que tenha quarto(s) casa de banho, cozinha pertencente a uma unidade
habitacional multifamiliar com 1 ou mais pisos podendo ser de um bloco ou conjunto de blocos.
10
Casa mista – é uma casa construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de
betão), materiais de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço, paus maticados, madeira, etc) e adobe.
11
Casa básica – é uma unidade habitacional que só tem quarto(s) e não tem casa de banho e ou cozinha, sendo construída com
materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de betão). Inclui-se nesta categoria o conjunto de
quartos geminados (casa comboio) que utilizam os mesmos serviços (casa de banho, cozinha e água).
12
Palhota – é uma casa cujo material predominante na construção é de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu,
caniço, adobe, paus maticados, etc).
13
Casa improvisada – são habitações construídas com material improvisado e precário, tal como papel, saco, cartão,, latas,
cascas de árvores, etc.
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Chókwè
Figura 2. Tipo de habitações

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

Apesar de as condições de habitação serem diferentes entre as zonas urbanas e rurais do distrito,
verifica-se um padrão comum dos materiais de construção caracterizado por:
• A maioria das casas tem paredes de caniço/paus (61%) ou blocos de cimento ou tijolo (26%);
• A maioria das casas tem cobertura de chapas ou telhas (79%);
• A maior parte das casas tem pavimento de adobe (49%), seguido de cimento (42%).

Quadro 11. Habitações segundo o material de construção


Em  %  
    Total   Urbano   Rural  
Paredes   100.0%   100.0%   100.0%  
 -­‐  Blocos  de  cimento  ou  tijolo   25.9% 31.2% 22.2%
 -­‐  Caniço  /  Paus   61.0% 49.7% 68.8%
 -­‐  Madeira  /  Zinco   1.9% 1.2% 2.4%
 -­‐  Outro  material   11.3% 17.9% 6.7%
Cobertura   100.0%   100.0%   100.0%  
 -­‐  Chapas  ou  telhas   78.8% 86.7% 73.4%
 -­‐  Laje  de  betão   1.0% 1.3% 0.7%
 -­‐  Capim  ou  outro  material   20.2% 12.0% 25.9%
Pavimento   100.0%   100.0%   100.0%  
 -­‐  Cimento,  parquet  ou  mosaico   41.9% 52.0% 34.9%
 -­‐  Adobe   49.0% 38.1% 56.5%
 -­‐  Sem  nada   9.1% 9.9% 8.6%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

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Chókwè
Figura 3. Habitações segundo o material de construção

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

O gráfico e quadro seguintes mostram a distribuição percentual das habitações por acesso aos
serviços básicos. Ainda que maior nas áreas urbanas do distrito, o acesso a serviços básicos é
também limitado nestas áreas. Em geral a situação de acesso pode ser assim caracterizada:
• A cobertura de energia eléctrica é de 22%;
• A maioria das famílias usa como fonte de energia o petróleo (54%);
• Cerca de 69% das famílias tem acesso a fontes de água potável14;
• Cerca de 35% das famílias usam sistemas de saneamento melhorados15.
Figura 4. Habitações e condições básicas existentes

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

14
Água canalizada (dentro e fora da casa), fontenário e poço/furo protegido c/ bomba.
15
Retrete ligada a fossa séptica, Latrina melhorada e Latrina tradicional melhorada.
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Chókwè
Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia
Casa Casa Casa
HABITAÇOES  E  CONDIÇOES  BÁSICAS  EXISTENTES TOTAL Palhota
convencional mista básica
ENERGIA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Electricidade 21.8 85.1 16.1 42.0 0.8
Gerador/placa solar 0.4 0.2 0.3 0.9 0.1
Gás 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Petróleo/parafina/querosene 53.6 8.3 57.0 38.3 71.7
Velas 21.6 6.4 24.6 17.7 20.9
Baterias 0.1 0.0 0.1 0.2 0.1
Lenha 1.8 0.1 1.3 0.5 5.2
Outras 0.6 0.0 0.6 0.3 1.2
ÁGUA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Água canalizada 24.0 86.4 23.3 30.9 3.6
- dentro da casa 4.1 80.0 1.0 0.0 0.0
- fora de casa 19.9 6.4 22.3 30.9 3.6
Não-canalizada 76.0 13.6 76.7 69.1 96.4
- fontenário 21.5 6.4 23.5 25.2 15.0
- poço/furo protegido c/ bomba 23.3 3.3 25.4 18.5 27.1
- poço sem bomba 20.6 2.7 17.4 20.5 34.1
- rio/lago/lagoa 9.0 0.7 8.6 4.2 17.5
- chuva 0.5 0.0 0.4 0.1 1.6
- outros 1.1 0.5 1.5 0.6 1.0
SANEAMENTO 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Retrete ligada a fossa séptica 5.1 90.0 0.1 4.7 0.0
Latrina melhorada 12.0 5.2 9.7 26.7 3.4
Latrina tradicional melhorada 17.5 1.4 19.6 21.8 10.5
Latrina não melhorada 45.8 2.7 52.0 38.1 46.9
Não tem retrete/latrina 19.5 0.6 18.6 8.7 39.2
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

No que diz respeito a posse de bens, a incidência da posse de bens duráveis pelas famílias
residentes no distrito é apresentada na tabela seguinte.

Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis


Casa Telefone Nenhum
própria Rádio Televisor fixo Computador Carro Motorizada Bicicleta bem
92.2%   47.0%   18.2%   0.6%   0.8%   5.1%   4.0%   28.2%   43.1%  
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

Constata-se que, exceptuando a casa própria, 48 por cento das famílias não possuem nenhum dos
bens listados na tabela e observados aquando do Censo da População de 2007.

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Chókwè
44 O
Orrggaanniizzaaççããoo A
Addm
miinniissttrraattiivvaa ee G
Goovveerrnnaaççããoo
O distrito tem a sua sede na Cidade de Chókwè e está dividido em 4 Postos Administrativos que,
por sua vez, abrangem 8 Localidades rurais e 2 na cidade de Cokwe (Nkavelane e Machel) e a
Vila de Chilembene.

Posto Administrativo Localidades


Chókwè-Sede Sede
Macarretane Macarretane
Matamba
Machindo
Lionde Lionde
Conhane
Malau
Chilembene Chilembene
Chiduachine
Vila de Chilembene

44..11 G
Goovveerrnnoo D
Diissttrriittaall

O Governo Distrital é dirigido pelo Administrador de Distrito e, ao abrigo da Lei nº 8/2003 de 19


de Maio, está estruturado na Secretaria Distrital e nos seguintes Serviços Distritais:
• Actividades Económicas;
• Saúde, Mulher e Acção Social;
• Educação, Juventude e Tecnologia; e
• Planeamento e Infraestruturas.

De acordo com o Estatuto Orgânico do Governo Distrital aprovado pelo Decreto nº 6/2006 de 12
de Abril, a Estrutura Tipo do Governo Distrital é a que é apresentada em seguida.

Estrutura Tipo do Governo Distrital

Fonte: Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril

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Chókwè
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Chókwè
Para além destes serviços, funcionam ainda as seguintes instituições públicas:
• Tribunal Judicial;
• Registo e Notariado;
• Comando Distrital da PRM;
• Procuradoria Distrital da República;
• Autoridade Tributária (Alfândegas);
• SISE.
Com um total de 1.967 funcionários (dos quais, 946 são mulheres), apresenta a seguinte
distribuição por categorias profissionais:
• Técnicos Superiores 156
• Técnicos Médios 718
• Técnicos Básicos 758
• Técnicos Elementares 335
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital composto por 50 membros e presidido pelo
Administrador Distrital. Em 2011 o CCD aprovou 176 projectos de iniciativa local. No Distrito
funcionam quatro Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, com 30 membros cada, e
presididos pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo
estes envolvem os membros dos Conselhos Consultivos de Localidade.
Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do PEDD e
PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local, bem como no
que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local e projectos com
impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são submetidos
posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.
O relacionamento entre o Conselho Municipal da Cidade do Chokwe e os Órgãos de Estado
funciona de acordo com as normas legais estabelecidas.
No contexto da reforma do sector público, foi nomeado o Secretário Permanente Distrital, foram
institucionalizados os Conselhos Locais (Povoação, Localidade, Posto Administrativo e
Distrito), descentralizados os investimentos no distrito, nomeados os directores de serviços
distritais e chefes de Localidade.
A governação tem por base os Chefes das Localidades, Autoridades Comunitárias e
Tradicionais. Os Chefes das Localidades são representantes da Administração e subordinam-se
ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador Distrital, sendo
ajudados pelos Secretários de Bairros e Chefes de Aldeias, Quarteirões e Blocos.

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Chókwè
44..22 SSíínntteessee ddaass aattrriibbuuiiççõõeess ee ddaa aaccttiivviiddaaddee ddooss óórrggããooss ddiissttrriittaaiiss
Nesta secção, sem pretender ser exaustivo transcrevendo o rol de tarefas realizadas, focam-se as
principais actividades de intervenção pública directa que contribuem para o desenvolvimento
social e económico do distrito.

4.2.1 Secretaria Distrital

A Secretaria Distrital dirigida por um Secretário Permanente Distrital é o órgão do Governo


Distrital que tem como principais funções e realizou actividades no âmbito de (a) prestar
assistência técnica e administrativa ao Governo Distrital; (b) assegurar a gestão dos recursos
humanos, materiais e financeiros do Governo Distrital; (c) assistir na organização e controlo das
atividades do Governo distrital, bem como na elaboração de relatórios de análise de actividades
do Governo Distrital; e (d) garantir a assistência técnica e administrativa necessária ao
funcionamento dos postos administrativos, localidades e povoações.

Estrutura Orgânica da Secretaria Distrital

Secretário  Permanente
Distrital

Repartição  de  Planificação Repartição  de Repartição  de  Administração  Local Secretaria
e  Desenvolvimento  Local Finanças e  Função  Pública Geral

Fonte: MAE/DNAL.

4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a) a
promoção do uso adequado do solo e a gestão florestal; (b) o incentivo da produção alimentar e
de culturas de rendimento; (c) o fomento pecuário e a construção comunitária de tanques
carracicidas; (d) a emissão de emitir licenças de pesca artesanal, caça e de abate, bem como o
combate a caça furtiva; (e) a promoção da piscicultura e da apicultura; (f) a divulgação do
potencial económico, industrial, turístico e cinegético local; (g) a promoção da pequena indústria
e mineração artesanal; (h) a emissão de pareceres sobre pedidos de licenciamento de atividades
económicas, licenciar atividades comerciais e emitir licenças turísticas; (i) efectuar o
recenseamento das atividades de artesanato; e (j) promover mecanismos de financiamento das
actividades produtivas.

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Chókwè
4.2.2.1 Agricultura e Desenvolvimento Rural

No distrito existem conflitos de terra opondo as companhias agrícolas aí sediadas e a população.


Registam-se também pequenos conflitos sobre os recursos hídricos, envolvendo populações e
proprietários dos regadios do Limpopo, devido à escassez de água nos canais de regadio.

Um grande impulso para a agricultura do distrito decorre do plano de reabilitação dos regadios,
em particular do Regadio Eduardo Mondlane (o principal do distrito, com um potencial
equivalente a quase 30% do total da área irrigada do país), que disponibiliza 12.000 ha para arroz
e 11.000 ha para outras culturas.

Existem também áreas de pastagem comunitárias e outros pequenos sistemas de regadio em


Chilembene e Macarretane. Estas áreas não estão na sua maioria delimitadas, pelo que novas
ocupações da terra têm que ser feitas em coordenação com a estrutura local.

No âmbito da extensão rural o Distrito contou com 14 extensionistas de um plano de 12, tendo
sido assistidos 5.895 produtores contra 4.347 produtores de 2010. Destaca-se o crescimento do
efectivo de bovinos em 10%, caprino em 8% e suínos em 19%. A carne suína cresceu e a bovina
e de pequenos ruminantes reduziu devido ao surto da febre aftosa. A carne de frango reduziu
devido ao surto de bronquite infecciosa causada por deficiente maneio dos aviários.

O distrito debate-se com problemas de desflorestamento e erosão de solos provocadas pelas


queimadas e abate descontrolados.

O distrito de Chókwè tem dois centros de pesca (tilápias e carpas), não existindo o cadastro de
pescadores. Existem problemas de caça furtiva que, no entanto, tendem a diminuir devido aos
esforços empreendidos pelas autoridades distritais no sentido da sua eliminação.

4.2.2.2 Indústria, Comércio e Turismo

Chókwè possui uma rede comercial relativamente desenvolvida, apesar de existirem algumas
regiões no sul que não têm lojas reabilitadas. Em 2011 foram licenciados 6 estabelecimentos
comerciais contra 4 licenciados em 2010.

O Distrito em 2011 tem em construção mais 3 estabelecimentos na cidade de Chókwè e Hókwe,


que se encontram na fase conclusiva. Tramitados 2 processos, sendo 1 para restaurante e outro de
restauração, bebidas e sala de dança.

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Chókwè
4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
garantir o funcionamento de estabelecimentos de ensino, formação de professores, alfabetização,
educação de adultos e educação não formal; (b) realizar estudos sobre cultura, diversidade
cultural, valores locais e línguas nacionais; (c) promover o fabrico de instrumentos musicais
tradicionais; (d) incentivar o desenvolvimento de associações juvenis, bem como promover
iniciativas geradoras de emprego, autoemprego e outras fontes de rendimento dos jovens; e (e)
promover o uso de novas tecnologias.

4.2.3.1 Educação

A maioria da população (59%) do distrito é alfabetizada e 70% das pessoas com 5 ou mais anos
de idade, predominantemente homens, frequentam ou já frequentaram o nível primário do
ensino. A análise por sexos revela um padrão melhor entre os homens do que nas mulheres.

Quadro 14. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar


P O P U L A Ç Ã O Q U E:
FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 35.4% 39.7% 32.2% 35.0% 38.0% 32.8% 29.6% 22.3% 35.0%
P.A. da Cidade do Chokwé 93.7% 17.6% 20.3% 0.0% 0.1% 0.4% 6.3% 82.3% 79.3%
P.A. de Lionde 98.3% 69.6% 69.2% 1.2% 19.7% 22.6% 0.5% 10.7% 8.2%
P.A. de Macarretane 94.7% 61.3% 58.3% 3.9% 28.7% 30.8% 1.4% 10.0% 10.9%
P.A. de Xilembene 99.2% 87.4% 88.1% 0.1% 2.9% 0.9% 0.7% 9.8% 11.0%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

A análise do nível de ensino frequentado pela população que actualmente atende a escola, revela
uma concentração significativa no nível primário de ensino.

Quadro 15. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino


NIVEL DE ENSINO QUE FREQUENTA
Total AEA EP1 EP2 ESG1 ESG2 Técnico Superior
TOTAL 100.0% 0.7% 69.0% 16.4% 10.3% 2.3% 0.6% 0.6%
5 - 9 anos 100.0% 0.3% 99.7% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
10 - 14 anos 100.0% 0.1% 76.2% 21.2% 2.5% 0.0% 0.0% 0.0%
15 - 19 anos 100.0% 0.2% 21.7% 37.9% 35.0% 3.9% 1.1% 0.2%
20 - 24 anos 100.0% 1.3% 9.3% 13.6% 43.8% 22.0% 5.8% 4.2%
25 e + anos 100.0% 13.1% 25.5% 11.0% 23.1% 14.2% 3.7% 9.4%
HOMENS 100.0% 0.3% 70.0% 16.3% 9.4% 2.3% 0.8% 0.8%
MULHERES 100.0% 1.1% 68.1% 16.5% 11.2% 2.2% 0.4% 0.4%
EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos; ESG2 - 11º e 12º Anos; ET – Ensino técnico; CFP – Curso de
formação de professores; AEA -Alfabetização e educação de adultos.
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

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Chókwè
Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

Um aspecto importante é a observação das taxas de escolarização bruta e líquida. A primeira


taxa calcula-se dividindo o total de alunos de um determinado nível de ensino
(independentemente da idade) pela população do grupo etário correspondente à idade oficial para
o referido nível16. Para calcular a segunda taxa, divide-se o total de alunos cuja idade coincide
com a idade oficial para o nível pela população do grupo etário correspondente a esse nível.
Estas são as medidas mais comuns para estimar o desenvolvimento quantitativo do sistema
educativo.

Quadro 16. Taxas de escolarização


Taxa  Bruta  de  Escolarização   Taxa  Líquida  de  Escolarização  
Taxas  de  escolarização  
TOTAL   H   M   TOTAL   H   M  
EP1   133.3 133.3 133.3 78.9 77.6 80.0
EP2   90.1 88.7 91.3 14.1 12.7 15.4
ESG1   41.9 37.0 46.7 8.5 6.9 10.1
ESG2   15.8 16.4 15.3 1.4 1.2 1.6
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007
.
Como se pode observar, a taxa bruta de escolarização do Ensino Primário do 1º Grau é de 133%,
o que indica um elevado nível de cobertura escolar neste nível. Atendendo a que a idade ideal
para frequentar o EP1 é de 6 a 10 anos (para terminar este nível sem nenhuma reprovação), este
indicador acima dos 100% reflecte a entrada tardia na escola, a reprovação e desistência escolar,
levando a que exista um elevado número de alunos no EP1, com idades superiores a 10 anos.

Efectivamente, a taxa líquida de escolarização no EP1 confirma aquele facto ao indicar que 79%
das crianças de 6 a 10 anos frequentam o nível de ensino correspondente a sua idade, neste caso
o EP1, e que somente 14% das crianças de 11 a 12 anos frequentam o nível de ensino
correspondente a idade, o EP2.

16
EP1 – 6 a 10 anos; EP2 – 11 a 12 anos; ESG1 – 13 a 15 anos; ESG2 – 16 a 17 anos; Superior – 18 a 22 anos.
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Chókwè
Em geral, os rapazes apresentam piores indicadores brutos e líquidos. As raparigas apresentam
taxas mais elevadas, denotando um aumento de mulheres matriculadas nos níveis de ensino
correspondente as suas idades.

A situação global descrita reflecte, para além de factores socioeconómicos, o facto de a rede
escolar existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a evoluir a um ritmo
significativo, serem insuficientes, o que é agravado por baixas taxas de aproveitamento e altas
taxas de desistência em algumas localidades do distrito, devido aos casamentos prematuros e
emigração de jovens.

No total, o distrito funcionou em 2011 com 98 escolas de diversos níveis: 86 escolas públicas
(48 somente do EP1, 38 do EPC – EP1 e EP2 e 5 do ESG I e 2 do ESG II) e duas escola do
ensino Técnico Profissional, uma ADPP e duas de Ensino Superior.

As escolas do ensino superior são:


- O ISPG: Em 2011 contou com 641 estudantes que frequentam os seguintes cursos: Engenharia
agrícola, Zootécnica, Hidráulica e Contabilidade e Auditoria, tendo já graduado 29 licenciados e
79 bacharéis; e
- A ESEG: Em 2011 contou com 119 estudantes que frequentam os cursos de Direito,
Administração Pública, Contabilidade e Auditoria e Administração e Gestão de Empresas.

Quadro 17. Escolas, Alunos, Professores – 2011


NÍVEIS DE ENSINO N.º de N.º de Alunos
Escolas M HM
TOTAL DO DISTRITO 98 28.970 55.893
EP1 17 86
23.500 46.129
EPC 38
ESG I 5 4.250 7.177
ESG I/II 2 870 1.827
ETP 2
ADPP 1
E. Superior 2 350 760
Fonte: Relatório Anual do GD de Chókwé, 2011
EP1 - 1º a 5º classes; EP2 - 6º e 7º classes; ESG I - 8º a 10º classes; ESG II - 11º a 12º classes; ETP –Ensino técnico-profissional.

O aproveitamento pedagógico situou-se em 62% contra 80% de 2010, tendo contribuído para
este decrescimento o elevado número de reprovações na 10ª classe.

O número total de professores foi de 1.071 (dos quais, 527 são mulheres). Existem 100
professores em exercício que frequentam o ensino superior à distância na UP-Gaza e 9
professores e 12 funcionários que beneficiam de bolsas de estudos. Do total de professores, 59%
têm formação psico-pedagógica.

17
Inclui as 38 escolas EPC que ministram o EP1 e EP2.
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Chókwè
O distrito tem, ainda, 58 centros de Alfabetização e Educação de Adultos, com 3.117
alfabetizandos dos quais 2.767 são mulheres, orientados por 148 alfabetizadores, dos quais 13
são profissionais. Existe ainda no distrito, um programa de alfabetização via Rádio “Alfa Rádio”
contando com 35 facilitadores.

Em termos de grau de ensino concluído, constata-se que do total de população com 10 anos ou
mais de idade, 34% concluiu algum nível de ensino, na sua maioria o nível primário.

Quadro 18. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído


NIVEL DE ENSINO CONCLUIDO
TOTAL Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior Nenhum
TOTAL 34.4% 0.1% 27.8% 5.9% 0.3% 0.1% 0.1% 65.6%
10 - 14 anos 23.6% 0.0% 23.0% 0.6% 0.0% 0.0% 0.0% 76.4%
15 - 19 anos 61.1% 0.0% 54.2% 6.7% 0.1% 0.0% 0.0% 38.9%
20 - 24 anos 49.0% 0.1% 36.7% 11.6% 0.5% 0.1% 0.1% 51.0%
25 - 29 anos 39.1% 0.0% 28.3% 9.8% 0.5% 0.3% 0.2% 60.9%
30 e + anos 23.4% 0.3% 17.0% 5.3% 0.4% 0.2% 0.2% 76.6%
HOMENS 39.8% 0.2% 31.1% 7.6% 0.6% 0.2% 0.2% 60.2%
MULHERES 30.5% 0.1% 25.4% 4.7% 0.1% 0.1% 0.0% 69.5%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

4.2.3.2 Cultura

No âmbito cultural foram realizadas as seguintes actividades:


• Realizada uma feira de gastronomia marcada por pratos tradicionais;
• Realizado concurso de moda e beleza (Xiluva), envolvendo escolas;
• Exibidas manifestações culturais em vários eventos;
• Realizado o Festival da Cultura.

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Chókwè
Existem no distrito grupos que praticam diversas actividades culturais, tais como danças e
cânticos típicos da região sul e agrupamentos de música ligeira. Dentre as actividades que se
praticam destacam-se as seguintes: Música ligeira e coral, Makwaela, Makwai, Teatro,
Xingomane e Mutimba.

4.2.3.5 Juventude e Desportos

No âmbito do desporto escolar realizaram-se as seguintes actividades:

• Realizado torneio BEBEC onde participaram 16 equipas;


• Realizado um Intercâmbio desportivo com o Distrito de Bilene;
• Realizado um campeonato recreativo envolvendo 12 equipas da zona municipal;
• Divulgada a Lei do Desporto.

4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social


Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
assegurar o funcionamento das unidades sanitárias e incentivar a medicina tradicional; (b)
promover ações de apoio e protecção da criança, da pessoa portadora de deficiência e do idoso;
(c) desenvolver ações de prevenção da violência doméstica e de abuso de menores; e (d)
promover a igualdade e equidade do género.

4.2.4.1 Saúde

A rede de saúde do distrito, apesar de estar a evoluir a bom ritmo, é insuficiente, evidenciando os
seguintes índices de cobertura média:
- Uma unidade sanitária por cada 9.850 mil pessoas;
- Uma cama por 610 habitantes;
- Um profissional técnico para cada 1.173 residentes no distrito; e
- Um médico por cada 14 mil pessoas.

O Distrito dispõe de uma rede sanitária composta por 20 Unidades, sendo um Hospital Rural e
19 Centros de Saúde dos quais um do tipo I, 10 do tipo II e 8 do tipo III. Destes, 2
nomeadamente Machazine e Chiguidela funcionam com socorristas por falta de pessoal
qualificado.

Existem no Distrito, três unidades sanitárias com capacidade para internamento (Hospital Rural
de Chókwè, Centro de Saúde de Chalucuane e Hospital de Carmelo), oito com maternidade e as
outras unidades sanitárias em serviço ambulatório. A capacidade de internamento do Distrito é
de 323 camas.

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Chókwè
O Distrito conta com 218 técnicos de saúde, dos quais, 142 são de sexo feminino e 76 masculino.
Destes, 14 são médicos, 57 do nível medio, 82 do nível básico, 14 do nível elementar e 50
pessoal de apoio.

O Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social distribui regularmente por cada Centro de
Saúde “Kits A e B” e pelos Postos de Saúde “Kits B”.

A tabela seguinte apresenta a evolução de alguns indicadores do grau de acesso aos serviços do
Sistema Nacional de Saúde, que comprovam a evolução positiva do sector nos últimos anos.

Quadro 19. Prestação de serviços de cuidados de saúde


Indicadores 2000 2001 2002 2003 (*)
Taxa de ocupação de camas 64% 69% 72% 77%
Partos 2.776 5.116 5.412 4.814
Vacinação 89.665 11.464 70.404 72.752
Saúde materno-infantil 4.241 9.652 11.530 11.295
Consultas externas 38.965 40.269 43.650 46.895
Taxa de mortalidade hospitalar 7,0% 9,7% 9,0% 9,5%
Taxa de baixo peso à nascença 13,0% 9,0% 10,3% 7,7%
Taxa de mau crescimento 10,1% 7,0% 1,0% 3,5%
Fonte: Administração do Distrito e Direcção Provincial da Saúde (*) Estimativa da MÉTIER e D.D.Saúde

De referir ainda a existência de vários programas de cuidados de saúde primários a vários níveis
que denotam uma evolução positiva nos últimos anos, nomeadamente:
• Saúde ambiental: Esta actividade está sendo realizada em todas as unidades sanitárias, bem
como em brigadas móveis e nos locais de interesse público
• Saúde Ocupacional: Realizadas visitas de trabalho as empresas para vacinação aos
trabalhadores, bem como a todos os outros que manipulam géneros alimentícios
• Saúde reprodutiva
• Saúde Infantil, Nutrição, Saúde Escolar
• Suplementação de Vitamina ‘A’
• Programa alargado de vacinação
• Saúde Mental

O quadro epidemiológico do distrito é dominado pela malária, tuberculose, cólera, diarreia e


HIV/SIDA que, no seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças
notificadas no distrito.

Os casos de malária no distrito, têm registado um decréscimo como resultado das acções de
pulverização intra domiciliária e distribuição de redes mosquiteiras nas mulheres grávidas e
crianças menores de cinco anos, assim como, a sensibilização nas comunidades.

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Chókwè
Quadro 20. Quadro epidemiológico: Casos notificados, 2010-11
Doenças 2010 2011
Diarreia 10.482 5.523  
Malária 35.417 31.209  
Tuberculose 1.416 1.520  
HIV/SIDA 8.018 10.289  
Fonte: SDSMAS.  

Figura 7. Quadro epidemiológico, 2011

Fonte: SDSMAS.

4.2.4.2 Acção Social

A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza


absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e
portadores do HIV-SIDA, toxicodependentes e regressados.

Tem existido coordenação das acções de algumas organizações não governamentais, associações
e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidade e de direito entre homem
e mulher todos aspectos de vida social e económica, e a integração, quando possível, no mercado
de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida escolar.

No distrito existem, segundo os dados do Censo de 2007, cerca de 18 mil órfãos (na sua maioria
órfãos de pai e entre os 10 e 14 anos de idade) e cerca de 3.500 pessoas portadoras de deficiência
(90% com debilidade física e 10% com doenças mentais).

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Chókwè
Quadro 21. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007
    População   Órfão  de:  
    0-­‐14  anos   Total   Mãe   Pai   Pai  e  Mãe  
Total   100.0% 21.4% 4.4% 14.6% 2.4%
 -­‐  Homens   100.0% 21.1% 4.4% 14.4% 2.3%
 -­‐  Mulheres   100.0% 21.7% 4.4% 14.9% 2.4%
Grupos  etários:  
   -­‐  0  a  4  anos   100.0% 8.2% 1.2% 6.4% 0.5%
   -­‐  5  a  9  anos   100.0% 21.5% 4.3% 15.1% 2.2%
   -­‐  10  a  14  anos   100.0% 38.3% 8.7% 24.7% 4.9%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

Quadro 22. População deficiente, 2007


População Sem Com deficiência
Grupos de Idade
Total Deficiência Total Física Mental
Total 100.0% 98.1% 1.9% 1.8% 0.2%
0 - 14 100.0% 99.3% 0.7% 0.6% 0.1%
15 - 44 100.0% 98.2% 1.8% 1.6% 0.2%
45 e mais 100.0% 94.1% 5.9% 5.7% 0.2%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

A tabela seguinte apresenta a distribuição percentual das 3.500 pessoas portadoras de deficiência,
segundo a causa.

Quadro 23. População portadora de deficiência, segundo a causa


TOTAL Física Mental
Total 100.0% 100.0% 100.0%
À nascença 17.9% 16.2% 36.0%
Doença 47.5% 47.3% 50.2%
Minas/Guerra 3.2% 3.5% 0.3%
Serviço Militar 1.8% 1.9% 0.7%
Acidente de Trabalho 9.4% 10.1% 0.7%
Acidente de Viação 6.6% 7.1% 0.7%
Outras 13.7% 13.9% 11.4%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

Quadro 24. Programas de acção social, 2010-2011


Tipo ou Programa 2010 2011
Criança em situação difícil 7.432 8.454
Educação pré-escolar 1.200 1.920
Atendimento a mulher e género 5.034 2.981
Mulher vítima de violência doméstica 33 88
PSSB 5.357 5.935
TOTAL 7.432 8.454
Fonte: SDSMAS

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Chókwè
4.2.4.3 Género

O distrito tem uma população estimada de 197 mil habitantes – 110 mil do sexo feminino - sendo
16% dos agregados familiares do tipo monoparental chefiados por mulheres.

Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de algumas organizações não
governamentais, associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de
oportunidades e direitos entre sexos em todos aspectos de vida social e económica, e a integração
da mulher no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida escolar.

Esta coordenação recorre a mecanismos de troca de informação, diálogo e concertação da acção,


evitando a sobreposição de actividades e racionalizando recursos de forma a melhorar a eficácia
e eficiência das acções governamentais e das iniciativas da comunidade e do sector privado.

Tendo por língua materna dominante o Xichangana, 48% das mulheres do distrito com 5 ou mais
anos de idade têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio mais acentuado nos
homens (60%), dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de trabalho. A taxa de
analfabetismo na população feminina é de 50%, sendo de 27% no caso dos homens.

Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 35% nunca frequentaram a escola (no caso dos
homens só 22% nunca estudaram) e 25% concluíram o ensino primário (no caso dos homens,
31% terminaram o primário).

Figura 8. Indicadores de escolarização por sexos

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

No que diz respeito ao acesso a novas tecnologias também se verifica um desequilíbrio


acentuado entre sexos, como se pode deduzir da tabela seguinte.

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Chókwè
Quadro 25. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais)
    Número de pessoas que usou: % de pessoas
    Computador Internet c/ Telemóvel
Total   1.3%   0.5%   26.5%  
 -­‐  Homens   2.1%   0.9%   33.8%  
 -­‐  Mulheres   0.8%   0.3%   21.3%  
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

No tocante a actividade económica, de um total em 2012 de 110 mil mulheres, 65 mil estão em
idade de trabalho (mais de 15 anos), das quais 37 mil são economicamente activas18. A
população não economicamente activa de mulheres com 15 anos ou mais (42%) é constituída
principalmente por senhoras domésticas (24%) e estudantes a tempo inteiro (10%). O nível da
participação no trabalho no caso das mulheres (57%) é inferior ao dos homens (63%).

Figura 9. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e


sexo

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

A distribuição das mulheres economicamente activas residentes no distrito de acordo com a


posição no processo de trabalho e o sector de actividade é a seguinte:

• Cerca de 79% são trabalhadoras agrícolas, familiares ou por conta própria;

• 9% são comerciantes, artesãs, ou empresárias; e

• As restantes 19% são, na maioria, trabalhadoras do sector de serviços, incluindo empregadas


do sector comercial formal e informal.

18
Segundo recomendações internacionais, a PEA é considerada como a população que participa na actividade económica e que
tenha 15 anos de idade e mais. Dito por outras palavras, a PEA compreende as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que
procuram activamente um trabalho (desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez.
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Chókwè
Figura 10. População19 segundo a posição no trabalho e sexo

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
elaborar propostas de Plano de Estrutura e de Ordenamento Territorial; (b) promover a
construção de fontes de abastecimento de água potável bem como a gestão dos respectivos
sistemas de abastecimento; (c) assegurar, em colaboração com outras entidades, a
disponibilidade do sistema de fornecimento de energia eléctrica e a promoção do aproveitamento
energético dos recursos hídricos e uso de energias renováveis; (d) assegurar a reabilitação,
manutenção das estradas não classificadas, pontes e outros equipamentos de travessia; (e)
promover a construção, manutenção e reabilitação de infraestruturas e edifícios públicos, bem
como de valas de irrigação, jardins públicos, infraestruturas desportivas e parques de
estacionamento; (f) promover o uso da bicicleta e da tração animal; (g) elaborar propostas de
gestão ambiental; e (g) garantir a prestação dos serviços públicos tais como cemitérios,
matadouros, mercados e feiras, limpeza e salubridade, iluminação pública, jardins campos de
jogos e parques de diversão.

4.2.5.1 Ordenamento Territorial


Em 2011 as principais actividades realizadas foram:
• Elaborado e aprovado o Plano Distrital de uso e aproveitamento de terra;
• Demarcados e distribuídos 522 talhões contra 300 de 2010, um crescimento de 43% e uma
realização de 116%;

19
Com 15 anos ou mais.
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Chókwè
• Iniciada a implementação do Plano de Urbanização de Gadjane em Lionde com a
demarcação e atribuição de 80 talhões.

4.2.5.2 Gestão Ambiental


No que concerne a esta área foram realizados 27 encontros de divulgação das Políticas
ambientais em todos postos Administrativos contra 23 de igual período do ano findo, tendo
resultado na melhoria das condições de protecção do ambiente e promoção da higiene individual
e colectivo, tendo se registado durante o ano 2011 a construção de 2.348 latrinas contra 1940 do
igual período do ano 2010, equivalente a um crescimento de 17.3% num universo de 2000
latrinas planificadas.

As queimadas descontroladas reduziram de dois para um foco ao longo do ano como resultado
da campanha de sensibilização levada acabo ao longo do ano.

4.2.5.3 Educação Ambiental

No âmbito do Programa Uma Criança Uma Planta foram plantadas 55.625 plantas para um
número de 43.636 alunos.

Das 39 Autoridades comunitárias, foi estabelecido igual número de florestas comunitárias (156
ha), sendo as espécies predominantes: eucalipto, moringueira, casuarinas, chanfuta e,
maioritariamente, plantas nativas.

4.2.5.4 Infraestruturas

Têm a seu cargo a execução do investimento e promoção da manutenção de infraestruturas


locais, nomeadamente:
Estradas e pontes:
• Abertura de uma picada de 3 km que liga as aldeias de Cumba e Matuba com o
financiamento da EMVEST;

• Reabilitada uma rua de 300m em Nwaxicoluane com o financiamento da ADPP;

• Iniciada a construção da ponteca sobre a vala de drenagem de Vumbana em Xilembene.

A reabilitação da rede rodoviária tem tido grande impacto positivo na comercialização, na


agricultura, no acesso e reabilitação de escolas e postos de saúde e no transporte da ajuda
alimentar e de bens. Em particular as estradas não classificadas precisam de cuidados de
manutenção reforçados.

PÁGINA 3 5
Chókwè
Abastecimento de água:

• Abertura de 2 furos de água e montagem das respectivas bombas, dos 20 planificados.

Foi iniciada actividades de PEC Zonal com a participação de Empresa de consultoria,(cowater)


nos postos Administrativos de Xilembene e Macarretane, nos locais onde vão ser construídos os
furos no âmbito de PRONASAR( Programa Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento
Rural)

As águas subterrâneas são o principal recurso para o abastecimento de água à população do


distrito, sendo o fornecimento de água feito principalmente através dos furos abertos nas aldeias
e pelo sistema das “Águas do Chókwè”, nesta cidade e periferia. A Água Rural realizou estágios
de manutenção das bombas para os líderes e membros da comunidade. A participação
comunitária no sector da água tem sido estimulada, e inclui a criação de fundos locais para a
aquisição de peças das bombas, existindo também elementos para a manutenção e segurança das
fontes.

Energia:

• Estendida e melhorada a rede eléctrica na vila de Xilembene e colocada iluminação pública


numa extensão de 800m na mesma vila;

• Reabilitada rede de Baixa Tensão de 33 kV numa extensão de 13 km nos Postos


Administrativos de Lionde e Xilembene;

• Concluído o projecto de expansão da rede eléctrica nas aldeias de Djodjo, 25 de Setembro e


Machua, beneficiando um total de 740 famílias;

• Construída uma estação de abastecimento de combustível em Xilembene.

Imóveis na posse do governo distrital:

• No distrito têm sido reabilitados e mantidos, apesar da falta de recursos, os principais


edifícios públicos;

• Construídas 2 casas de tipo II, das três planificadas para funcionários;

• Reabilitado o Posto Policial de Lionde;

• Construídas 8 salas de aulas na escola Secundaria de Xilembene e um bloco administrativo;

• Construído o bloco administrativo e instalação eléctrica em salas de aulas na Escola Primaria


de Lionde “D”;

• Colocada tijoleira na residência alternativa do Administrador do Distrito;

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Chókwè
• Construído um pequeno bloco de serviço de cirurgia no Hospital Rural;

• Reabilitado o Centro de Saúde da Cidade;

• Montados 4 gabinetes pré-fabricados e montado o depósito de medicamentos;

• Construído um Centro de Saúde da Aldeia de Zuza;

• Reabilitado o laboratório do Hospital Rural;

• Em curso a construção de residência do tipo II na Aldeia de Barragem para Chefe da


Localidade ;

• Em curso a reabilitação da Secretaria da Localidade de Xilembene, e do Posto Policial de


Xilembene;

• Em curso a construção de 20 salas de aulas, em Matuba e Muzumuia, no Posto


Administrativo de Macarretane, no 4º e 5º bairros da cidade de Chókwè.

Apesar dos esforços realizados, o estado geral de conservação e manutenção das infraestruturas
não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água a necessitar de manutenção e a rede
de estradas terciárias que na época das chuvas tem problemas de transmutabilidade.

44..33 FFiinnaannççaass PPúúbblliiccaass ee IInnvveessttiim


meennttoo

O financiamento do funcionamento dos Governos Distritais e das funções para eles


descentralizadas é assegurado por via de:
(i) Receitas próprias20 que provém da comparticipação das receitas fiscais e consignadas ao
nível Distrital e as correspondentes taxas, licenças e serviços cobrados pelo Governo
Distrital; e
(ii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas correntes;

20
Receitas próprias do distrito provenientes de serviços e licenças cobradas fora do território das autarquias locais são: (a) utilização do
património público sob gestão do distrito; (b) ocupação e aproveitamento do domínio público e aproveitamento de bens de utilidade pública; (c)
pedidos de uso e aproveitamento da terra nas áreas cobertas por planos de urbanização; (d) loteamento e execução de obras particulares; (e)
realização de infraestruturas simples; (f) ocupação da via pública por motivo de obras e utilização de edifícios; (g) exercício da actividade de
negociante e comércio a título precário; (h) ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras; (i) autorização de venda ambulante
nas vias e recintos públicos; (j) aferição e conferição de pesos, medidas e aparelhos de medição; (k) autorização para o emprego de meios de
publicidade destinados a propaganda comercial; (l) licenças de pesca artesanal marítima e em águas interiores; (m) licenças turísticas nos termos
de legislação específica; (n) licenças para a realização de espetáculos públicos; (o) licenças de caça e abate; (p) licenças e taxas de velocípedes
com ou sem motor; (q) estacionamento de veículos em parques ou outros locais a esse fim destinados; (r) utilização de instalações destinadas ao
conforto, comodidade ou recreio público; (s) realização de enterros, concessão de terrenos e uso de instalações em cemitérios.
Constituem ainda receitas do distrito as taxas e tarifas por prestação dos serviços, nos casos em que os órgãos do distrito tenham sob sua
administração directa, a prestação de serviço público: (a) abastecimento de água; (b) fornecimento de energia eléctrica; (c) utilização de
matadouros; (d) recolha, depósito e tratamento de resíduos sólidos de particulares e instituições; (e) ligação, conservação e tratamento dos
esgotos; (f) utilização de infra estruturas de lazer e gimnodesportivas; (g) utilização de latrinas públicas; (h) transportes urbanos; (i) construção e
manutenção de ruas privadas; (j) limpeza e manutenção de vias privadas; (k) utilização de tanques carracicidas; (l) registos determinados por lei.
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Chókwè
(iii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas de investimento (Fundo de
Desenvolvimento Distrital, Fundo de Investimento em Infraestruturas);
(iv) Fundos Sectoriais Descentralizados, nomeadamente dos sectores de águas, estradas,
educação e agricultura;
(v) Donativos provenientes de ONGs, cooperação internacional ou entidades privadas.

O Governo Distrital, sem inclusão das unidades sociais, teve em 2011 a seguinte execução
orçamental.
Quadro 26. Execução orçamental (em ‘000 MT)
Rúbricas 2011
DESPESA TOTAL 215.337
Despesa corrente 198.341
- Despesas com pessoal 188.014
- Bens e serviços 10.327
Despesa de Investimento 16.996
- Fundo de desenvolvimento distrital 6.897
- Fundo de investimentos em infraestruturas 8.226
- Fundos sectoriais descentralizados 1.873
Fonte: Secretaria Distrital 2011.

As receitas cobradas localmente tiveram um nível bastante baixo como se infere da tabela
seguinte.

Quadro 27. Receitas cobradas (em ‘000 MT)


Rúbricas 2010 2011
IRN 202 158
Receitas Diversas 1.045 1.237
Total 1.248 1.395
Fonte: GD-SD

4.3.1 Fundo Distrital de Desenvolvimento

No âmbito do investimento de iniciativa local (vulgo 7 milhões) o Governo Distrital tem


aprovado e/ou implementado projectos locais de desenvolvimento, cuja evolução é apresentada
na tabela seguinte, consoante a principal finalidade.

Quadro 28. Projectos de iniciativa local financiados


Nº de Beneficiários Taxa de
No de Projectos Desembolsos
Finalidade dos (postos de Reembolso
Financiados (em ‘000 MT)
Projectos (em %)
emprego)
2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011
Produção de comida 90 50 45
Geração de Rendimento 487 593 642 7.028 7.028 6.897 12,3   5,0   12,4  
66 120 131
e Emprego
Total 156 170 176 487 593 642 7.028 7.028 6.897 12,3   5,0   12,4  
Fonte: Secretaria Distrital

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Chókwè
Quadro 28. Sector económico do investimento local
No de Projectos
Sector Económico dos
Financiados
Projectos
2009 2010 2011
Agricultura 90 50 57
Pecuária 33 55 45
Indústria e Comercio 33 65 55
Total 156 170 157
Fonte: Secretaria Distrital

4.3.2 Fundo de Investimento em Infraestruturas

Quadro 29. Investimento local em infraestruturas escolares


Instituição Salas Latrinas Ponto de situação Localização
Escola Secundaria de
8 Concluído Xilembene
Xilembene
Matuba e Muzumuia 20 Em curso Macarretane

Total 28 10
Fonte: SDPI

4.3.3 Fundos Sectoriais Descentralizados

Em 2010 e 2011, no âmbito de aplicação dos fundos de manutenção de rotina e dos fundos
direcionados ao sector agrário, foram concluídas as seguintes intervenções de construção e
manutenção de estradas.

Quadro 30. Investimento local em estradas


Extensão
Localização Troço
(km)
Total Em 2011 3,3
Picada entre Cumba e Matuba 3
Reabilitação de uma rua em Nwaxicoluane 0,3

Total Em 2010 65
Asfaltagem e sinalização da estrada Xilembene Maniquininque 65
Fonte: SDPI

44..44 JJuussttiiççaa,, O
Orrddeem
m ee SSeegguurraannççaa ppúúbblliiccaa
A nível do Distrito existem o Registo e Notariado, a Polícia, o Tribunal e a Procuradoria
Distrital, funcionando com dificuldades materiais e orçamentais significativas. A Delegação do

PÁGINA 3 9
Chókwè
Registo e Notariado, que funciona em instalações próprias na sede do Distrito, tem postos de
registo em algumas localidades e compete-lhe também representar o Departamento de Assuntos
Religiosos do Ministério da Justiça.

Em 2011 foram registados 5.167 Assentos de nascimento contra 6.353 de 2010, 114 Casamentos
contra 52 em 2010, 12.871 Reconhecimento de assinaturas contra 9.312 em 2010, 29 Registos
de imóveis contra 9 de 2010.

Em 2011 foram registados 05 casos violentos com recurso a arma de fogo contra 5 de 2010,
sendo 4 de roubo e um de homicídio voluntário, destes 2 não foram esclarecidos, registados 21
acidentes de viação contra 26 de 2010, uma redução em 23%, aprendidas 8 armas de fogo contra
14 de 2010, recuperadas 10 viaturas e 82 cabeças de gado.

A acção de desminagem em curso no país desde 1992, tem permitido diminuir o risco deste
problema, sendo hoje a situação existente no país e, em particular neste distrito, muito melhor
conhecida, não havendo actualmente zonas com minas identificadas na região.

44..55 C
Coonnssttrraannggiim
meennttooss ee PPeerrssppeeccttiivvaass
No geral, de acordo com o Governo Distrital, são os seguintes os principais constrangimentos
observados durante a governação dos últimos anos:

• Existência de mutuários do FDD que não honra com o compromisso;

• Obsolescência e insuficiência de parte considerável do parque automóvel do Estado;

• Atraso na disponibilização dos orçamentos de Funcionamento das instituições do estado;

• Avaria constante da terminal do E-Sistafe;

• Alto teor de salinidade dos aquíferos o que compromete os planos de abastecimento de água;

• Atraso na disponibilização de créditos para as campanhas agrícolas no regadio de Chókwè.

44..66 A
Appooiioo eexxtteerrnnoo ee ccoom
muunniittáárriioo
Na sua actuação, o Governo Distrital tem tido apoio de vários organismos de cooperação, que
promovem programas sociais de assistência, protecção do ambiente e desenvolvimento rural, que
desempenham um papel activo e importante no apoio à reconstrução e desenvolvimento locais.

O Distrito conta com 12 ONG,s das quais 4 Nacionais e 8 Estrangeiras, na sua maioria
desenvolvem actividades no âmbito da luta contra o HIV/SIDA e na luta contra a pobreza
absoluta, destacando-se assistência dos necessitados em cuidados de saúde, construção de
infraestruturas escolares e da saúde, bem como a concessão de créditos para as actividades de
geração de rendimento. Destas ONG,s, destacam-se a Caritas Regional de Chókwe,

PÁGINA 4 0
Chókwè
LWF, WORLD RELIEF, Douleurs Sans Frontiers, Vukoxa, Africa Works, Pedalar, Jam Life,
Hope, Fundação Neep, Médicos do Mundo, Nupuwel, entre outras associações.

A participação comunitária tem sido essencial para suprir várias necessidades em infraestruturas,
face à falta de fundos existente, de que se destacam o seu envolvimento na reabilitação de
estradas interiores e na construção de escolas e residências para professores com material local,
no quadro do programa “comida por trabalho”.

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Chókwè
55 A
Accttiivviiddaaddee E
Eccoonnóóm
miiccaa
55..11 PPooppuullaaççããoo eeccoonnoom
miiccaam
meennttee aaccttiivvaa
De um total em 2012 estimado de 197 mil habitantes, 108 mil estão em idade de trabalho (mais
de 15 anos).

Quadro 31. População segundo a condição de actividade21


Total Homens Mulheres
Total 107,538   43,074   64,464  
Trabalhou 57.0% 60.3% 54.8%
Não trabalhou, mas tem emprego 0.8% 1.1% 0.6%
Ajudou familiares 1.8% 1.8% 1.9%
Procurava novo emprego 0.1% 0.2% 0.0%
Procurava emprego pela 1ª vez 1.2% 2.4% 0.3%
População economicamente activa 22 60.8% 65.8% 57.6%
Doméstico(a) 17.3% 6.5% 24.4%
Somente estudante 11.9% 15.1% 9.9%
Reformado(a) 0.5% 1.0% 0.2%
Incapacitado(a) 2.9% 2.8% 3.0%
Outra 6.5% 8.9% 4.9%
População não activa 39.2% 34.2% 42.4%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

Verifica-se que 61% da população de 15 anos ou mais (65 mil pessoas) constituem a população
economicamente activa (PEA) do distrito. O nível da participação masculina na PEA é superior
à feminina: 66% contra 58%.

A população não economicamente activa (39%) é constituída principalmente por mulheres


domésticas e estudantes a tempo inteiro.

21
Referido a situação na semana anterior a realização do Censo 2007.
22
Segundo recomendações internacionais, a PEA é a população que participa na actividade económica com 15 anos de idade e
mais. A PEA compreende, pois, as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram activamente um trabalho
(desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez. A análise da PEA que é apresentada nesta secção seguiu esta
recomendação.
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Chókwè
Figura 11. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

A distribuição da população economicamente activa indica que 61% são camponeses por conta
própria, na sua maioria mulheres. A percentagem de trabalhadores assalariados é de 25% da
população activa e é dominada por homens (as mulheres assalariadas representam 11% da
população activa feminina e 46% no caso dos homens).

Quadro 32. População activa23, ocupação e ramo de actividade, 2007


OCUPAÇAO PRINCIPAL
RAMOS DE Comerciantes
TOTAL
ACTIVIDADE Assalariados & Trabalhadores Empresário Outras e

Total Técnicos Operários Serviços Artesãos Camponeses Patrão desconhecido

Total 100.0% 25.3% 3.6% 4.8% 16.9% 8.3% 60.7% 0.7% 5.0%

- Homens 100.0% 45.6% 4.8% 7.4% 33.3% 8.0% 35.3% 1.1% 10.0%

- Mulheres 100.0% 10.6% 2.6% 2.9% 5.0% 8.6% 79.1% 0.4% 1.3%
Agricultura,
silvicultura e pesca 100.0% 8.4% 0.1% 0.1% 8.2% 0.1% 89.6% 0.1% 1.8%
Indústria, energia e
construção 100.0% 93.2% 1.4% 1.8% 90.1% 0.1% 0.1% 0.5% 6.1%
Comércio, Transportes
Serviços 100.0% 44.0% 15.5% 21.2% 7.3% 38.6% 0.2% 2.8% 14.3%
[1]  Com  15  anos  ou  mais,  excluindo  os  que  procuram  emprego  pela  
primeira  vez.  
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.          

23
Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
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Chókwè
Figura 12. População activa, segundo a ocupação principal

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

A distribuição segundo o ramo de actividade reflecte que a actividade dominante no distrito é


agrária, que ocupa 68% da população activa do distrito. O comércio e outros serviços tem tido
uma importância crescente, ocupando já 21% da população activa do distrito.

Quadro 33. População activa24, ocupação e ramo de actividade, 2007


OCUPAÇAO PRINCIPAL
RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL Assalariados Comerciantes Trabalhadores Empresário Outras e

Total Técnicos Operários Serviços e Artesãos Camponeses Patrão desconhecido

Total 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%

- Homens 42.0% 75.7% 56.7% 64.7% 82.8% 40.0% 24.4% 65.7% 84.9%

- Mulheres 58.0% 24.3% 43.3% 35.3% 17.2% 60.0% 75.6% 34.3% 15.1%
Agricultura, silvicultura e
pesca 67.7% 22.7% 2.2% 1.5% 33.0% 0.6% 99.9% 8.7% 24.8%
Indústria, energia e
construção 10.8% 40.0% 4.2% 3.9% 57.8% 0.1% 0.0% 7.5% 13.3%
Comércio, Transportes
Serviços 21.4% 37.4% 93.6% 94.5% 9.3% 99.3% 0.1% 83.8% 61.9%
[1]  Com  15  anos  ou  mais,  excluindo  os  que  procuram  emprego  pela  primeira  vez.  
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.          

24
Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
PÁGINA 4 4
Chókwè
Figura 13. População activa, segundo o ramo de actividade

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

55..22 PPoobbrreezzaa ee SSeegguurraannççaa A


Alliim
meennttaarr
Este distrito apresenta uma acentuada redução no Índice de Incidência da Pobreza25 desde um
nível de 63% em 1997 para 32% no ano de 200726.

O Distrito, no seu cômputo geral possui um potencial desejável para produção agrícola, mas a
fraca capacidade de aproveitamento dos recursos existentes e a tendência para precipitações
irregulares e baixas, tornam as populações vulneráveis à pobreza. Principalmente as crianças em
situação difícil, doentes crónicos, mulheres chefes de agregado familiar e idosos. A taxa de
Insegurança Alimentar no Distrito é de 12%, significando que Chókwè está entre os distritos
menos problemáticos da província.

Em termos nutricionais, o Distrito possui potencialidades agro - ecológicas com destaque


particular ao Sector agrícola, graças ao sistema de regadio. Contudo, importa referir que o
mesmo sistema não beneficia a maioria, o que perfaz com que nem todos estejam assegurados
em alimentação suficiente e de qualidade;

Muitas famílias em algumas épocas do ano passam ou reduzem o número de refeições de três
para uma e noutras, passam um dia sem nenhuma refeição;

25
O Índice de Incidência da Pobreza (poverty headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está
abaixo da linha da pobreza.
26
Relatório da Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional - Ministério da Planificação e Desenvolvimento,
Direcção Nacional de Estudos e Análise de Politicas, Outubro de 2010 (District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and 2007
Based on consumption adjusted for calorie underreporting).
PÁGINA 4 5
Chókwè
Por causa da seca que assola o país, as machambas não produzem quase nada, as famílias
recorrem ao consumo de alimentos silvestre como é o caso de “Matevo” - tubérculo aquático”
para garantir a sobrevivência.

As taxas de Malnutrição crónica em crianças rondam em média 16-22%, situação


consideravelmente grave.

A principal causa da ocorrência da desnutrição crónica e aguda é a fraca dieta alimentar nas
crianças e mães grávidas, sem pôr de lado algumas patologias que poderão estar por detrás desta
situação.

A concentração de infraestruturas e serviços na área urbana, o baixo nível de escolaridade bem


como o clima tropical seco que caracteriza o distrito, torna a população de Chókwè vulnerável há
doenças e calamidades naturais que de uma forma cíclica anulam os esforços feitos pela
população no ramo agropecuário.

Nos períodos mais críticos é frequente a eclosão de epidemias (diarreias, cólera e malária)
devido ao deficiente saneamento do meio e consumo de água imprópria.

Em termos de calamidades, a seca (nas áreas não abrangidas pelo regadio) tem sido o principal
desastre que enfraquece a capacidade produtiva das populações culminando com a falta de
alimentos.

Para colmatar a situação da falta de alimentos, cujo pico ocorre durante o período entre Maio a
Setembro, as famílias recorrem a mecanismos de sobrevivência extrema que evoluem ao longo
dos meses, segundo ilustram as tabelas 1 e 2. Dentro dos grupos vulneráveis, as crianças e idosos
são os mais assolados pelas calamidades.

Os mecanismos institucionais e/ou comunitários existentes para lidarem com estes riscos, são os
Comités de Gestão de Risco e Calamidades que em estreita colaboração com as autoridades
locais, delineiam estratégias para gerir as calamidades. Estes carecem de treinamento e de
recursos para intervir em tempo real.

A agricultura de subsistência, a pecuária e a caça em pequena escala são a base de sobrevivência


de grande parte dos habitantes deste distrito.

55..33 IInnffrraaeessttrruuttuurraass ddee bbaassee


As vias rodoviárias principais totalizam 389 quilómetros de estradas, em geral, transitáveis, e o
distrito tem acesso fácil à EN1 e aos principais distritos da província.

PÁGINA 4 6
Chókwè
A rede de estradas está em situação razoável, embora algumas vias, só sejam transitáveis durante
a época seca, devido às características do solo. Existe um total de 120Kms de estradas asfaltadas,
93Kms de terra batida e 176Kms de picadas.27 A ligação entre as Localidades e Postos
Administrativos é deficiente devido aos factores acima referidos e à inexistência de aquedutos e
pontecas em alguns troços.

Quadro 34. Rede de Estradas


Dist. Tipo de acabamento Condições de acesso
Ref (*) Designação da via
(km) Alcat. T. Batida Terra Boa Razoáv. Má
EN 101 Chk/macia 60 x - - - x -
ER 448 Chk/macarretane 24 x - - - x -
ER 445 Crz. Macarretane/soveia 46 x - - - x -
ER 452 Bairro/xilembene 17 x - - x - -
ER 856 Tlawene/chk 30 - X - - x -
ER 858 Macaretane/zulo 73 - - - - x -
ER 859 Xilembene/Crz EN 220 36 x - - x - -
S/N CHk/Esta. Agrária 3 x - - x - -
S/N Conhane/Nwaxicoluane 7 - X - - x -
S/N Ponte/Massavasse 5 - X - - x -
S/N Xilembene/Matsolo 11 - - x - x -
S/N Hókwe/Zuza 25 - - x - x -
S/N Hókwe/Muianga 14 - - x - x -
S/N Xilembene /Hókwe 9.8 x - - x - -
S/N A.Barragem/Majajamela 7 - - x - x -
S/N Crz. Massingir/ 14 - - x - x -
S/N Crz. Massingir/25 de Setembro 10 - - x - x -
S/N Crz. Massingir/A.Chate 5 - - x - x -
S/N Crz. Massingir/Malulane 5 - - x - - x
S/N Machua/Machinho 10 - - x - x -
S7N Soveia/Machua 17 - - x - - x
Fonte: Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito de Chokwé

Classificação: EN- Estrada Nacional; ER- Estrada Regional secundária, não alcatroada; NC- Não Classificada.

O Distrito conta com uma rede de transporte semicolectivos de passageiros que liga todos Postos
Administrativos e suas localidades, para além de autocarros que fazem a ligação inter-provincial
e internacional para África do Sul. Possui ligação com a república do Zimbabwe, por via
ferroviária.

A reabilitação da rede rodoviária tem tido grande impacto positivo na comercialização, na


agricultura, no acesso e reabilitação de escolas e postos de saúde e no transporte da ajuda
alimentar e de bens. Em particular as estradas não classificadas precisam de cuidados de
manutenção reforçados.

27
Fonte: SDPIE, Chókwè
PÁGINA 4 7
Chókwè
O Distrito conta com 1 aeródromo, situado na Cidade de Chokwe, com uma pista de aterragem
com cerca de 600m de comprimento. Porém, pelo fraco tráfego aéreo, este não tem sido utilizado
o que origina a sua degradação, além de não possuir instalações nem guarda para velar pela
mesmo.

O distrito de Chókwè é servido pelo transporte ferroviário na linha Maputo-Chicualacuala, que


liga o Porto de Maputo ao Zimbabwe. A estação dos CFM no distrito registou um movimento de
1.297 carreiras de cargas, passageiros, especiais, mistos e via obra contra 1.251 de igual período
do ano 2010.

Quanto às telecomunicações o distrito conta com a rede fixa da TDM e móvel, possuindo um
telecentro para acesso à Internet e Correio electrónico. Existe, ainda, telégrafo e comunicações
via rádio, sendo de lamentar o fraco sinal da TVM.

As Telecomunicações de Moçambique no Distrito contam com 356 assinantes normais, 14


cabines públicas e 2 de telecartão.

As águas subterrâneas são o principal recurso para o abastecimento de água à população do


distrito, sendo o fornecimento de água feito principalmente através dos furos existentes em
algumas localidades, e pelo sistema do “FIPAG”, nesta cidade e periferia.

O Distrito conta com 246 furos de água, dos quais 160 estão operacionais e 86 inoperacionais.
Destes 22 encontram-se na zona Municipal. Esta rede corresponde a um taxa de cobertura rural
de cerca de 63%.

Existem, ainda, 27 pequenos sistemas de abastecimento de água, dos quais 21 estão operacionais
e com a sua gestão feita pelo FIPAG e privados.

O abastecimento nas zonas urbanas, está sob gestão da FIPAG, que durante o período em
referência registou um crescimento 2% ao passar para 98% da taxa de cobertura contra 96% do
ano findo com uma população servida de 96.535 pessoas. Existem 10.438 ligações domésticas
activas, 79 fontanários, e um total de 369 em novas ligações totalizando 10.884 de ligações
activas, num universo de 15.000 ligações planificadas até ao fim de 2011.

A participação comunitária no sector da água é feita através da criação de fundos locais para a
aquisição de peças para casos de avaria das bombas, existindo também elementos para garantir a
manutenção e segurança das fontes.

Em algumas zonas existem fontes de água insalubres, estando o lençol freático a baixa
profundidade, pelo que importa dotar as aldeias do Sul e Oeste do distrito de fontes de água
potável.

PÁGINA 4 8
Chókwè
O distrito beneficia de uma razoável cobertura de rede eléctrica da EDM, sendo cobertas pela
sua distribuição 22% da população total do distrito (à data do Censo de 2007), contra 11% a data
do Censo de 1997.

Efectuou-se a extensão e melhoria da rede eléctrica nos Postos Administrativos de Lionde e


Xilembene com a electrificação da linha Lionde- Xilembene 33 KV, tendo sido feito a
reabilitação da rede BT nos bairros de Lionde , Massavasse, Conhane, Nwashicoluane, Hókwe, e
Xipapa, bem como a reabilitação do ramal linha LC- Massavasse (33kv) em 4.8 Km e ramal
linha LC- Nwashicoluane(33kv) em 8.2 Km. No Distrito são usadas como fontes alternativas da
energia para iluminação, sobretudo nas zonas rurais, o petróleo de iluminação, painéis solares,
bem como pequenos geradores.

Está em implementação o projecto aprovado em 2012 pelo Centro de Promoção de


Investimentos de Kuvaninga Energia de construção e exploração de uma central eléctrica a gás
natural para a produção e venda de energia eléctrica, estimado em 104.900.000 USD.

Apesar dos esforços realizados, o estado geral de conservação e manutenção das infraestruturas
não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água a necessitar de manutenção e a rede
de estradas terciárias que na época das chuvas tem problemas de transmutabilidade.

55..44 U
Ussoo ee C
Coobbeerrttuurraa ddaa T
Teerrrraa
A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares. O distrito
tem uma densidade populacional e uma procura adicional de terrenos proveniente da cidade de
Maputo elevadas, que estão na origem de alguns conflitos ligados à posse da terra, para cuja
solução e moderação, tem contribuído a Administração em coordenação com anciões influentes.

Quadro 35. Uso e Cobertura da Terra


Classe Área (ha) (%)
Cultivado Sequeiro 36368.5 14.85
Cultivado Irrigado 12520.96 5.11
Plantações 462.83 0.19
Área Habitacional Semi Urbanizada 310.47 0.13
Área Habitacional Não Urbanizada 1724.9 0.7
Zona de Produção e Transporte 143.15 0.06
Solo Sem Vegetação 1780.22 0.73
Formação Herbácea Inundável 2794.07 1.14
Formação Herbácea Inundada 500.51 0.2
Formação Herbácea 67393.64 27.51
Moita (arbustos baixos) 36501.17 14.9
Matagal Medio 1988.46 0.81
Matagal Aberto 70465.75 28.76
Formação Herbácea Arborizada 4194.33 1.71
Floresta de Baixa Altitude Aberta 7130.75 2.91
Lagos, Lagoas 699.15 0.29
TOTAL 244.978,67 100.0
Fonte: Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção (CENACARTA).

PÁGINA 4 9
Chókwè
PROVÍNCIA DE GAZA
DISTRITO DE CHOKWE
Uso e Cobertura de Terra
32°40' 33°0' 33°20'

§ MABALANE
CHIGUBO

-24°0'

MASSINGIR
GUIJA
Machua
!
Maxinho
!
Djodjo
! Majajamela
! Setembro
25 de CHIBUTO
!
-24°20'

Chate Macarretane
! ! ! Macarretane CHIBUTO
Muzumuia!
.
Maluluane
! Manjangue
!
Matuba
!
Punguini Chókwè
!Cumba R
!

BombofoChipapa Lionde
! !Lionde
!
. Massavasse
Duvane !
! Nwachicoloane Muianga
! ! Marrambadja
Changulene Conhane R ! -24°40'
! ! .c R
hi
na !. . M!u Chigudela
MAGUDE Tlawene Mapapa ng nh
! ! ue ua Chalucuane
Duavaio ! ne !
!
! Inchovane
!
Macunene Zuza
MAGUDE ! ! Chiduachine
Chiaquelane !
!

XAI-XAI
Escala 1:680 000 BILENE
Legenda

0 3.5 7 14 21 28 R Sede de Distrito Área habitacional semiurbanizada


Área habitacional não urbanizada
Quilómetros !
. Sede de Posto Administrativo XAI-XAI
Zona de Produção e Transporte
! Aldeia
Solo sem vegetação
-25°0'
Estrada Secundária
MANHIÇA Linha Férrea
Pradaria Inundável
Pradaria Inundada
Limite de Província
Pradaria
CIDADE_DE_XAI-XAI
Limite de Distrito
Arbustos
Limite de Posto Administrativo
Matagal Médio
Rio
Matagal Aberto
Uso e cobertura de Terra
Pradaria Urbanizada
Cultivado Sequeiro
Floresta de baixa altitude fechada
Cultivado Regadio
Lago ou lagoa
Plantações

MANHICA © Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção


Fonte de Dados:
Base Topográfica Simplificada- CENACARTA, 1999 Av. Josina Machel, 537- Edição: 2013
Aldeia- INE, 1997 www.cenacarta.com

PÁGINA 5 0
Chókwè
A restante informação desta secção28 foi extraída dos resultados do Censo Agropecuário
realizado pelo INE em 2009/10 e tem por objectivo descrever os traços gerais que caracterizam a
base agrícola do distrito.

O distrito possui cerca de 25 mil explorações agrícolas com uma área média é de 1.8 hectare,
sendo cerca de 95% ocupadas com a exploração de culturas alimentares.

Figura 14. Explorações segundo a sua utilização

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Censo agropecuário, 2009-2010

Com um grau de exploração familiar dominante, 63% das explorações do distrito têm menos de
2 hectares.

Figura 15. Explorações por classes de área cultivada

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Censo agropecuário, 2009-2010

28
Apesar das reservas a colocar na representatividade dos dados ao nível distrital, a sua análise permite observar
tendências e os principais aspectos estruturais.
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Chókwè
Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar, têm
como responsável o homem da família, apesar de na maioria dos casos ser explorada por
mulheres a trabalharem sozinhas ou com a ajuda das crianças da família. A maioria da terra é
explorada em regime de consociação de culturas alimentares.

55..55 SSeeccttoorr A
Aggrráárriioo

5.5.1 Infraestruturas e equipamento

O distrito do Chókwè possui quase 40% do total da área de regadios de Moçambique. Em


relação à Província de Gaza, está localizada neste distrito 70% da área total e 90% da sua área
operacional.

O Distrito possui um sistema de rega com uma capacidade para irrigar 33.000 hectares. Mas,
devido ao assoreamento e degradação do sistema, esta área reduziu para 23.000 hectares. A fraca
capacidade dos utentes, aliada a outros factores, faz com que actualmente estejam a ser utilizados
23.000 hectares beneficiando mais de 12.000 produtores por campanha agrícola.

5.5.2 Zonas agro-ecológicas

Todo o distrito de Chókwè é uma planície com menos de 100 metros de altitude e composta por
aluviões ao longo do rio Limpopo, que atravessa todo o distrito no sentido NW-SE.

São solos aluvionares, onde ocorrem solos hidromórficos orgânicos também conhecidos como
Machongos. Trata-se de terras húmidas, baixas e depressões permanente ou sazonalmente
húmidas, evidenciando condições de grande valor agrícola e elevada aptidão para a irrigação.

O resto do distrito (PA’s de Macarretane e Lionde) é formado por depósitos indiferenciados,


verificando-se a ocorrência de terraços no extremo Sudeste do distrito (PA de Chilembene),
junto ao distrito de Bilene. Nestas zonas, os solos são característicos da cobertura arenosa de
espessura variável. Tais condições são agravadas pela grande irregularidade de chovas e baixa
precipitação ao longo da estação chuvosa, o que ocasiona épocas de estiagem e seca durante o
crescimento das culturas.

5.5.3 Sistemas de cultivo

A agricultura neste distrito é dominada pelo sistema de regadio. Tem duas estações de culturas
distintas. No período quente as principais culturas são o milho (em consociação com feijão
nhemba) e o arroz (cultura simples), enquanto que na época fresca a produção de hortícolas
assume maior importância. O milho de 2ª época também é produzido com alguma importância
em consociação com feijão manteiga. A batata doce é cultivada nas duas estações.

PÁGINA 5 2
Chókwè
Nas zonas mais a sul do Limpopo, domina a consociação das culturas, nomeadamente mapira e
milho, embora os camponeses ainda produzam amendoim e feijão nhemba sem grande sucesso,
assim como no caso da cultura do milho. Devido à grande variação na data de início do período
de crescimento e por conseguinte, na data de sementeira, e dado que o período de crescimento é
de pequena duração, os camponeses recorrem ao uso de variedades de ciclo curto.

É contudo a produção pecuária aquela que maior expressão socioeconómica assume nesta zona,
devido à existência de um abundante estrato graminoso e arbustivo.

5.5.4 Produção agrícola

A agricultura constitui a principal actividade económica do distrito sendo basicamente de


subsistência, existindo um número considerável de produtores comerciais.

A produção é feita em regimes de sequeiro e regadio, sendo as principais culturas praticadas são
o milho, arroz, feijão-nhemba, amendoim, batata-doce, batata-reno e hortícolas.

As principais culturas comercializadas são hortícolas tomate, pimento, repolho e arroz, batata-
reno , amendoim, feijão, milho praticadas pelos sectores familiar e privado. Os mercados desses
produtos são, para além do próprio distrito de Chókwè, os distritos de Guijá, Massingir,
Chigubo, Massagena, Xai-Xai, Chicualacuala, Mabalane, Bilene e cidade de Maputo. Os
mercados potenciais são os distritos de Magude e Xinavane, na província de Maputo.

O potencial frutífero do Distrito, está localizado nas áreas de Hókwe, Chiaquelane e Macunene,
onde existem condições propícias ao cultivo de cajueiros, laranjeiras e mangueiras, no entanto a
falta de água para a rega e a falta de fundos para aquisição de factores de produção constituem
fortes limitações ao desenvolvimento da actividade.

Quadro 36. Produção agrícola: 2007-2011 (toneladas)


Cultura 2008/09 2009/10 2010/11
Milho 99.100 147.292 165.163
Arroz 25.500 34.165 14.417
Mandioca 4.400 2.926 7.200
Feijão Nhemba 1.959 875 525
Feijão Vulgar 2.615 2.585 5.850
Batata reno 450 1.905 3.060
Batata doce 5.306 31.212 27.500
Tomate 51.500 39.900 51.500
Cebola 1.580 2.585 5.850
Banana 2.050 667 1.710
Total 194.460 264.112 282.775
Fonte: Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrito de Chokwé

PÁGINA 5 3
Chókwè
Os factores que explicam o crescimento da produção são o aumento das áreas de cultivo, a queda
regular das chuvas, a montagem de um campo de demonstração de brotação de arroz com o
objectivo de demonstrar duas ceifas numa mesma campanha, o tratamento do tomateiro com
produtos químico contra lagartas e traças para cada cultura específica, o maior aproveitamento
das zonas baixas logo depois do período pós-cheias, entre outros.

O decréscimo na produção de algumas culturas, em alguns anos, está ligado a situações adversas,
como as calamidades naturais (inundações, no perímetro do regadio, e seca, nas zonas de
sequeiro), a diminuição das áreas de cultivadas, a preparação tardia das terras para o cultivo, o
excesso de chuvas no período de colheita, a praga de pássaro, a deficiência na disponibilidade de
sementes com qualidade e poder germinativo, a retirada do financiamento que a MIA vinha
concedendo aos produtores de arroz, entre outros factores.

Os produtos agrícolas que têm um grande potencial, ainda não explorado, e uma elevada
oportunidade de negócio são o arroz, o tomate, a batata-reno e a cebola. Destas culturas, o arroz
e o tomate são considerados vectores de desenvolvimento do distrito.

5.5.5 Pecuária

Chókwè é um dos principais distritos de criação de gado na província de Gaza e no País. Apesar
de o fomento pecuário ter sido insuficiente, o investimento privado e a tradição na criação de
gado e uso de tracção animal, conduziram ao crescimento do efectivo bovino de 30 mil cabeças
em 2007, para cerca de 43 mil em 2011, cuja exploração é feita por vários criadores privados e
familiares, servidos por algumas infraestruturas de apoio. As espécies mais praticadas são
bovinos, caprinos, ovinos, suínos e frangos de corte.

Quadro 37. Evolução de efectivos das principais espécies


Espécies 2007 2008 2009 2010 2011
Bovinos 30.000 33.495 36.544 39.028 43.429
Caprinos 6.679 8.028 12.438 13.059 10.480
Ovinos 1.676 2.018 2.010 2.110 1.850
Suínos 2.408 2.890 1.382 1.312 1.609
Frangos de corte 52.127 106.302 114.345 134.836 82.372
Fonte: Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrito de Chokwé

Comparando o número de efectivos de 2007 com o de 2011, nota-se que em quase todas as
espécies, com excepção do gado suíno devido à ocorrência do surto de peste suína), houve um
crescimento assinalável. Entretanto, em 2011, o frango de corte registou uma descida na
produção, devido à saída de cerca de 32 criadores registados, provocada pelos surtos de
bronquites e por dificuldades de maneio e de gestão de negócio.

PÁGINA 5 4
Chókwè
O número de efectivos do gado bovino já atingiu o seu pico, ou seja, não é tecnicamente
recomendável o aumento de efectivos desta espécie num regime extensivo. O frango de corte é a
espécie que ainda possui um grande potencial ainda inexplorado, e é considerado um dos
vectores de desenvolvimento do distrito.

5.5.6 Florestas e Fauna bravia


A vegetação natural no distrito de Chókwè é escassa, pois quase todo ele é ocupado por terrenos
agrícolas. No PA de Macarretane junto ao distrito de Massingir, ocorre matagal alto, com
pequenas porções de matagal médio e baixo.

As árvores são usadas sobretudo como combustível doméstico na forma de lenha e carvão
comercializados localmente. Em alguns locais tais como Massavasse, Conhane, Chilembene,
Chiguidela, Chalucane, Malhazine e Nwachicoluane há problemas de falta de lenha e os
residentes locais têm que se deslocar 7 a 30 Km para a obter. O distrito debate-se com problemas
de desflorestamento e erosão de solos provocadas pelas queimadas e abate descontrolados.

O potencial frutívora do distrito está localizado nas áreas de Hócuè, Chiaquelane e Macunene,
onde existem condições propícias ao cultivo de cajueiros, laranjeiras e mangueiras. No entanto, a
falta de viveiros para a aquisição de mudas, a falta de água para rega e a falta de fundos para
aquisição de factores de produção, constituem fortes limitações ao desenvolvimento da
actividade. As frutas locais são vendidas a comerciantes de Xai-Xai e Maputo, que se deslocam
ao distrito para as comprar.

A carne de caça, principalmente inhalas, cudos, gazelas, javalis, impalas e coelhos constituem,
igualmente, um suplemento importante na dieta das famílias. Existem problemas de caça furtiva
que, no entanto, tendem a diminuir devido aos esforços empreendidos pelas autoridades distritais
no sentido da sua eliminação.

5.5.7 Pesca
O Distrito, possui um enorme potencial para o desenvolvimento da piscicultura, conta com 55
tanques sendo: 7 tanques pertencentes a Igreja Católica localizados na cidade de Chókwe, 27
tanques do Estado, localizados no Posto Administrativo de Lionde, 21 em Xilembene dos quais 4
pertencem ao sector privado e os restantes pertencentes ao Estado.

Existe no Distrito um projecto-piloto na Barra de Mapapa, para o fornecimento de alvinos,


treinamento e demonstrações de técnicas de piscicultura e assegurar a assistência técnica.

No Distrito predomina a pesca artesanal e de subsistência, que é praticada na barragem de


Macarretane e no Xilembene na Localidade de Chinangue. Embora em pequenas

PÁGINA 5 5
Chókwè
quantidades, destacam-se a captura da Tilápia e Bagre mais conhecido por peixe barba.

Os constrangimentos que o sector das pescas enfrentam são falta de reabilitação de tanques
piscícolas, recursos humanos qualificados, fraca fiscalização, meios circulantes.

55..66 C
Coom
méérrcciioo,, IInnddúússttrriiaa ee T
Tuurriissm
moo
O distrito está bem integrado na rede comercial do sul do país, possuindo ligações comerciais
com cidades próximas e distritos vizinhos. Além disso, há comerciantes a operarem no distrito,
provenientes de distritos confinantes e das cidades de Xai-Xai e Maputo.

A grande parte da rede comercial está centralizada na sede do distrito, especializadas no


comércio geral e prestação de serviços na área agrícola, mecânica e comunicação. Os Distritos
da zona norte da província beneficiam-se da rede comercial do Chókwé.

A comercialização agrícola ocorre nos mercados locais, bem como nos mercados vizinhos e
noutras cidades próximas (Xai-Xai, Bilene e Maputo).

O Distrito conta com uma rede de comércio rural composta por 479 unidade de vendas cobrindo
todos os Postos Administrativos com destaque para Xilembene com maior número de unidades.

O parque industrial do Distrito é composto por 232 estabelecimentos de venda a retalho,


prestação de serviço dos quais são operacionais 144 e 88 paralisados.

As indústrias operacionais são basicamente de micro e pequenas dimensões ligadas à produção


de pão, bebidas (vinhos), material de construção e outros artigos.

O Distrito conta com 49 indústrias, das quais 15 estão paralisadas por diversos motivos. As
grandes indústrias do distrito, designadamente de processamento de algodão, tomate, leite e
lacticínios, suínos e salsicharia e descasque de arroz de Conhane, estão paralisadas, encontrando-
se em funcionamento a fábrica de descasque de arroz (MIA).

Em 2011, a indústria de agro-processamento registou um crescimento de 9% ao passar de 7 para


9 unidades, tendo sido processadas 4.628 ton. de arroz contra 4.239 ton. de 2010.

O Distrito de Chókwè tem um potencial turístico pouco desenvolvido, mas conta com algumas
infraestruturas tais como um hotel, uma pousada, 8 restaurantes e 21 bares. Este conta
igualmente com a barragem de Macarretane usada pelos turistas para contemplar hipopótamos,
crocodilos e a paisagem no rio Limpopo.

Em 2011 o movimento turístico resultou em 1.023 hóspedes, dos quais 785 nacionais e 238
estrangeiros, totalizando 2.983 dormidas.

PÁGINA 5 6
Chókwè
Existe ainda uma infraestrutura recreativa como é o caso do clube que se encontra inoperacional
e é composto por piscina, sala de cinema, discoteca e restaurante. No recinto do clube há um
espaço aproveitado para realização da feira onde nas vésperas do dia da Cidade, convergem
vários agentes económicos que divulgam as suas potencialidades e serviços.

No Distrito estão representadas instituições financeiras que realizam operações mercantis,


nomeadamente 2 agências do Millennium BIM, 1 do BCI Fomento, 1 Barclays, 1 do Banco
Terra, 1 Procredit, 1 Cooperativa de Crédito (CPL) para além de 1 Banco de Micro Crédito
designado Caixa Comunitária.

Existem 5 serviços de abastecimento de combustível, sendo 3 na cidade de Chókwe Cesagro


Lda, Galp e BP, e 2 no Posto Administrativo de Lionde sede (Petromoc ) e localidade de
Conhane (Galp).

Tanto os serviços bancários, como os de abastecimento de combustível encontram-se localizados


na sua maioria na sede do Distrito (Cidade de Chókwe).

2299
55..77 V
Veeccttoorreess ddee D
Deesseennvvoollvviim
meennttoo ee C Vaalloorr29
Caaddeeiiaass ddee V
Os vectores de desenvolvimento do distrito são o arroz, tomate e o frango de corte. As cadeias de
valor destes produtos apresentam várias falhas, de que decorrem oportunidades de negócios e de
investimentos.

Cadeia de Valor do Arroz

Situação Actual Potencialidade e sua cadeia de valor Oportunidades de negócio


Produção
A produção actual é de apenas 34.165 O potencial existente é de 126.000 ton. Aumentar a produção de arroz em
ton. de arroz/ano de arroz/ano 91.835 ton/ano
Existe disponibilidade de 21.000
Actualmente são cultivados apenas Aumentar a área cultivada em 14.000
hectares (na zona do regadio) com
7.000 hectares (na zona do regadio) hectares (na zona do regadio)
aptidão para a produção de arroz
Fornecer atempadamente 3.150 ton. de
Apenas cerca de 31% da área Deverão estar disponíveis os seguintes
sementes, 420.000 litros de herbicidas,
cultivada usa equipamentos e insumos insumos e equipamentos:
2.520 ton de adubo e 5.250
de boa qualidade (330 tons de Anualmente: sementes: 3.150 ton. ;
pulverizadores (em cada ano) e 21
sementes melhoradas, 30,800 litros de herbicidas: 420.000 Litros; adubos:
tractores e 35 auto combinadas (em
herbicidas, 264 ton de adubos, 550 2.520 ton.; pulverizadores: 5.250;
cada 5 anos), para garantir insumos de
pulverizadores, 12 tractores e 7 Em cada 5 anos: tractores: 21; e auto
qualidade a toda a área de produção de
autocombinadas). combinadas: 35.
tomate

29
Fonte: Revista de Marketing - Direcção Nacional de Promoção do Desenvolvimento Rural- DNPDR
PÁGINA 5 7
Chókwè
Introduzir incentivos (reabilitação da
parte inoperacional do sistema de
Actualmente existem apenas 3.235
regadio, estímulo aos produtores para
produtores de arroz, devido ao facto
Deverão existir 12.313 produtores de uso de sementes de variedades
de que os preços ao produtor não são
arroz melhoradas e constituição de
compensadores e à inoperacionalidade
associações de produtores de arroz)
de parte do sistema de regadio
para que os 12.313 agricultores se
dediquem à produção de arroz
Actualmente, há apenas 10 Serão necessários 20 extensionistas
Contratar mais 10 extensionistas para
extensionistas que assistem a zona do dotados de meios para assistir 12.313
prestarem assistência a 9.078
regadio (onde é produzido o arroz, por produtores em técnicas de produção de
produtores adicionais
3.235 agricultores) arroz
Processamento
Estabelecer contratos entre os
A quantidade de arroz entregue às
Deverão estar disponíveis 126.000 ton produtores e as unidades de
unidades de processamento
de arroz por ano, para as fábricas de processamento para fornecimento de
actualmente existentes é de 22.520
processamento. uma quantidade adicional de 103.480
ton/ano
ton de arroz por ano
Actualmente, os produtores compram Deverá existir um fornecedor de
Incentivar o empresariado local a
embalagens não apropriadas, devido à embalagens para o acondicionamento
garantir o fornecimento de embalagens
falta de fornecedores de embalagens dos produtos agrícolas, incluindo
para 126.000 ton de arroz
no mercado local 126.000 ton de arroz
Comercialização
Actualmente há operadores que
São necessários transportadores de
asseguram o transporte de Instalar capacidade adicional de
mercadorias, com capacidade para
mercadorias, incluindo 34.165 tons de transporte de 91.835 tons/ano
transportar 126.000 ton de arroz
arroz/ano
Actualmente, há dificuldades de
Melhorar as condições de
escoamento da produção devido à As vias de acesso que ligam os centros
transitabilidade de vias de acesso que
precariedade das vias de acesso num de produção e o mercado deverão estar
ligam os centros de produção aos
troço de cerca de 93 Km, sobretudo na transitáveis, ao longo de todo o ano.
centros de consumo.
época chuvosa.
Fazer marketing do arroz e identifica-lo
O arroz do distrito de Chókwè não é O arroz de Chókwè deverá ser como produto de Chókwè, usando
suficientemente conhecido, devido ao conhecido como imagem de marca, meios publicitários, como feiras, rádio,
fraco marketing dentro e fora do distrito bolsas de turismo, portal do Governo
da província

Cadeia de Valor do Tomate


Potencialidade e sua cadeia de
Situação actual Oportunidades de negócio
valor
Produção
Aumentar a produção de tomate em
Actualmente, a produção é de apenas Existe um potencial para a produção
29.000 tons, com vista a atingir o
51.500 tons de tomate/ano de 80.500 tons de tomate/ano
potencial de 80.500 tons/ano
Actualmente são aproveitados apenas No distrito há uma área total de Aproveitar os remanescentes 700
1.600 hectares com aptidão para a 2.300 hectares com clima e solos hectares com aptidão para a produção de
produção de tomate aptos para a produção de tomate tomate
Deverão ser assistidos 5.367
Actualmente, em todo o distrito há 4.235
produtores de tomate (com uma Garantir assistência técnica a 5.367
produtores de tomate assistidos pelos
produção média de 15tons/ano) produtores de tomate.
serviços de extensão rural
pelos serviços de extensão rural

PÁGINA 5 8
Chókwè
O tomate deverá ser produzido ao
Durante a época quente não se produz Potenciar a investigação para a produção
longo de todo o ano, de modo a
tomate. Actualmente, verifica- se o de variedades de tomate susceptíveis de
garantir um fornecimento regular à
problema de sazonalidade na produção serem produzidos ao longo de todo o
indústria de transformação e aos
de tomate. ano, incluindo na época quente.
consumidores finais
Actualmente, cerca de 3.388 produtores 3.388 produtores de tomate com
Conceder microcrédito a 3.388
de tomate enfrentam dificuldades no acesso a financiamento para
produtores de tomate para aquisição de
acesso a financiamento para aquisição de aquisição de insumos e operações
insumos e operações agrícolas.
insumos e operações agrícolas. agrícolas.
São necessários 20 extensionistas
Actualmente, há apenas 14 Recrutar mais 6 extensionistas para
alocados especificamente para
extensionistas (três mulheres e 11 prestar assistência técnica aos
prestar assistência técnica aos
homens) que assistem todo o distrito. produtores de tomate.
produtores de tomate.
Actualmente, o tomate produzido é São necessários 2 entrepostos
Instalar 2 entrepostos frigoríficos com
vendido a preço muito baixo e a outra frigoríficos com capacidade total
capacidade total de conservação de
parte se deteriora, por falta de condições instalada de conservação de cerca
30.000 toneladas de tomate
de conservação pós-produção de 30.000 toneladas de tomate.
Processamento
Deverão existir fábricas com Instalar fábricas com capacidade de
Actualmente, não há fábricas de capacidade de processamento de processamento de 25.000 toneladas de
processamento de tomate. 25.000 toneladas de tomate (cerca tomate por ano (cerca de 30% da
de 30% da produção). produção).
Deverão existir indústrias com Instalar indústrias com capacidade de
Actualmente, não há indústrias de
capacidade de fabricar embalagens produzir embalagens para 25.000
fabrico de embalagens para tomate.
para 25.000 toneladas de tomate. toneladas de tomate.
Comercialização
Deverá haver capacidade de
Actualmente, os produtores conseguem Incrementar a capacidade de transporte
transporte de 80.500 toneladas de
transportar 51.500 toneladas de tomate. de tomate em 29.000 toneladas.
tomate.
Realizar acções de marketing do
O potencial e a oportunidade de
Actualmente, o tomate produzido em potencial e da oportunidade de negócio
negócio do tomate deverão ser
Chókwè não possui nenhum selo do tomate, através de feiras, rádio
amplamente conhecidos, dentro e
distintivo. comunitária local, televisão, etiquetas
fora do distrito.
dos produtos e portal do Governo.
Actualmente, há dificuldades de
escoamento da produção devido à
As vias de acesso que ligam os Melhorar as condições de
precariedade das vias de acesso num
centros de produção e o mercado transitabilidade de vias de acesso que
troço de cerca de 93 Km (25 de
deverão estar transitáveis, ao longo ligam os centros de produção aos
Setembro, Nwaxicoluane, Chiduachine e
de todo o ano. centros de consumo.
Gandlhaze), sobretudo na época
chuvosa.

Cadeia de Valor do Frango de Corte

Situação Actual Potencialidade e sua cadeia de valor Oportunidades de negócio


Produção
A produção actual é de apenas 82.372 Aumentar a produção em 193.628
O distrito tem um potencial máximo
frangos de corte/ano, feita por 23 dos frangos, com vista a atingir o potencial
de produção de 276.000 frangos/ano
55 criadores registados. máximo de 276.000 frangos/ano
São necessárias quatro unidades de
Actualmente o distrito não possui mistura de concentrado com milho Instalar 4 unidades de mistura de
unidades de mistura de concentrado (uma em cada Posto Administrativo), concentrado com milho, com uma
com o milho visando reduzir os com uma capacidade global de 690 capacidade global de 690 toneladas para
custos de aquisição da ração. toneladas para satisfazer os 276.000 a alimentação de 276.000 frangos.
frangos com menores custos.

PÁGINA 5 9
Chókwè
Os 55 avicultores registados
Os 55 avicultores registados deverão Prestar assistência técnica e capacitar 55
necessitam de formação em técnicas
ter conhecimentos de técnicas de criadores em técnicas de avicultura e
de produção avícola e gestão de
avicultura e gestão de negócios. gestão de negócios.
negócios.
Processamento
Os frangos não são abatidos e O Matadouro Limpopo Carnes deverá Estabelecer relações de fornecimento de
processados no matadouro (são funcionar na sua plena capacidade de frangos entre o Matadouro Limpopo e
vendidos vivos) devido à falta de abate, processamento, embalagem, os criadores, por forma a maximizar a
ligações comerciais entre os congelamento e conservação, utilização da capacidade instalada,
avicultores e o Matadouro. estimada em 276.000 frangos por ano estimada em 276.000 frangos por ano
Comercialização
Os frangos são vendidos vivos ao Os 276.000 frangos por ano serão
consumidor, com peso reduzido e em vendidos depois de abatidos, Sensibilizar os revendedores a adquirir
condições sanitárias e de alimentação processados e conservados no frangos processados no matadouro.
impróprias. Matadouro.
Usar os meios e espaços de
Os consumidores não estão Os consumidores locais e de outros comunicação possíveis (feiras, rádio,
informados sobre os frangos criados e distritos, alcançados com a televisão, etiquetas, jornais, folhetos),
abatidos no distrito, devido à falta de publicidade e marketing sobre frangos para dar a conhecer a qualidade dos
marketing de Chókwè frangos produzidos e vendidos no
distrito de Chókwè

PÁGINA 6 0
Chókwè
66 V
Viissããoo ee E
Essttrraattééggiiaa ddee D
Deesseennvvoollvviim
meennttoo L
Looccaall
Este capítulo tem como base as conclusões do PEDD - Plano Estratégico de Desenvolvimento
Distrital.

66..11 V
Viissããoo
“Chókwe, referencia Agropecuária e industrial nacional, estável e com bem estar das famílias”.

66..22 M
Miissssããoo
O Desenvolvimento Económico, caracterizado pelo aumento dos níveis actuais de produção
agropecuária, bem como da comercialização e reactivação da industrial local constituem
catalisadores principais no distrito, contribuindo deste modo para a melhoria dos rendimentos e
acesso às famílias ao emprego.

A prática da agropecuária mecanizada e intensiva, maximizando o potencial de recursos hídricos


que o distrito possui constitui, factor determinante para dinamização da indústria e comércio
local.

Assim, tendo em conta as potencialidades do distrito, o arroz, o tomate e os frangos de corte


constituem os vectores de desenvolvimento económico.

66..33 O
Obbjjeeccttiivvooss eessttrraattééggiiccooss

A estratégia principal do Distrito tem em vista elevar os níveis de emprego, riqueza, a segurança
alimentar e nutricional das famílias bem como o crescimento económico e social do distrito,
utilizando de forma sustentável os recursos disponíveis.

Assentam, fundamentalmente, na melhoria da renda, segurança alimentar e nutricional das


populações através da modernização da pecuária e agricultura, promoção do turismo e gestão
sustentável dos recursos naturais; incluem igualmente o acesso da população à infraestruturas e
serviços sociais de qualidade, bem como a melhoria da eficiência e eficácia do funcionamento
das instituições do distrito, através de uma boa governação.

Por outro lado, aliado ao investimento privado, o sector familiar e associativo deverá
complementar este esforço, dotando-os de meios e técnicas de produção que os conduzam a
aumentar significativamente os seus rendimentos actuais.

PÁGINA 6 1
Chókwè
Neste contexto, foram identificados como vectores estratégicos o Desenvolvimento Económico
Local, o Acesso a Infraestruturas e Serviços Básicos e a Boa Governação, traduzidos em três
objectivos:

• Desenvolvimento Económico Local: Melhorar a produção e a renda das famílias, através de


investimentos na agropecuária intensiva, no comércio e na revitalização da indústria local.

• Boa Governação: Assegurar a boa governação local através da prestação de serviços de


qualidade.

• Acesso a Infraestruturas e Serviços Básicos: Melhorar o bem-estar social das populações


através de investimentos em infraestruturas e serviços sociais básicos.

A estratégia principal do Distrito tem em vista elevar os níveis de riqueza, a segurança alimentar
e nutricional das famílias bem como o crescimento económico e social do distrito, utilizando de
forma sustentável os recursos disponíveis.

No que concerne à Insegurança Alimentar e Nutricional, o Distrito prevê reduzir actuais níveis
considerando as seguintes linhas gerais de orientação:

• Garantir a autossuficiência alimentar no Distrito através da intensificação da actividade


agropecuária e pesqueira

• Contribuir para a melhoria do poder de compra dos agregados familiares capitalizando as


potencialidades locais no desenvolvimento de pequenas e médias empresas bem como
associações económicas

• Reduzir a incidência de desnutrição (aguda e crónica), através do melhoramento das


condições de saúde, água, saneamento do meio, e educação alimentar e nutricional.

No que diz respeito à gestão ambiental, o Distrito prevê implementar o plano à luz das seguintes
linhas gerais:

• Desenvolver capacidades para o combate e prevenção à erosão de solos nas zonas de


habitação, agrícola;

• Promover o planeamento e ordenamento territorial e implementação dos respectivos planos;

• Reduzir a incidência das queimadas descontroladas e o desflorestamento; e

• Garantir a gestão dos recursos naturais bem como promover a consciencialização ambiental.

Quanto ao controle do HIV e SIDA, o Distrito prevê reduzir os actuais números de casos por ano
considerando as seguintes linhas gerais de orientação:

PÁGINA 6 2
Chókwè
• Massificação do aconselhamento e testagem voluntária, da utilização do preservativo
feminino e masculino bem como da prática da circuncisão masculina;

• Reforçar as capacidades de geração de rendimento, da segurança alimentar e apoio


nutricional dos indivíduos, famílias e comunidades afectados pelo HIV e SIDA

• Garantir o apoio educacional das crianças órfãs em situação de vulnerabilidade;

• Assegurar a realização das actividades de combate ao HIV e SIDA mobilizando as lideranças


e recursos financeiros para o efeito;

• Assegurar a protecção e defesa dos direitos humanos das PVHS’s e seus dependentes bem
como os cuidados médicos.

Sobre os desastres naturais, o Distrito prevê reduzir os riscos considerando as seguintes linhas
gerais de orientação:

• Dotar o Distrito de meios de prevenção e mitigação através da emissão de informação


atempada sobre os riscos;

• Promover a criação de sistemas de armazenamento de águas nas zonas de estiagem;

• Consolidar a cultura de prevenção efectuando o mapeamento das zonas de risco e reforçando


as acções de coordenação institucional; e

• Intensificar as acções de formação e educação cívica sobre os desastres naturais.

A liderança do Governo distrital facilitando o ambiente para o investimento privado, a


participação comunitária e o apoio aos processos promovendo parcerias e coordenação entre as
instituições vai guiar a implementação do quadro estratégico, alargar as oportunidades de
emprego, negócio e aumentar a base de tributação no distrito.

PÁGINA 6 3
Chókwè
3300
66..44 A
Annáálliissee FFO A30
OFFA
A estratégia de implementação definida deriva da análise dos pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças existentes em cada área de cada um dos pilares
estratégicos de intervenção e cujas conclusões são a seguir sistematizadas.

FORÇAS OPORTUNIDADES FRAQUEZAS AMEAÇAS


ÁREA ECONÓMICA
Agricultura
• Sistema de regadio • Organizações parceiras especializadas • Associações não legalizadas • Salinizacão do solo;
• Terra arável disponível • Fornecedores de sementes melhoradas. • Deficiente funcionamento do regadio (valas • Pragas e doenças;
• Mão-de-obra qualificada (Eng. e canais assoreado, caleiras danificadas); • Secas cíclicas
Agrónomos, extensionistas); • Subaproveitamento do regadio em zona • Insuficiência de insumos.
• Instituições de ensino agro- reabilitada
pecuário (básico, médio e • Susceptibilidade as calamidades.
superior) • Deficiente conservação da produção.
• Estação agrária para investigação; • Descapitalização dos agricultores.
• Provedores de insumos • Fraco reembolso do crédito concedido
(Agrifocus, Higrotech, SEMOC, • Baixa produção agrícola
Procampo, Medimoc, Mia); • Baixo rendimento por hectares
• Disponibilidade de crédito
agrícola .
• Sector privado.
• ONG’s
• Poíticas favoráveis do governo
Pecuária
• Bom pasto • Fornecedores de gado de corte e leiteiro • Doenças • Seca cíclica
• Tanques carrecicídas • Organizações parceiras • Furto • Cheias
• Elevado número de animais • Fornecedores de produtos químicos. • Deficiente assistência sanitária aos animais • Epidemias
(bovino e aves) • Instituições de formação, investigação e no sector familiar • Reduzida a oferta de drogas
• Farmácias veterinárias assistência técnica • Insuficiência de recursos humanos veterinária.
qualificados

30
FOFA – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.

PÁGINA 6 4
Chókwè
• Instituições de ensino agro- • Fraco conhecimento do valor sócio- • Queimadas descontroladas
pecuário (básico, médio e económico do gado.
superior)
• Mão-de-obra qualificada
(veterinário), extensionistas
Pesca
• Existência de tanques piscícolas • Desenvolvimento da piscicultura • Fraco aproveitamento dos tanques • Cheias
• Falta de conhecimento e pessoal na área • Seca
• Uso de redes de pesca imprópria
Comércio
• Rede comercial extensa • Mercados para a comercialização agrícola • Fraca fiscalização • Crise financeira
(urbana e rural) e pecuária. Mercado informal
• Produção agro- pecuária • Legislação comercial (simplificação dos
Mercados formais. processos de licença)
Instituições de crédito
Industria
• Indústria de Agro- • Escolas de formação técnicos profissional • Elevado numero de industrias paralisadas, • Crise financeira.
processamento de arroz. • Fornecedores de máquinas e • Fraca capacidade agroprocessamento. • Seca
• Pequenas e medias Industrias equipamentos • Fraca qualificação e especialização da mão- • Cheias
(Pão, vinho, Carpinteiros) • Parceiros de-obra HIV/SIDA
• Sector privado • Fundos de promoção • Uso de tecnologias rudimentares
• Matéria prima agro-pecuária
• Mão de obra bruta
Água

PÁGINA 6 5
Chókwè
• Fontes de abastecimento de água • ONGs que operam na área de Má gestão das fontes por parte dos comités
• • Lençol de água salubre;
(sistemas de abastecimento e abastecimento de água; de gestão; • Elevados custos de construção de
nascentes) • Fundos descentralizados paraa • Deficiente funcionamento dos comités; estações de tratamento de água;
• Cursos de água (Rio Limpopo, reabilitação de fontes dispersas • Insuficiência de meios materiais, financeiros • Elevados custos de para
Mazimuchope e algumas lagoas); • Mercado de venda de acessórios e humanos dessalinização de água
• Empresas e instituições de • Infra-estruturas de abastecimento de água
abastecimento de água; (pequenos sistemas) avariados
• Ferragens de venda acessória. • Fraca qualidade de materiais das bombas
• Comités de gestão de água manuais;
• Artesãos locais • Insuficiência de lojas de venda de acessórios
(bombas manuais)
Dispersão da população.
Vias de acesso (Estradas e linha férrea)
• Vias de acesso que permitem a • Fundos descentralizados • Insuficiências de recursos materiais, • Cheias
ligação em todos os Postos financeiros; • Solos de difícil trânsito em situações
Administrativos, Localidades e • Fraca capacidade técnica das empresas de precipitação
Aldeias locais; • Insuficiência de câmaras de
• Estradas asfaltadas que permitem • Fiscalizações deficientes nas obras de empréstimo para extracção de solos.
a ligação com os Distritos de estradas.
Bilene, Massingir e Guija. • Insuficiência de mão-de-obra qualificada
• Ferrovia que liga o distrito com • Insuficiência de infra-estruturas de travessia
Maputo e norte da província; nos cursos de água e nas baixas
• Empresas locais de construção e • Deficiente gestão das câmaras de
manutenção de estradas; empréstimo
• Matéria-prima (saibro)
• Mão-de-obra
Meio ambiente e Saneamento

PÁGINA 6 6
Chókwè
• Núcleos amigos do ambiente; • Base legal para o sector do ambiente; • Fraca coordenação inter-sectorial nas acções • Analfabetismo
• Rádios Comunitárias; • Centros de desenvolvimento Sustentável ligadas a preservação do ambiente; • Pobreza
• Comités de gestão (CDSs) • Deficiente funcionamento dos comités de • Cheias e ciclones;
• Estaleiros de fabrico de lajes • Instituições de investigação (IIAM) gestão • Secas cíclica
• Artesãos • Agencias Internacionais; • Fraca valorização de conhecimento • Queimada descontrolada
• Florestas comunitárias tradicional
• Instituições de micro-crédito. • Fraca capacidade de fiscalização
• Erosão
• Queimadas descontroladas
• Desertificação
Transporte
• Empresas de transporte de • Instituições de crédito • Fraca capacidade de gestão e fiscalização •
passageiro e carga • Transportadores nacionais e dos transportadores; • Deficiente formação dos condutores
• Elevado parque automóvel internacionais • Transportadores informais •
• Associação de transportadores • Fornecedores de serviços de manutenção • Mau estado técnico das viaturas;
(ASTROGAZA); e reparação de viaturas • Falta de conhecimento técnico por parte dos
• Terminal internacional de • operadores;
passageiros e de carga • • Não observância das normas rodoviárias por
• Transporte ferroviário parte dos transportadores
• Fornecedores de serviços de • Descapitalização do sector privado
manutenção e reparação de • Fraca competência e responsabilidade dos
viaturas condutores
• Escolas de condução
Comunicações

PÁGINA 6 7
Chókwè
• Central das telecomunicações; • Fornecedores de serviços de • Fraca qualidade do sinal da televisão • Oscilação da corrente eléctrica
• Redes de telefonia móvel da telecomunicações. • Vandalização das cabines públicas • Cheias e ventos fortes
mCel e Vodacom; • Empresas de rádio e televisão • Fraca qualidade dos serviços de internet
• Potenciais consumidores dos
serviços de telecomunicações;
• Estação dos correios de
Moçambique
• Rádios comunitários
• Canal televisivo (TVM)
• Operadores privados de
telefones e internet
Energia
• Rede eléctrica nacional • Serviços pré-pagos (credelec) • Fraca qualidade da corrente eléctrica • Ventos fortes
• EDM ( área operacional de • Fundos de investimentos (FUNAE) • Fraca dispersão dos fornecedores de material • Cheias
Chókwè) • Instituições de formação eléctrico
• Empresas privadas de prestação • Fornecedores de fontes alternativas de •
de serviços energia;
• Artesãos
• Ferragens
• Fundo de energia;
Educação

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Chókwè
• Estabelecimentos de ensino a • Instituições de formação e credenciação • Desistência de alunos nas escolas em todos • HIV/SIDA
todos níveis (Geral e Técnico) de professores níveis • Calamidades
• Tendência de crescimento da • Curriculum local • Baixo índice de aproveitamento escolar das
taxa da rapariga na escola • Fornecedores de material escolar raparigas
• População em idade escolar • Parceiros e investidores • Níveis de ingresso reduzidos na 1a classe
• Distribuição equilibrada da rede • Existência da rede eléctrica • Insuficiência de corpo docente qualificado
escolar • Rede primária com algumas infra-estruturas
• Grande parte das infra-estruturas de material precário
de material convencional • Fraca qualidade do ensino
• Aproveitamento pedagógico • Elevado rácio aluno-professor
satisfatório • Fraca aderência aos cursos de alfabetização
• Centro de formação de • Fraca formação em habilidades de artes e
professores (ADPP) ofícios
• Fornecedores de material escolar • Elevado rácio aluno-turma
• Parceiros e investidores • Reduzidos níveis de ingresso no ensino
técnico-básico
Cultura
• Grupos de canções, danças, • Festivais internacionais culturais; • Fraco movimento e valorização cultural • Globalização.
teatro • Escolas de cultura e arte em Maputo • Centro Cultural inoperacional; • HIV/SIDA
• Festivais de cultura nas escolas; • Grupos culturais e teatrais • Calamidades
• Locais históricos • Fundos e parceiros
• Espaços de laser
Desporto
• Clube federado; • Fornecedores de equipamento e material • Praticas de futsal e basquet não • HIV/SIDA;
• Campeonato interno de futebol; desportivo; institucionalizado; • Calamidades;
• Instituições de formação e assistência • Deficiente manutenção das infrestruturas •
técnica; desportivas;
• Campeonato nacionais de diversas • Êxodo dos jovens;
modalidades • Fraco conhecimento algumas modalidades
desportivas
Saúde

PÁGINA 6 9
Chókwè
• Hospital de referência • Instituições de formação e • Insuficiência de técnicos qualificados • HIV/SIDA
• Centro de formação especialização • Deficiente assistência médica • Calamidades
• Médicos generalistas • Parceiros e investidores especializada • Gripe suína
• Farmácias • Fornecedores de medicamentos e • Assistência sanitária insuficiente até as • Corredor Rodoviário e
• Parceiros e investidores equipamentos hospitalares localidades Ferroviário
• Clínicas privadas • Fornecimento deficiente de • Elevada taxa de migração (África
• Médicos tradicionais medicamentos do Sul e Zimbabwe)
• Depósito de medicamentos com infra-
estruturas inadequadas
• Ocorrência de doenças (Coléra,má-
nutrição,malária,TB)
• Venda de medicamentos no mercado
negro
• Abandono do TARV
• Descriminação dos doentes de
HIV/SIDA
Acção Social
• Programas específicos de • Políticas de atendimento aos grupos alvo; • Deficiente base de dados de grupos de • HIV/SIDA
atendimento aos grupos • Parceiros e fundos desfavorecidos; • Calamidades
desfavorecidos; • Fraco conhecimento das políticas e • Pobreza
• Associações Locais e Parceiros programas no seio das comunidade;
• Delegação Regional do INAS • Insuficiência de pessoal qualificados e
• Centro de Reabilitação Infantil meios;
• Centros Infantis • Grupos desfavorecidos;
• Centro de Acolhimento de • Abandono dos grupos alvos pelas famílias
idosos • A fraca articulação entre os intervenientes;
Gestão Publica

PÁGINA 7 0
Chókwè
• Liderança a todos os níveis; • Descentralização das decisões para o • Insuficiência de Recursos Humanos • Instabilidade Politica
• Município na sede do Distrito nível local; qualificados nas instituições;
• Quadro do pessoal do Governo • Legislação sobre reforma do sector • Gestão de Recursos Humanos deficiente
Distrital aprovado; público; (enquadramento e progressões);
• Autoridades Comunitárias • Legislação sobre descentralização; • Insuficiência de Infra-estruturas para as
reconhecidas; • Assistência técnica; instituições;
• Conselhos Consultivos a todos • Potenciais parceiros; • Exiguidade de recursos financeiros e de
níveis • Instituições de formação em meios circulantes;
• Administração e Serviços Administração Publica • Fraca participação por parte de alguns
Públicos membros dos Conselhos Consultivos;
• • Fraco apetrechamento em meios,
equipamento e mobiliário
Planificação e Finanças Publicas
• Descentralização do orçamento • Legislação específica; • Deficiente sistema de registo e controlo das • Limitação de recursos
de Investimento e de • Assistência técnica; receitas cobradas; • Calamidades
Funcionamento (Bens e • Instituições de formação • Fraca capitalização das remessas dos
Serviços) emigrantes;
• e-SISTAFE • Deficiente capacidade de programação,
• Repartição da área fiscal gestão e execução financeira;
• Elaboração de planos balanços • Fraca capacidade de planificação e
programação orçamental;
• Fraca capacidade de supervisão, monitoria e
avaliação;
• Desequilíbrio entre receitas próprias
arrecadas e as despesas
• Fraca capacidade de implementação dos
planos
• Deficiente capacidade de prestação de
contas
Registo e Notariado

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• Brigadas móveis de registo de • Parceiros • Exiguidade de meios e recursos humanos • Calamidades
nascimento • Instituições nacionais de apoio e • Pessoas sem documentos de identificação
• Postos fixos nos postos formação • Insuficiência de postos de registos
administrativos
Segurança Publica
• Postos policiais; • Instituições nacionais e de formação • Exiguidade de postos policia nos postos • Crime organizado
• Cadeia Distrital; • Parceiros administrativos e mercados; • Calamidades
• Policiamento comunitário • Exiguidade de meios de transporte; • Recursos
• Índice de criminalidade elevado
Justiça (Tribunal e Procuradoria)
• Equipe de Procuradores e Juízes • Instituições nacionais e de formação • Exiguidade de recursos humanos, meios e • Calamidades
• Tribunal • Parceiros equipamentos; • Recursos
• Tribunais comunitários • Condições precárias nas cadeias
• Juízes eleitos • Deficiente tramitação dos expedientes

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- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2010, Governo
Distrital.

- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2011, Governo


Distrital.

- CENACARTA - http://www.cenacarta.com

- Conta Geral do Estado 2011 e 2010 – Ministério das Finanças, Direcção Nacional
do Orçamento.

- District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and 2007 - Based on


consumption adjusted for calorie underreporting - Ministério do Plano e Finanças,
Direcção Nacional de Estudos e Análise de Políticas.

- Estrutura Tipo do Governo Distrital - Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril.

- Fichas estatísticas para o perfil distrital – Serviços Distritais

- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo agropecuário, 2009-2010.

- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Recenseamento da População de 2007.

- Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.

- Ministério da Educação, Estatísticas Escolares.

- Ministério da Saúde, Estatísticas da Saúde.

- Perfil Distrital de 2005, Ministério da Administração Estatal, Direcção Nacional da


Administração Local.

- Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital, Governo Distrital (Plano para


cinco anos)
- Regulamento da Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2010,


Governo Distrital.

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,


Governo Distrital.

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,


SDAE

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,


SDPI

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,


SDSMAS

- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,


SDEJT

- Relatório sobre Pobreza e Bem-estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional


(Outubro de 2010), Ministério do Plano e Finanças, Direcção Nacional de Estudos e
Análise de Políticas.

- Revista de Marketing Territorial – Ministério da Administração Estatal, Direcção


Nacional de Promoção do Desenvolvimento Rural.

 
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informativa.

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇAO ESTATAL


Direcção Nacional de Administração Local
Maputo - Moçambique
Primeira edição, primeira impressão 2012

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