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República da Namíbia

A Namíbia é uma das mais jovens nações da África, embora a ocupação


humana desta região remonte à Idade da Pedra. 
O navegador português Diego Cão foi o primeiro europeu a pisar nem solo
namibiano, em 1486. 
A ele seguiram-se os ingleses e depois os alemães, os quais gradativamente
assumiram o controle total do território através de uma série de "acordos
de proteção" realizados a partir de 1884 com diversas tribos. 
Em 1893 os Witbooi Nama se recusaram a assinar um "acordo de proteção"
e foram atacados pelas forças alemãs. 
A partir daí uma série de tribos se rebelaram contra a ocupação germânica,
sendo igual e brutalmente reprimidas. 
O maior levante foi o dos Herrero que, ao serem derrotados, foram
obrigados por decreto a abandonar o território, caso contrário seriam
executados. 
Dezenas de milhares foram forçados a fugir para as áridas regiões a leste
da Namíbia e lá morreram de fome e sede. 
A repressão dos grupos étnicos locais pela Alemanha custou a vida de
metade da população do território. 
Após a Primeira Guerra, a Alemanha perdeu a Namíbia para a África do Sul,
que em 1920 obteve da Liga das Nações um mandato sobre o território. 
Com o fim da Liga das Nações, a África do Sul foi paulatinamente ampliando
seu controle sobre a Namíbia, inclusive estendendo a esse país o regime de
apartheid, sem o consentimento da ONU e sob os protestos da mesma e de
várias nações da África. 
Em 1971 a Corte Internacional de Justiça decidiu que a presença sul-
africana na Namíbia era ilegal. 
Tal decisão foi igualmente ignorada pela África do Sul e a SWAPO,
organização nacionalista negra liderada por Sam Nujoma, iniciou a guerrilha
contra a ocupação sul-africana. 
Somente em 1988 a África do Sul concordou em deixar a Namíbia. 
Em 1990, finalmente e pela primeira vez, a Namíbia era reconhecida como
uma nação independente. 

Geografia

São 824.269 km2 de território dividido entre enormes desertos e savanas,


montanhas escarpadas, planaltos, algumas florestas e uma imensa costa. 
É um país de amplos horizontes e grandes espaços abertos, onde a
claustrofobia da vida moderna é praticamente desconhecida. 
Clima

O clima é quente e seco no interior e fresco no litoral. A estação seca vai de


maio a setembro com temperaturas entre 20 e 25° C durante o dia e noites
frias. 
A estação chuvosa, mais quente, vai de outubro a abril, com temperaturas
entre 30 e 40°C e temporais nos meses de janeiro a abril. 
Ainda assim, o total anual de chuvas é pequeno, o que associado a uma alta
taxa de evaporação faz da Namíbia um país árido em sua maior parte. 
O deserto de Namib, por exemplo, é um dos mais secos do mundo. 

Ecologia

A fauna e a flora são bastante diversificadas, apesar de a vida selvagem ter


sido drasticamente reduzida neste século. 
Felizmente, hoje a Namíbia é um dos países africanos com mais áreas de
proteção ambiental, que juntas ocupam 12% de seu território. 
O comprometimento da Namíbia com a conservação do meio-ambiente está
previsto pela sua própria constituição, a única no mundo que possui um
artigo desta natureza. 

Governo

Windhoek, a capital, está localizada na parte central do país. 


O sistema político é a democracia. 
Como a Namíbia tem gozado de estabilidade política desde a sua
independência, é tida como um exemplo de que é possível a existência de
governos democráticos no continente africano. 

Economia

A economia da Namíbia é fortemente baseada na extração e processamento


de minerais para exportação. 
Possui uma das rendas per-capita mais altas da África, mas por outro lado a
concentração de riquezas é brutal: 5% da população detêm 70% da renda,
e 25% detêm 57% das terras. 
População

A população é pequena, com cerca de 1,5 milhões de habitantes


concentrados em sua maior parte nas regiões norte e costeira. 86% são
negros, 7.4% são mestiços e 6.6% são brancos. 50% da população
pertence à tribo Ovambo. 
Outros grupos étnicos são os Herero, os Damara, os Nama, os Caprivian, os
Bosquímanos, os Baster e os Tswana. 80% á 90% são Cristãos, dos quais
50% são Luteranos. 
As religiões nativas estão restritas a apenas 10 á 20% de seguidores. 

Idioma

A língua oficial da Namíbia é o inglês, mas a mais falada é o Afrikaans. 


O alemão e alguns dialetos tribais também são ouvidos dentro de suas
fronteiras.

Cultura

A cultura é importante para qualquer nação, e na Namíbia, observamos


uma mistura de culturas, a cultura nativa tradicional misturada com a do
colonizador. 
Isso pode ser observada na roupa que as mulheres usam.
As mulheres diferenciam-se pela maneira de vestir de acordo com as
diferentes regiões da Namíbia.
As mulheres Herrera usam roupas de época com joias tradicionais no estilo
vitoriano que remontam ao passado colonial alemão, por causa da influência
dos missionários nessa área. 
Elas vestem um traje longo com um curioso chapéu tricorne, imitando os
vestidos das esposas dos missionários alemães do século XIX.  
Costumam acentuar as diferenças sociais sinalizando a partir da maneira
como usam os seus penteados.  Um determinado penteado pode informar a
idade e o status social de uma mulher na sociedade.

Os Herreros 

As etnias Herrero e Himba vivem do pastoreio há milhares de anos.


São nômades e seus assentamentos estão atualmente na região de
Okahandja.
A aldeia Herrero fica em Ojitoto, cobrindo uma vasta região, porém com
poucas casas.
Muitas Namas, Damaras e Herreros, da Namíbia, se identificam como
cristãos devido à catequese religiosa que sofreram na década de 1840. 
Esses trajes que parecem roupas de missa podem estar associadas a esse
passado.
A igreja luterana continua influenciando esses povos.

Alimentação

O tradicional "braaivleis" (churrasco de carne) é uma refeição saborosa,


assim como o "potjiekos", um guisado condimentado de carne, frango e
peixe, cozido em um caldeirão de ferro fundido com três pés em um
braseiro

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