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Índice

1. Introdução..................................................................................................................2

2. Etiópia do Século XIX e XX......................................................................................3

2.1. Localização Geográfica de Etiópia.........................................................................3

2.2. A Reconstrução e a Expansão do Império Etíope..................................................3

2.3. Consolidação do Império Etíope e Penetração Colonial........................................5

Conclusão..........................................................................................................................8

Bibliografia........................................................................................................................9
1. Introdução

Este trabalho tem como tema “História da Etiópia até o século do seculo XIX a XX
conhecida anteriormente como Abissínia, a história da Etiopia é datada a três mil anos,
essa história foi mencionada nas obras de Heródoto, Homero e no velho testamento,
durante a sua formação como um estado, tornou-se um enorme multiétnico império.
O império Etíope foi formado, através da dominação dos povos do norte sobre os
habitantes do sul, o reino da etiópia é fruto do encontro do islamismo e cristianismo,
este último que acabou fundando a igreja etíope que é na verdade o cristianismo
ortodoxo da Etiópia (igreja rastafári), o cristianismo e o feudalismo foram bastantes
importantes para o império pôs criou bases sobre as quais o império se sustentou.

Este trabalho pressupõem falar da história da Etiópia no século XIX-XX, mas como não
é tão fácil falar da história de Etiópia neste período, pôs ela é uma história interligada,
este trabalho vai falar história de Etiópia desde a fundação do império etíope,
observando os aspectos sociais, culturais, políticas e religiosas. Olhando muito para
aquilo que é o aspecto religioso e político, pôs no império etíope a religião e a política
andavam de mãos dadas por isso que a Etiópia é uma referência a nível de África em
termos religiosos.

Nesta ordem de ideia serão tratados de forma minuciosa todos os conteúdos


concernentes a este tema, mas para tal surge a necessidade de traçar o objectivo geral e
objetivos específicos, quanto ao objectivo geral é de compreender a história da
civilização Etíope, quanto ao objetivos específicos e de identificar a história da
civilização etíope, caracterizar a civilização etíope a nível econômico, social, político e
religioso, indicar o legado deixado pela civilização Etíope para o mundo.

Para a elaboração deste trabalho usa-se usou-se o método heurístico e método


hermenêutico, o primeiro consiste na recolha e seleção de dados ou bibliografias e o
segundo consiste na interpretação dos dados recolhidos.

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2. Etiópia do Século XIX e XX

2.1. Localização Geográfica de Etiópia

A República Democrática Federal da Etiópia, localiza-se no norte da África em uma


região conhecida como Chifre de África, compreende uma área de 1.103.300
quilômetros quadrados.

A Etiópia é cercada por seis países dessa região, Djibuti, Eritreia, Quênia, Somália,
Sudão do sul e Sudão. No norte é delimitada pelo mar vermelho, ao leste pelo oceano
indico e a este pelas nascentes do rio Nilo.

Ao longo da história serviu de passagem entre a África e o oriente médio, sendo uma
estratégia importante para o comercio.A geografia isola Etiopia, terra de altos altos
planaltos dos países Africanos que cercam, foi com esse factor geografico de que
construi o imperio do rei dos reis.

2.2. A Reconstrução e a Expansão do Império Etíope

Ao longo de sua história, a nação etíope passou por vários períodos de desintegração,
entretanto, durante esses momentos, a ideia da unidade nunca desapareceu e sempre
ressurgia de acordo de acordo com a sucessão dos diferentes reinos.

O império etíope moderno, se formou em meados do século XVIII, depois que do


declínio do império Axum e de um período em que o domínio do reino estava nas mãos
da dinastia Zagwe. Esta dinastia esteve no poder até 1270, procurando a sua
legitimidade pela realização de obras de carácter religioso, nomeadamente as igrejas
escavadas na rocha de Lalibela, integrada na área da cidade de Zion, banhada pelo
riacho Yordanos e pelo monte calvári.

Até nos finais do século XVI, o império cristão abissínio do planalto era o centro do
poder do corno de África. Nem Portugal que era aliado ao rei cristão, nem o império
otomano que estava ao lado dos sultanatos muçulmanos situados a norte e oriente do
planalto, que estavam interessados em controlar o Mar Vermelho e as rotas comerciais
conseguiram afirmar a sua hegemonia sobre essa região.

Em 1531, o Íman Ahmad ibn al-Ghazi ocupou a choa com suas tropas somalis e
afar, conquistando depois Amhara, Lasta Bale, Hadiya, Sidamo e Gurage,
durante uma guerra santa que durou varios anos. Em 1535, as forças de Gran
atacaram o Tigrai e assim culminou o processo de destruição da cultura material

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das populações do planalto: o imperador tornou-se fugitivo e teve lugar uma
conversão massiva ao islamismo, A ocupação muçulmana terminou em impedir
que a hegemonia otoma se estabilizasse no Mar Vermelho. (GENTILI, 1998, p
89)
Com a citacao acima pode-se perceber que atiopia passou por um periodo conturbado de
guerras, denominada guerra santa, e com essa gyuerra houve devastacoes, fome e
doenças que enfraqueceu tanto as populacoes do reino cristao assim como os sultanatos
muçulmanos, uma situacao que nos meados do seculo XVI favoreceu as migracoes de
gentes ormo tambem chamados de Galla.

O período de 1769-1885, foi um período de muitos conflitos entre vários príncipes,


causados pela perda da hegemonia do trono imperial de Gondar e pelo impulso da
expansão do islão. Esse período de conflitos só terminou com a tomada do poder por
Kassa Haylu, o imperador Teodoro II, em 1855.

No entanto, com a tomado do poder, a divisão política foi bastante complicada por
causa das disputas teológicas e religiosas na poderosa igreja cristã, isso por que igreja
foi um dos fundamentos fundamentais do poder imperial e a religião um instrumento de
unificação de uma sociedade ética e culturalmente muitos heterogênea.

A restauração do trono imperial, iniciada por Teodoro, foi consolidada e alargada pelos
imperadores Yahannes e Menelik, o império expandiu-se através da guerra e de
processos incorporação das sociedades das regiões meridionais e ocidentais, bastante
diferentes do planalto quanto a sua origem, cultura, sistemas sociais e de poder.

O processo de expansão do império etíope submeteu culturas, instituições e religiões


diferentes. No planalto setentrional e central prevalecia a religião cristã na sua versão
ortodoxa monofisita, nas terras baixas e no sul, a expansão do islão estava em expansão
no século XIX.

A diversidade linguística sentiu se muito nesse período e dividia-se em quatro grupos,


três derivavam do proto-afroasiatico (línguas cuchitas, omáticas, semíticas) e o quarto
pertencia ao nilo-sahariano.

No século XIX, o comercio a longa distância conheceu uma expansão notável, por
causa do reavivar do tráfico no Mar Vermelho, que durante séculos ligou o norte e o sul
e tanta diversidade e heterogeneidade política e cultural.

Havia duas rotas principais desse comercio […]. Uma ia de sudoeste, de Bonga
no reino de Kaffa, através de Jiren Jimma, Saka no Limmu-Ennarya, Assandabo

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e Basso em Gojjiam a Darita, até à capital imperial Gondar, onde se bifurcava,
indo uma parte em direcção à fronteira etíope-sudanesa e outra, via Adua e
Massaua, para o Mar Vermelho. A segunda rota ia de oeste a leste, até Zeila e
Berbera na costa de somali e veio a adquirir impotência com a emergência do
reino de Cho. No fim do século XIX era a rota mais importante da região etíope.
(GENTILI, 1998, p91).

Ao longo do século XIX, o sal dominava o comercio, que em muitas das vezes servia
como espécie de moeda, e pelos escravos que eram trocados por armas, tecidos de
algodão e instrumentos de ferro. E na segunda metade do século a importação do café
ganhou uma enorme importância.

No século XIX, o interesse europeu pela Etiópia foi renovado e esse interesse foi ditado
por razões comerciais e estratégicas e também religiosas.

Teodoro foi o último dos príncipes do Masafent e é considerado como o iniciador da


Etiópia moderna, embora não tenha realizado plenamente mas conseguiu reconstruir o
Estado, tendo dota-la de estruturas modernas através da procura de alianças e apoios
com o Ocidente.

Com a morte de Teodoro e do império foi causado pela rebelião interna do seu poder,
que não tinha sido resolvido na sua totalidade, a rebelião envolvia poderosos reinos de
Choa e Gojjiam.

Durante muitos anos de conflitos pela sucessão, em 1872 Kassa Mercha conquistou o
trono e foi nomeado chefe da nobreza e rei dos reis Yohannes IV. Diferentemente de
Teodoro, Yohannes adoptou uma política diferente, não recorria aos confrontos para
resolver problemas do reino mas sim mediação entre os seus vassalos, como Adal de
Gojjiam e Melik de Choa. A paz parecia algo muito impossível no corno de África, pôs
durante anos o Egipto atacou essa região, para além de Egito havia também rivalidades
entre as potencias europeias.

2.3. Consolidação do Império Etíope e Penetração Colonial

A paz parecia estar perto de ser alcançada, mas os britânicos e os italianos já tinham se
estalado nessa região e ambos estavam interessados nessa região, de tal modo que em
1884 em Dua foi assinado o tratado de paz entre os egípcios e etíopes, mas com a
assinatura desse tratado nascia duas grandes ameaças, os italianos que estavam estalados

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na costa e Menelik que agia a partir do seu reino como se fosse totalmente
independente.

Com a morte de Yohannes na batalha de Matamma, a 9 de Março de 1889, a etiopia foi


praticamente dividida, as terras baixas a noroeste e nordeste de Tigrai passou a ser
territórios de colônias italianos. Egypto tinha tomado o domínio de Choa e o reino
estava bastante dividido.

Quando Menelik tornou-se imperador, toda região era vítima de convulsões da partilha
e encontrou-se em competição com as potencias europeias e a Itália em primeiro lugar.
Ao subir no trono Menelik, pós em pratica a espação do seu Estado para se apoderar das
rotas de comercio a longa distância, onde Gojjim era o seu opositor na região de rio
Gibe, com quem disputavao controlo da região sul oriental.

Em 1882 ao vencer na batalha de Embabo aumentou cada fez mais a ambição de


Menelik de conquistar o trono imperial, de tal modo que apoderou-se de Gurage. A
expansão de Menelik encontrou resistência nos Arsi que foram conquistados depois de
um ano de guerra.

Em algum moneto a espensao do Choa de Menilik significou para algumas populações


submissão ao governo militar dos vencedores e para os que submeterem
espontaneamente a manutenção de alguma autonomia.

Melenilk impôs as províncias conquistadas novas formas de controle da


propriedade da terra e de exploração econômica. Oficiais e soldados de exército
de Choa eram foram favorecidos com largueza e vastas propriedades de terra e
os camponeses locais perderam a autonomia e o controle da terra. ((GENTILI,
1998, p96).
A expansão de Choa era a afirmação da predominância econômica do reino que
controlava o tráfico de ouro, marfim, escravos e café, para além de algumas terras mais
férteis, com a consolidação da sua hegemonia devido as suas habilidades militares e não
militares, Menelik descocou o centro político do império para o sul, primeiro para
Entotto e mais tarde para Adis Abeba, a nova capital era visto como símbolo de
estabilização do processo em direção a unidade.

Devido à grande fome etíope entre 1888-1892, as Italianos tiveram um avanço


significativo no controlo da região pôs não encontravam resistência por parte da
população local devido à fome e as consequências trazidas pelas guerras. Menelik já

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era o imperador da Etiópia e não aceitava o avanço da Itália de tal modo que recusou as
pretensões Italianas

Com o avanço das tropas italianas, Menelik que sentiu se obrigado a mobilizar 100.000
guerreiros para lutar contra a Itália e a primeira fase da guerra foi marcada pela derrota
italiana em Amba Alagi a 7 de Dezembro de 1895 e a segunda fase foi marcada pela
batalha de Adua que foi praticamente um desastre para as tropas italianas em 1 de
Março de 1896. O desejo Italiano de apoderar-se do império etíope terminou com essa
batalha e só foi retomada em 1935 durante o período fascista.

A vitória etíope nas duas fases, principalmente na última batalha de Adua, colocou a
Etiópia no centro das atenções internacionais visto que a partilha colonial parecia
vitoriosa em todo lado.

Para os negros da diáspora nas américas, a vitória etíope representou a reivindicação de


dignidade e independência. Seis meses depois da batalha de Adua, foi confirmada a paz
com a Itália que revogou tratado de Ucciali e reconheceu a independência completa da
Etiópia.

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Conclusão

Citado tanto nas obras de Homero e Heródoto, bem como no antigo testamento a
Etiópia (abissima) possui uma história que se prolonga por mais de três mil anos, por
esse período passaram grandes imperadores e pensadores como Menelik (1889-1913) e
Haile Salassie I (1930-1974) ambos importantes na formação do paíss

A religião foi bastante importante para a formação do império etíope, no sentido de que
a Etiópia no princípio foi fruto na junção dos cristãos e muçulmanos, mas o cristianismo
é que sobressaiu mais a partir do século XV onde o reino etíope foi praticamente o reino
cristão e o cristianismo era a religião oficial do reino

Para até chegar a ser reconhecida como país independente pela Itália, a Etiópia passou
por momentos desagradáveis, a nível interno e externo haviam confrontos para o
controlo de Império etíope. Teodoro é que deu os primeiros passas para a modernização
de Etiópia e com a sua morte subiu ao poder Yahannes, mas foi com Menelik que
Etiópia se ergueu rumo a passos de unidade e foi com ele que Etiópia resistiu tanto a
penetração do Egito assim como a colonização da Itália pôs ele tinha habilidades
militares e não militares.

O processo de expansão do império etíope submeteu culturas, instituições e religiões


diferentes. No planalto setentrional e central prevalecia a religião cristã na sua versão
ortodoxa monofisita, nas terras baixas e no sul, a expansão do islão estava em expansão
no século XIX

Em termos de legado deixado para o mundo a Etiópia deixou um grande legado a nível
cultural e religioso, sobre tudo em termos religiosos porque o cristianismo acabou
transformando se em cristianismo ortodoxo graças as influências do movimento
rastafári que não se se fez sentir na Jamaica mas também se fez sentir na Etiópia que era
visto por muitos negros da disporá como a terra mãe ou a terra sagrada dos africanos.

O outro legado deixado pela Etiópia foi o facto de ter resistido a colonização e
chagando a ser o centro das atenções depois da batalha de Adua. O que levou alguns
negros na diáspora a ter alguma esperança de retorno a terra mãe que é a África.

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Bibliografia

BRANCO, Alberto Manuel. Do Reino de Axum ao Reino de Etiópia (século I D.C. ao


século XVII) A força e o isolamento do cristianismo na África de Norte e Nordeste,
2014

CARVALHO, Josiane Rocha. Etiópia: Papel Regional e Desafios para o


desenvolvimento: Universidade Federal do Rio grande do Sul. Porto Alegre 2013

CURTO, Pedro Mota. História dos Portugueses na Etiópia. Porto: Campo das Letras,
2008

GENTILI, Anna Maria. O Leão de o Caçador: Uma História da África Sub-Sahariana


dos séculos XIX e XX; Maputo, 1998

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