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Rosa Sebastião Mavulule
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Índice
Introdução........................................................................................................................................4
Conclusão........................................................................................................................................8
Bibliografia......................................................................................................................................9
Introdução
O presente trabalho tem como tema “Da Dimensão Pedagógica da Filosofia Versus Didática
Específica da Filosofia” o mesmo surgi nos debates levantados na cadeira de Didática de
filosofia 2 levantados na sala de aula sobre a ensinabilidade da própria filosofia. A filosofia
como disciplina ela é diferente das outras disciplinais. No ensino de filosofia existem objectivos
gerais e objectivos específicos e é a partir dos objectivos específicos que se chegam aos
objectivos ao mais alto grau, isto é aos objectivos gerais. Muitos filósofos didáticos em filosofia,
afirma que ensinar filosofia é um problema filosófico e requer a sua própria formulação de
objectivos tanto gerais assim como específicos e também tem a sua didática específica.
Este trabalho tem como objectivo geral compreender os objectivos de ensino de filosofia, e tem
como objectivos específicos identificar os objectivos gerais e específicos de ensino de filosofia,
caracterizar o carater pedagógico de objectivos gerais assim como os objectivos específicos,
mostrar como formar uma consciência critica no anulo partindo daquilo que é o objectivo final
do ensino-aprendizagem de filosofia.
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Objectivos de Ensino de Filosofia Versus Didática Especifica da Filosofia
Ensinar filosofia é um problema filosófico. Esta afirmação é comum entre vários investigadores
na área da didática da filosofia, e podemos encontrá-la, em João Boavida. Na base da didática da
filosofia está um problema filosófico: o que se entende por "ensinar filosofia"? Em que consiste
“ensinar”? De que “filosofia” estamos a falar? Qual o papel do professor no ensino da filosofia?
A quem se ensina? Para quê se ensina filosofia? Como se ensina filosofia?
Para dar respostas as estas questões é necessário estabelecer quais os objetivos de um ensino de
filosofia. Ou seja, saber com que objectivo se ensina filosofia ou para-quê se ensina a filosofia
Boavida (1996:102) estabelece dois conjuntos de objetivos: os gerais; aqueles que se apresentam
definidos como os grandes objetivos e que aparecem prescritos em todos os documentos
orientadores, são objetivos como o civismo, a obediência aos princípios, tanto éticos como
racionais, a capacidade intelectual acrescida, a interiorização e prática dos valores.
Os objetivos mais restritos ou específicos; aqueles que mais diretamente dizem respeito à
disciplina de filosofia, objetivos como a capacidade de fomentar o espírito crítico e reflexivo nos
alunos, formar jovens de pensamento autónomo, de capacidade de análise e de síntese, de
problematização e compreensão dos conceitos fundamentais, do inconformismo perante o dado.
As grandes finalidades do Ensino da filosofia são obtidos mediante objectivos mais concretos,
restritos, e, além disso, operacionalizados, visto que só assim é possível alcançar os objectivos
gerais. Por sua vez, os objectivos específicos não introduzem neste processo grande alteração, a
não ser ao nível de uma especificação dos gerais.
O objectivo específico é uma «formulação que, pelo seu menor grau de generalidade,
especifica um objectivo enunciado a um nível superior». Estarão, pois, mais adstritos à
filosofia propriamente dita, seja no que diz respeito às funções filosóficas e às operações
intelectuais de que necessita, seja na aquisição de conteúdos doutrinários indispensáveis.
(De Ketele apud Boavida, 1996, 103)
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De modo a alcançar os objectivos aquilo que se pretende com ensino-aprendizagem de filosofia,
sem os objectivos gerais ou levar os alunos a grandes complexidades filosóficas é importante que
a partir dos objectivos específicos de tracem objectivos operacionais que também são específicos
mas objectivos específicos definidos em termos de actividades pedagógicas, esses permitem a
realização concreta dos objectivos gerais, ensinando valores como saber ser, saber fazer, saber
estar e valores e desenvolver outras atitudes.
Os objetivos mais gerais reúnem um grande consenso e podem ser extensivos a outras áreas do
saber, são entendidos como a formação de base. São grandes desígnios com que toda a gente
concorda mas que a sua operacionalização nem sempre é acessível ou confirmada, «um objetivo
geral tem um carácter relativamente extensivo e designa um resultado a atingir a médio prazo»
(Vandevelde, apud Boavida, 1996: 107).
Muitas das vezes os professores não encontram os meios necessários para atingir esses objetivos,
chegando ao fim do percurso sem os ter alcançado. É através de objetivos mais “modestos”, mais
restritos, que é possível traçar o percursos para atingir os objetivos mais gerais. Isto porque,
quanto mais restrito for o objetivo, mais funcionalidade vai adquirir, a sua operacionalização será
mais acessível. Para se atingir grandes metas é necessário ir conquistando metas mais pequenas.
Os objetivos mais restritos acabam por ser absorvidos pelos objetivos menos restritos, e é aqui
que reside o sucesso da pedagogia.
Dentro desta problemática em relação aos objectivos gerais e específicos, Joao Boavida, levanta
uma grande questão, Como formar jovens com pensamento crítico e autônomo a partir do ensino
de filosofia? Segundo o autor é só uma questão ou decisão que deve ser incluso nos objectivos
tendo em conta que existem estratégias pedagógicas e didáticas diferentes por adoptar numa aula
de filosofia.
Uma outra questão que não pode-se ignorar na formulação dos objectivos para o ensino-
aprendizagem de filosofia, é saber qual é o nosso alvo ou a quem ensinados filosofia. Há
filosofia será diferente se for dada para adolescentes, adultos e idosos ou seja há uma
necessidade de se adaptar filosofia para cada um desses grupos, embora que haja uma diferença
em relação ao estágio de operações concretas entre adolescentes e as duas últimas faixas etárias.
Ora mesmo a filosofia ensinada para adultos e adolescente no fim de tudo não será a mesmo pôs
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cada um deles tem a sua forma de perceber a filosofia e cada um deles tem suas aspirações ou
objectivos por alcançar no ensino de filosofia.
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Conclusão
O grande problema de ensino de filosofia surgi quando se começa a definir qual a estratégia
pedagógica e didática a escolher. Isto porque depararmo-nos com um dilema, em que temos de
optar se queremos formar jovens de pensamento crítico e autónomo, e logicamente rigoroso, ou
se vamos formar jovens que sejam sensíveis e respeitadores dos grandes valores e das grandes
estruturas racionais da nossa cultura.
Isto apresenta-se como dilema porque a estratégia pedagógica e didática a adotar é diferente para
uma ou para outra. Mesmo por detrás de cada uma destas estratégias vai estar uma determinada
concepção de filosofia, o que envolve aqui também um problema de definição de filosofia, ou de
ensino filosófico
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Bibliografia
BOAVIDA, João, Por uma didática para a filosofia: análise de algumas razões. 1996