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FAVENI

MARA RUBIA PEREIRA DOS SANTOS SALES

TRATAMENTOS PARA AS DISFUNÇÕES ESTÉTICAS CORPORAIS E


FACIAIS
MONTES CLAROS
2022
FAVENI

MARA RUBIA PEREIRA DOS SANTOS SALES

O ENSINO DE FILOSOFIA E SEUS DESAFIOS

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial
à obtenção do título especialista
em Biblioteconomia e Gestão de
Bibliotecas Escolares .

MONTES CLAROS
2022
O ENSINO DE FILOSOFIA E SEUS DESAFIOS

Mara Rubia Pereira dos Santos Sales Autora 1

Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO-

O objetivo do artigo é demonstrar a relevância do ensino de filosofia e seus desafios. Assim, através de
uma pesquisa tendo como instrumento de coleta de dados um questionário busca-se responder ao
seguinte
questionamento: o que os estudantes do Ensino Médio pensam sobre o ensino de Filosofia? Durante
décadas aconteceram e acontecem debates em torno do ensino de Filosofia em instituições públicas e
privadas. Cabe apontar que, apesar de tantas discussões em torno dessa temática, a realidade explicita
umquadro bem distinto do esperado, pois nota-se uma desmotivação dos discentes em fazer parte desse
processo ensino aprendizagem, e uma desvalorização do docente que atua nesse campo, já que este
não
possui suporte adequado para o exercício. O presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi
desenvolvido através de uma abordagem qualiquantitativa, caracterizando-se como uma pesquisa de
campo, objetivando fazer uma contextualização do tema em estudo, verificando a sua importância no
ensino, sob a ótica dos estudantes e, analisando a opinião dos envolvidos. Esse estudo só veio afirmar o
que já é vivenciado por toda comunidade escolar (estudantes, gestores, pesquisadores), concluindo que
a
Filosofia é importante e que é preciso que haja uma mudança no currículo escolar, na forma do ensino,
na
didática do professor. Mas para isso é necessário que tenham políticas públicas que faça com que essas
propostas saiam do papel

PALAVRAS-CHAVE: Ensino Médio. Filosofia. Autonomia do pensar.

1
E-mail do autor
INTRODUÇÃO

A Filosofia perpassou por vários contextos históricos e desde seu regresso ao


Ensino Médio, sendo ofertada nos três anos como disciplina obrigatória no currículo.
Percebe-se que há grandes dificuldades e desafios nesse ensino, como por exemplo,
formação continuada dos professores, investimento em materiais didáticos, carga
horária pequena e uma grande desmotivação dos alunos em aprender, talvez por não
conseguirem interpretar o verdadeiro significado de estudar Filosofia. Então a partir
dessas instigações, surge a questão de como atuar com tantos desafios? Considerando
que vivemos numa era digital, em que constantemente as tecnologias estão avançando
cada vez mais, tornando tudo mais rápido e fácil, é que faz com que as pessoas
crescentemente percam o hábito de leitura. Desse modo, o ensino de Filosofia se torna
um desafio a ser superado em sala de aula, visto que esta exige argumentações e o
pensamento crítico-reflexivo para solucionar problemas que irão surgindo no cotidiano
de cada um. O presente artigo estrutura-se a partir da análise de questionários
aplicados, realizado junto aos discentes do segundo ano do Ensino Médio, numa escola
estadual, em Montes Claros – MG. A metodologia utilizada neste trabalho foi um estudo
de campo, de natureza qualitativa, tendo as interpretações cientificamente embasadas
por autores e documentos que tratam do ensino da Filosofia, com o intuito de coletar
informações sobre o que os estudantes pensam sobre a Filosofia. O objetivo geral
deste estudo foi identificar o que os discentes do 2º ano do Ensino Médio pensam sobre
a Filosofia. Os objetivos específicos foram: fazer uma contextualização do tema em
estudo, verificando a sua importância no ensino, sob a ótica dos estudantes e, ainda,
analisar a opinião dos discentes envolvidos no processo. O estudo justifica-se por uma
proposta de ensino em que o professor ultrapasse as paredes do livro em sala de aula,
através do uso de práticas dialógicas como ferramentas, considerando que o pensar
filosoficamente não é aceitar informações prontas e acabadas, mas construir novos
conceitos e ideais, que possam servir na construção do pensamento.
.
1 DESENVOLVIMENTO

A FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO COMO DISCIPLINA


Conhecimentos de Filosofia devem ser para ele vivos e adquiridos como apoio
para a vida pois do contrário dificilmente teriam sentido para um jovem nessa formação.
Pode se dizer, que a Filosofia é essencial para o estudante, no exercício de suas
atividades, tanto profissional, quanto pessoal.
Nesse contexto, a Base Nacional Comum Curricular vem sendo alvo de
discussões por parte de educadores e estudiosos, que almejam atingir um ideal
educacional de currículo. A permanência do ensino de componentes curriculares como
a Filosofia enfrentou resistência por alguns representantes. Essa proposta não avançou
e o documento final encaminhado para a apreciação do Conselho Nacional de
Educação reintegrou a Filosofia como disciplina do eixo Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas. Por fim, cabe ao professor ser facilitador e mediador do ensino de Filosofia
no âmbito escolar, considerando para isso o protagonismo juvenil.
OS DESAFIOS NA EDUCAÇÃO
Pode se afirmar que em razão de a Filosofia possibilitar o pensar crítico, a
argumentação, o indagar sobre o eu e o mundo, é preciso que seja pensado num
ensino que valorize a diversidade existente no ambiente sala de aula.
Consequentemente é preciso que haja valorização e investimentos na formação do
docente que atua nesse campo.
A melhor maneira de compreender esse processo é considerar que, os estudantes
portam junto a si, uma bagagem de vivências e experiências cotidianas, sendo que o
meio que estejam inseridos influencia no modo de agir e ver o mundo, as pessoas, o
seu futuro. É importante ressaltar que, no mundo atual, globalizado, houve grandes
avanços tecnológicos, que crescem progressivamente, e que trouxe várias
possibilidades e facilidades para o dia a dia da população. Com base nesse
pensamento, é identificado que, se as pessoas já não tinham o hábito de leitura, esse
quadro tem se intensificado, pois em apenas um clique, se tem contato com uma
variedade de informações.
De acordo com Sílvio Gallo (2013):É muito fácil manipular as opiniões das
pessoas não dispostas à reflexão. [...] A Indústria cultural – expressão que designa a
produção da cultura segundo os padrões e os interesses do capitalismo, para consumo
de massa- - esforça-se por definir o que todos querem ler, os filmes que preferem, as
músicas da moda. As respostas já vêm prontas, como nos livros de autoajuda. (“grifo do
autor”, p. 18-19) Cabe salientar que as mídias que predominam no mundo virtual,
frequentemente manipulam as pessoas, visando-as como meras consumidoras,
impondo-lhes um padrão, o que reflete no aprendizado dos estudantes, pois são jovens
que se encontra numa fase de construção de identidade, e que, muitas das vezes,
começam a agir e se caracterizar conforme a “moda” do momento. Assim, a Filosofia é
importante na formação do pensar, do argumentar, do relacionar-se consigo mesmo e
com o mundo, de conviver em sociedade, confrontar o que é apreendido em sala de
aula, com experiências do dia a dia. Entretanto, é preciso que haja várias mudanças
nesse campo, pois está ainda possui pouco espaço na grade curricular escolar, sendo
que a formação de docentes nessa área é outro fator a ser analisado.
METODOLOGIA DA PESQUISA
A metodologia, conforme Santos (2010), pressupõe um conjunto de planejamento,
coleta e análise de dados, devendo ser “articulados com os objetivos, com as questões
de pesquisa e com a teoria que lhe serve de base” permitindo ao pesquisador alcançar
os resultados. O primeiro passo, para a construção do trabalho foi à delimitação do
tema. Essa primeira etapa é muito importante para que se possa definir o que
pesquisar. Em um segundo momento, foram feitas algumas pesquisas buscando
identificar qual a linha de pensamento dos filósofos e estudiosos contemporâneos
acerca do ensino da Filosofia.
O presente estudo foi desenvolvido através de uma abordagem qualiquantitativa,
caracterizando-se como uma pesquisa de campo, a qual é, segundo Gil (2002),
“desenvolvida por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de
entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que
ocorre no grupo”, tendo como base o estudo de contribuições bibliográficas e a
realização de um questionário aplicado numa turma de 2º ano, no Ensino Médio, da
Escola Estadual Antonio Canela, situada em Montes Claros, Minas Gerais, com objetivo
de compreender o que os alunos do ensino médio pensam sobre o ensino de Filosofia.
Para a realização da pesquisa, primeiramente foi apresentada à diretora da instituição,
a carta de apresentação, o termo de consentimento de livre esclarecimento, o pré-
projeto da
Intervenção pedagógica, e o termo de aceite do aluno, a qual dispôs para ajudar em
qualquer momento, disponibilizando contato com a professora que atuava com a
disciplina Filosofia, para que pudesse organizar junto a ela, a aplicação da proposta.
Desse modo, foi apresentado à docente, o termo de consentimento para participação
da pesquisa, o planejamento, e a ficha de frequência e avaliação do aluno. O próximo
capítulo descreve uma análise dos dados obtidos na turma do 2º ano, tendo como
objetivo entender o ponto de vista dos discentes envolvidos no processo ensino-
aprendizagem da disciplina Filosofia.Na intenção de preservar a identidade dos
voluntários, que contribuíram para o desdobramento dessa pesquisa, denominou-se
cada um (a) de Participante, acompanhados por uma sequência numérica. Exemplo:
Participante 01, Participante 02, etc. Portanto, os (as)entrevistados (as) foram assim
referenciados (as) ao longo desse estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados abaixo se referem às respostas fornecidas pelos alunos
entrevistados na Escola Estadual Antônio Canela em Montes Claros. Responderam ao
questionário 22 alunos. Foram questionados se gostam da disciplina de filosofia e 77%
responderam gostar e 23% disseram não gostar. Fonte: Pesquisa realizada em
novembro/2018 Quando questionados se acham que a filosofia tem papel importante na
sua formação 77% responderam sim e 23% disseram não ter.
Fonte: Pesquisa realizada em novembro/2018 Os alunos denominaram a
importância da filosofia em sua vida, conforme se observa no gráfico abaixo: Fonte:
Pesquisa realizada em novembro/2018 Sobre como gostariam de aprender filosofia na
sala de aula, os alunos responderam: Fonte: Pesquisa realizada em novembro/2018
Aos alunos foi solicitado que escolhessem um filosofo com que se identificassem e
Responderam: Fonte: Pesquisa realizada em novembro/2018.Apesar da parcela
significativa da sociedade acreditar que o aprender filosofar é de suma importância para
o indivíduo, é notado que há grandes desafios a serem superados por toda a
comunidade escolar. De tal modo que, os professores que atuam nesse campo têm
como meta, o desafio de inventar, inovar uma prática de ensino que desperte no
estudante, um aprendizado de seu interesse. Por conseguinte, é notado que, muitos
fazem uma pergunta: Para que serve a Filosofia? A autora Chauí (2000) relata que os
estudantes questionam uma resposta, pelo fato de vivermos numa sociedade que
considera algo útil, quando possui finalidade prática, visível. Abaixo, podemos verificar a
opinião de um dos participantes sobre o que pensa da Filosofia. Eu não gosto de
filosofia, pois é uma matéria desnecessária. Acho que é um conteúdo que não precisa
ser estudado. Acho também que no lugar da matéria filosofia poderiam ter criado outra
matéria. Uma matéria que possa criar e incentivar mais os alunos. Pra piorar a situação,
fala de pessoas que já morreram, já basta a história. Para algumas pessoas, sim a
filosofia é importante. Acho que ela não traz aprendizagem na minha vida. (Participante
07) Com base nesse ponto de vista, “[...] os professores se veem diante da necessidade
de promover a divulgação massiva de uma disciplina complexa, cujo cultivo supõe
certos requisitos difíceis de serem encontrados no aluno de nível médio [...]”(RODRIGO,
2015).
Como por exemplo, podemos citar a compreensão da linguagem, a capacidade de
absorver, de argumentar e de expressar oralmente e na escrita. Percebe-se, entretanto,
que a Filosofia é considerada como significativa na aprendizagem dos discentes,
tratando-se inegavelmente da reformulação desse ensino .A filosofia em si, é uma
matéria bem interessante, aborda temas que nos ajudam bastante. É uma busca de
conhecimentos para dentro de nós mesmos e é também um meio para que possamos
alcançar um pensamento mais crítico e também mais claro diante dos fatos da vida,
principalmente relacionado a existência humana. Porém, a Filosofia tratada na escola,
não funciona diretamente assim. No ambiente escolar, abordamos vários conteúdos,
mas que não são tão atrativos quantos os que a gente vê ou ouve falar sobre a mesma.
Seria interessante que houvesse vários debates durante a aula, até porque, o debate é
uma forma de explicar a matéria e ao mesmo tempo aprimorar os nosso
conhecimentos, além de tornar o ambiente mais legal e menos enjoativo/cansativo.
(“Grifo nosso”, Participante 11)
Nesse contexto, fica claro que esta deve ser repensada na forma de ensino em
sala de aula, o que vem sendo constantemente apontado por pesquisas. Tendo em
vista que a Base Nacional Comum Curricular descreve que o “aprender a indagar” é o
ponto de partida na formação dos estudantes do ensino médio, pois colabora no
desenvolvimento autônomo do educando, diante de tomadas de decisões no dia a dia,
na sociedade e no mundo em que se insere. Assim é de particular importância lembrar
que, segundo Chauí (2013), “a atividade filosófica é, portanto, uma análise, uma
reflexão e uma crítica”. Sob essa ótica, ganha particular relevância na formação do ser
humano, por possibilitar o desenvolvimento do pensamento reflexivo, questionador e
analisador das diversas circunstâncias .Entretanto, há um fator que se sobrepõe: a falta
do hábito de leitura da sociedade e consequentemente dos estudantes. Nesse contexto
fica claro que, a interpretação de dados está tornando-se um “bicho de sete cabeças”
para as pessoas. Isso porque, em apenas um clique no dia a dia, possui acesso a
inúmeras informações.
Pode também, se afirmar que, em razão de existir um paradoxo de que a Filosofia não
serve para nada, “[...] consideram também que a parte principal ou mais importante da
Filosofia nada tem a ver com as ciências e as técnicas”. (CHAUÌ, 2013, pág. 21)
Na realidade pra mim a filosofia é apenas uma matéria para concluir o currículo,
na profissão que desejo seguir não terá qualquer serventia. As aulas de Filosofia são
em geral chatas, pois tratam praticamente do mesmo assunto em todos os anos,
fazendo com que fique entediante. As aulas deveriam ser mais dinâmicas com mais
interação entre professor-aluno, poderiam por exemplo, ser organizados debates, no
qual os alunos pudessem expressar suas opiniões. Como já dito os conteúdos são
muito repetitivos o que torna muito cansativo e pouco produtivo. Vendo de um certo
ponto a Filosofia tem lá sua importância, mas para quem não é ainda um cidadão
consciente com ética e moral construídos. Esta última s pergunta se torna um incógnito,
pois acredito que sei o suficiente para ser um cidadão de valores, que é o que a
Filosofia ensina. (“Grifo nosso”, Participante 02) Conforme verificado, a Filosofia, ainda
é considerada como algo sem utilidade para o caminho que o estudante seguirá. De
fato, o que ocorre no cotidiano escolar é a vivência de um paradoxo criado pelo
incoerente ação do homem, pois “o trabalho das ciências pressupõe o trabalho da
Filosofia, mesmo que o cientista não seja filósofo. No entanto, como apenas os
cientistas e os filósofos sabem disso, a maioria das pessoas continua afirmando que a
Filosofia não serve pra nada”. (CHAUÍ, 2013, pág. 20)
É importante ressaltar que, é citado a todo o momento um ensino mais dinâmico,
Criativo, que desperte o pensar. A Filosofia, como matéria, eu não gosto, as aulas são
cansativas, se as aulas fossem mais criativas e diferentes, os alunos se interessariam
mais pela matéria. Os conteúdos quando explicados, tornam as aulas chatas, como já
foi, deve ser criativas. A Filosofia é importante, só que explicada de diferentes
maneiras. Como indivíduo, acho que a Filosofia, em geral, não traz nenhuma
aprendizagem para a minha vida. Eu acho que no lugar de Filosofia, dever ser criado
outra matéria que chamasse a atenção dos alunos. (Participante 08)

Contudo, a dificuldade dos estudantes não é com a Filosofia e sim com a


linguagem abordada, pois não conseguem compreender a real finalidade dos textos
trabalhados em sala de aula. Eu penso que a Filosofia é uma matéria muito importante,
que trata muito sobre o indivíduo, buscando compreender a razão de suas atitudes e as
consequências da mesma. Filosofia busca explicar a origem da vida e ajudar o ser
humano a se tornar racional. Isso é muito importante nos dias de hoje e na vida. No
entanto, ela é muito mal trabalhada na sala de aula, não há realmente um estudo sério
da Filosofia. Os conteúdos que deveriam ser trabalhados, muitos vezes são deixados
de lado e somos obrigados a fazer atividades que não gostamos como cruzadinhas,
caça-palavras e fazer produções de texto sobre assuntos que nem realmente sabemos
o que
Significam. Os temas são quase sempre os mesmos, o que torna as aulas muito
cansativas. (“Grifo nosso”, Participante 05)
Definitivamente, percebe que há uma grande desmotivação no processo de
ensino-aprendizagem da Filosofia. Não se pode esquecer, entretanto que, a formação
do professor que atua nesse campo, tem suas relevâncias, pois segundo Rodrigo
(2015) “[...] não basta que o professor tenha domínio sobre os conteúdos [...], mas é
necessário que a conversão do saber de referência e do saber ensinável demande o
estabelecimento de mediações didáticas apropriadas [...]”, para que assim possa
desenvolver habilidades e inovação em sua prática, exercendo sempre o papel de
mediador entre o aluno e o conhecimento. Segundo um participante da pesquisa:
Eu acho que a Filosofia é uma matéria necessária e importante para
entendimento do ser humano de maneira geral, porém acho que essa matéria não está
sendo aplicada de uma forma clara, são muitas aulas perdidas com texto um tanto
inúteis para mime atividades nem pouco criativas como caça palavra e cruzadinha.
Sobre as aulas em si, acho que não é necessária a repetição dos temas com tanta
frequência, isso torna
a aula extremamente cansativa e desinteressante, por justamente os temas serem
“fáceis” não é necessário essa repetição e, a perda de tempo que poderia ser aplicado
outros temas também necessários. Contudo adquiro muito aprendizado com a filosofia,
com ela é possível compreender as nossas atitudes e dos outros indivíduos.(“Grifo
nosso”, Participante 13) Como analisado, é preciso que educadores utilizem de práticas
inovadoras, que possibilite aos discentes produzir conceitos para seu entendimento, e
que este possa reinventar novos conceitos, contribuindo para ser autônomo, pois a
forma como a disciplina é abordada, causa uma desmotivação no indivíduo, que a
considera “chata” e “cansativa”. Desta forma, acabe relatar aqui, uma das sete
competências explicitadas pela Base Nacional Comum Curricular, a qual fala que a
formação do educando deve possibilitá-lo, “argumentar com base em fatos, dados e
informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos [...]”

2 CONCLUSÃO

Essa pesquisa só veio afirmar o que já é sabido por toda comunidade escolar,
alunos, gestores, pesquisadores, de que a Filosofia é importante e que é preciso que
haja uma mudança no currículo escolar, na forma do ensino, na didática do professor.
Mas para isso é preciso que tenha políticas públicas que faça com que essas propostas
saem do papel. Assim, como Sílvio Gallo, Marilena Chauí, Lídia Maria Rodrigo,
defendem sobre o assunto. Mas, tudo está de forma especificada no papel e para que
haja mudanças imediatamente no ensino , é preciso que haja execução dessas
propostas.
É interessante ressaltar, que segundo a pesquisa realizada, o que os professores
Trabalham em sala de aula já é sabido pelos estudantes, pois a mídia constantemente
vem divulgando informações a todo momento. O que eles querem, é debater sobre o
assunto, entender o porquê disso. Desse modo, é preciso que haja mudanças rápidas,
tanto na formação de professores, quanto na formação do aluno, sendo que o olhar do
ensino deve ser voltado para o estudante. Atualmente com o avanço das tecnologias,
se tem o acesso a inúmeras informações em apenas um “clique”. E a maioria das
pessoas possuem um smartphone, um computador, notebook, ou até mesmo TV em
casa. Então o estudante não deixa de ter contato com tecnologias, e através disso a
mídia vem constantemente trabalhando com assuntos interessantes a todo público e
todas as idades. Então o aluno já vem com uma formação inicial, de “casa”, sobre
determinados assuntos, cabendo ao discente trabalhar com uma prática de ensino que
possibilite a formação de conceitos para entendimento do assunto, o entendimento do
porquê? Como? Para que? Assim, como Marilena Chauí sempre coloca em
observação. Enfim, quando se começa a inquietar com tais desafios sobre o ensino de
Filosofia no
Contexto escolar, e a busca constantemente por metodologias diferenciadas, já se
constitui em um começo para a conquista de resultados, pois filosofar é apreender
Filosofia todos os dias.

3 REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação; Conselho Nacional de Educação. Base Nacional


Comum Curricular. Documento homologado pela Portaria nº1.570, publicada no
D.O.U. de 21/12/2017, Seção 1, Pág. 146.
________Ciências Humanas e Suas Tecnologias/ Secretaria de Educação
Básica. – Brasília; Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. 133
p. (Orientações Curriculares para o Ensino Médio; Volume 3).
CHAUÍ, Marilena. Iniciação a Filosofia: Ensino Médio- Volume único- 2. ed. – SP:
Ática:
2013.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática, São Paulo, 2000.
GALLO, Sílvio. Filosofia: experiência do pensamento: volume único/ 1. Ed. – São
Paulo:Scipione, 2013.
GIL, Antônio Carlos, 1946. Como elaborar projetos de pesquisa – 4. Ed. – São Paulo:
Atlas,2002.
Lei nº 11.684, de 2 de junho de 2008. Altera o art. 36 da Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
incluir a Filosofia e Sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos do ensino
médio.
RODRIGO, Lídia Maria. Filosofia no Ensino Médio: Metodologias e Práticas de
Ensino.Cadernos do NEFI. Vol. 1, nº 1, 2015.
SANTOS, Maria Aparecida Paiva Soares dos. Monografia: a pesquisa ao alcance de
todos/Aparecida Paiva; Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Dalben, Tânia Margarida
Lima Costa (organizadoras). Belo Horizonte: UFMG, Faculdade de Educação, 2010.

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