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EMPRESAS
MÓDULO 1
Identificar os aspectos organizacionais e principais processos de gestão de pessoas
CARACTERIZANDO OS ASPECTOS
ORGANIZACIONAIS E PROCESSOS DE GESTÃO DE
PESSOAS
ATENÇÃO
Cabe ressaltar que uma gestão saudável busca o bem-estar e a qualidade de vida dos seus
empregados.
Os empregados recebem as suas remunerações com as quais provêm o sustento para suas famílias.
Contudo, hoje, busca-se um trabalho que possibilite uma boa remuneração, que contenha bons
benefícios, além de corresponder às expectativas e anseios para o próprio desenvolvimento pessoal.
Um bom salário acaba por influenciar a autoestima e a confiança do ser humano, o que colabora na
construção de sua identidade pessoal e social. Importa destacar que o investimento em uma gestão de
pessoas que seja mais humanizada proporciona benefícios aos profissionais, empregados e parceiros
das empresas, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e acolhedor.
A gestão de pessoas se faz presente em toda a organização, configura-se em um trabalho mais amplo
e diversificado, pois refere-se ao gerenciamento de todos os integrantes da empresa.
Um dos principais objetivos da gestão de pessoas é o aumento da produtividade por meio de ações
comportamentais, nas quais busca-se elaborar pensamentos, ações dinâmicas e participativas em
relação aos projetos, considerando o desenvolvimento de maturidade para adaptação às situações
conflituosas e/ou desafiadoras.
SAIBA MAIS
Destaca-se, ainda, que, em todas as relações, o comportamento ético na organização é um fator
fundamental, visto que empresas e empregados sem ética não criam uma relação de responsabilidade
com dignidade.
A gestão de pessoas está atenta à mentalidade predominante nas organizações, sendo dependente da
cultura estabelecida em determinada organização, de sua estrutura organizacional empregada, de suas
características socioambientais, do seu ramo de negócios e das diversas variáveis utilizadas pela
organização.
A gestão de pessoas abrange diversas ações integradas nas quais as pessoas são agregadas,
aplicadas, recompensadas, desenvolvidas, mantidas e monitoradas. Os principais métodos
envolvidos nos processos de gestão de pessoas são os seguintes:
AGREGAR
Recrutamento de pessoas;
Seleção de pessoas.
APLICAR
Orientação das pessoas;
Avaliação de desempenho.
RECOMPENSAR
Remuneração e incentivos;
Benefícios e serviços.
DESENVOLVER
Treinamento e desenvolvimento.
MANTER
Higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho;
Relações sindicais.
MONITORAR
Banco de dados;
Consiste na frequência e/ou duração do tempo que é perdido por faltas ou atrasos no trabalho, podendo
ser afetado pela capacidade profissional das pessoas, pela motivação e por diversos fatores.
ROTATIVIDADE DE PESSOAL
Consiste no fluxo de saídas e entradas de empregados na organização, pode ser afetado pelo clima
organizacional, pela satisfação no trabalho, pela necessidade da ampliação ou redução de força de
trabalho, por mudanças consequentes de uma reestruturação organizacional. Os desligamentos dos
empregados numa determinada organização podem ocorrer por iniciativa própria ou da organização,
por meio de uma demissão.
RECRUTAMENTO DE PESSOAL
Consiste no processo que tem por objetivo atrair candidatos que sejam profissionais qualificados para
determinada organização. Suas modalidades podem ser:
Recrutamento Interno: é o processo no qual os candidatos recrutados já estão presentes nos quadros
funcionais da organização. Suas principais vantagens consistem em:
Possibilitar uma carreira com diversas oportunidades para o empregado dentro da própria
organização;
Pode bloquear, dificultar e/ou coibir a entrada de novas ideias e experiências diferenciadas na
organização;
A oxigenação da organização;
Técnicas de recrutamento:
Agências de recrutamento;
Contatos com escolas, universidades e agremiações;
Empresas de headhunting;
Entre outras.
SELEÇÃO DE PESSOAL
Consiste na escolha de uma ou mais pessoas para determinados cargos por meio de um conjunto de
técnicas e procedimentos, portanto, refere-se a uma ação de escolha, classificação e decisão. Permite
confrontar as exigências e/ou competências a um determinado cargo, avaliando seus conhecimentos,
habilidades, características de personalidade etc. Dessa forma, a seleção de pessoal depende da
relação dos Recursos Humanos e do gerente, cabendo:
Qualificar os gerentes para que sejam capazes de aplicar técnicas adequadas para
entrevistar candidatos;
Ao gerente:
Posições de assessoria − voltadas para funcionários com bom desempenho e que estejam
iniciando seus trabalhos na organização, sendo supervisionados por um profissional
experiente; adquirem as competências que servirão em seu futuro profissional;
Tutoria − consiste, em geral, na assistência oferecida por executivos do alto escalão aos
funcionários que almejam cargos mais elevados na organização;
Aconselhamento − consiste no aconselhamento e orientação, com o intuito de assessorar no
desenvolvimento de suas atividades. Geralmente, é realizado quando há algum problema ou
quando uma dificuldade é encontrada, depreendendo variados tipos de intervenção.
Além de serem função da organização, fazem parte das atividades diárias e parte integrante do trabalho
dos gerentes de linha.
Como identificar os sintomas do “funcionário problemático”? Podemos identificá-los por meio dos
seguintes indícios:
As organizações podem desenvolver um programa de relações com funcionários por meio de sua
gerência, buscando incluir:
Utilizar regras claras de disciplina que funcionam como mecanismos para reduzir e
administrar os conflitos.
O histórico das práticas disciplinares da organização, no qual podemos ver as infrações similares e as
soluções propostas;
MÓDULO 2
Identificar as causas e consequências do estresse ocupacional − Síndrome de Burnout
VOCÊ SABIA
No século XVII, ganhou sentido simbólico de "adversidade" ou "aflição" e passou a ser entendida como
“força", "pressão" ou "esforço" no final do século seguinte. Apesar do conceito de stress não ser algo
novo, foi somente no início do século XX que estudiosos do campo das ciências sociais e biológicas
deram início a pesquisas com o intuito de apontar seus impactos na saúde física e mental dos
indivíduos.
A primeira definição referente ao stress foi dada por Hans Selye (um endocrinologista húngaro nascido
em 1907), descrevendo-o como uma adaptação pretendida ao indivíduo, isto é, o grau de alteração que
uma estrutura sofre quando é submetida a um esforço.
Os sintomas do estresse foram registrados sob o nome de Síndrome Geral de Adaptação (SGA), em
três fases consecutivas:
ALARME
RESISTÊNCIA
ESGOTAMENTO
Logo após a etapa do esgotamento, era observado o aparecimento de uma diversidade de doenças,
como: hipertensão arterial, úlcera, artrites e lesões miocárdicas, entre outras. A referida definição
apresenta o estresse como um agente isento, apresentando-se positivo ou negativo conforme a
percepção e a interpretação de cada indivíduo.
É chamado de eustresse, o estresse positivo e distresse o estresse negativo, ambos causam reações
fisiológicas parecidas, como: a tendência das extremidades das mãos e dos pés a suar e ficar frios, a
aceleração cardíaca e a elevação da pressão arterial etc. As reações emocionais ao estresse podem
ser totalmente distintas.
SAIBA MAIS
Enquanto o eustresse é motivador e estimula o indivíduo ao enfrentamento de determinada situação,
o distresse intimida o indivíduo, possibilitando a fuga de determinada situação.
ESTRESSE CRÔNICO
Afeta a maioria dos indivíduos, apresentando-se no dia a dia de uma maneira mais leve e com uma
duração maior.
ESTRESSE AGUDO
Tem curta duração e maior intensidade em minutos, horas, poucos dias, sendo causado principalmente
por circunstâncias traumáticas, mas passageiras.
No ambiente de trabalho, podemos verificar os seguintes geradores de estresse:
Autoritarismo produzido por determinadas chefias;
O estresse pode ser notado por meio de diversas expressões somáticas, como, por exemplo:
Fadiga
Inquietação
Hipertensão
Depressão
Distúrbios gástricos
Ansiedade
Dependência de álcool
Uso de drogas
ESTRESSE OCUPACIONAL
Foto: Shutterstock.com
O estresse ocupacional é oriundo do conjunto e da divisão de trabalho que constituem na carga laboral,
que podem ser agravados de forma significativa devido às condições precárias relacionadas ao
trabalho, como remuneração baixa, desvalorização do funcionário, escassez de recursos, infraestrutura
deficiente e desordem entre as atividades estabelecidas e as efetuadas etc.
Este, ainda, pode ser entendido a partir dos estímulos exigidos como resposta no ambiente de trabalho.
O estresse, de certo modo, é dependente da percepção que o indivíduo tem de avaliar determinada
situação como estressora. Assim, a parte cognitiva é essencial no processo de resposta do indivíduo ao
agente estressor.
O estressor ocupacional pode ser entendido como os estímulos existentes no trabalho ou gerados por
ele, que propiciam efeitos físicos ou psicológicos, geralmente negativos, nas pessoas que sofreram
exposição a esses estímulos, desse modo, os agentes estressores podem ser extraorganizacionais,
organizacionais, individuais ou de grupo.
Para tal, há a possibilidade de se pensar em estratégias que amenizam provisoriamente, mas que, em
longo prazo, não se adaptam bem. Devemos pensar em estratégias que enfoquem na emoção e no
problema em si, pois tendem a ser mais efetivas, visto que, nestas, o indivíduo pode enfrentar
diretamente o estressor.
A busca pela diminuição do estresse pode envolver diversos fatores, como:
ALIMENTAÇÃO
Uma alimentação balanceada auxilia na qualidade de vida.
RELAXAMENTO
Momentos tranquilos revigoram o corpo e a mente.
EXERCÍCIO FÍSICO
A prática de atividade física libera endorfina, um dos hormônios da felicidade.
ESTABILIDADE EMOCIONAL
Manter o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é importante.
QUALIDADE DE VIDA
É a junção, no dia a dia, de todos esses pontos sinalizados até aqui.
No ambiente de trabalho, também podemos ter como aliadas no combate ao estresse as práticas
gerenciais, evitando o desenvolvimento de um espaço com excessividade de estressores, visto que
possibilitam a melhor comunicação, uma seleção de pessoal eficiente, a concessão de poder e
participação, capacitação de funcionários etc.
SAIBA MAIS
Esta consiste, segundo Freudenberger (1974), no resultado do esgotamento, decepção e perda de
interesse do funcionário pela atividade de trabalho. Geralmente, pode ser observada em trabalhos que
lidam diretamente com o público, como os prestadores de serviços, pois eles encontram-se em contato
praticamente diário com os clientes.
A Síndrome de Burnout foi notada, num primeiro momento, em profissões correlacionadas a um contato
interpessoal mais intenso, como, por exemplo, médicos, professores, atendentes de telemarketing etc.
Atualmente, pode ser observada, também, em praticamente todas as profissões cujos profissionais
trabalham na resolução dos problemas de outrem e/ou seguem rígidas técnicas e métodos complexos,
e que são constantemente submetidos a avaliações.
Em resumo, essa síndrome é um dos resultados do estresse emocional agregado às interações com
outras pessoas. Podemos observar como possíveis indicadores de Burnout:
Exaustão emocional que consiste no surgimento de fadiga e esgotamento emocional;
Despersonalização, ou seja, distanciamento e ações negativas em relação às pessoas que seriam
beneficiadas por seu trabalho;
Diminuição da realização pessoal, relaciona-se à ideia de incompetência perante o desempenho
desejável pela empresa.
A Síndrome de Burnout pode ser identificada a partir de fases:
IDEALISMO
REALISMO
ESTAGNAÇÃO E FRUSTAÇÃO
APATIA
IDEALISMO
Consiste na ideia de que o trabalho é interessante e completa as necessidades da pessoa.
REALISMO
Consiste em perceber que as expectativas iniciais atingidas, o trabalho, não atende às necessidades e
o reconhecimento e recompensas não foram supridas, o trabalho não satisfaz às necessidades, as
recompensas e o reconhecimento são insuficientes.
ESTAGNAÇÃO E FRUSTAÇÃO
Consiste na mudança de energia, que, inicialmente, era entusiasmo e se torna fadiga crônica e
irritabilidade.
APATIA
Consiste no desenvolvimento da sensação de desespero, fracasso e perda da autoestima e
autoconfiança.
O diagnóstico da Síndrome de Burnout é feito a partir de elementos que consideram as variáveis
psicológicas e físicas, e a conduta, por envolver diversos aspectos, apresenta-se como algo complexo.
ATENÇÃO
A Síndrome de Burnout se diferencia do estresse pelo fato de que, na primeira fase, podem ser
observados somente aspectos negativos, enquanto no segundo, observam-se tanto aspectos negativos
quanto positivos e há preponderância de sintomas físicos e emoções que extrapolam.
É importante ressaltar que algumas atividades são mais propensas a expor seus profissionais, que,
consequentemente, desenvolvem maior desgaste emocional, como os que atuam na prestação de
assistência ou são responsáveis pelo tratamento de outros, sendo que a Síndrome de Burnout foi
declarada como risco ocupacional para a área da Saúde, Educação e serviços humanos que incluíam
cuidados.
MÓDULO 3
Reconhecer a importância da prevenção de acidentes e qualidade de vida no trabalho
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Acidente consiste em um incidente inesperado, que pode ocasionar algum dano, perda, sofrimento ou
óbito. Embora seja algo inesperado, grande parte dos acidentes podem ser evitados ou minimizados.
Podemos classificar os acidentes de trabalho como:
Consistem nos elementos que tornam uma situação insegura, como o trabalho realizado com
equipamento defeituoso ou sem proteção, procedimentos que envolvam riscos ao manusear máquinas
e equipamentos, armazenamento deficiente sem segurança de substância e matérias, iluminação ruim
ou imprópria, local mal ventilado e com temperatura inadequada, e demais condições físicas inseguras,
podendo incluir, ainda, a jornada prolongada de trabalho e clima psicológico inadequado.
ATOS INSEGUROS
Consiste em realizar ações que podem causar algum dano, como, por exemplo, carregar e descarregar
materiais pesados de forma inadequada, realizar as atividades em alta ou baixa velocidade, utilizar
esquemas de segurança ineficientes, utilizar equipamentos inseguros ou de modo inadequado,
distração e negligência.
Em geral, na prática, o Programa de Prevenção de Acidentes consiste, basicamente, em duas
atividades: eliminar as condições inseguras e diminuir os atos inseguros.
Para termos um Programa de Prevenção de Acidentes eficiente, devemos pôr em prática as seguintes
ações:
Reduzir atos inseguros − Criar processos mais criteriosos de seleção de pessoal, promover
uma comunicação clara e objetiva com os funcionários, realizar treinamentos técnicos
frequentes que envolvam as questões de segurança do trabalho.
Eliminar condições inseguras − Analisar e observar as tarefas e cargos que necessitam de
uma avaliação dos riscos físicos dos ocupantes, realizar constantemente o mapeamento das
áreas de risco, promover uma análise adequada dos acidentes e receber apoio da
administração da organização.
Um Programa de Segurança do Trabalho eficiente deve considerar as seguintes etapas:
ATENÇÃO
Quando a Qualidade de Vida no Trabalho é deficiente, há tendência de gerar muita insatisfação nos
funcionários, ocasionando uma redução em sua produtividade e comportamentos contraproducentes,
porém, quando a organização investe na QVT, também está se beneficiando, pois acaba investindo
indiretamente no cliente.
Assim, podemos melhorar nossa qualidade de vida ao:
Ser afetivo;
Amar a vida.
GINÁSTICA LABORAL
Consiste em uma forma de promover a saúde física e mental do funcionário no ambiente de trabalho.
Foto: Shutterstock.com
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Consiste em estimular uma alimentação mais saudável e equilibrada, contribuindo para a saúde dos
funcionários.
Foto: Shutterstock.com
SAÚDE MENTAL
Como, no Brasil, há um alto índice de transtornos mentais no ambiente de trabalho, este pode contribuir
para amenizar ou eliminar a maior parte desses transtornos.
Foto: Shutterstock.com
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
Consiste em conscientizar o funcionário acerca da sua saúde financeira.
ATENÇÃO
Dentro da qualidade de vida no trabalho, o líder pode exercer um papel fundamental para o sucesso da
empresa. Um bom líder não deve estimular o medo, mas atuar em prol de sua equipe, para que esta se
sinta acolhida e desenvolva um respeito mútuo.
ASPECTOS PSÍQUICOS
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Nas relações de trabalho, algumas pessoas se tornam ponto de equilíbrio para outras, o que termina
por se constituir em uma fonte de fadiga. Por meio dos aspectos do trabalho, podemos ter uma
perspectiva na qual há a inclusão de um paradoxo psíquico. Para entendermos melhor esse paradoxo,
devemos considerar a noção de carga psíquica do trabalho, que não é o mesmo que exigências de
tarefas.
Por ser parte de uma vivência subjetiva, não é uma carga que possa ser quantificada;
Embora subjetiva, a relação homem-trabalho tem efeitos concretos e reais, como, por
exemplo, o absenteísmo;
Esses efeitos são o resultado da economia psíquica que regula as relações particulares de
cada homem com seu trabalho.
Os principais fundamentos da economia psíquica que sustentam a noção de carga psíquica do trabalho
são:
As vias de descarga de sua energia. Geralmente, ocorrem quando submetido às excitações
exteriores e/ou interiores.
A RELAÇÃO HOMEM-TRABALHO
Foto: Shutterstock.com
O trabalho faz parte da vida cotidiana dos homens, apresentando-se como importante forma de
subsistência. A partir da relação homem-trabalho, podemos refletir sobre três fatos essenciais:
O organismo do trabalhador não é uma máquina, não podemos considerá-lo como um “motor-humano”,
visto que é frequentemente objeto de excitações, exógenas e endógenas.
O trabalhador não ingressa em seu local de trabalho sem referências, como uma máquina nova, este
possui uma história pessoal materializada por certa qualidade de suas aspirações, de seus desejos, de
suas motivações e de suas necessidades psicológicas.
O trabalhador, enfim, dispõe de vias de descarga preferenciais que não são padronizadas e participam
da constituição da estrutura de sua personalidade.
Diante dos três fatos anteriores, somos conduzidos ao seguinte questionamento:
Quando oposto à sua livre atividade, o trabalho pode se tornar um perigo ao aparelho
psíquico.
Atualmente, com os avanços tecnológicos e sua facilidade de difusão, recebemos uma grande
quantidade de informação. Estamos criando uma cultura na qual o indivíduo deve estar ciente de tudo
que acontece ao seu redor. Devemos estar sempre conectados. Acontece que essa quantidade
excessiva de informação acaba por saturar o cérebro, estimulando, cada vez mais, o aparecimento de
pessoas com dificuldades para digerir suas emoções.
Essa síndrome afeta muitas pessoas, pois é um transtorno que atinge a maior parte da população
moderna, até mesmo as crianças, em decorrência das cobranças, pressões, expectativas, tensão etc.
Esse comportamento acaba por transferir para o cérebro a energia que seria gasta com os demais
órgãos e músculos, promovendo o esgotamento físico e mental nas pessoas, que, por sua vez, podem
causar prejuízos, como a impossibilidade de desenvolvimento de capacidades fundamentais, como
criatividade, inovação, reflexão etc.
A grande questão da Síndrome de Pensamento Acelerado não consiste em definir se o seu conteúdo é
bom ou ruim, não se trata da qualidade ou conteúdo dos pensamentos, o que ela se ocupa é do
excesso de informação, pois o exagero de dados propicia o fenômeno inconsciente do registro
automático de memória (RAM), ou seja, a mente é transformada em um tipo de depósito.
Pensamentos em demasia provocam a falta de concentração, aumentam a ansiedade, suscitam a
reatividade, a irritabilidade e dificultam a conservação do foco, e, desse modo, comprometem o
gerenciamento de rotina, estimulam a sensação de se ter muitas coisas a fazer e plantam a noção de
que não se consegue concluir as tarefas. Enfim, o indivíduo apresenta também dificuldades em transpor
as perdas, decepções e falhas.
VOCÊ SABIA
O diagnóstico da síndrome do pensamento acelerado deve ser feito por um psicólogo e/ou psiquiatra,
por meio de ferramentas como questionários e escuta, com as quais o profissional consiga, por meio da
história relatada pelo paciente, identificar os sintomas.
Os sintomas que possibilitam o diagnóstico da Síndrome de Pensamento Acelerado podem ser
facilmente identificados:
ANSIEDADE
DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO
LAPSOS DE MEMÓRIA
CANSAÇO
IRRITABILIDADE
INQUIETAÇÃO
INTOLERÂNCIA À CONTRARIEDADE
MUDANÇA DE HUMOR
INSATISFAÇÃO CONSTANTE
Queda de cabelo
Gastrite
Entre outros
TRABALHO E MEDO
O medo tem suas raízes oriundas da relação do homem com a realidade. No ambiente de trabalho, este
também se encontra presente nas dimensões da vivência dos trabalhadores. Algumas categorias
profissionais estão expostas a riscos relacionados à integridade física, como, por exemplo, a construção
civil, a pesca em alto-mar, os trabalhos em profundidade, as indústrias de produtos tóxicos etc.
Nesses casos, em que se encontra em risco a integridade física do trabalhador, os principais incidentes
são: asfixia, queimadura, fratura, ferimento, afogamento, morte trágica etc., sendo que a causa material
do dano físico, entre outras, pode ser proveniente de um incêndio, uma explosão, um escapamento de
gás tóxico, um acidente de descompressão.
Embora o risco seja combatido por meio de medidas e regras de segurança, ainda assim, este se
encontra passível do risco residual, ao passo que um acidente pode ter como causa a existência de um
fator de risco que seja desconhecido. Fonte de ansiedade experimentada por grande parte dos
trabalhadores, o risco é confirmado pelos acidentes por meio de estatísticas.
ESTRATÉGIAS DEFENSIVAS
O conflito entre trabalhadores e organizações de trabalho pode ser a fonte geradora de sofrimento do
funcionário. Ele elabora diversas “estratégias defensivas”, que podem ser construídas, organizadas e
gerenciadas coletivamente. Tais estratégias conduzem a percepção dos trabalhadores a uma
modificação da realidade que propicia o sofrimento.
SAIBA MAIS
A principal característica de uma estratégia defensiva reside no fato desta não se ocupar de uma
angústia proveniente de conflitos psíquicos, mas de se destinar ao combate de riscos e perigos reais. A
estratégia defensiva, para ser efetiva, deve contar com a participação de todos do grupo. Os que não
contribuem com a estratégia, ao longo do tempo, passam a ser excluídos do grupo de trabalho.
Não devemos deixar de dar a devida atenção: