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Rosa Sebastião Mavulule

Da Dimensão Pedagógica da Filosofia Versus Didática Específica da Filosofia

Licenciatura Em Ensino de Filosofia Com Habilitação em Ensino de História

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
Março de 2020
Rosa Sebastião Mavulule

Da Dimensão Pedagógica da Filosofia Versus Didática Específica da Filosofia

Licenciatura Em Ensino de Filosofia Com Habilitação em Ensino de História

Trabalho de pesquisa a ser apresentado na Faculdade


de Ciências Sociais e Filosóficas na cadeira de
Didática de Filosofia 2
Sob orientação do Professor Doutor: Rufino Adriano

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
Março de 2020

2
Índic

e
Introdução..................................................................................................................................................4
Da Dimensão Pedagógica da Filosofia Versus Didática Específica da Filosofia...................................5
Conclusão...................................................................................................................................................8
Bibliografia................................................................................................................................................9

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Introdução

O presente trabalho tem como tema “Da Dimensão Pedagógica da Filosofia Versus Didática
Específica da Filosofia” o mesmo surgi nos debates levantados na cadeira de Didática de
filosofia 2 levantados na sala de aula sobre a ensinabilidade da própria filosofia. A filosofia
como disciplina ela é diferente das outras disciplinais pós este não tem um único objecto de
estudo mas sim vários objectos de estudo e vários métodos, e uma tentativa de definir um único
objecto de estudo em filosofia entraríamos em contradição contra questões da sua natureza.

Este trabalho tem como objectivo geral compreender a dimensão pedagógica da filosofia, e tem
como objectivos específicos identificar a dimensão pedagógica da filosofia, caracterizar a diádica
específica da filosofia e justificar porque a filosofia é diferente das outras disciplinas e porque
este necessita de uma didática específica.

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Da Dimensão Pedagógica da Filosofia Versus Didática Específica da Filosofia

Ao lingo da historia da filosofia, os filósofos reconhecerem a dimensão pedagógica da filosofia,


mas como um paradigma, e era vista sob o preconceito da predominância da filosofia sobre a
pedagogia. Isto é a filosofia em algum momento é pedagógico, pós por um aldo cria um
interlocutor, e nesta comunicação sempre prevalece o dado filosófico em relação ao lado
pedagógico e tudo o que é didático fica em ultima analise.

A filosofia por natureza é comunicável, pós ela é racional e traz consigo elementos que serva de
transmissão de uma ideia que vive na própria comunicação. Nestes moldes a filosofia teria
condições de ter sua própria pedagogia, mas na medida em que estuda os processos racionais e
criaria suas próprias leis e normas de transmissão. Nestes moldes, todos os problemas
pedagógicos seriam meramente problemas de comunicação. Se os problemas pedagógicos
limitarem-se comente na comunicação, o que o professor for a explicar mesmo que seja de uma
forma clara o aluno não percebera da mesma forma e a comunicação boa dos conteúdos por parte
do professor não é garantia de uma boa assimilação por parte dos alunos. Entre tanto, é nesta
relação que entro o filosófico e todo o que ela possibilita ou pode possibilitar.

Todas as questões pedagógicas no geral estão dependentes de vários factores que estão além do
problema de transmissão ou comunicação, e este último factor não passa de uma pequena parte, e
toda a relação pedagógica, é simples e complexa ao mesmo tempo e toda tentativa de uma
renovação moderna pedagógica é muito mas complexa e profunda do que se pensava.

Se essa questão não e essencial em outras ciências em filosofia é essencial, pós em outras
disciplinas pode ser um grande risco submeter-se a esquemas clássicos de transmissão que não
alterem a sua própria natureza, a filosofia não pode se limitada aos sistemas e teorias feitas que
podem ser transmitidos e ensinados como qualquer outra disciplina e a filosofia deve levar o
aluno a ter uma perspetiva particular do problema. Este é o motivo por qual fala-se numa
didática específica para a filosofia, e por isso diz que a filosofia tem a sua própria didática.

O questionamento é a própria essência da filosofia, o ensino e aprendizagem de outras


disciplinas não afecta a sua natureza, o que não acontece em filosofia, onde ensinar e aprender a

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filosofia em influência sobre a sua própria natureza, a filosofia transforma tudo o que se ensina e
tudo o que se aprende. “Quando se faz filosofia com intensidade, tudo vibra”

Por este motivo coloca-se o problema, do que ensinar e como ensinar em interdependência a
filosofia, visto que quando se trata de filosofia, o que o professor ensina, e o que os alunos
aprendem, ou seja, a filosofia transmitida pelo professor e a filosofia compreendida pelos alunos
não são necessariamente a mesma coisa, e isso terá uma influência no conceito de filosofia
produzido pelos alunos.

Todo aquele que quer ensinar filosofia começa com este problema, o que ensinar? E como
Ensinar, o mesmo acontece nas outras disciplinas onde procura-se um objecto de estudo e
método de estudo, mas em filosofia e uma questão, primeiro porque não tem um e único método
de estudo e segundo porque ao definir um único objeto de aprendizagem em filosofia, implica ter
-se um me e único método de estudo o que conciona a própria natureza da filosofia ou questões
filosóficas.

A partir da que forma-se questões como a quem vou ensinar? E para quê ensinar. Que qualquer
modo as perguntas primarias são o que ensinar? E como ensinar, e as outras são secundárias, só
sabemos q que ensinar depois de sabermos o que ensinar. Estas questões não são tao simples de
ser respondidas em filosofia como mostra citação abaixo.

Se aceitamos como natural a prioridade das duas primeiras questões relativamente às


outras, caimos inevitavelmente numa didáctica clássica. Definido o que se ensina cria-se
logo um corpo de conhecimentos a transmitir, e adoptam-se natural e necessariamente os
estatutos e os papéis tradicionais de quem sabe (o professor) e de quem tem de aprender
(o aluno). Ou seja, privilegia-se uma relação vertical, um sentido unilinear predominante,
um tipo de avaliação, em suma, reproduzimos uma relação educativa nos moldes
clássicos. E então todo o problema didáctico terá que ver com a comunicação ou
transmissão desses conhecimentos, e os grandes problemas serão o ensinar com rigor e o
fixar e reproduzir com qualidade, a avaliação não poderá evitar estes problemas, a
preparação irá atrás, condicionada por esta, e tudo o resto virá por acréscimo
(BOAVIDA, p101-102)
Muitos professores são abrigados ou sentem se obrigados a transmitir a filosofia e sujeitam ao
alunos a uma mera introdução a filosofia que poem em causa a filosofia como actividade
pedagógica mas não quanto aos conteúdo, o que em algum momento atrofia a própria natureza
da filosofia. Senso assim a própria natureza da filosofia é problemática, porque já não começa da

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própria atitude original, ou primeiro problema ou a essência de todo prolema filosófico e
esquecer isso é fatal para a própria filosofia.

O como ensinar e aprender deveria, pois, em filosofia, exigir, pela sua natureza, uma indagação,
um debate e uma pesquisa, os quais implicariam uma prática nova ou numa nova concepção de
filosofia. Existe uma relação entre a filosofia e o seu ensino. Talvez devamos, pois, começar pelo
como abordar o ensino-aprendizagem da filosofia, porque da má ou boa condução desta questão
resultará uma concepção de filosofia quando se trata de filosofia as perguntas do para quê e do a
quem são elas próprias determinantes das colocadas anteriormente.

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Conclusão

Findo o trabalho pode-se concluir que a insinabilidade ou não ensinabilidade de filosofia ainda
em um grande debate pôs quando se fala da suaiensinabilidade levanta que grandes questões tais
como o que ensinar? E como ensinar, isso porque para que se ensine alguma coisa é preciso ter
objecto e métodos específicos o que não acontece em filosofia que tem vários objectos e estudo e
vários métodos de estudo.
Muitas das vezes os alunos no secundário só são submetidos a uma introdução a filosofia e não a
filosofia praticamente dita, pos esta envolve várias questões profundas que envolvem a própria
natureza da disciplina, como ensinar algo que não se sabe o que é e que nem tem uma definição
especifica, Kant na possibilidade ou impossibilidade da insanabilidade da filosofia defendia a
ideia de que deve se ensinar a pensar e não a filosofia pôs ensinar filosofia é muito complexo.

8
Bibliografia

BOAVIDA, João, Por uma didática para a filosofia: análise de algumas razões

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