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Aluno(a): Maria Nuziana Lopes de Melo

Professor: Robson Pontes Custodio

Disciplina: Práticas de Ensino de Filosofia

Resumo do Texto: CRITICA DE ALGUNS LUGARES- COMUNS AO SE PENSAR A FILOSOFIA DO


ENSINO MÉDIO

Inicialmente o texto aborda sobre o panorama dentro de um contexto histórico no Brasil com
o estudo da Filosofia e como a mesma era vista e ensinada. Dentre várias questões temos o
período ditatorial (tirou a filosofia formalmente do currículo) que trouxe uma imagem
subversiva referente a filosofia, mas que também trouxe também uma ideia de um viés
democrático, já que a filosofar traz juntamente uma reflexão critica sobre o meio e sobre si
mesmo.

Após esse passeio histórico e seus questionamentos, vemos o texto tentar compreender como
se faz o ensinar Filosofia. Dentre essa ideia teremos 03 vertentes (todas com seus pontos
positivos e negativos):

- Ensinar através da História da Filosofia (o que ela produziu até hoje): tendo como ponto
positivo o fato dos alunos entenderem o contexto histórico dentro da época e poderem
identificar a evolução dentro da sua própria historia, e como ponto negativo, um apego a um
estudo mecanizado, muito voltado a padrões e datas, menos voltado para um contexto de
pensamento critico e transformador. O professor seria um mero instrumento de transmissão
de conteúdos.

- Ensinar através de problemas filosóficos (ensino menos enciclopédico e mais ativo): tendo
como ponto forte a quebra de linearidade, buscando temas que buscam trabalhar as
problemáticas propostas pelo próprio aluno, aproximando-o mais de sua própria realidade.
Como ponto negativo, vemos o aluno que pode perde-se no tempo e espaço das
problemáticas e acabar julgando com a mentalidade atual situações e contexto antigos, sem
perceber a diferença de época, cultura, religião, etc.

- Ensinar através de atitudes filosóficas (filosofia como um substantivo e o filosofar como


verbo): seria a ideia que o aluno possa conhecer e compreender quais habilidades de
pensamento fora o filosofar. O ponto positivo seria que o aluno praticaria a habilidade do
filosofar, invés de somente conhece-la. O ponto negativo é caso o professor se utilize de uma
postura doutrinaria, reforçando apenas uma única teoria, historia, etc. como sendo
“verdadeira” e se fecha para um ensino mais eclético que traz uma posição mais diversificada,
abrindo espaços diversos para o filosofar.

A distinção entre filosofia e filosofar vem através de Kant (1983:407-9-B-865-9) que traz a ideia
de que uma coisa é o processo da filosofia e outro o seu produto. A filosofia não poderia ser
ensinada, pois ela é uma ciência “inacabada” portando não poderia ser aprendida. Hegel já
discorda de Kant e acredita que a lógica da produção filosófica é mais complexa e “dialética”
do que a distinção analítica entre processo e produto.

Por fim, para o estudante colocar em prática o exercício do filosofar, necessita sentir
necessidade do conhecimento filosófico e também ser envolvido em todo o processo sobre o
ensino de filosofia no ensino médio ensino-aprendizagem, desde a sensibilização até à criação
de conceitos. Sendo assim, deve-se ensinar aos alunos não apenas filosofia, mas também a
necessidade da filosofia, bem como de outras ciências para a significação da vida. Vemos que
muitos professores que atuam no ensino médio não são formados em Filosofia, o que dificulta
a compreensão do saber filosófico, fazendo com que os alunos percam o sentido e interesse
sobre a Filosofia.

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