Você está na página 1de 23

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

AULA 08 –
A FILOSOFIA, A
FORMAÇÃO DO
EDUCADOR E AS
PRÁTICAS
EDUCATIVAS

Caro estudante,

Pense nas seguintes questões: a filosofia pode contribuir para a


formação de educadores? Qual é a missão do educador e quais são as
práticas pedagógicas que ele deve realizar em sala de aula?
Neste capítulo você estudará os objetivos da filosofia da educação,
suas possíveis contribuições para a formação dos educadores e sua ação
pedagógica. Além disso, você conhecerá os elementos que compõem o cenário
atual da educação brasileira.

Bons estudos!
 Analisar o objetivo da filosofia da educação na formação de professores;
 Relacionar a formação do educador com a sua ação pedagógica;
 Identificar questões atuais sobre o cenário da educação brasileira.

Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia entenderá


como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade
de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e
Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo.

 Compreender o conceito de psicologia


 Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia
 Conhecer as áreas de atuação do psicólogo.
8 O OBJETIVO DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES

A educação para se dar de modo autêntico e esclarecido, necessita que


saibamos as finalidades e objetivos que queremos alcançar através dela. Torna-se,
assim, necessário compreender a forma de humanidade que se pretende alcançar
através da educação. Para saber dessa finalidade e reconhecer seu sentido, é preciso
também se indagar sobre qual o significado da vida, da existência, da natureza e da
sociedade, ou seja, é preciso se envolver com temas que necessitam de uma reflexão
filosófica.
Assim, quando adotamos uma perspectiva filosófica em relação à educação, é
necessário começar se debruçando sobre "[...] a natureza do mundo e os limites que
este fixa para o que o homem pode saber e fazer. A natureza humana, a boa vida e o
lugar do homem no esquema das coisas estão entre os tópicos perenes da filosofia"
(KNELLER, 199, p. 69).
Adotando o objetivo de compreender esses aspectos, é necessário,
primeiramente, atentar-se para os fundamentos que constituem a filosofia da
educação, investigando a relação entre a reflexão filosófica e a educação, visando
reconhecer o papel da filosofia na formação dos educadores, na vida dos educandos,
na crítica das instituições escolares e dos valores pedagógicos, mesmo quando essa
relação não seja imediatamente visível.
Portanto, para você iniciar este estudo, é preciso entender o que é a filosofia
da educação, concentrando-se em suas dimensões constitutivas. Com esse intuito,
trataremos da relação entre a filosofia e a educação.

8.1 A filosofia e a educação

De acordo com Kneller (1966), a filosofia da educação assume um papel


especulativo quando se interroga sobre a existência humana, a sociedade e o mundo,
buscando elaborar teorias e explicações que permitam entender essas dimensões,
seus fenômenos e acontecimentos. Por meio destas teorias e elaborações, ela pode
ordenar e interpretar os aspectos conflitivos dos fenômenos educacionais em sua
constituição e ambivalência. Assim, o filósofo da educação pode desenvolver teorias
sobre a educação partindo da filosofia pura e através delas interpretar o mundo
educacional, propondo soluções para problemas oriundos do campo. No entanto,
existe uma segunda possibilidade: pode-se partir dos problemas particulares da
educação para alcançar um tratamento analítico conceitual, buscando em dimensões
empíricas a motivação do exercício filosófico.
Temos, portanto, duas maneiras possíveis de tratamento da educação pela
filosofia. De um lado, pode-se utilizar seus métodos e conceitos realizando uma
prática filosófica analítica em educação, que assume em primeiro momento um caráter
dedutivo, pois parte da teoria para se aproximar à prática. De outro, pode-se partir da
experiência educacional, aquela dos professores, estudantes e profissionais da
educação, para elaborar teorias que tentem responder a problemas e mesmo explicar
as condições nos quais se dão os processos pedagógicos, tendo assim, uma postura
filosófica de caráter mais descritivo, hermenêutico e fenomenológico.
Desse ponto de vista, a filosofia da educação, pode, segundo Kneller (1996)
assumir funções prescritivas, analíticas e críticas. Segundo o autor, “[...] a filosofia da
educação é prescritiva quando especifica os fins a que a educação deve obedecer e
os meios gerais que deve usar para atingi-los” (KNELLER, 1966, p. 37).
Nessa perspectiva, a filosofia da educação acaba desejando fornecer as bases
de uma certa moralidade para o processo pedagógico, muitas vezes, buscando
conservar práticas educacionais já constituídas, ainda que elas se apresentem de
modo ambivalente ou disfuncional. A função prescritiva não tem exatamente um
caráter negativo, mas participa do modo como uma filosofia da educação pode se
aproximar dos fenômenos pedagógicos em situações determinadas.
A filosofia da educação se torna analítica e crítica quando “[...] analisa suas
próprias teorias especulativas e prescritivas, bem como as teorias que encontra em
outras disciplinas” (KNELLER, 1966, p. 37). É a partir da análise, que ela pode
alcançar os meios para uma crítica dos fenômenos pedagógicos e da práxis
educacional. Em sua atitude crítica, ela pode examinar a estruturação interna dos
fenômenos pedagógicos e das instituições educacionais, questionando, assim, a
racionalidade dos nossos ideais educacionais comparando sua coerência com outros
ideais e “[...] a parte neles desempenhada pelo pensamento improvisado ou ilusório”
(KNELLER, 1966, p. 66).
Você também deve considerar as relações entre a epistemologia e a educação
para entender os objetivos da filosofia para a formação dos professores e estudantes,
como também para a ampliação da compreensão de como a filosofia da educação
pode dar base teórica aos processos pedagógicos e a filosofia, em sentido geral, pode
servir como instrumento para o desenvolvimento de habilidades analíticas e críticas
por parte dos sujeitos que se envolvem com a educação.
A epistemologia é uma disciplina filosófica que toma as ciências como objeto
de investigação tendo como baliza três objetivos e formas de consideração: 1) a
crítica do conhecimento científico, examinando os princípios, as hipóteses e as
conclusões das diferentes ciências, tendo em vista avaliar e descrever seu alcance e
seu valor objetivo; 2) a filosofia das ciências e a teoria do conhecimento (empirismo,
racionalismo, entre outros, que tratamos em aula anterior.); 3) a história das ciências,
observando as condições históricas de produção da prática e do discurso científico.
Ela tem, portanto, a função de pensar as dimensões sociais, lógicas e discursivas na
qual uma prática científica se desenvolve (JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, 2001;
MORIN, 1996).
Através da epistemologia, que como dissemos, é uma área específica da
filosofia, o conhecimento em educação é examinado segundo os processos a partir
dos quais ela efetivamente se realiza, ou seja, segundo a definição dos seus métodos,
objetos e objetivos. Esses objetos, no que lhe concernem, são definidos pelo
paradigma assumido pelo sujeito humano em um campo histórico específico.
Nesse caso, os sujeitos são o educador, os educandos e o pedagogo, quando
assumem perante o mundo uma postura científica, demandando a formulação de
estratégias conceituais e experimentais visando a realização de sua ciência e do seu
objetivo pedagógico. Os métodos são construídos de modo transversal e pelo
encontro entre as diversas disciplinas, já que o estudo do mundo da educação é
histórico, prático, psicológico, filosófico e se condiciona pela intenção de realizar uma
prática formativa, variando em termos históricos e culturais e se mostrando como uma
manifestação do pensamento complexo (MORIN, 1996, 2004).
Assim, a educação quando assumida enquanto ciência pedagógica, pode ser
vislumbrada como uma prática e uma investigação teórica, cumprindo requisitos para
ser uma ciência em sentido amplo, porque não podemos entendê-la como ciência em
sentido estrito, tal como o significante ciência se constitui no campo das ciências
naturais. Um dos principais interesses da educação, portanto, é descobrir e transmitir
o conhecimento. Mas nem tudo o que é chamado de educação pode ser descrito como
"conhecimento”. Portanto, é importante que o professor possa avaliar as bases sobre
as quais os requisitos de conhecimento são formulados; por isso, também, a
importância de uma atitude epistemológica.
Através do reconhecimento da importância da epistemologia, os agentes da
educação, entre ele os professores, podem discutir as metodologias pelos quais o
conhecimento se torna uma aquisição na vida dos sujeitos e o que ele significa ao
nível social e discursivo. Notoriamente, pela importância da particularidade e função
dos temas, a axiologia, a ética e a filosofia política também estão extremamente
ligadas à formação de professores e se tornam também uma dimensão a ser
contemplada pela epistemologia e pela filosofia da educação de modo geral. Em que
pesem suas amplitudes conceituais, você pode considerar que, segundo Kneller
(1966, p. 41), “[...] para a instrução correta na sala de aula, a necessidade de uma
sólida teoria social e ética é facilmente aceita como fundamental para a prática
educativa”.
Uma prática pedagógica freiriana, por exemplo, exige dos educadores mais do
que formação profissional, mas o domínio de saberes que permitam a promoção da
autonomia, aliada à esperança e otimismo na possibilidade de mudança, ou seja, é
preciso um comportamento ético que tenha em vista a liberdade humana e sua
dignidade (FREIRE, 2015). Entende-se, assim, que toda forma de educação surge
envolvida por valores éticos, cabendo ao educador aprender com a filosofia como
questionar quais valores são autênticos quando se trata da promoção de ações que
visem o desenvolvimento integral de uma pessoa, isto é, de um ser humano em suas
dimensões afetivas, cognitiva, profissionais, sociais e políticas.
A lógica, outro assunto muito debatido e explorado pela filosofia, também está
relacionada à educação, visto que a tarefa de ensinar o pensamento e o raciocínio se
apresenta como um grande desafio em ambiente escolar.
Em termos etimológicos, a palavra lógica vem do grego logos, que significa
"linguagem", "expressão", "pensamento", "conceito", "discurso", "razão". Ela se
classifica em lógica formal e lógica dialética, dependendo de seu uso como ferramenta
de conhecimento.
Em seu âmbito específico, a lógica está interessada apenas em investigar a
validade dos argumentos e dar as regras do pensamento correto. Contudo, isso tem
um grande significado pedagógico, pois aprender as regras do pensamento é ser
capaz de ver onde e como os discursos assumem formas autênticas de validade ou
quando são apenas uma espécie de retórica que procura produzir no outros estados
de experiência que não condizem com os desejos e objetos que marcam sua
existência. Cientificamente, trata-se, de uma disciplina propedêutica, é o vestíbulo da
filosofia, ou seja, a antessala, o instrumento que permitirá o caminhar rigoroso do
filósofo ou do cientista em sua investigação do mundo e das coisas, servindo, no
mesmo sentido, para o professor e o aluno (ARANHA, 1993).
Com base nas concepções que você viu, é possível estabelecer que os
objetivos da filosofia da educação em relação à formação de educadores residem em:

 Oferecer espaço para reflexão e crítica;


 Promover práticas educativas que considerem visão de mundo, experiências de
vida e conhecimentos acadêmicos do sujeito no processo de ensino e
aprendizagem;
 Investigar quais problemas precisam ser resolvidos com uma abordagem
específica.

Na perspectiva de análise de Kneller (1966), vimos que a filosofia da educação


pode ser prescritiva, analítica e crítica. Considerando, esses três aspectos, podemos
afirmar que a filosofia da educação pode fundamentar e orientar as práticas e teorias
pedagógicas de três maneiras que são desdobramentos destes três aspectos. Assim,
se apresenta configurada por uma práxis que se expressa da seguinte maneira:

1) visa a ordenação das descobertas relevantes para a educação, incluindo


aquelas descobertas que surgem da própria práxis educativa e seu exercício,
buscando assim, uma compreensão compreensiva da existência humana e de uma
educação que possa ser uma base consistente para o desdobramento de suas
potencialidades;
2) examinar e prescrever os fins e os meios gerais para o pleno acontecimento
do processo educacional;
3) elucida e sistematiza os conceitos educativos básicos.
8.2 A formação do educador e a sua ação pedagógica

A sociedade contemporânea exige cada vez mais uma educação


comprometida com as transformações sociais e que possa responder as bruscas
mudanças sociais e culturais oriundas do desenvolvimento tecnológico. No seio desta
sociedade está a educação que, sendo histórica e socialmente construída pelos seres
humanos, requer para o desenvolvimento de uma linguagem diversificada e múltipla,
capaz de responder a todas as diversidades, o que conduz à compreensão da
importância e das questões relacionadas com o exercício profissional para a formação
de professores.
Na educação, muitas vezes se pergunta: é mais 'lógico' apresentar o conteúdo
de acordo com uma organização objetiva da disciplina ou de acordo com o nível de
desenvolvimento do aluno? (KNELLER ,1966). Exemplo desta questão: O estudo da
física deve sempre começar depois do da álgebra (ordem lógica), ou essas matérias
devem ser ensinadas cada vez que se verificar que o aluno consegue aprendê-las
(ordem psicológica)?
Para responder a estas questões e revelar as razões da afirmação de Kneller,
bem como as relações tangentes com a prática pedagógica, é necessário analisar as
concepções sobre as teorias de aprendizagem. Trata-se de compreender o seu
contexto histórico e as suas necessidades atuais, nomeadamente ao nível da
formação dos educadores e como elas se apresentam na sua prática.
A teoria sustentada por este prisma reforça que, se a aprendizagem for feita
desta forma, o desempenho do aluno será lógico e perfeito. A mesma teoria,
considerando o outro extremo, rejeita totalmente as influências da psicologia,
que altera a ordem sistemática, pois garante que a ordem deve ser mantida diante da
desorganização cerebral. O pensamento pedagógico moderno, que ainda adotada
essa perspectiva, se configura como uma educação dita realista,
moldada principalmente pelos estudos de Johannis Amos Comenius (1592-1670),
considerado o pai da didática enquanto disciplina científica, por ter publicado a
primeira obra que procura sistematizar a arte ensinar: a obra, Didática magna.
Em seus nove princípios sobre a educação realista, o educador tcheco afirmava
como sétimo princípio que “A natureza não dá saltos, mas prossegue passo a passo”
(COMÊNIO, 1966). A partir disso, entende-se que os estudos devem ser
minuciosamente graduados nas diversas classes, de tal forma que os primeiros
possam preparar o percurso para aqueles que virão depois. Ainda nesse sentido, o
tempo deve ser dividido de maneira rigorosa, de modo que cada ano, mês, dia e
instantes possam ser ocasião de uma tarefa determinada (GADOTTI, 2001).
Defendendo, umas das formas de pensamento iluminista após a divisão das
ciências e conceituação do método científico realizado por Francis Bacon, "Locke
deu uma importância extraordinária à educação. A criança, ao nascer, era, segundo
ele, uma tábula rasa, uma folha em branco na qual o professor poderia escrever
tudo” (GADOTTI, 2001, p. 78).
Como já indicamos, em módulo anterior, essa maneira de compreender a
experiência surge no campo da teoria do conhecimento sob o nome de empirismo,
posição que consiste em entender a formação da experiência através do contato
natural do aparelho sensorial humano com o mundo. As teorias do conhecimento
predominantes no campo do iluminismo tinham como fundo essa posição teórica,
entendendo que a experiência humana deveria ser colocada como base das práticas
pedagógicas, enquanto caminho para o desenvolvimento de uma racionalidade
autônoma e criadora.
O Iluminismo surge e se configura como a reação contra o autoritarismo
religioso e político, contra as desigualdades sociais e as rígidas distinções de classe
em que se fundavam o sistema feudal e suas formas de organização institucional e
econômica. Contra o princípio de autoridade, o pensamento iluminista busca se
sustentar e desenvolver investigações baseadas na racionalidade, que passa a ser
compreendida como a esfera fundamental da existência humana, capaz de levar a
humanidade a um pleno desenvolvimento em todos os setores da vida humana. Para
o Iluminismo a razão penetra a realidade, a ponto de desvelar todas as aparentes
divergências”. Para Ferreira (2001, p. 60), “O Iluminismo apresenta três grandes
pontos: a natureza, a razão e o progresso. É um momento profícuo para reflexões
pedagógicas e filosóficas de modo geral”.
No campo da educação, o iluminismo pode ser entendido como uma forma de
reação às primeiras tentativas tradicionais de compreensão da experiência
pedagógica, aquelas que se sedimentaram na Idade Média. Segundo Mizukami (1986,
p. 8), a perspectiva tradicional entende o adulto como um ser acabado pronto e o aluno
é visto como um adulto em miniatura, que precisa ser atualizado, tornando alguma
coisa segundo a representação que se tem do adulto. Assim, as formas de ensino
serão centradas no professor. No ambiente da idade média, isso significa a
valorização da autoridade, apagando o espaço para o questionamento, entendendo
que o aluno deve apenas executar prescrições que lhe são destinadas e fixas por
autoridades exteriores.
Depois de uma abordagem tradicional, há, portanto, tendências para uma
abordagem comportamentalista que é moldada pelo empirismo, abrindo caminho para
o que se entenderá, posteriormente, como uma abordagem científica da prática
pedagógica e os processos de aprendizagem, orientada pelos valores iluministas de
liberdade, igualdade e fraternidade, ainda que de maneira ambivalente.
Para Mizukami, (1986), na perspectiva que se inicia com o iluminismo, em suas
formas teóricas e práticas, o conhecimento passa a ser entendido como uma novidade
conquistada pelo sujeito quando ele se lança ao movimento do conhecimento. No
entanto, aquilo foi descoberto, já se encontrava presente no mundo exterior, tendo
uma realidade objetiva, ainda que relacionada às formas possíveis de conhecimento
sobre para uma existência humana. Ou seja, quando se pensa no conhecimento, se
tem no horizonte um organismo humano, que também participa das contingências da
natureza e pode ser compreendida segundo regras e leis objetivas.
Na medida em que coloca em cena a razão e o método científico, o iluminismo
abre espaço para uma concepção objetiva da experiência humana, que será utilizada
e adotada como paradigma para as primeiras formulações no campo das ciências
humanas que começam a se desenvolver a partir do ideário iluminista; entre elas, a
pedagogia. Mizukami (1986) enfatiza que com este tipo de abordagem é possível ao
professor aprender a analisar o comportamento do aluno e assim compreender,
controlar e até modificar o seu comportamento, já que a pedagogia, nesse momento,
surge atrelada ao desenvolvimento de uma psicologia que se constituirá como ciência
depois de um longo processo de maturação. O sistema educacional passa, nesse
cenário, a ter como objetivo, segundo Mizukami (1986, p. 28), “[...] promover
mudanças nos indivíduos, mudanças essas desejáveis e relativamente permanentes,
as quais implicam tanto a posição de novos comportamentos quanto a modificação
dos já existentes”.
Nos séculos XVII e XVIII, o processo educacional era, na maioria dos casos,
limitado pela ausência de um plano e de uma teoria educacional consistente. Surgem,
assim, com iluminismo, novos conceitos sobre o homem e a sociedade enquanto
alternativas às formas de pensamento tradicionais oriundos da Idade Média e da
perspectiva de mundo feudal. Começa-se a entender que são necessárias técnicas
que combinem pedagogia e psicologia, um programa de estudos ampliado em termos
de conteúdo e a abertura da escola a todas as classes sociais (FERREIRA, 2001).
Essa forma de pensar, que começa a se forjar nos séculos XVII e XVIII, tendo
como base a filosofia iluminista e a teoria do conhecimento empirista, encontrará sua
formatação mais acabada no século XIX com diversos teóricos e debates sobre o
sentido e os objetivos da educação. Entre os diversos teóricos e abordagens
desenvolvidas, destaca-se Herbert Spencer (1820-1903).
Segundo Ferreira (2001), Herbert Spencer, o pedagogo inglês, entendia que a
educação dos seres humanos deveria ser fundada em sólidas bases científicas,
capacitando-os para uma integração funcional na vida social, ainda que fosse
necessário utilizar de castigos morais em sua formação. A proposta pedagógica de
Spencer visava, portanto, à formação dos sujeitos que pudessem assumir um estilo
de existência moralmente válido, por isso, entendia como um processo pedagógico
amplo e eficaz aquele que conseguisse moldar as dimensões psicológicas e
comportamentais dos educandos, tendo como base a ciência.
Através do cenário filosófico destas teorias, é possível compreender, como se
configuram as bases das teorias contemporâneas da educação. Encontramos, assim,
concepções como o progressismo, que traz uma perspectiva de educação ativa,
relacionada aos interesses da criança. O processo de aprendizagem é determinado
não apenas pelo professor e pela matéria a ser ensinada, mas sobretudo pela própria
criança. O perenialismo que proclama o naturalismo para a educação, que deve ter
como foco o desenvolvimento da racionalidade, entendendo a educação como uma
preparação para a vida. O essencialismo, por outro lado, defende a existência
de certas disciplinas essenciais que todo processo formativo e educacional deve ter
como base. Uma postura essencialista, dedica-se, principalmente, a reexaminar as
disciplinas do currículo, distinguindo o essencial do supérfluo nos currículos
escolares e restaurando a autoridade do professor. Finalmente, o reconstrutivismo
afirma que o objetivo principal da educação é “reconstruir” a sociedade de uma forma
que aborde a crise cultural da época (KNELLER, 1966).
De acordo com Kneller (1966, p. 166):

A filosofia liberta a imaginação dos professores, ao mesmo tempo, disciplina


o seu intelecto. Ao atribuir os problemas da educação às suas raízes na
filosofia, o professor vê esses problemas em perspectiva mais ampla.
Pensando filosoficamente, ele aplica o seu espírito, de um modo sistemático,
a questões de importância [...]. Um educador que não use a filosofia é
inevitavelmente superficial. Um educador superficial pode ser bom ou mau —
mas, se for bom, é menos bom do que poderia ser e, se for mau, pior do que
precisava ser

Assim, cada uma das formas teóricas apresentadas acima deve ser entendida
como esforço de compreensão do ser humano enquanto um ser em desenvolvimento,
apesar de limites históricos e pedagógicos de cada uma delas. Elas podem ter um
papel formativo para prática dos professores, porque indicam caminhos, tendências e
maneiras de vivenciar o processo educacional. Elas podem não ser admitidas por um
determinado educador, mas, como dimensão de sua cultura, ela pode ser atuar
negativamente em sua prática pedagógica. Por isso, a necessidade constante da
crítica do que se pensa e do que se faz no campo da educação, o que é possível
através da filosofia, especialmente através da filosofia da educação.
Ainda quando se trata de uma teoria como essencialismo onde se destacam as
disciplinas fundamentais e determinantes como base para um autêntico processo
educacional, o que se tem em vista é a constituição do ser humano em seu embate
contínuo com a história, com o mundo e consigo mesmo, enquanto uma experiência
que desde o nascimento entra no jogo da coletividade. Por isso, também é importante
elucidar como uma teoria se torna ingenuamente adquirida em um ambiente de
práticas sedimentada.

8.3 O cenário atual da educação brasileira e as teorias pedagógicas

Enquanto subsídio para que o estudante possa ter um olhar crítico sobre o
cenário educação no Brasil, devemos conhecer um pouco da história dos principais
pensamentos pedagógicos brasileiros. Assim, você entenderá a influência dessas
ideias nas práticas pedagógicas contemporâneas.
Como você pode imaginar, o pensamento pedagógico brasileiro foi influenciado
pelas tendências filosóficas da educação que você viu nas seções anteriores. Essas
correntes orientam o desenvolvimento da filosofia da educação em uma perspectiva
global e, claro, têm oferecido subsídios para posicionamentos teóricos e práticas
pedagógicas no Brasil.
Em primeiro lugar, devemos considerar que a educação no Brasil teve sua
construção estruturada através do objetivo de catequização e dominação dos povos
indígenas, projeto que foi desenvolvido pelos jesuítas que estenderam sua ação
catequizante ao esforço de criação das primeiras instituições de ensino no Brasil.
Educação que, inicialmente, tinha como objetivo central a transformação de condutas,
observando a necessidade de alfabetização ou de processos pedagógicos mais
amplos, somente no limite necessário para o condicionamento de novos
comportamentos (CALEGARI, 2014; LIMA, 2018).
Além disso, foram os jesuítas que inauguraram os primeiros modelos de ensino
superior no Brasil, sendo possível identificar nessas instituições as origens das
universidades brasileiras. A formação nas instituições educacionais dirigidas pelos
jesuítas assemelhava-se a uma Faculdade de Filosofia, no modelo das universidades
europeias, ou seja, se orientava segundo o esforço de uma ampla formação no campo
das humanidades, conforme os limites e aspectos da cultura intelectual vigente na
Europa.
Destacou-se, nesse sentido, a instituição Estudos Gerais do Colégio dos
Jesuítas da Bahia, onde estavam organizados e funcionavam, inicialmente, duas
instituições de ensino superior. O Colégio dos Jesuítas, para a formação de
sacerdotes e bacharéis em Artes, e a Aula de Fortificação e Artilharia, para a formação
de engenheiros militares. No século VII, ainda que não tivessem a aprovação oficial
de Portugal, os jesuítas trataram essa instituição de ensino como uma universidade,
pois dirigiam faculdades de Artes, de Teologia, Matemática e Engenharia. Nestes
cursos, foram formados, durante o período colonial, especialmente no século XVIII e
XIX, novos sacerdotes, engenheiros e doutores, dando origem a primeira elite
intelectual brasileira (FRANCA, 1952).
Em 1890, Caetano de Campos (1844-1891), um importante médico e educador
brasileiro, defendeu a necessidade da criação de um curso normal superior em
território brasileiro, mas esta proposta não se concretizou. Foi somente na década de
1920 que Sampaio Dória (1883 – 1964) idealizou a construção da Faculdade de
Educação em São Paulo para a formação de inspetores, diretores de escolas normais,
ginásios e grupos escolares, além de professores de escolas complementares.
Embora esse projeto tenha se tornado lei, ele não se consolidou e apenas uma
década depois, iniciou-se a trajetória dos cursos de pedagogia no Brasil, constituindo-
se, assim, no ambiente de criação da Faculdade de Filosofia de São Paulo, a primeira
institucionalização de uma proposta de formação de educadores em território
brasileiro através do primeiro curso de pedagogia brasileiro (VIEIRA, 2008). Como
aponta Lima (2018), essa institucionalização se deu em um momento histórico onde o
mercado de trabalho se tornava mais exigente, sob a influência de um cenário de
modificações econômicas e sociais de alcance mundial.
Com relação ao pensamento pedagógico brasileiro liberal e os defensores da
escola nova no Brasil, na década de 1930, é possível identificar quatro projetos de
qualificação do Magistério. Entre ele se afirmam o Instituto de Educação da
Universidade de São Paulo, criado por Fernando de Azevedo, em 1934, e a Escola
de Educação da Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em 1935, criada
por Anísio Teixeira. Os Institutos de Educação do Distrito Federal e de São Paulo
foram, portanto, elevados ao nível universitário, tornando-se a base dos estudos
superiores de educação em território nacional. O paulista foi incorporado à
Universidade de São Paulo, fundada em 1934, e o carioca foi incorporado à
Universidade do Distrito Federal, criada em 1935 (EVANGELISTA, 2002; SAVIANNI,
2009).
Essas duas instituições foram a base em que se organizaram os cursos de
formação de professores para as escolas secundárias, ampliadas como projeto para
todo o país a partir do decreto-lei n. l.190, de 4 de abril de 1939, que deu organização
definitiva à Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, dando os
contornos de um projeto pedagógico que tinha objetivos nacionais, conforme
prioridades que se organizam segundo a maneira como estado brasileiro estava
estabelecido naquele momento. Nesse período, os objetivos pedagógicos se
orientavam pelo esforço de formar quadros técnicos administrativos para a educação
e de professor para as escolas normais (LIMA, 2018; SAVIANI)
No que diz respeito ao pensamento pedagógico progressista do Brasil,
destacam-se as iniciativas relacionadas à educação política versus a instrução.
Conforme Gadotti (2001, p. 248), “Paschoal Lemme [foi] iniciador do pensamento [...].
A tese central de suas obras é que não há educação democrática a não ser em uma
sociedade verdadeiramente democrática”.
Seguindo a mesma linha pedagógica, Álvaro Vieira Pinto defendia que:

[...] a educação implica uma modificação de personalidade e é por isso que é


tão difícil aprender. Ela modifica a personalidade do educador, ao mesmo
tempo em que vai modificando a do aluno, e ainda que a educação reflita a
totalidade cultural que a condiciona, é também um processo autogerador de
cultura (apud GADOTTI, 2001, p. 250).

Gadotti (2001, p. 253) destaca ainda, nessa perspectiva, as contribuições de


Paulo Freire, que sustenta uma “[...] concepção dialética em que educador e educando
aprendem juntos numa relação dinâmica na qual a prática, orientada pela teoria,
reorienta essa teoria, num processo de constante aperfeiçoamento”. Além de Paulo
Freire, cuja importância perpassa o imaginário da educação brasileira e se torna
presente em diversos cenários de discussão em embate das formas de aprendizagem
e instituição no Brasil, três figuras dessa tendência merecem destaque: Rubem
Alves (O prazer na escola), Maurício Tragtenberg (Educação libertária) e Dermeval
Saviani (A Especificidade da prática pedagógica).
Segundo Rubens Alves (1980), o sistema escolar, em sua forma tradicional,
assume caráter excessivamente burocrático. Para ilustrar essa condição do sistema
educacional, ele o compara à linha de montagem de uma fábrica, onde os processos
são mecanicamente calculados para produzir um determinado resultado ou produto
final, apagando, portanto, a possibilidade de criatividade como essência dos seres
humanos. Por isso, ele pensa que a base de uma boa aprendizagem está no cultivo
de uma relação dialógica entre professor e aluno, onde a educação deve ser vista
como uma troca de conhecimentos e não a submissão do aluno a uma verdade ou
conhecimento verdadeiro preconizado pelo sistema educacional.
Conforme outra uma metáfora que ele desenvolve, a sala de aula e a escola
não devem ser uma gaiola que impossibilite a liberdade criadora dos educandos, mas
entendida e vivenciada como um espaço de relações entre os sujeitos, objetos e
símbolos, enquanto lugar de troca e construção ‘coletiva’ e singular dos saberes
(RUBENS, 1998).
Algumas de suas principais obras: “A alegria de ensinar” (2008), “A filosofia da
ciência: introdução aos jogos e suas regras” (2005), “Ao professor com meu carinho.
A arte do pensar com o afeto” (2008).
O pensamento pedagógico de Maurício Tragtenberg (1929-1998) se
caracteriza pela retomada e valorização das formas pensamento anarquista, o que ele
faz conforme as múltiplas e ricas análises dos fenômenos sociais e, especialmente,
da configuração burocrática da sociedade brasileira e suas instituições.
Segundo Luzzeto (1997), a singularidade da pedagogia libertária e anarquista
se expressa no questionamento de toda e qualquer relação de poder estabelecida no
processo educativo e das estruturas que proporcionam as condições para que estas
relações sejam reproduzidas na vida escolar dos estudantes e também no ambiente
de trabalho dos professores, isto é, no cotidiano mais profundo das instituições
escolares.
Assumindo uma postura libertária, Maurício Tragtenberg se coloca, em muitos
momentos de sua obra, a necessidade de conhecer como essas relações se
processam e qual o pano de fundo de ideias e conceitos que permitem que elas se
tornem formas concretas e factuais de experiência, determinando a conformação dos
seres humanos a uma ideologia autoritária (SILVA, 2010).
Nesse sentido, sua análise busca compreender como a escola atua enquanto
uma instituição, baseada em formas de poder disciplinador tornando impossível o
desenvolvimento das mais profundas e autênticas possibilidades da existência
humana. Nesse sentido, ele se aproxima, até certo ponto, do pensamento do filósofo
francês Michel Foucault, que entende que a escola é o espaço onde o ‘poder’
disciplinar produz ‘saber (TRAGTENBERG, 2017).
Tragtenberg, nesse sentido, também faz eco com o pensamento do filósofo
marxista francês Althusser que considerava a escola como um aparelho ideológico do
estado, cuja única função era reproduzir a lógica social que perpassa a sociedade.
Tese defendida por Althusser em seu livro “Aparelhos ideológicos do estado” (1995)
No entanto, oriundo de uma tradição anarquista, o pensador brasileiro aposta na
possibilidade de que toda dominação possa ser enfrentada conforme a lógica de
expressão e criação da liberdade humana (SILVA, 2010).
Dermeval Saviani, conforme Gadotti (2001), destaca-se por colocar em cena, a
necessidade de elaborar uma teoria educacional a partir da prática e de tal teoria
conseguir servir de base para a construção de um sistema educacional que tenha em
vista a emancipação humana. Os estudos de Dermeval Saviani, são colocados sob o
nome, por ele mesmo forjado, de Pedagogia Histórico-Crítica (PHC), na qual o autor
nos apresenta sua visão acerca de uma educação para a emancipação humana,
tendo em vista uma crítica da maneira como educação se institucionaliza nas
sociedades capitalistas.
Sua perspectiva analítica da experiência pedagógica e educacional brasileira,
começa a ser desenvolvida no livro “Escola e Democracia”, publicado em 1983, mas
que foi ampliado de modo significativo em sua edição de 2000. Esse livro, como
testemunha o autor, pode ser interpretado como um manifesto que busca nova teoria
pedagógica em território brasileiro, mais precisamente, segundo as palavras do autor:
“uma teoria crítica não produtivista” (SAVIANI, 2007, p. 418). Esse livro, na medida
em que apresenta os primeiros traços da Pedagogia Histórico-Crítica, constitui-se
como a certidão de nascimento de um novo pensamento pedagógico em ambiente
brasileiro, onde, após quase duas décadas, a ditadura militar caminhava para seu fim,
o que abria a sociedade brasileira para novas ideias em todos os setores da vida
intelectual e cultural. Trata-se, de uma obra que significa uma mudança de perspectiva
no âmbito educacional, mas também expressa o desejo da intelectualidade tupiniquim
em pensar a sociedade brasileira segundo um projeto emancipador e não autoritário.
Dermeval Saviani, atualmente, é professor emérito da Unicamp, sendo
coordenador de vários projetos de pesquisa ligados a teoria e história da educação.
Seu pensamento se constitui ao mesmo tempo como uma proposta de intervenção
pedagógica, uma história da educação e uma filosofia da educação, em sentido
amplo. Além do Cidadania e Democracia que já indicamos, outras obras fundamentais
do autor são as seguintes: História das Ideias Pedagógicas no Brasil (2013). Sistema
Nacional de Educação e Plano Nacional de Educação: significado, controvérsias e
perspectivas, (2014). O Lunar de Sepé: paixão, dilemas e perspectivas na educação
(2014). A História do Tempo e o Tempo da História: estudos de historiografia e história
da educação (2015).
Segundo Gadotti (2001), um dos traços que marca, o desenvolvimento da
educação no século XX é o deslocamento da formação puramente individual dos
seres humanos para uma perspectiva social, comunitária e intersubjetiva, onde o
social, o político e o ideológico passam a ser considerados, às vezes, de maneira
crítica, outras em uma perspectiva ingênua, mas estão fortemente presentes no que
se entende por processo pedagógico. A pedagogia institucional é um exemplo disso.
A experiência de mais de meio século de educação nos países socialistas é outro
exemplo.
A educação, portanto, desde o final do século XX, se tornou um projeto de
caráter cada vez mais social, que engloba os indivíduos em suas comunidades, em
suas sociabilidades virtuais, em seu estar com outro na família, na escola, nos templos
religiosos que frequentam, ou seja, em sua constante remissão ao significado do outro
em sua experiência, ainda que esse social esteja sendo radicalmente transformado
pela presença da tecnologia e da internet em nossas vidas.
Como vimos, foram muitas as dimensões do pensamento filosófico
que contribuíram para a elaboração e desenvolvimento das concepções pedagógicas
modernas e contemporâneas, significando também um grande impacto na formação
do educador. Além disso, o estudo da filosofia e cultivo da atitude filosófica amplia e
transforma as práticas pedagógicas, dando-se, assim, como um instrumento crítico a
ser utilizado por aqueles que vivenciam a educação enquanto práxis e forma de
existência. No entanto, ainda existem enormes desafios para a promoção da
educação brasileira de qualidade. Porque, como sabemos, a educação nacional se
encontra cada vez mais precária e dependente da ação e do papel dos profissionais
envolvidos no processo de educação, que devem, muitas agir e tentar fazer o seu
trabalho em um cenário onde não se encontram os recursos e incentivos necessários.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALTHUSSER, L. Aparelhos Ideológicos do Estado: nota sobre aparelhos


ideológicos do Estado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1985.

ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. 9. ed. São
Paulo, Loyola, 2005.

ALVES, Rubens. A Arte do Ensinar. São Paulo: Nossa Cultura, 2008.

ALVES, Rubens. Ao mestre com meu carinho. A arte de pensar com o afeto. São
Paulo: Verus, 2004.

ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo: Cortez, 1980

ARANHA, M. L. de A. Filosofando: introdução à filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna,


1993.

CASTRO, C. M. Os tortuosos caminhos da educação brasileira. Porto Alegre:


Penso, 2013.

COMÊNIO, J. A. Didática Magna – Tratado da Arte Universal de Ensinar tudo a


todos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1966.
EVANGELISTA, Olinda. A formação universitária do professor: o Instituto de
Educação da Universidade de São Paulo (1934-1938). Florianópolis: NUP, CED,
UFSC, Cidade Futura, 2002.

FERREIRA, L. S. Educação & história. Ijuí: Unijuí, 2001.

FRANCA S.J., Leonel. O método pedagógico dos jesuítas: o “Ratio Studiorum”:


Introdução e Tradução. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1952.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 50.


ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

GADOTTI, M. História das Ideais pedagógicas. São Pulo: Ática. 2001.

JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de Filosofia. Rio de Janeiro:


Jorge Zahar, 2001.

JARAUTA, B.; IMBERNÓN, F. Pensando no futuro da educação. Porto Alegre:


Penso, 2015.

KNELLER, G. F. Introdução à filosofia da educação. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar,


1966.

LIMA, C. N. Introdução à pedagogia. Porto Alegre: SAGAH, 2018.

LUIZETTO, F. Utopias anarquistas São Paulo: Brasiliense, 1987

MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.

MORIN, E. Epistemologia da Complexidade. In: SCHNITMAN, D. F. (org.).


Novos para-digmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996,
p.274-286.

MORIN, Edgar. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. Maria


da Conceição de Almeida, Edgard de Assis Carvalho. (orgs.) 2ª ed.. São Paulo:
Cortez, 2004.

RIBEIRO, L. 115 reflexões de Paulo Freire essenciais para entender o nosso


tempo. 2017.

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia: teorias da educação, curvatura da


vara, onze teses sobre educação e política. 33.ª ed. revisada. Campinas: Autores
Associados, 2000.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 10 ed.,


Campinas, Sâo Paulo: Autores associados, 2008.

SAVIANI, Dermeval. História das idéias pedagógicas no Brasil. Campinas, São


Paulo: Autores Associados, 2007.
SAVIANI, Dermeval. O lunar de sepé: paixão, dilemas e perspectivas na
educação. Campinas, SP: Autores Associados. 2014

SAVIANI, Dermeval. Sistema Nacional de Educação e Plano Nacional de


Educação: significado, controvérsias e perspectivas. 2. ed. rev. e ampl.
Campinas, SP: Autores Associados, 2017.

SILVA, A. O. Maurício Tragtenberg e a pedagogia libertária. 2004. 226 p. Tese


(Doutorado em Educação) – FE, Universidade de São Paulo, São Paulo.

TRAGTENBERG, Maurício. Relações de poder na escola. Revista Espaço


Acadêmico, v. 1, n. 07, 27 out. 2017

VIEIRA, Cleber Santos. Entre as coisas do mundo e o mundo dos livros: prefácios
cívicos e impressos escolares no Brasil Republicano. São Paulo, 2008.Tese
(doutorado), FEUSP.

Você também pode gostar