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práticas educativas
Apresentação
Você sabe qual a ideologia do educador? Como deve ser a sua ação na prática pedagógica da sala
de aula?
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai relacionar a filosofia com a formação do educador e as
práticas educativas e a contribuição da filosofia na formação do educador, mostrando como ela irá
refletir na sua prática pedagógica. A atitude filosófica vem a contribuir com a filosofia da educação.
Bons estudos.
Ao final de sua apresentação, Ester frisou: "Estou cumprindo medidas socioeducativas por tráfico,
mas posso estudar e trabalhar durante o dia, só preciso dormir na instituição à noite, não precisa
ficar com medo." Lisandra concluiu as apresentações e explicou como seriam suas aulas.
a) Será que a faculdade me preparou para lidar com essa situação? Qual a contribuição da filosofia
da educação?
Wilian Bonete
A filosofia, a formação
do educador e as práticas
educativas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Reflita sobre as seguintes questões: a filosofia pode contribuir para a
formação de educadores? Qual é a missão do educador e quais são as
práticas pedagógicas que ele deve exercer em sala de aula?
Neste capítulo, você vai estudar os objetivos da filosofia da educação,
suas possíveis contribuições para a formação do educador e suas ações
pedagógicas. Além disso, você vai conhecer os elementos que compõem
o cenário atual da educação brasileira.
“Seja qual for o método que siga, permanece o fato de que a educação suscita uma
série de problemas que nem ela, nem a ciência podem resolver sozinhas, pois são
meros exemplos das questões que perenemente se repetem na própria filosofia”
(KNELLER, 1966, p. 37–38).
A filosofia, a formação do educador e as práticas educativas 3
Qualquer professor que pretenda ser sério em sua vida de trabalho tem de
responder a essas perguntas.
A lógica, outro tema muito debatido e explorado pela filosofia, também
se relaciona com a educação, na medida em que a tarefa de ensinar a pensar e
raciocinar se mostra como um grande desafio. A lógica pode ser classificada
como lógica formal e lógica dialética, a partir do seu uso como instrumento
do conhecimento.
Etimologicamente, a palavra lógica vem do grego logos, que significa
“palavra”, “expressão”, “pensamento”, “conceito”, “discurso”, “razão”. A ela
interessa “apenas investigar a validade dos argumentos e dar as regras do
pensamento correto. A lógica é, portanto, uma disciplina propedêutica, é o
vestíbulo da filosofia, ou seja, a antessala, o instrumento que vai permitir o
caminhar rigoroso do filósofo ou do cientista (ARANHA, 1993).
A filosofia, a formação do educador e as práticas educativas 5
Com base nas concepções que você viu, é possível estabelecer que os objeti-
vos da filosofia da educação com relação à formação do educador residem em:
John Locke (1632–1704), que você pode ver na Figura 1, fundou a moderna educação
inglesa, cuja influência pedagógica ultrapassou as fronteiras de sua prática. Locke
estudou filosofia, línguas antigas e medicina. A situação política da Inglaterra obrigou-
-o a exilar-se na Holanda. Ao regressar, publicou sua principal obra filosófica, Estudo
sobre o entendimento humano, e logo depois seu Pensamento sobre educação. Com
seu estudo do entendimento humano, Locke marcou o início do Iluminismo, que vê
a razão como condutora do homem (GADOTTI, 2001).
Para saber mais sobre a educação tradicional, bem como sobre outras abordagens e
perspectivas pedagógicas, leia Ensino: as abordagens do processo (MIZUKAMI, 1986).
Quanto às teorias de filosofia mais recentes, você pode considerar as listadas a seguir.
Existencialismo: a filosofia não deve ocupar-se, objetivamente, das questões
filosóficas tradicionais; deve, antes, converter-se num encontro apaixonado com os
perenes problemas da vida. O universo, em si mesmo, é desprovido de significado ou
propósito. A escola deve encorajar o desenvolvimento de uma individualidade livre
e criadora, que fermenta sob o amável exterior daquele supervenerado conceito, “o
espírito de equipe”. O professor não está na sala de aula para transmitir conhecimento
(realismo), ou como consultor em situações problemáticas (pragmatismo), ou como
uma personalidade a ser imitada (idealismo). Sua função é assistir pessoalmente a cada
estudante, em sua jornada para a autorrealização.
Análise: interessa-se pela classificação e pela verificação da linguagem corrente e
científica. Ao contrário do existencialismo, procura remover o pessoal e o subjetivo da
pesquisa de significado. Para compreender o significado, é preciso se sujeitar ao teste
da ciência e da lógica. Os educadores devem pensar e exprimir-se claramente; devem
distinguir o que faz sentido do que não faz e evitar ambiguidade; devem raciocinar
coerentemente, observando as regras da lógica formal (KNELLER, 1966).
Saiba mais sobre formação de professores e globalização no livro Relação com o Saber,
Formação dos Professores e Globalização (CHALOT, 2005).
Além disso:
Paulo Freire (1921–1997), que você pode ver na Figura 2, nasceu em Recife, Pernam-
buco. Ele é considerado um dos principais educadores do século XX. No início de sua
carreira, deu aulas de português. Mais tarde, se formou em direito na Universidade do
Recife, sem, contudo, seguir carreira. Freire também foi assistente e depois diretor do
Departamento de Educação e Cultura do SESI/PE. Lá, ele começou a atuar na educação
de trabalhadores e desenvolveu seu método de alfabetização que ganhou fama. Sua
obra mais conhecida é Pedagogia do oprimido (GADOTTI, 2001, p. 253).
Saiba mais sobre o futuro da educação no livro Pensando no futuro da educação (JA-
RAUTA; IMBERNÓN, 2015).
Leituras recomendadas
BECKER, F. Educação e construção do conhecimento. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2015.
IMBERNÓN, F. (Org.). A educação no século XXI. Porto Alegre: Penso, 2011.
Dica do professor
O vídeo a seguir auxiliará você a refletir acerca das contribuições da filosofia da educação na
formação do professor.
Assista ao vídeo!
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Exercícios
1) O que é reflexão?
A) É um repensar, retomar.
B) É um pensar ético.
C) É um pensamento crítico.
D) É um pensar radical.
E) É um feedback.
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