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Dois termos de significados tão profundos e juntos formando um novo termo que necessita
de conceituação.
A nossa proposta é fazer uma síntese do texto procurando nele expor as principais idéias
e conceitos.
O autor divide seu texto em 6 partes principais: Filosofia Analítica e Filosofia da Educação; A
filosofia da Educação e os Conceitos de Ensino e Aprendizagem; Educação, Ensino e
Aprendizagem; Educação Formal e Informal e a Questão dos Objetivos da Educação;
Educação e Doutrinação e Observações Finais: Filosofia da Educação e Teoria Educacional.
Essa divisão de forma didática procura organizar as idéias acerca do assunto de forma a nos
proporcionar uma visão mais completa possível sobre a filosofia da educação.
Para elucidar essas questões conceituais com muitas implicações práticas, foi necessário
levar em conta o que psicólogos afirmam acerca da natureza da aprendizagem, sem, no
entanto, entrar no terreno da investigação psicológica, de natureza empírica. Embora
ambas as assertivas pareçam verdadeiras, mas não excludentes, o autor não apresenta
respostas, mas sim que primeiro é necessário investigar o conceito de educação.
A resposta é sim, pode haver, tanto ensino quanto aprendizagem sem que haja educação,
quanto aos conteúdos ensinados e aprendidos não considerados valiosos. Contudo, podem
se não-educacionais, se, por exemplo, levarem ao domínio sem a compreensão. Cita o
exemplo de valores adquiridos, absorvidos, em uma determinada cultura, mas não
O autor abre um par~entesis para explorar questões complexas, muito interessantes, que
merecem estudo e reflexão, mas que dadas as limitações de tempo e espaço, propõe faze-lo
em outra oportunidade.
E a questão inversa: pode haver educação sem que haja ensino e aprendizagem? O autor
propõe dividir o estudo e a reflexão em partes, mas a sua conclusão, baseada na própria
definição da educação proposta, é de que a educação é o processo através do qual
indivíduos aprendem e compreendem certos conteúdos considerados valiosos. Não é
possível, pois, que haja educação sem que haja aprendizagem.
Na quarta parte do artigo, o autor explora tanto a educação formal quanto a informal e a
questão dos objetivos da educação.
Após esclarecer as diferenças e importância de cada uma das educações, ele divide a
questão dos objetivos educaionais em 6 partes: Educação Humanística e Educação Técnico-
Profissionalizante; Educação e Democracia; Educação e Sociedade; Educação e Chamada
“Classe Dominante” e A Educação que é a que deve ser. O Grande Dilema da
EducaçãoEducação e o Desenvolvimento das Potencialidades do Indivíduo.
O estudo desses objetivos que tornam a reflexão mais específica somente foi possível devido
à conceituação formal da educação.
Baseado nesse conceito o autor faz diversas reflexões sobre os efeitos positivos e
negativos da doutrinação chegando à conclusão de que ela é censurável e indesejável.
Melhor do que encutir na cabeça de qualquer um, principalmente de crianças, valores e
crenças é fazê-las refletir e decidirem por si mesmas. “Quem doutrina não respeita a
liberdade de pensamento e de escolha de seus alunos, procurando incutir crenças em
suas mentes e não lhes dando condições de analisar e examinar a evidência, decidindo,
então, por si próprios; quem doutrina desrespeita os cânones de racionalidade e
objetividade, tratando questões abertas como se fossem fechadas, questões incertas
como se fossem certas, enunciados falsos ou não demonstrados como verdadeiros como
se fossem verdades acima de qualquer suspeita”
A doutrinação, no entanto, não é de todo maligna, mas bem pode ser. Há ai um perigo
enorme que o educador deve ter sempre em mente.
Finalmente, na sexta parte, faz Observações Finais sobre a Filosofia da Educação e a Teoria
Educacional.
Primeiramente defende seu ponto de vista como razoável e útil para compreensão do
assunto haja vista que seu objetivo de esclarecer e fazer refletir em diversos aspectos da
educação, do ensino e da aprendizagem foi alcançado. Alude que podem ocorrer
controvérsias, mas sua idéia foi apresentada e segue uma lógica e encadeamento permitindo
a qualquer um a análise do assunto.
A questão da doutrinação foi ressaltada e até um espaço em separado lhe foi dedicado para
que a sua análise fosse contrastada com o conceito de educação.
O autor foi feliz em seu artigo, pois nos levou à reflexão. A discussão somente é possível e
viável partindo do pressuposto de que somos educáveis e isso envolve mudanças, mas não
meras mudanças por mudar, mas devido a nossa capacidade de absorver tanto o ensino
quanto a aprendizagem. Paulo Freire foi muito feliz, creio, ao dizer como já citei no início de
que “ensinar, exige a convicção de que a mudança é possível”. Eu somente aprendo e
somente ensino e somente sou educado quando creio na mudança. Com relação à
doutrinação, cito Augusto Jorge Cury: devemos em tudo o que passa na nossa mente
exercer a arte do DCD, isto é, Duvidar, Criticar e Determinar.
Ref.: http://chaves.com.br/TEXTSELF/PHILOS/filed77-2.htm