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EDUCAÇÃO I
DA DIDÁTICA À AVALIAÇÃO
APRESEN TAÇÃO
A segunda etapa abre os estudos em Tópicos em Educação 1, trazendo para
o âmbito das discussões e estudos as seguintes temáticas: Didática; Evolução do
Pensamento Pedagógico; Teorias da Aprendizagem; As Tendências Pedagógicas
na prática escolar brasileira e a Avaliação da Aprendizagem Escolar.
Para obter este aprendizado, você terá à sua disposição uma apostila
em formato PDF, um objeto de aprendizagem como interação do conteúdo
e questões objetivas para testar seu aprendizado durante a etapa.
Vamos começar?
Bons estudos!
Organização
Reitor da Pró-Reitora do EAD Edição Gráfica
Tania Cordova UNIASSELVI e Revisão
Equipe Tutoria Interna Prof.ª Francieli Stano
de Pedagogia Prof. Hermínio Kloch Torres UNIASSELVI
.02
DA DIDÁTICA À
AVALIAÇÃO
1 DIDÁTICA
Caro leitor! Estamos prestes a iniciar os estudos sobre a Didática e os
elementos da ação didática. Você já se perguntou qual a origem do termo
didática?
Com o estudo cada vez maior dos paradigmas educacionais nos cursos
de formação de professores, em específico no curso de Pedagogia, ampliou-
se o conhecimento relacionado à didática. Com as tendências pedagógicas
surgidas ao longo da História da Educação, a visão de homem e de mundo e
a finalidade da educação modificaram-se, alterando-se o papel do professor,
do aluno, da abordagem, da metodologia, dos instrumentos avaliativos, enfim,
mudou-se a forma de ensinar.
FIGURA 2 – SÓCRATES
FIGURA 3 – PLATÃO
FIGURA 4 – ARISTÓTELES
Aristóteles nasceu na cidade de Estagira, na
Macedônia. Escreveu sobre os mais variados temas
(anatomia, biologia, lógica, política, moral, ética, entre
outros). Foi discípulo de Platão em Atenas.
Após a morte de Platão, Aristóteles fundou sua
própria escola, chamada de Liceu.
Segundo o filósofo, a finalidade da educação
no ser humano é a sua busca pela felicidade ou pelo
bem, que está no mais alto grau do funcionamento da
natureza humana.
Aristóteles (384-322) a.C
FONTE: Disponível em: <http://www.mundodosfilosofos.
com.br/aristoteles.jpg>. Acesso em: 28 jul. 2011.
FIGURA 7 – COMÊNIO
Nos anos finais do século XVIII, as práticas das ideias de Rousseau foram
empreendidas pelo pensador suíço Johann Heinrich Pestalozzi, que em seus
escritos e atuação apresenta dimensões à problemática educacional. Para
este pensador, a criança era um ser puro, bom na sua essência e possuidor
de uma natureza divina que deveria ser cultivada e descoberta para atingir
a plenitude.
FIGURA 9 – PESTALOZZI
FIGURA 10 – HERBART
F ro e b e l fo i u m d o s p r i m e i ro s
educadores a considerar o início da infância
como fase importante na formação das
pessoas. As técnicas propostas por este
educador estão presentes até hoje nas
instituições de Educação Infantil.
Friedrich Froebel (1782-
1852)
FIGURA 13 – GRAMSCI
A s i d e i a s d e C l a pa rè d e favo re c e ra m o
desenvolvimento de duas das mais importantes
linhas educacionais do século XX, a Escola Nova, cuja
representante mais conhecida foi Maria Montessori, e o
cognitivismo de Jean Piaget. Caro(a) acadêmico(a), as
teorias de aprendizagem idealizadas por Jean Piaget
e por Lev Vygotsky serão abordadas no tópico 3 deste
Édouard Claparède caderno.
(1873-1940)
A t e o r i a w a l l o n i a n a c o n s i d e ra q u e o
desenvolvimento intelectual envolve mais do que um
simples cérebro. Envolve fatores internos (de ordem
fisiológica, neurológica e psicomotora), bem como
fatores de ordem externas como a organização dos
espaços físicos, por exemplo. Os estudos de Wallon
mostram que o desenvolvimento da aprendizagem
depende de como cada um faz as diferenciações com
Henri Wallon (1879- a realidade que o cerca.
1962).
• A pedagogia do trabalho
• A pedagogia do êxito
• A pedagogia do bom senso.
Célestin Freinet
(1896-1966)
No te x to O s S e t e S a b e re s N e c e s s á r i o s à E d u c a ç ã o d o Fu t u ro ,
encomendado pela Organização das Nações Unidas, Morin (2001) apresenta
uma relação de temas que não podem faltar na formação do cidadão do
século XXI. Os temas são iniciados pelo estudo do próprio conhecimento. O
segundo ponto apresentado é a pertinência dos conteúdos, que devem levar
ao aprendizado dos problemas globais e fundamentais. Na sequência vem o
estudo da condição humana, entendida como unidade complexa da natureza
dos seres humanos. O quarto ponto destaca o ensinar a identidade terrena
que aborda as relações humanas do ponto de vista global. O próximo tema
trata do enfrentamento das incertezas com base nos aportes recentes da
ciência. O sexto item diz respeito ao aprendizado da compreensão, onde Morin
aponta a necessidade de uma reforma de mentalidades para superar males
como o preconceito, por exemplo. O último ponto apresentado refere-se à
ética global, baseada na consciência do ser humano como indivíduo e parte
da sociedade e da espécie. Os Sete Saberes são diretrizes para a elaboração
e ação de propostas de intervenções educacionais.
3 TEORIAS DA APRENDIZAGEM
As diferentes compreensões acerca da função da educação, ao longo da
História, buscaram e buscam respostas a duas questões inerentes ao processo
da aprendizagem dos seres humanos, são elas: como o ser humano aprende?
E como criar as melhores condições possíveis para que o aprendizado ocorra
na escola? (SANTOMAURO, 2011). Para isso vamos percorrer, neste tópico,
três concepções sobre a aprendizagem: Inatismo, Comportamentalismo e
Cognitivismo. Vamos iniciar conceituando Teoria de Aprendizagem e em
seguida abordaremos as concepções citadas. Vamos em frente?
Denominam-se Teorias da
Aprendizagem, em Psicologia e em
Educação, as diferentes concepções
sobre a aquisição dos conhecimentos,
isto é, os diversos modelos que visam
explicar o processo pelo qual os
indivíduos aprendem.
3.1 INATISMO
Desde a Antiguidade identificam-se movimentos e estudos que buscaram
explicar como o indivíduo aprende. Na Grécia Antiga, os primeiros filósofos
buscaram formas de entender o mundo baseadas na racionalidade, formas e
explicações que se distanciassem do mito, da influência das explicações que
envolviam o sobrenatural. Uma das inquietações desses filósofos consistia
em saber se as pessoas possuem saberes congênitos ou se é possível ensinar
algo ou alguma coisa a alguém. Desta forma, caracteriza-se o nascimento
do pensamento racional e também da concepção inatista da aprendizagem.
3.3 COGNITIVISMO
O termo é originário do latim cognitione, que pode ser traduzido por
conhecimento.
FIGURA 28 – AS PESQUISAS DE PIAGET (NA FOTO EM UMA ESCOLA NOS ANOS 1970)
DERAM RELEVO À PRIMEIRA INFÂNCIA.
Caro(a) acadêmico(a)! Vale lembrar que no final dos anos 80, as ideias
de Piaget, Vygotsky, Wallon, entre outros, circulam nos contextos
educacionais brasileiros. Destaca-se que estes teóricos defendem uma
linha interacionista, porque concebem o conhecimento como resultado da
ação que se passa entre o sujeito e o objeto. Desta forma, o conhecimento
não está no sujeito, como afirmavam os inatistas, nem no objeto, como
defendiam os empiristas, mas no resultado da interação entre ambos. Após
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), estas
ideias são revalorizadas e passam a incorporar as ações educacionais.
FIGURA 30 – AVALIAÇÃO
Enquanto você reflete sobre essa questão, vamos discutir alguns pontos
sobre a avaliação no contexto escolar.
• O que é avaliar?
• Qual o sentido da avaliação?
• A avaliação deve ser um indicativo para contribuir na melhoria da
aprendizagem?
As questões acima dizem respeito aos questionamentos acerca da
avaliação. Este ato está presente em todas as extensões da atividade humana.
O professor
Classificador Mediador
Utiliza métodos comparativos ou impressionistas Utiliza métodos interpretativos e descritivos da
de análise. análise.
Expressa resultados quantitativos. Expressa resultados qualitativos.
Corrige e/ou analisa o teste com a finalidade de Corrige ou analisa o teste com a intenção de
aprovar ou reprovar o aluno. orientar o aluno e complementar noções.
Analisa as respostas do aluno com base em Analisa as respostas do aluno em sua dimensão
expectativas predeterminadas ou em relação de coerência, precisão e profundidade na
ao grupo. abordagem do tema.
a) I dealista.
b) C onstrutivista.
c) R ealista.
d) C omportamentalista.
a) A belardo e Heloísa.
b) E mílio, ou da Educação.
c) A educação do Homem.
d) E mílio e Helena.
a) C onstrutivista.
b) A mbientalista.
c) I natista.
d) A priorista.