A década de 1990 marcou a política educacional brasileira não só porque
consolidou o ideário neoliberal neste campo, mas porque, precisamente para realizá- lo, deflagrou um processo de reforma que atingiu todos os níveis de ensino. No governo de FHC (1994 – 2002), foram continuadas no governo Lula, a partir de 2003. Quando se fala em políticas públicas engloba um conjunto de ações desenvolvidas, que visa assegurar determinados direitos de cidadania. Em 1996 foi elaborada as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação e a formação docente em nível superior tornou-se política, privilegiado pelo governo federal. Daí tais diretrizes foram antecedidas de inúmeros debates entre educadores, pesquisadores da área e governo. Março de 2005 o mês em que o debate em torno do Curso de Pedagogia. A polêmica entre deflagrada deve se principalmente ao fato de que essa primeira visão levava em conta décadas de histórias e discussão no meio acadêmico acerca da função exclusiva de formação docente, a exemplo do curso Normal Superior. Esse debate do curso foi prospectada no contexto dos embates da definição das diretrizes do curso de Pedagogia. Ao indicar que a formação dos especialistas (orientador, educacional, superior escolar, entre outras) na graduação, devendo ocorrer na pós-graduação lato senso, aberta para todas as licenciadas. Assim essa formação ficou responsável pela formação do professores para este curso. A pedagogia trata do campo teórico – investigativo da educação, do ensino e do trabalho pedagógico que realiza na práxis social. Defendem o que denominam de “pedagogia plena”, ao mesmo tempo licenciatura e bacharelado. Em razão de sua proposta diferenciada, os signatários do manifesto dos educadores Brasileiros não viram contempladas suas demandas, embora a idéia de gestão, tanto no parecer, quanto na resolução, tenha assumido papel importante. Contudo não se pode dizer que se trata do mesmo conceito visto que não pode tomá-lo fora dos vários elementos que lhe dão sentido. Há possibilidades de atuação, previstas no projeto pedagógico de cada instituição de ensino, como na educação indígena, educação especial, educação no campo, entre outras. Como referido, o aspecto de atuação do docente formado nesse curso Pedagogia é amplo, comportando pelo menos oito possibilidades de exercícios profissional. O chamado projeto pedagógico é um documento fundamental para o planejamento e acompanhamento das atividades de uma instituição de ensino. As atividades docentes também compreendem participação na organização e gestão de sisumas e instituições de ensino. Se a docência, e hegemônica e a gestão é segunda formação importante, a produção de conhecimento tem lugar secundário aparecendo subsumida a gestão quando se fala em atividades docentes, isso abrange a todos corpo docente, é exercer as demandas da gestão. A docência é uma modalidade de atividade pedagógica de modo que a formação pedagógica é o suporte, a base, da docência, não o universo. Sabemos que o decente é aquele que ensina para que o aluno aprenda o que necessita para inserir-se de forma critica e criadora na sociedade em que vive. A docência é a base da formação a ser desenvolvida nesse curso, assim como nos demais licenciaturas, não se admite mais reduzi-la a um conjunto de métodos e técnicas de ensino tomados de forma a história, neutra, descontextualizada, mais sim a docência considerada enquanto trabalho o processo pedagógico que se realiza na práxis social, ainda que se contemple e considere os procedimentos didáticos pedagógicos constitutivos dos processos de ensino (2006, p.20). Quando falamos em docente é de mera importância formar docente pesquisadores por meio de conhecimento, verificar as possibilidades de utilização dos recursos educacionais para, melhor desenvolvimento. A decência hegemônica, assume o contorno de “ação”, com viés pragmático, reforçado pela noção de pesquisa assentada sobre a solução de problema postos pela prática pedagógica e a busca de resultados, tanto no que refere aos uscores, a serem alcançados pelos alunos, como pelos professores e instituições escolares. FORMAÇÃO DE PROFESSORES: PEDAGOGIA COMO CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO.
O curso de pedagogia como curso de formação de professores da
educação básica: Educação Infantil, Séries Iniciais do Ensino Fundamental e formação de professores em nível de Ensino Médio. Entende-se por esta legislação que a pedagogia tem como base a docência e infelizmente não considera o estudo do fenômeno educativo, em todas as suas dimensões, compreendendo os elementos da ação educativa. O pedagogo pode atuar em diversas dimensões da educação. Ensino Infantil, Fundamental e Médio isso será apenas alguns exemplos de áreas onde o profissional da pedagogia pode atuar. Compreende-se a docência como ação educativa e processo pedagógico metódico e intencional, construído em relações sociais, princípios e objetos da pedagogia. Há processos de aprendizagem de socialização e de construção do conhecimento, no âmbito do dialogo entre diferentes visões de mundo (BRASIL. 2006, p.11) A base de um curso de pedagogia é o estudo do fenômeno educativo, em sua complexidade, em sua amplitude. Então, podemos dizer: todo trabalho docente é trabalho pedagógico, mas nem todo trabalho pedagógico é trabalho docente (LIBÂNEO, 2006). Historicamente, a pedagogia se organiza cientificamente dentro de pressupostos da ciências positivas, como a promessa de um método cientifico sendo capaz de explicar todas as qualidades da ciências. A pedagogia não exerceu a sua especificidade historia, não encontrou um espaço de significação e não estabeleceu seu objeto de estudo. A pedagogia no papel que hoje ainda infelizmente cumpre práticas educativas conservadoras e descontextualizadas, tanto dos profissionais da educação como do próprio conhecimentos cientifico. A educação é pratica humana e social, que transforma seres humanos nos seus estudos físicos, mentais, espirituais, culturais, dando a configuração a nossa excelência humana individual e coletiva. A pedagogia é a ciência que tem com objetivo de estudo, diz Libâneo (2001). A sociologia, a psicologia, a economia, entre outras também podem e tem ocupado com os problemas educativos, abordando-os segundo o referencial teórico construídos por estas ciências. Quando e fala em ciências da educação, ela define a especificidade do estudo do fenômeno educativo na educação entre outras como a psicologia e a sociologia, assim há um esclarecimento reflexivo e transformador da práxis educativa. A formação de pedagogo deve enfatizar o aspecto critico reflexivo que compreenda a complexa pluralidade educacional, a necessidade de mediar um processo de aprendizagem votada para a formação integral. Na verdade o conceito de pedagogia se roporta a uma teoria que se estrutura a partir e em função da pratica educativa. A pedagogia como da educação, busca equecionar, de alguma maneira, o problema da relação educador – educando, de modo geral, ou caso especifico da escola, a relação professor – aluno orientando o processo de ensino e aprendizagem. (SAVIANI, 2001, p 102). Quando se fala em pedagogia, são objetivos, temas pedagógicos, educação ensino e aprendizagem. Pedagogia ainda e uma ciência ou disciplina do ensino que começou a se desenvolver com os tempos. A pedagogia ainda estuda diversos temas relacionados a educação tanto no aspecto teórico quanto pratico. Primeiramente Mazzotti (1996) apresenta uma objeção educativa, contrapondo que não há ciência da prática educativa, contrapondo que não há ciência da prática, há sim uma tecnologia. É possível uma ciência da prática? Para a ciência positivista a resposta seria negativa, pois a mesma se apóia na negação da lógica indutiva da prática, argumentando que seria impossível o ato da indução por não ter certeza das encadeamentos das enunciados, no caso da pedagogia, dos enunciados educativos. Estrela (1980) citado por Pimenta (1996), esclarece que não existe ciência sem que se saiba o seu campo, seu objeto de estudo. Argumenta ainda que para a pedagogia se constituir como ciência, precisa encontrar a seu objeto. Propõe como caminho a explicitação do “irredutível pedagógico”. Diz também que a descrição, a interpretação e explicação dada pelas ciências, com prolongamentos para a educação não resolvem os fenômenos educativos, e que não são suficientes para atender a especificidade do real educativo. Portanto, caberá a pedagogia ser a ciência que transforma o senso comum pedagógico em atos científicos, perpassados pelos valores educacionais e relevantes na comunidade social. O PEDAGOGO E OS CAMPOS DE ATUAÇÃO NÃO ESCOLAR: DESAFIOS / DIFICULDADES PARA INSERÇÃO DESSE PROFISSIONAL
A investigação se justifica em função do campo de atuação profissional do
pedagogo relativamente novo, e busca desmitificar a idéia de que o egresso dos cursos de graduação deverá atuar apenas na docência. Como percebemos a presença do pedagogo não é encontrada nos possíveis locais onde sua atuação seria de fundamental importância para um maior estabelecimento de programas visando á melhoria nas relações dentro desses espaços. Com relação á metodologia, a pesquisa é do tipo qualitativo, numa abordagem exploratória, por buscar a informação em locais concretos, referindo-se aqui ao espaço do pedagogo não escolar. A pesquisa realizou-se em três momentos distintos, sendo o primeiro momento a aquisição do referencial teórico, leitura, produção de material para a pesquisa, e o roteiro para entrevista, ressaltando que a pesquisa se focou em materiais disponíveis em sites na internet, por se tratar de um tema ainda em desenvolvimento. A educação brasileira, em sua trajetória historia, apresenta etapas de avanços e retrocessos, o que ocasionou a precacidade do sistema de ensino no país desde o período colonial. As famílias de elite possuíam, condições de enviar seus filhas para estudar em outros países, enquanto aqueles continentes das camadas populares não demonstravam interesses para o estudo das letras, já que seu trabalho e sua realidade não o estimulavam á busca do conhecimento. As práticas pedagógicas pragmática, tecnicista e socio-logista reduziam a pedagogia, no Brasil, a uma área profissionalizante descomprometida com a produção do conhecimento, visto é, descolou-se a elaboração da teoria para enfatizar a prática da experiência, do treinamento, do domínio da técnica, do domínio da metodologia, do engajamento prático na organização coletiva (1996, p.43). Desse, modo percebe-se que o curso oferecido não possibilitava ao futuro docente uma formação com fundamentação teórica de qualidade, demonstrando total descompromisso com a formação e qualidade desse profissional. De acordo com Brzezinski (1996, p.44), “a falta de identidade do curso de pedagogia refletia-se no exercício profissional do pedagogo”. Entende-se que os pedagogos não possuíam uma formação que os aprofundassem na busca de sua identidade profissional, pois eram formados mecanicamente para a reprodução de métodos e técnicas aprendidos durante a graduação. Compreendemos que o curso de pedagogia levou muito tempo para se estabelecer como curso superior nas universidades do país de acordo com o retrospecto do referido curso nas universidades. É bem verdade que formar esse trabalho e desenvolver competências não é uma tarefa simples. Isso requer analise de uma realidade complexa, mutável e instável como o mercado econômico e de trabalho. O que podemos entender é que essa área de atuação vai exigir mais do pedagogo, pois como podemos observar a realidade educacional, de uma organização ou empresa é complexa e diversificada. A pedagogia, ao adaptar–se as necessidades impostas pela sociedade atual que se caracteriza pelas rápidas mudanças e constantes transformações demandadas a partir da estrutura capitalista de produção derivada da revolução industrial, possibilitou aos estudiosos do campo educacional a ampliação da visão sobre o campo de atuação do pedagogo para além dos espaços escolares estabelecendo uma nova perspectivas para atuação do profissional formado nos cursos de pedagogia. A sociedade exige que a educação proporcione a emancipação e reflexão do sujeito, pois o individuo necessita saber intervir na sua relação com o meio de modo consciente, sendo capaz de pensar e repensar suas ações, de acordo com as necessidades estabelecidas pelo paradigma emergente, que foca na educação do sujeito para que tenha uma visão ampla e diversificada do mundo que ao qual pertence. O pedagogo possa a ser buscado por diversos setores dentro da sociedade, entretanto esses setores querem profissionais capacitados, com desenvoltura e elaboração de projeto, etc. Ao adentrarem ao Marcado de trabalho, são chamados para assumir essa nova função terão que prender na prática, no desenvolvimento diário de sua função. Com isso, percebe-se a grade curricular do curso de pedagogia, permanece preocupada em formar o pedagogo especialmente para a docência. Matos (2009), acrescenta ser necessário que a realidade da criança / adolescente hospitalizado seja conhecida previamente pelo profissional para que sua função seja desempenhada de acordo com as necessidades de cada um dos referidos sujeitos. O pedagogo passa ganhar espaço dentro das empresas na área de desenvolvimento de recursos humanos, onde trabalha com treinamento de pessoal, formação de Mao de obra, capacitação em serviços, oficinas, organização de palestras, reuniões, seminários, congressos, exersões, curso, dinâmicas de grupo e principalmente trabalha a auto estima e o relacionamento entre os membros que constituem a empresa.