Você está na página 1de 14

Introdução

A didática é uma disciplina que se preocupa com o processo de ensino e aprendizagem.


Estudar didática, por sua vez, significa ir além do acúmulo de conhecimento sobre
técnicas que ajudam a desenvolver o processo. Significa, antes de tudo, desenvolver a
capacidade de questionamento e de experimentação sobre esses procedimentos,
aprender a refletir ao escolher entre as diversas alternativas de desenvolvimento da
atividade docente.

Segundo PILETTI (2010), a didática é o ramo específico da pedagogia que tem como
objetivo dirigir tecnicamente o ensino rumo à aprendizagem, ou seja, a didática é a parte
da pedagogia que tem como objeto de estudo o ensino em sua relação com a
aprendizagem.

Entretanto, foi Comeneus (1592-1670) que atribuiu à Didáctica seu caracter pedagógico
ao defini-la, em sua didácticas Magna, como arte de ensinar. Dai, ser-lhe atribuída a
paternidade da Dádíctica de Línguas como disciplina cientifica autónoma

Objectivos:

Gerais

 Falar do papel da didáctica na formação do professor

Específicos

 Aprender os conceitos da didáctica e sua evolução histórica;


 Identificar o papel da didáctica na formação de professores;
 Adquirir a metodologia, meios e recursos didáctica do processo de ensino-
aprendizagem.

Metodologia

Para a realização do presente trabalho, foram utilizados os procedimentos


metodológicos de revisão bibliográfica do módulo da Disciplina Didactica Geral, no
curso de Biologia da UnISCED e os autores as obras consultadas estão citadas, dentro
do trabalho este estruturado como rege as regras de trabalho científico contendo Índice,
introdução, metodologia, desenvolvimento, conclusão e Bibliografia.
1. O papel da didáctica na formação do professor
1.1. Evolução Histórica da Didáctica

A didáctica como ciência surgiu aproximadamente a 300 anos. Para além de ser ciência
autónoma, ela é um dos ramos da pedagogia e, utiliza esta ciência como base de
sustentabilidade. Ela surgiu na Grácia Antiga entre os seculos XVI-XVII.

A origem etimológico do termo didáctica procede do grego didaskein que significa


instruir, insinar. Foi introduzido por dois pensadores como: Raticius (1571-1635), no
seculo XVI, como ciência reguladora do ensino

Entretanto, foi Comeneus (1592-1670) que atribuiu à Didáctica seu caracter pedagógico
ao defini-la, em sua didácticas Magna, como arte de ensinar. Dai, ser-lhe atribuída a
paternidade da Dádíctica de Línguas como disciplina cientifica autónoma
Segundo MONJANE, DAVUCA e ROMAO (1999-02), «a palavra Didactica foi
empregue pela primeira vez, com objectivo de ensinar em 1627.vpor RATKE no seu
livro Principais Afrorismo Didactico. A palavra didactico vem do grego didaktke» que
quer dizer arte de ensinar. O termo foi consagrado por JOAO AMOS COMENIUS na
obra Didactica Magna

Etimologicamente a didactica tem sentido em dois angulo: 1º os gregos chavam didkike


``Ensino``; 2º pode ser vista como didasko eu ensino.

1.1.1.Conceito de Didáctica

Para este estudo, consideramos a aproximação do conceito de Didática a partir de


Comenius, em sua obra mais importante, Didática Magna, onde ele tenta sistematizar o
processo de ensino.

Segundo COMENIUS, GOMES (1966) afirma, que a Didática é a “arte de ensinar tudo
a todos. Essa declaração se baseava nas teorias de Bacon, assinalava que fazer ciência
era simplesmente aplicar o método fundado na observação.

Para Comenius significa envolver as diferentes etapas de desenvolvimento da criança e


outros condicionantes do ensino. Assim, a Didática ocupa-se das estratégias de ensino,
das questões praticadas associadas à metodologia e dos modos de aprendizagem.

A Didáctica é o principal ramo de estudos da Pedagogia. CANDAU (1996: 27)


salienta que “ela investiga os fundamentos, condições e modos de realização da
instrução e do ensino”. A ela cabe converter objectivos sócio-políticos e pedagógicos
em objectivos de ensino, seleccionar conteúdos e métodos em função desses
objectivos, estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o
desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos.

Gil (1997: 109), ao abordar a Didáctica, entende esta como a sistematização e


racionalização do ensino, constituída de métodos e técnicas de ensino de que se vale
o professor para efectivar a sua intervenção no comportamento do estudante. Com
efeito, a Didáctica é uma ciência pedagógica, sendo por isso que mantém relação com
a pedagogia. Mas também pelas experiências e/ou observações que devido a
complexidade do Processo de Ensino-Aprendizagem, de um lado e, por outro, tende
em conta ao carácter interdisciplinar de quase todos os ramos de saber, a didáctica
mantém relações com outras ciências. Assim, a “Didáctica Geral busca em outras
ciências os conhecimentos teóricos e práticos que concorrem para o esclarecimento
do seu objecto, o fenómeno educativo”, (Cfr. PILETTI, 2007: 103). São elas a
Filosofia da Educação, Sociologia da Educação, Psicologia da Educação, Biologia da
Educação, e outras, como veremos a seguir.
Para José Carlos Libanêo, a Didática é uma disciplina pedagógica que estuda os objetos,
as condições do processo de ensino, os meios e o cenário educacional. Porque os
conteúdos da disciplina de ensino decorrem da ciência que lhes servem de base. A
disciplina de ensino implica numa seleção de conhecimentos pautada por critérios
pedagógicos e didáticos; do mesmo modo, os métodos da ciência e os métodos de
ensino são conexos, não idênticos, porque a atividade de ensino implica uma relação
pedagógica que lhe é peculiar, distinguindo-se daquela que ocorre na atividade
científica (LIBÂNEO, 1994).

A Didática é um elemento exclusivo da Pedagogia e se refere ao conteúdo do ensino e


aos processos próprios para a construção do conhecimento. A Pedagogia é conceituada
como a ciência e a arte da educação, enquanto que a Didática é definida como a ciência
e a arte do ensino.

As novas tecnologias da educação permitiu que se redefini o conceito da didáctica que


hoje as novas abordagem subjacentes ao processo ensino-aprendizagem propõe como
instrumento a ser utilizado na prática pedagógica nas salas de aulas.

Segundo Karling (1991: 34), a didáctica é a ciência, a técnica e a arte de bem orientar a
aprendizagem e de conseguir que o aluno queira aprender. A didáctica é ciência,
enquanto se fundamenta em princípios científicos. É técnica, enquanto aplica princípios
na acção docente.

A didáctica ensina como o professor deve agir para conseguir que o aluno aprenda da
melhor forma possível. A didáctica dará a orientação de como proceder em sala de aula.
Ela indica quais são as técnicas mais eficientes.

A didáctica é uma disciplina norteada da acção. Ela integra as demais disciplinas


pedagógicas com os conteúdos específicos da matéria, com as experiências dos alunos,
formando um todo útil para que os objectivos da educação sejam alcançados. A
didáctica dirá ainda quais os critérios que se devem utilizarem para seleccionar o
conteúdo.

1.1.1.1.Objeto de estudo

A didática aborda o desenho da arte do ensino, provendo as bases para que os


professores possam trabalhar as situações de aprendizados em sala de aula. Mas esta
ideia se sintetiza os métodos e técnicas de ensino, limitando o verdadeiro significado da
ciência e não a explicando por completo.

1.2.O papel da didática na formação de professores

A Didática é tem um papel para a formação do professor, pois deve proporcionar o


desenvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva, possibilitando que o professor
faça uma análise de forma clara sobre a realidade do ensino, proporcionando situações
em que o aluno construa seu próprio saber. Neste sentido, constatamos que as bases
teóricas que influenciam a prática estão intrinsecamente ligadas à formação da
identidade profissional do professor. Ressaltamos a importância da base teórica para
uma prática docente transformadora. Através deste estudo foi possível compreender que
a teoria e a prática favorecem a construção do saber docente e auxiliam o educador a
pensar a sua prática, possibilitando que o mesmo torne-se um profissional reflexivo.
Neste contexto, o professor reflete sobre sua ação docente modificando assim suas
ações com o intuito de melhorar a sua prática pedagógica. No entanto, percebemos a
necessidade de se buscar uma Didática que valorize todos os envolvidos no processo
educacional.

Para Paulo Freire, ensinar é uma forma de intervenção na sociedade, indo mesmo além
da simples transmissão de conteúdos, que se limita a reproduzir a ideologia dominante.

O autor refere ainda que, o professor deverá perceber que sua prática não é neutra, por
um lado, não pode deixar de se capacitar para ensinar corretamente e adequadamente os
conteúdos da área de conhecimento em que trabalha, mas por outro lado, não pode
reduzir a sua prática docente ao puro ensino desses conteúdos. (FREIRE, 1997).

Esse desafio obriga a escola e o professor a uma permanente busca do sentido e


significado para a prática educativa, numa dinâmica em que assumem em conjunto que
estão aprendendo e ensinando enquanto professores, na busca permanente de novos
saberes. (ALVES; DIMENSTEIN, 2003).

O professor deve-se constituir enquanto mediador de um processo em que ele e os


demais aprendem em conjunto. Nesse contexto tanto o professor, quanto o estudante
necessitam recorrer a métodos e técnicas, em virtude do processo de construção do seu
próprio saber e exigir análise, síntese, interpretação de dados, fatos e situações, isso para
além da experiência de vida.

1.2.1. Metodologia

A Metodologia constitui o estudo dos métodos, é o conjunto das ações de investigação


das diversas ciências, quanto aos seus fundamentos e validade, diferenciando-se das
técnicas que são aplicações exclusivas dos métodos.

A Didática enquanto ciência existe uma conexão entre os métodos próprios da ciência
que dão suporte ao objeto de ensino e os métodos de ensino.

Portanto, a metodologia pode ser compreendida no âmbito geral considerando os


diversos métodos: métodos tradicionais, métodos ativos, métodos da descoberta e
método de solução de problemas.

As Metodologias Específicas são aquelas que tratam dos procedimentos de ensino e


estudo das disciplinas do currículo escolar, como exemplo: Matemática, História,
Português e outras que estão à disposição do professor. Nesse caso, cabe ao professor
definir os critérios para selecionar os métodos e técnicas de ensino, antes de elaborar
sua proposta didática pedagógica com intenção de possibilitar ao estudante, a
construção do conhecimento.

O processo de ensino se caracteriza pela combinação de atividades do professor e dos


estudantes. O direcionamento a esse processo está associado com o planejamento pelo
professor no desenvolvimento das aulas envolvendo: a definição dos objetivos, a
seleção dos conteúdos e os métodos do ensino. (LIBÂNEO, 1994).

Os métodos de ensino se constituem enquanto sequência de operações, com vistas a um


determinado resultado que se espera. São fundados na relação entre os objetivos e os
conteúdos, e determinam a forma como devem alcançar, por intermédio do processo de
ensino e os objetivos definidos pelo professor. A seleção dos métodos e técnicas
utilizados no processo ensino-aprendizagem não é neutra, obrigando à opção por
pressupostos teóricos implícitos. O método expressa também uma visão global da
relação do processo educativo com a sociedade, atendendo aos seus desígnios sociais e
pedagógicos, assim como as expectativas de formação dos estudantes perante as
exigências e desafios que a realidade social levanta. (LIBÂNEO, 1994).

Os métodos de ensino são as ações do professor por intermédio das suas atividades com
os estudantes, procurando atingir os objetivos do trabalho docente considerando um
conteúdo específico.

Existem variadas maneiras de classificar os métodos de ensino e, por sua vez, cada
método tem técnicas que lhes são mais ajustadas. No sentido de procurar uma
correlação entre algumas técnicas e métodos de ensino, apresenta-se uma sistematização
da classificação dos métodos adaptada de Carvalho (1973). Como se pode verificar nas
próximas unidades de estudo.

1.2. Meios e recursos didactico do processo de ensino-aprendizagem


1.2.1. Meios

Para Gomes et all., a aprendizagem é o conjunto de acções que levam as pessoas a


adquirir conhecimentos, com o apoio de professor ou por si sós. A eficácia da
aprendizagem é medida, principalmente, pela quantidade e qualidade dos
conhecimentos adquiridos.

Na opinião do mesmo autor, as técnicas de utilização de materiais têm a ver com a


concretização das estratégias em que o professor deve recorrer e a materiais de trabalho
que o auxiliem para alcançar aquilo que pretende. Assim ele apresenta e define alguns
dos recursos que são necessários e indispensáveis para o desenvolvimento do processo
de ensinoaprendizagem. São eles os seguintes:

O quadro de giz – meio auxiliar do professor, apresenta, algumas vantagens como:

a) Permite uma boa visualização do que nele se escreve;


b) b) É um material de que se dispõe facilmente, visto que normalmente em todas
as escolas se encontram os quadros de giz;
c) c) Pode dispensar o recurso a outros auxiliares didácticos;
d) d) Proporciona uma utilização constante, tanto por parte dos professores, como
por parte dos alunos.

O Flanelógrafo – é um dos meios auxiliares que o professor mais facilmente poderá


construir. Como meio auxiliar do professor, o flanelógrafo apresenta, entre outras, as
seguintes vantagens:

a) A utilização de auxiliares didácticos na exposição, exploração e consolidação


dos conteúdos do programa;
b) b) A criação de estratégias que facilitem a concentração da atenção por parte
dos alunos;
c) c) A repetição na utilização do mesmo material, diversificando as formas da sua
utilização;
d) d) O transporte para outros locais, nomeadamente para uma exposição realizada
num local fora da aula;
e) e) A diversidade de actividades, utilizando material que possa ter em conta a
interdisciplinaridade.

O quadro expositor – como meio auxiliar do professor, este quadro apresenta, entre
outras, as seguintes vantagens:

a) Possibilidade de exposição permanente ou temporária;


b) Possibilidade de exposição do material que vai sendo executado pelos alunos
para consolidação a aprendizagem;
c) Possibilidade de exposição do material utilizado pelo professor para a
aprendizagem da leitura, no campo das frases-chave e das palavras-chave;
d) Possibilidade de exposição de outro material que o professor considere
pertinente, nomeadamente material relacionado com outras áreas curriculares.

O caderno diário – é um instrumento de trabalho que apresenta muitas vantagens.


Entre elas registam-se as seguintes:

a) Contribui para desenvolver no aluno o gosto pela boa apresentação;


b) Pela limpeza, pela caligrafia cuidada e pelas ilustrações;
c) Desenvolve no aluno o cuidado com ortografia;
d) Ajuda a criar hábitos de organização;
e) Fornece material para estudo e para revisão;
f) Serve como elemento de ligação entre a escola e a família;
g) Fornece ao professor elementos relativos à progressão do aluno.

O manual do aluno – como meio auxiliar, tanto do professor como do aluno, o manual
apresenta, entre outras as seguintes vantagens:

a) É um instrumento de trabalho que permite uma melhor exploração e


consolidação dos conteúdos;
b) É uma base de aquisição das competências linguísticas e de comunicação, pelo
aluno, no domínio da compreensão escrita;
c) Tem uma função motivadora para aprendizagem.

Enquanto Gomes et Al. (s/d: 5), fala sobre o manual do aluno, Karling (1991:254), fala
sobre o livro didáctico e define-o dizendo que o mesmo continua sendo o mais
económico e completo recurso de ensino. Por isso, todo o professor deveria adoptar pelo
menos um livro para cada disciplina. Os alunos precisam ter um ponto de apoio seguro
em que se basear para estudar. Precisa saber, com segurança, ao menos o que vai ser
cobrado dele.

Se o professor “dá matéria” ditada, ou no quadro, o aluno pode ouvir mal ou deixar de
anotar certo. Isto, fatalmente, vai provocar aprendizagem incorrecta. Além disso matéria
ditada ou escrita no quadro quase sempre é tão resumida que é difícil de levar o aluno a
compreender. Resta a ele decorar. Matéria decorada serve para a prova e não para a
vida.

Um bom livro didáctico deve conter a essência do conteúdo da matéria ou disciplina. O


conteúdo deve ser útil e significativo, na medida do possível. Deve ter estruturado o
assunto de forma a facilitar a compreensão com uma linguagem clara e muitos
exemplos. (Ibidem).

Hoje mais do que nunca os alunos já não querem aceitar aquele professor que vai e
começa a ditar matéria. O aluno pode escrever o que o professor está a ditar mas muitas
vezes não compreende qual é a mensagem que o professor quer passar porque a matéria
não desperta curiosidade. Pensamos que seria bom que os professores utilizassem para
as suas aulas, para além dos manuais escolares, quadro e giz, um recurso diferente,
porque senão vejamos: existem manuais que dizem tudo e nada por mais que os alunos
lêem não compreende o assunto. Portanto o professor pode optar segundo Karling
(1991:253), «… por um livro didáctico que deve conter a essência do conteúdo da
matéria ou disciplina…»

Segundo o mesmo autor, a tecnologia aplicada à educação é uma forma de busca e a


aplicação da tecnologia dos vários campos do conhecimento humano na educação.
Assim, «…a tecnologia eléctrica, a tecnologia electrónica, a tecnologia da comunicação,
quando usadas na educação ou pela educação, são tecnologias aplicada à educação, aqui
entra o computador, a TV, o videocassete, o gravador, a rádio, o retroprojector, o filme
a Internet, etc. Existem uma diversidade de recursos didácticos».

O que pode ser feito é orientar ou formar os professores não somente para poderem
saber manusear alguns desses materiais como o retroprojector, flanelógrafo, fotografias
projector de slides, gravuras etc., como também para poderem saber tirar proveito da
sua utilização na sala de aula, estimulando os alunos para a aprendizagem.

1.3. Os Recursos didácticos no processo de ensino-aprendizagem

Na opinião de Karling, os recursos didácticos podem ser classificados em:

Recursos visuais;
Recursos auditivos;
Recursos audiovisuais;
Recursos múltiplos.

Todos esses recursos garantem um ensino sistematizado, dinamizado e eficaz. Por fim,
um ensino de qualidade onde os alunos possam ver, ouvir e relacionar com o que já sabe
e com a realidade. Portanto, o professor não deve descorar desses recursos de ensino
tendo em conta a sua importância. Os recursos de ensino devem ser usados para
facilitar, acelerar e intensificar a aprendizagem e não para poupar o trabalho do
professor e simplificar o trabalho do aluno. Karling (1991:251). É neste contexto que a
formação em didáctica é muito importante porque ela orienta o professor em saber
como ensinar e como aprender.

No entender de Karling (1991:251), a principal função da didáctica é o alcance dos


objectivos educacionais e da aprendizagem. Mas esses objectivos são muito abstractos,
distantes da realidade, e têm pouco sentido prático. A educação deve, antes de tudo,
resolver os problemas reais sentidos pela população. A didáctica tem a função
predominantemente educativa. Á medida que o aluno avança em escolaridade, ela cuida
também da facilitação da. É a didáctica que através de estímulos, orientações e técnicas
adequadas, leva os alunos a “auto-educarem-se” e a aprenderem por si mesmos.

Partindo destes pressupostos, para o autor a didáctica deverá ajudar o aluno a aprender a
estruturar as informações, para ter pensamento autónomo, original, e assim, ser criativo
e capaz de resolver problemas pessoais e sociais. É a didáctica que orienta o professor
quanto aos recursos de incentivação e maneiras de trabalhar, de forma a envolver o
aluno, conseguir sua participação activa e tornar a aprendizagem agradável.

1.2.3.1.Função dos recursos didácticos

Segundo o mesmo autor (1991:238), os recursos de ensino ajudam enormemente a


comunicação, a compreensão e a estruturação da aprendizagem cognitiva. Eles têm
função importante no incentivo e no alcance de objectos afectivos, ou seja:

 Fazem o aluno gostar de estudar, uma disciplina ou de um assunto;


 Quando o professor utiliza um cartaz para explicar algum conteúdo a
compreensão é maior;
 Desperta interesse por parte do aluno e assim há mais incentivo e a aula torna
mais dinâmica;
 Sabe-se também que com material didáctico adequado fica mais fácil de
compreender determinado assunto em estudo. Mas é preciso saber qual seria o
melhor material, onde e como seleccioná-lo e ainda como usá-lo com máximo
de proveito.
Conclusão

No meu ponto de vista, a didáctica apresenta várias técnicas de ensino que podem ser
usadas e indica os princípios e critérios a serem adoptados pelo professor para
seleccionar as melhores. Indica ainda os critérios para selecção do material didáctico, do
conteúdo e da avaliação. O professor deve conseguir que o aluno estude com satisfação
e amor. Para isso, deverá descobrir situações, experiências e técnicas que sejam
agradáveis, que despertem prazer durante o estudo e levem, como decorrência, o aluno a
aprender coisas úteis.

Neste sentido, o professor não deve descorar dos recursos de ensino tendo em conta a
sua importância para a concretização da aula. Esses recursos devem ser usados para
facilitar, acelerar e intensificar a aprendizagem e não para poupar o trabalho do
professor e simplificar o trabalho do aluno.
Bibliografia

DA FONSECA, J .J.S, Da FONSECA, Sonia. (2016). Didactica Geral. 1ª ed. Sabral.

FREIRE, P. (1996), A pedagogia de Autonomia, Rio de Janeiro, Paz e Terra.

LIBÂNEO, José Carlos (1994) Didática. São Paulo: Editora Cortez.

COMENIUS, Johann Amòs; GOMES, Joaquim Ferreira. (1966) Didáctica magna:


tratado da arte universal de ensinar tudo a todos.

CARVALHO, Irene Mello.(1973) O processo didático. Rio de Janeiro: Fundação


Getúlio Vargas,

PILETTI, Claudino. (2002) Didática Geral. São Paulo: Ática

KARLING, A.A. (1991), A didáctica necessária, São Paulo, Ibrasa.


ALVES, Rubem; DIMENSTEIN, Gilberto.(2003) Fomos maus alunos. São Paulo:
Papirus.

Você também pode gostar