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Helena da Silva Simão


Joaquim Amisse
Gilson Eugénio
Fátima Adamo Ambase
Donito Alberto

Didáctica e as Tarefas do Professor

Universidade Rovuma
Extensão Cabo Delgado
2021
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Helena da Silva Simão

Joaquim Amisse

Gilson Eugénio

Fátima Adamo Ambase

Donito Alberto

Didáctica e as Tarefas do Professor

Licenciatura em Ensino de Filosofia com Habilidade em Ética

Trabalho de carácter científico a ser entregue no


Departamento de Letras e Ciências Sociais,
recomendado pelo docente da cadeira de praticas
pedagógicas gerais, 2° Semestre, 1ºano.

Universidade Rovuma
Extensão Cabo Delgado
2021
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Índice
Introdução…………………………………………………………………..……...…….4

1. A didáctica e as Tarefas do Professor.....................................................................5

1.1. Evolução histórica da Didáctica.........................................................................5

1.1. Origem Etimológica da Didáctica.......................................................................5

2. A didáctica e as Tarefas do Professor.....................................................................7

Conclusão.....................................................................................................................11

Referência Bibliográfica..............................................................................................12
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Introdução

O presente trabalho tem como tema a didáctica e as tarefas do professor, o surgimento


da didáctica enquanto ciência, que tem como objecto de estudo o ensino e
aprendizagem. O foco da didáctica incide no estudo do conhecimento, dos processos de
ensino e aprendizagem, na investigação de possibilidades, de estruturação e
funcionamento das diferentes dimensões dos conhecimentos, com objectivo de criar
probabilidades de ensinar e aprender. No intuito de querer estimular os professores de
modo que conheçam os fundamentos didácticos de que lhes são impostos, e para
devidamente que tenham abordagem evolutiva de capacidade e habilidade de como
ensinar.

A finalidade da didáctica percebendo as tarefas do professor visa o pronunciamento das


normas e leis que seguem com que um professor possa seguir, mediante suas estruturas
orientáveis da educação-ensino, ou seja o processo de ensino aprendizagem

Objectivo Geral

 Entender a didáctica.

Objectivos específicos

 Conceituar a didáctica;
 Explicar os fundamentos didácticos
 Descrever a didáctica e as tarefas do professor.

A metodologia empregue perante elaboração sintética deste trabalho, foi basicamente a


consulta bibliográfica e a consulta electrónica, num processo que tanto resultou no
confronto das mesmas de modo a obter a veracidade do essencial adquirido.
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1. A didáctica e as Tarefas do Professor


1.1. Evolução histórica da Didáctica

Segundo Haydt (2006) da Antiguidade até o início do século XIX, predominou na


prática escolar uma aprendizagem de tipo passivo e receptivo. Aprender era quase
exclusivamente memorizar. Nesse tipo de aprendizagem, a compreensão desempenhava
um papel muito reduzido. Essa é a concepção da Escola Tradicional.

Esta forma de ensino baseava-se na concepção de que o ser humano era semelhante a
um pedaço de cera ou argila húmida que podia ser modelado à vontade. Na antiga
Grécia, Aristóteles já professava essa teoria, que foi retomada frequentemente, ao longo
dos séculos, reaparecendo sob novas formas e imagens.

A maneira de ensinar era como se fosse um ofício manual por meio da repetição
de exercícios graduados, ou seja, cada vez mais difíceis, o discípulo passava a
executar certos actos complexos, que aos poucos iam se tornando hábitos. O
estudo dos textos literários, da gramática, da História, da Geografia, dos
teoremas e das ciências físicas e biológicas caracterizou-se, durante séculos,
pela recitação de cor. (Hydt, 2006).

Mais adiante, embora esse ensino baseado na repetição de fórmulas já prontas, tenha
predominado na prática escolar por muito tempo, vários foram os filósofos e educadores
que chamaram a atenção dos mestres, ao longo dos séculos, a dar mais ênfase à
compreensão do que à memorização. Surgiram, assim, algumas teorias que tentavam
explicar como o ser humano é capaz de apreender e assimilar o mundo que o circunda.

1.1. Origem Etimológica da Didáctica

A palavra Didáctica deriva da palavra grega didactos, que significa “instrução”. Visto
deste modo, a Didáctica desenvolveu-se como a teoria de instrução. Etimologicamente,
a Didáctica é a teoria de instrução.

A didáctica é uma ciência dimensionada para o humano, que se propõe a ajudar e educar
o homem, necessitando, por isso, de se fundamentar nos princípios da educação. Por
isso, onde quer que se procure falar e/ou definir a didáctica a sua essência reside na
questão de ensino e formação, no mesmo sentido em que deve estar a conceitualização
que acabou de apresentar em relação à didáctica.

Libaneo (1994) diz que a Didáctica investiga os fundamentos, condições e


modos de realização da instrução e do ensino. A ela cabe converter os
objectivos sócio políticos e pedagógicos em objectivos de ensino, seleccionar
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conteúdos e métodos em função desses objectivos, estabelecer os vínculos entre


o ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades
mentais dos alunos. (p:25/6).

Para a autora Oliveira (1993) a didáctica é concebida como uma das disciplinas pedagógicas dos
cursos de formação de professores, de natureza teórico-prática, voltada para a
compreensão do processo de ensino em suas múltiplas determinações. A autora também
diz que a Didáctica não se reduz ao mero domínio das técnicas de orientações
didácticas, mas também se preocupa com os aspectos teóricos, ao mesmo tempo que
fornece à teoria os problemas e desafios da prática. Ela define alguns objectivos da
Didáctica:

a) Reflectir sobre o papel sociopolítico da educação, da escola, e do ensino;

b) Compreender o processo de ensino em suas múltiplas determinações;

c) Instrumentalizar, teoria e prática, o futuro professor para captar e resolver os


problemas postos pela prática pedagógica;

d) Redimensionar a prática pedagógica através da elaboração da proposta de ensino


numa perspectiva crítica da educação. ATIVIDADE

Em todo o caso, para todos os autores, emerge a ideia de que o “objecto de estudo da
didáctica é o processo de ensino e aprendizagem” em suas relações com finalidades
educativas. O que significa que o ensino é “uma pratica humana que compromete
moralmente quem a realiza”, assim como é uma pratica social, uma vez que “responde a
necessidades, funções e determinações que estão para além das intenções e previsões
dos actores directos da mesma. Além disso, a didáctica implica processos de relação e
comunicação intencional, portanto, intercâmbios de significados que caracterizam a
relação entre professor e alunos e destes entre si. E é dentro desta relação que se faz a
regulação e o equilíbrio entre a actividade do professor e do aluno, na medida em que as
acções do professor devem ser no sentido de desencadear processos físicos e cognitivos
necessários para a aprendizagem do aluno. Logo, a didáctica pode ser definida como “a
capacidade de tomar decisões acertadas sobre o que e como ensinar, considerando quem
são os nossos alunos e por que o fazemos; considerando ainda quando e onde e com que
se ensina”.

Para Paulo Freire, ensinar é uma forma de intervenção na sociedade, indo mesmo além da
simples transmissão de conteúdos, que se limita a reproduzir a ideologia dominante. O autor
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refere ainda que, o professor deverá perceber que sua prática não é neutra, por um lado, não
pode deixar de se capacitar para ensinar correctamente e adequadamente os conteúdos da área
de conhecimento em que trabalha, mas por outro lado, não pode reduzir a sua prática docente ao
puro ensino desses conteúdos. (Freire, 1997).

Esse desafio obriga a escola e o professor a uma permanente busca do sentido e significado para
a prática educativa, numa dinâmica em que assumem em conjunto que estão aprendendo e
ensinando enquanto professores, na busca permanente de novos saberes. (Alves; Dimenstein,
2003).

O professor deve-se constituir enquanto mediador de um processo em que ele e os demais


aprendem em conjunto. Nesse contexto tanto o professor, quanto o estudante necessitam
recorrer a métodos e técnicas, em virtude do processo de construção do seu próprio saber e
exigir análise, síntese, interpretação de dados, fatos e situações, isso para além da experiência de
vida.

Como salienta Piletti (2004) a didáctica é uma disciplina técnica que tem como objecto
especifico a técnica de ensino (direcção técnica da aprendizagem,). a didáctica portanto, estuda
a técnica de ensino em todos os seus aspectos práticos e operacionais, podendo ser definida
como:

A técnica de estimular, dirigir e encaminhar, no decurso da aprendizagem, a formação do


homem.

No entanto para Libaneo (2006) a didáctica é a principal ramo de estudos da pedagogia. que
investiga os fundamentos condições e modos de realização da instrução e do ensino.

2. A didáctica e as Tarefas do Professor

Nas palavras de Libaneo (2006) a didáctica é a disciplina que estuda o processo de ensino , os
conteúdos científicos, os métodos e as formas de organização de ensino, as condições e meios
que mobilizaram o aluno, para o estudo activo e seu desenvolvimento intelectual. Para isso,
investiga as leis e princípios gerais de ensino e da aprendizagem, conforme as condições
concretas em que se desenvolvem, os conhecimentos teóricos e metodológicos, assim como o
domínio dos modos do fazer docente, propiciam uma orientação mais segura para o trabalho
profissional do professor.

O trabalho docente, entendido como actividade pedagógica do professor as seguintes objectivos


primordiais:
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 Assegurar aos alunos o domínio mais seguro e duradouro possível dos conhecimentos
científicos.
 Criar as condições e os meios para que os alunos desenvolvam capacidade e de
habilidades intelectuais de modo que dominem, método de estudo e de trabalho
intelectual visando a sua autonomia ao processo de aprendizagem e independência de
pensamento;
 Orientar as tarefas de ensino para objectivos educativos de formação de personalidade,
isto é ajudar os alunos a escolherem um caminho na vida, aterem atitudes e convicções
que norteiam suas opções diante dos problemas e situações da vida real. (p:71).

No entanto:

Esses objectivos se ligam uns aos outros pois o processo de ensino é ao mesmo
tempo um processo de educação, assimilação dos conhecimentos e o domínio
de capacidades e habilidades somente ganham sentido se levam aos aluno a
determinadas atitudes e convicções que orientam a sua actividade na escola e na
vida, que é o carácter educativo do ensino, aquisição de conhecimento e
habilidades implica a educação de traços da personalidade como (carácter,
vontade, sentimentos,) estes, por suas vês influenciam na disposição dos alunos
para o estudo e para a aquisição dos conhecimentos e desenvolvimento de
capacidade. (P:71).

Para que o professor possa atingir efectivamente os objectivos, é necessário que realize um
conjunto de operações didácticos coordenadas entre si ao planeamento, a direcção do ensino e
da aprendizagem e avaliação cada uma deles desdobra em tarefas ou funções didácticas, mas
que convergem pra a realização do ensino propriamente dito, ou seja, a direcção do ensino e da
aprendizagem. (p:72).

Para o planeamento requer-se do professor:

 Compressão segura das relações entre a educação escolar e os objectivos sociopolíticos


e pedagógico, ligando ao objectivos de ensino das matérias,
domínio seguro do conteúdo da matéria que lecciona e sua relação com a vida a pratica,
bem como dos métodos de investigação próprios de matéria, afim de poder fazer uma
boa selecção e organização do seu conteúdo, partindo das situações concretas da escola
e da classe;
 Capacidade de desempenhar a matéria em tópicos ou unidades didácticas apartar da sua
estrutura conceitual, básico, de seleccionar os conteúdos de forma a destacar conceitos e
habilidades que foram a espinha dorsal da matéria.;
 Conhecimentos das características socais, culturais, e individuais dos alunos, bem como
o nível de preparo escolar em que se encontram;( p:72).
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 Conhecimento e do domínio dos vários métodos de ensino e procedimentos didácticos,


assim de poder escolhe-lo conforme temas a serem tratados, características dos alunos;
 Conhecimento dos programas oficias para adequa-los as necessidades reais da escola e
da turma de alunos;
 Consulta a outros livros didácticos da disciplina e manter-se bem informados sobre a
evolução dos conhecimentos específicos da matéria e sobre os acontecimentos políticos,
culturais etc;

Parra a direcção do ensino e da aprendizagem requer-se:

1. Conhecimento das funções didácticas ou etapas do processo de ensino;


2. Conhecimento dos princípios gerais da aprendizagem e saber compatibilizá-lo com
conteúdos e todos próprios da disciplina;
3. Domínio de matéria do ensino, procedimentos, técnicas e recursos auxiliares;
4. Habilidade de expressar ideias com clareza, falar de modo a cessível a compressão dos
alunos partindo de sua linguagem corrente;
5. Habilidade de tornar os conteúdos de ensino significativos reias referindo-se aos
conhecimentos e experiências que trazem fora a aula;
6. Saber formular pergunta e problemas que exijam dos alunos pensarem por si mesmos,
tirarem conclusões próprias;
7. Conhecimentos das possibilidades intelectuais dos alunos, seu nível de
desenvolvimento, suas condições previas para o estudo de matéria nova, experiência da
vida que trazem;
8. Provimento de método de estudo e hábitos de trabalho intelectual independente ensinar
o manejo de livro didáctico, o uso adequado de cadernos, lápis, régua, etc. ensinar
procedimentos para aplicara conhecimentos em tarefas praticas;
9. Adopção de uma linha de conduta no relacionamento com os alunos que expresse
confiabilidade, coerência, segurança traços que devem aliar-se a firmeza de atitudes
dentro dos limites da prudência e respeito manifestar interesse sincero pelos alunos nos
seus progressos e na superação das usas dificuldades;
10. Estimular o interesse pelo estudo, mostra a importância da escola para a melhoria das
condições de vida, para a participação democrática na vida profissional, política e
cultural;
11. Verificação continua do surgimento dos objectivos e do rendimento das actividade,
sejam em relação aoa alunos, sejam em relação ao trabalho do próprio professor;
12. Domínio de meios e instrumentos de avaliação diagnósticos, isto é, colher dados
relevantes sobre o rendimento dos alunos, verificar dificuldades para tomar decisões
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sobre o andamento do trabalho docente, reformulando-o quando os resultados não são


satisfatórios;
13. Conhecimento das varias modalidades de elaboração de provas e de outros
procedimentos de avaliação de tipo qualitativo. (P:72).

Estas são alguns requisitos de que necessita o professor para o desempenho de suas tarefas
docentes que forma o campo de estudo da didáctica. (73).

A didáctica sassem oferece uma contribuição indispensável à formação dos professores,


sintetizando no seu conteúdo a contribuição de conhecimentos de ouras disciplinas que
convergem para o esclarecimento dos factores condicionantes do processo de instrução e ensino,
intimamente vinculado com a educação e ,ao mesmo tempo, provendo os conhecimentos
específicos necessários para o exercício das tarefas docentes. (p:74).
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Conclusão

Chegados aqui, o grupo analisou que a didáctica e as tarefas do professor ajuda de modo que os
futuros professores tenham um domínio para o processo de experiência, e que eles aprendam
com essas bases teóricas.

A didáctica como arte de ensinar seria muito importante porque permite agrupar ensinamentos
puros e lógicos, no âmbito da aprendizagem.

Pois confere que o professor aprenda e assimile as regras ou os procedimentos metodológicos


do ensino.

E finalmente conhecer os cumprimentos que lhes são imposto como corpo docente como base
de ensino-aprendizagem.
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Referência Bibliográfica
Alves, Rubens (1982) Filosofia da Ciência. São Paulo: Edit Brasiliense.

Piletti, Claudino, (2004) didáctica geral, 23 ed. são Paulo.- Sp.

Libâneo, J. C, (1994) Didáctica. São Paulo: Cortez.

Libâneo, J. Carlos, (2006) didáctica, 6 ed. são Paulo-Sp. Cortez..

Freire, Paulo, (1996).. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra.

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