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APRESENTAÇÃO

Nome: António Avelino

Código:

Ocupação: Professor

Morada: Nampula- Mecubúri

Contacto: 878810990

Origem do Termo Filosofia

Savianni (1996 p.10) assume que a Palavra Filosofia também vem do grego, e é formada
pela junção de dois termos: philos (amigo) + sophia (sabedoria). Portanto, o filósofo é um
amigo ou amante do conhecimento, alguém que busca compreender o mundo à sua volta,
bem como seu universo interior.

Introdução e Contextualização

A filosofia como saber desde seus primórdios

Para Savianni (1996 p.10), uma das primeiras definições da filosofia foi dada por
Aristóteles no Livro IV de sua Metafísica. Para ele, a metafísica constitui o núcleo central
da filosofia, do qual dependem suas outras partes (gnosiologia, ética) e, por sua vez, a
metafísica é o saber que trata do ente (ou ser, usando um termo genérico) como ente e
aquele que constitui seu fundamento. Consequentemente, a filosofia é um saber teórico, ou
seja, que se dedica ao conhecimento do ente em geral.

Em certas correntes, a origem da questão tem sido explicada pelo ente (Por que existem
entes e não o nada antes dele? Em que consiste o ser da totalidade dos entes e de cada um
deles? O que quer dizer “ser”?) em virtude do temperamento do ser humano, como por
exemplo, o espanto filosófico diante de algo que causa surpresa, como a própria existência
do mundo que nos cerca e do próprio ser humano. Para Martin Heidegger (1889-1976),
esse temperamento foi o tédio existencial.

Veremos ao longo da história, que a pergunta sobre o fundamento das coisas terá respostas
muito diferentes, até mesmo contraditórias entre si.
A filosofia como invenção de conceitos

Outra forma possível é pensar a filosofia, não como um saber sobre o que existe, mas como
uma arte dedicada à invenção, neste caso, de conceitos. Portanto, não consiste em uma
aproximação aos últimos fundamentos já dados, mas em uma operação de criação. Assim,
não se trataria de contemplar as Ideias, como propunha Platão, de modo que com elas o ser
humano pudesse conhecer racionalmente a verdade já que, para que esse exercício
acontecesse, em primeira instância, foi preciso inventar o conceito de “Ideia” afirma
Nunes. (2012, p.11).

Essa linha de pensamento foi aberta por Friedrich Nietzsche (1844-1900) que
em sentido análogo a famosa “Teses sobre Feuerbach” de Karl Marx (1818-1883) sustenta:
“Os filósofos só interpretaram o mundo de várias maneiras, mas a questão é transformá-
lo”. Ambas as ideias serão amplamente recuperadas por diferentes tradições do século XX,
entre as quais podemos citar, por exemplo, a obra de Gilles Deleuze e Félix Guattari, que
se dedicaram especialmente à questão do que é a filosofia.

Filosofia e ciência

Usualmente, a filosofia tem se distinguido das ciências, colocando-se como o “tronco”


principal, de onde emergem, como ramificações, as diferentes ciências sobre entes
particulares. Nesse sentido, a distinção entre as duas estaria no fato de que as ciências,
diferentemente da filosofia, não se preocupam com os últimos fundamentos, mas partem de
pressupostos sobre o que existe para então formular hipóteses e teorias derivadas.

Vale destacar também que, actualmente, o estudo e a prática da filosofia adquiriram a


configuração de uma profissão académica, geralmente dentro das instituições de ensino.
Nesse sentido, é possível fazer uma distinção entre a práxis filosófica enquanto tal e a
forma como ela se tornou profissão, muito vinculada ao estudo da história da filosofia e da
produção no campo da pesquisa, seguindo metodologias próximas àquelas das ciências
humanas.

A filosofia, de modo a interligar com o processo de ensino e aprendizagem no ensino


superior

A filosofia como uma maneira de alcançar as conexões estabelecidas no mundo, favorece


uma reflexão profunda dos problemas existentes no contexto econômico, cultural, social,
político e educacional. Ponderando que a educação está enveredada por ideias, valores e
finalidades, portanto cabe a nós reflectirmos sobre o verdadeiro sentido e valor que ela
possui na e para a sociedade.

Portanto, o papel da filosofia no ensino superior envolve o questionamento, a


denúncia, a reflexão a crítica profunda, entre outros fundamentos, que são
indispensáveis, tudo isso tendo como base a análise do contexto histórico, político e social
vigente. Desta forma, o caminho da transformação passa pela educação e pela filosofia
uma vez que são estas que ajeitam o território em que o educando deve seguir seu percurso
na perspectiva de um modo de vida onde ele seja o construtor, ao passo de que elas
executam um papel crucial na vida e na metodologia de ensino e de instrução do
educador, que se empenha fervorosamente para efectivar o saber e a consciência filosófica
do educando (Nunes.2012,p.15).

Em síntese a filosofia é intrinsecamente indispensável na formação do docente no


ensino superior, isso quando ela é encarada como uma reflexão radical, rigorosa e de
conjunto sobre os problemas que a realidade educacional apresenta. Ao passo de que no
âmbito educacional, a Filosofia possibilita reflectir criticamente, questionar a realidade
natural e humana em sua dimensão existencial, política, social, e no campo educativo
busca fazer uma reflexão crítica acerca das práticas educativas fomentando assim o senso
crítico e filosófico do educador. (Savianni, 1996 p.16)

Referências

Nunes, M. C.. P. (2012). A importância da filosofia na formação do docente no ensino


superior. FIPED. Paranaíba –PI / Brasil.

Saviani, D. (2009). Educação: do senso comum à consciência filosófica. (18ª ed).


Campinas, SP: Autores Associados.

MIC
Iniciação a vida universitária, Planificação do estudo e Habilidades básicas na leitura,
escrita, análise e interpretação de textos

A importância do ato de ler tem sido tema de vários estudos e preocupa quem trabalha
com o ensino em geral, pois a constatação mais comum é de que cada vez menos o
brasileiro dedica-se à leitura, como acção habitual, de livre e espontânea vontade.

Os estudantes passam em média de quatro a seis anos numa instituição de ensino superior.
Ao ingressarem, deveriam apresentar um conjunto determinado de habilidades de leitura e
escrita, desenvolvidas na escola ou por conta própria.

O ingresso no ensino superior pressupõe a aquisição de habilidades e atitudes específicas


da vida académica e principalmente a capacidade de participar da construção do
conhecimento científico a partir da investigação e da pesquisa.

Assim, as principais qualidades ou habilidades de como um universitário deve se portar ao


entrar na formação do ensino superior. O estudante universitário, com destaque da
modalidade a distância deve, ser responsável na planificação do material, disponibilização
do tempo de estudo, possuir habilidades de investigação, leitura, organização do seu
material de estudo, pois o mesmo é responsável na construção dos seus saberes. Portanto,
Teixeira (2000) classifica em três as principais competências a serem desenvolvidas pelo
estudante universitário que se resumem em três actos: estudar, ler e escrever textos. Cada
estudante que frequenta a universidade, de modo em particular na modalidade a distancia
terá de encontrar o seu método pessoal, aprendendo a distribuir o seu tempo de uma forma
flexível e adaptada às necessidades, permitindo que se efectuem alterações ou mudanças
em função das tarefas que têm de ser levadas a cabo e dos trabalhos que se espera que ele
realize. No que concerne a investigação, o estudante universitário deve ser capaz de fazer
pesquisas que tenha como objectivo trazer mais conhecimentos mais aprofundados.
Técnicas de estudo e Leitura, tomada de notas, elaboração de Resumo, elaboração de
Fichas (Bibliográfica e de Leitura) e Relatórios Na iniciação universitária os estudantes
devem possuir a seguinte postura (+) pesquisadores, (–) dependentes do Docente e de
maior autonomia na aprendizagem, pois o regime de ensino a distancia o estudante deve
ser mais dinâmico e não dependente. Quanto a técnica de tomada das notas - constituem
uma síntese dos conteúdos lidos, cuja, estas anotações principalmente são feitas no texto a
prova do seu espírito crítico, sendo que, todo o estudante deverá conhecer e usar
correctamente as regras que são: sublinhar, anotar no papel quer seja no próprio texto de
apoio. Feito isso, elabora – se o resumo seguindo os aspectos que são: Eliminar as
repetições, as interjeições; Suprimir pormenores, Manter os valores mais significativos em
abordagens que apresentam números; Distinguir as ideias principais das secundárias;
Respeitar a ordem, a estrutura e a proporção do texto, bem como as articulações lógicas.
Elaboração de Fichas (Bibliográfica e de Leitura) – fichas bibliográficas - são informação
colectada nos livros, assim como noutras fontes de conhecimento, normalmente deve ser
devidamente catalogada, ou seja, a sua proveniência não deve constituir segredo e sua
elaboração obedece as seguintes regras: a disposição das informações segue uma ordem. A
Ficha de Leitura – é um documento que se regista de forma sintética e ordenada, os dados
mais relevantes de um texto lido. E as técnicas de elaboração são: os comentários do autor
devem ser redigidos com outra cor, as paráfrases e citações devem seguidas da indicação
do número de página, a ficha deve reflectir a articulação e hierarquização das ideias do
texto original. Sendo que, os aspectos a ter em consideração na elaboração do relatório são:
Capa onde tenha titulo, nome da instituição, curso, nome do autor que escreve o relatório
ou a equipe; introdução onde possa ter a informação de forma introdutória;
desenvolvimento, conclusões e referências bibliográfica

Referências bibliográficas

 como é que a direcção, o professor e o aluno devem se organizar (preparar)


para que a escola seja um local de trabalho de excelência e qualidade

de acordo com Sirota (1994), a escola é sem dúvida construída por sua comunidade – e,
assim como o gestor ou a equipe directiva da unidade tem seu papel na organização do
projecto escolar, é preciso que toda comunidade esteja envolvida na implementação e
construção do projecto.
Assim, professores e estudantes são fundamentais na articulação do projecto da escola e
devem participar activamente da sua construção. Na educação integral, todos são co-
responsáveis e trabalham juntos na construção de uma educação de qualidade. Nessa
perspectiva, mais de 50 especialistas* (organizações e indivíduos) em Educação
Integral indicam as seguintes recomendações às escolas:

Em uma escola de educação integral, o colectivo de escola de acordo com Sirota


(1994), identifica as expectativas e necessidades de desenvolvimento integral dos
seus estudantes e propõe ou articula oportunidades educativas capazes de atendê-las.

Assim, cabe a direcção, o professor e o aluno:

 Coerência: actuar em sintonia com o Projecto Político Pedagógico da escola,


compreendendo seu papel e cumprindo suas metas.
 Integralidade: compreender o estudante de forma integral, buscando identificar
suas necessidades de desenvolvimento no nível intelectual, físico, emocional,
social, cultural.
 Reconhecimento: conhecer a realidade do aluno, da sua família e da comunidade
em que a escola e estes estudantes estão inseridos.]
 Empatia: acolher as diferenças, reconhecendo que cada estudante é único, aprende
de uma forma diferente e vive em um contexto próprio.
 Sonhos: conhecer os interesses, anseios e/ou o projecto de vida dos seus alunos e
apoiá-los a alcançar seus objectivos.
 Tempo Integral: considerar o estudante durante todo o tempo em que está na
escola e não apenas na sua sala de aula.
 Cumplicidade: conhecer as famílias de seus alunos, dialogar com elas e criar
vínculos para fortalecer o seu desenvolvimento integral.
 Trilhas: construir roteiros educativos que integrem disciplinas tradicionais com
actividades complementares, saberes académicos e populares.
 Colaboração: trabalhar de forma colaborativa com outros professores da escola,
criando comunidades de aprendizagem para compartilhar desafios e propor
estratégias articuladas que respondam às demandas do desenvolvimento integral.
 Relacionamento: estabelecer uma relação mais igualitária e dialógica com seus
alunos, reconhecendo seus saberes e legitimando a sua capacidade de contribuição
com seu próprio processo de desenvolvimento.
 Mediação: ser um mediador, facilitador e articulador do conhecimento,
provocando o aluno a aprender a partir de seus próprios questionamentos.
 Pesquisa: convidar o estudante a perceber a realidade como objeto de estudo.
 Protagonismo: promover o protagonismo do aluno como autor e proponente do
seu próprio processo pedagógico.
 Participação: colaborar com a equipe gestora no sentido de apontar necessidades
de infra-estrutura, propor projectos e acções inovadoras e se envolver com
actividades do programa que extrapolem a sua sala de aula.
 Acompanhamento: avaliar continuamente os processos de ensino-aprendizagem,
em conjunto com seus estudantes, estimulando que reconheçam o que precisam
fazer para alcançar seus objectivos individuais e colectivos.
 Aprendizagem: admitir que pode errar e aprender enquanto ensina, inclusive com
seus os outros.

Referencia bibliografica

Sirota, R. (1994). A escola primária no cotidiano. Porto Alegre: Artes Médicas.

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