Você está na página 1de 10

Issufo Juma

Ibraimo Omar

Teoria do Gosto

(Licenciatura em Educação Visual)

Universidade Rovuma

Nampula

2022

1
Issufo Juma

Ibraimo Oma

Teoria do Gosto
(Licenciatura em Educação Visual)

O presente trabalho é de carácter


avaliativo da cadeira de Educação
Estética e Artística, orientado pelo
docente Dr. Nelson Guambe.

Universidade Rovuma

Nampula

2022

2
Índice
Introdução ......................................................................................................................................................4
Teoria do gosto ...............................................................................................................................................5
Característica do juízo de gosto .....................................................................................................................5
Teoria do gosto segundo Immanuel Kant.......................................................................................................5
Característica do juízo de gosto de Immanuel Kant .......................................................................................7
Teoria do Gosto Segundo David Hume .........................................................................................................7
Característica do juízo de gosto de David Hume ...........................................................................................7
Kant e Hume ..................................................................................................................................................8
Kant, Hume, Platão e Aristóteles ...................................................................................................................8
A Teoria do Gosto de Pierre Felix Bourdieu..................................................................................................8
Conclusão .......................................................................................................................................................9
Bibliografia ..................................................................................................................................................10

3
Introdução
No presente trabalho vamos abordar sobre a teoria de gosto, o objectivo deste artigo-empírico e
explorar a possibilidade da aplicação da teoria de gosto, de vários autores falando acerca da teoria
de gosto, obtemos em definir de várias obras, percebendo de formas variadas. Esperamos que ao
longo do trabalho saiamos todos satisfeitos inteirados da teoria de gosto.

4
Teoria do gosto
Segundo a teoria do gosto, o gosto não é totalmente originado do livre-arbítrio, mas em parte
determinado pelas condições de existência, estilos de vida, que vão moldar preferências de um
individuo.

O gosto é como a capacidade de julgamento de algo ou alguma coisa tornando base de prazer ou
desprazer. E originado pelo estilo de vida que vão direccionar as preferências do individuo, mas
também não podendo ser encontrada como uma preferência arbitrária e imperioso da nossa
subjectividade.

Quando o gosto e assim entendido, o nosso julgamento estético decide o que preferimos em
função do que somos. E não há margem para melhorar o aprendizado, educação da sensibilidade,
para o crescimento. Isso porque esse tipo de subjectividade refere-se mais a si mesma do que ao
mundo dentro do qual ela se forma.

Característica do juízo de gosto


O BOM: unanimidade de um gosto em relação a um grupo de pessoas tendo em consideração o
fim para que serve. Ex: A turma gosta do professor de música, porque ensina bem.

O AGRADAVEL: prazer na satisfação de um desejo pessoal ou inclinação natural

Teoria do gosto segundo Immanuel Kant


Para Kant o gosto é a faculdade de julgar a representação de um objecto mediante o prazer e
desprazer.

Nossos sentidos são responsáveis por aprender as sensações, mas não conseguem chegar a
essência dos objectos das quais emanam essas sensações, assim como a nossa razão.

O belo não é uma ideia inteligível ou uma qualidade dos objectos, mas sim aquilo que nos
provoca um sentimento de prazer desinteressado.

Na sua primeira explicação sobre o belo, Kant nos mostra que o que chamamos de belo se funda
no gosto e é um juízo reflexivo estético. O gosto diz respeito ao sujeito e sua capacidade de julgar
sobre o que lhe é dado, quando o que é dado produz o sentimento de prazer. Esse sentimento
requer do sujeito um ajuizamento sobre o objecto dado. Mas esse sentimento está pautado na

5
relação das faculdades cognitivas do sujeito com o objecto dado, a saber, como essas faculdades
interagem diante do que é dado. Quando diante de uma representação o sujeito não determina
nem pretende conhecer nada em relação a tal representação, ele irá ajuizar sobre o que sente,
constituindo, assim, um juízo de gosto. Tal juízo manifesta o sentimento do sujeito diante de um
objecto denominado belo. Começaremos então pela análise do juízo de gosto, verificando quais
são as características fundamentais desse juízo, a fim de descobrir porque podemos chamar
reflexivo e universal tal prazer que funda o juízo sobre o belo.

13 Kant adopta do termo “Gemüt‟’, a tradução desse termo por “ânimo” é para designar o todo
das faculdades de sentir, apetecer e pensar. (ROHDEN, Valério. O sentido do termo ‘Gemüt’ em
Kant. In: Analytica, Rio de Janeiro: 1993, p. 61-75).

Nesse sentido, o objecto é tido como prazeroso. Diferentemente do juízo determinante no qual há
uma espécie de coerção de uma das faculdades por aquela que legisla, no juízo de gosto há uma
relação sem coerção entre as faculdades cognitivas (imaginação e entendimento).

O juízo de gosto não é entendido como determinação do objecto, mas como reflexão do sujeito
sobre seu sentimento. Esses juízos partem sempre da recepção do sujeito e de como ele é afectado
na sensibilidade. O que se faz importante, nesse caso, é que o sujeito está reflectindo sobre o seu
próprio sentimento.

Nessa altura Kant começa a formular o primeiro dos quatro “momentos” que orientam a análise
do juízo de gosto, a qual tem como fio condutor as formas lógicas dos juízos, ou seja, a
decomposição dos elementos que entram no juízo de gosto. Tais momentos são tratados na
primeira seção da Analítica, e são eles: qualidade, quantidade, relação e modalidade. Em
consideração a eles respectivamente, o juízo é: „desinteressado‟‟, não deve haver interesse na
existência do objecto que julgo belo, nem no prazer que sinto ao julgar; universal, pois todo
sujeito deve ser capaz de julgar da mesma forma; conforme afins sem fim, isto é, é um juízo que
considera o objecto como se tivesse um fim em relação ao sujeito, mas não se pode determinar
qual é esse fim; e necessários, porque todos devem poder concordar comigo.

6
Característica do juízo de gosto de Immanuel Kant

o juízo de gosto de Kant e caracterizado por ser:

 Subjectivo.
 Objecto de uma satisfação necessária.
 Comunicável.
 Desinteressado. Fim em sim. Inútil.
 A priori
 Universal
 Formal.

Teoria do Gosto Segundo David Hume

O belo não é ideia ou propriedade dos objectos, mas um sentimento de prazer despertado no
sujeito por estímulos exteriores. O gosto é a faculdade que permite ao ser humano julgar se uma
coisa e bela ou não, segundo o prazer ou desprazer que lhe causa. O sujeito recebe uma
representação de um objecto. Cria uma impressão surge uma ideia deste processo nasce um
sentimento que, se for de prazer, origina um juízo estético.

Ai surge a seguinte questão: serão os gostos relativos?

E se sim, quais serão as consequências?

Hume não é um relativista estético. É possível chegar a universalidade do gosto através de um


padrão de gosto, um modelo de referência, a partir do qual avaliamos a beleza de um objecto.

Se existe um padrão de gosto universal porque não partilhamos todos os mesmos gostos?

Porque o espírito humano varia conforme a sua experiencia, personalidade, sensibilidade e


cultura. Os gostos educam-se.

Característica do juízo de gosto de David Hume

O juízo de gosto de Hume caracteriza-se por ser:

 Subjectivo
 Comunicável
 A posteriori. Depende da experiencia.
7
 Universal.
 Determinado pelo padrão de gosto.

Kant e Hume

Kant, tal como Hume, defendem o subjectivismo estético, no entanto, difere do Hume pois
acredita que o gosto e independente da experiencia, tem origem nas estruturas mentais a priori do
sujeito.

Kant, Hume, Platão e Aristóteles

Kant e Hume são subjectivistas: o belo depende do sujeito. Já para Platão e Aristóteles, o belo e
independente do sujeito o que faz deles objectivistas.

para Platão o belo é uma forma inteligível.

Para Aristóteles é uma característica dos objectos sensíveis/matérias.

A Teoria do Gosto de Pierre Felix Bourdieu

O gosto, aqui é definido como uma faculdade de julgar os valores estéticos de maneira imediata e
intuitiva, é uma escolha forçada pelas condições de existências.

De acordo com o BOURDIEU, os princípios para classificação do consumo não são estéticos,
eles se movimentam nas sociedades contemporânea, dando origem á necessidade de um
conhecimento para exercer o julgamento: um capital cultural.

Habitus é uma forma de capital cultural que se incorporou a pessoa, que faz parte dela, e foi
assimilado com o passar do tempo, pois não pode ser comprovado como um objecto.

As outras duas formas são de capital cultural são objectivo e institucionalizado. O estado
objectivo detém qualidade que define somente na relação com o capital cultural incorporado. Por
exemplo pinturas, os monumentos que são transmissíveis materialmente. Assim o bem cultural
pode ser apropriado materialmente, e consequentemente isso compõe o capital económico, mas
também uma apropriação simbólica que supõe o capital cultural.

8
Conclusão

Ao concluirmos este trabalho, tomamos conhecimento relacionado ao gosto, percebemos nós que
cada um dos filósofos, defende o seu posicionamento naquilo que é o gosto, alguns como Kant e
Hume relacionam o gosto sendo subjectivo e outros como Bordieu dizem que não o gosto pode
vir ser universal dependendo do tipo de objecto que se trata, em fim grato estamos nós ao docente
que deixou este nobre trabalho.

9
Bibliografia

ALLEN, Douglas E.; ANDERSON, Paul F. Consumption and social stratification: Bourdieu‟s
distinction. Advances in Consumer Research, v.21, p.70-74, 1994.
BOURDIEU, Pierre Gostos de classe e estilos de vida. In ORTIZ, R. (org.) Pierre Bourdieu:
sociologia. São Paulo: Ática, 1983.191p.

________. A economia das trocas simbólicas, São Paulo: Perspectiva, 1974, 361p.

________. La distinction : Critique sociale du jugement. Paris: Éditions de Minuit, 1979a. 670p.
( Le Sens commun).

________. Questões de sociologia Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983. 208 p.

________. Social space and symbolic power. Sociological Theory, v.7, is.1, p14-25,
Spring,1989.

________. Habitus, Code et codification. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, n. 64, p.


40-44, Sept.1986.

________. Les Trois États du capital culturel. Actes de la Recherche em Sciences Sociales, n.30,
p.3-6, Nov.1979b.

10

Você também pode gostar