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Hume

(Sensações e a importância da experiência, em oposição à


importância suprema da razão ( do racionalismo) )

Hume pretende aplicar o método de raciocínio experimental para


entender melhor a natureza humana, usar um método científico, que era
usado basicamente para entender os objetos, para interpretar também as
pessoas, criando assim a ciência do homem. O filósofo acreditava que se
explicarmos o que e como são as pessoas, qual a essência da natureza
humana, explicaremos também todas as outras ciências. Isso acontece porque
todas as ciências, como a matemática e a física, estão relacionadas
diretamente com as pessoas, pois a própria razão, que é o fundamento da
matemática e da física, faz parte da natureza humana. Raciocinamos por
instinto, tudo o que temos em nossa mente é resultado das nossas
sensações. Nossas ideias são percepções, mas existem diferenças entre o
sentir e o pensar, o sentir está relacionado às nossas sensações mais vivas,
mais recentes e que nos marcam mais. Já o pensar está relacionado às ideias,
que é uma percepção mais fraca. As ideias são como imagens que com o
tempo vão perdendo cor e definição. As ideias dependem das sensações,
nós só temos ideias de algo depois de percebermos esse algo. Não existem
ideias inatas, como Descartes e o racionalismo pregavam. Nenhuma pessoa
quando for posta frente a um objeto do qual não conhece absolutamente nada
vai poder raciocinar sobre ele, para que isso aconteça essa pessoa tem que
experimentar o objeto sensivelmente e descobrir quais suas causas e efeitos
para somente depois poder criar sobre ele ideias e conceitos, essa é a visão do
empirismo.

(Crítica à noção de causalidade, isto é, de que uma causa sempre


leva a um efeito. Para Hume isso é falso. Não podemos inferir de uma
causa um efeito somente por estarmos habituados a observá-las.)

Quando observamos algo repetidamente temos a tendência a acreditar


que esse algo vai acontecer sempre, essa tendência torna-se um hábito.
Através do hábito nós estabelecemos relação entre os fatos, mas isso não quer
dizer que essa relação é necessária. Para Hume, não é porque sempre
vimos o sol se levantar toda manhã que necessariamente ele se levantará
amanhã. Para Hume essa relação de necessidade existe nos eventos práticos
da nossa vida, mas não existe como uma justificação racional e filosófica. Da
mesma forma não existe uma subjetividade constante, não existe um eu
contínuo, autoconsciente e idêntico. Não existe um princípio de identidade
permanente onde cada um de nós pode dizer esse sou eu, (também se opondo
a Descartes). Nós somos algo parecido com um teatro móvel e anônimo onde
são representadas sensações e ideias.

A moral

Outro ponto analisado por Hume é a moral, que para ele é derivada mais
dos sentimentos do que da razão. A razão pode até apoiar a moral com
algumas orientações, mas o fundamento da moral são mesmo os
sentimentos e especificamente os sentimentos de dor e prazer. A virtude
provoca prazer e o vício a dor. A virtude nos provoca o elogio, e o vício a
censura. A moral também não é o fundamento da religião. A religião não
fundamenta nem é fundamentada pela razão ou pela ética. Para Hume a
religião e toda nossa conduta social nasce do instinto, os deuses surgem
por causa do medo que temos da morte e pela inquietação com o nosso
fim e a nossa existência depois dela, assim como nossas noções de bem
e mal com relação aos deveres cívicos.

Principais pontos: Explicação do empirismo em oposição ao


racionalismo, crítica a noção de causa e efeito, filosofia moral.

Locke

Também para Locke a razão tem seus limites porque depende da


experiência para conhecer, é a experiência que fornece o conteúdo sobre o
qual nossa razão vai trabalhar. A razão por si só não consegue produzir e criar
nada. Nossas ideias tem origem nas nossas experiências. Pensar e ter ideias
são a mesma coisa e o nosso intelecto é passivo e depende da experiência
para se tornar ativo. Para Locke não existem ideias inatas, que nascem com as
pessoas, as pessoas tiram suas ideias das experiências de sua vida.

Os dois tipos de experiência

Existem dois tipos de experiências, as externas, das quais derivam


as sensações, e as internas, das quais resultam as reflexões. Nossas
ideias estão em nossa mente, mas no mundo externo existe algo que tem
a capacidade de produzir em nós essas ideias. Essas ideias estão
vinculadas à linguagem que nasce da necessidade que os homens têm de se
comunicar. A linguagem é a convenção de sinais que representam ideias que
usamos acreditando que eles existem também nas outras pessoas.

A tolerância

Defendia ainda um estado democrático e a liberdade dos indivíduos perante


esse estado. As igrejas devem ter liberdade para exercerem seus cultos e o
estado e os indivíduos tem que ser tolerantes com as religiões dos outros
estados e indivíduos. Todas as pessoas tem liberdade sobre suas
consciências. Locke é assim um dos primeiros grandes defensores da
tolerância religiosa e civíl.

Principais ideias : Distinção das experiências e reflexão política

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