Você está na página 1de 4

1.

- Distinguir e identificar as perceções da mente:

Tudo o que ocorre na nossa mente são só perceções


(coisas que percebemos)

Há dois modos de perceção da mente

O Sentir O Pensar
(constituído por sensações e (constituído por memória e
sentimentos) imaginação)

O objeto do sentir são as: O objeto do Pensar são as:

Impressões Ideias

Todos os nossos conteúdos mentais se resumem, a


Impressões e a Ideias

- GRAU DE FORÇA E VIVACIDADE +

IDEIAS IMPRESSÕES

São representações das


impressões, ou as suas imagens São as percepções mais vividas
enfraquecidas. e fortes, como as sensações,
emoções e paixões.
As ideias da memória são mais
fortes que as da imaginação.

Exemplo: Exemplo:

A memória da dor de dentes Uma dor de dentes

As ideias derivam das impressões, são cópias delas.


2.- Distinguir ideias complexas de ideias simples.
Ideias Simples, correspondem a impressões simples, ou seja, impressões de coisas que não
podem ser dividas em partes mais pequenas, como a cor ou a forma de um objeto.

Ideias complexas, correspondem a combinações de duas ou mais ideias simples.

3.- Expor o princípio da cópia.


As ideias simples são sempre cópias de impressões simples, as ideias complexas podem ser
construídas a partir de diversas impressões simples ou complexas ou através da imaginação,
combinando diferentes ideias simples ou complexas. Assim todas as ideias copiam impressões
não podemos formar uma ideia do que quer que seja sem que tenhamos previamente
impressões correspondentes, as impressões são a matéria prima das ideias assim o princípio da
cópia consiste que todos os materiais do pensamento, incluindo os mais complexos derivam
direta ou indiretamente das impressões.

4.- Analisar os argumentos de Hume a favor do princípio da cópia.


Argumento do cego e do surdo:

Pessoas com uma incapacidade que as priva desde a nascença de um certo tipo de sensações
externas não podem ter as imagens ou representações correspondentes ou seja pessoas com
cegueira ou surdez congénita são incapazes de formar ideias das cores e dos sons, todas as
ideias sem exceção, são copias de impressões.

Argumento a ideia de deus:

Não temos qualquer impressão sensível que corresponda á ideia de deus então como
formamos a sua representação ou imagem? Segundo Hume não temos a ideia de deus á
nascença, uma vez que não há ideias inatas e a nossa mente é uma tabua rasa ou uma folha de
papel em branco, por isso para Hume a ideia de deus como ser inteligente, sábio e bom é uma
ideia complexa que deriva de ideias simples, por intermedio da imaginação.

5.- Distinguir diferentes tipos de conhecimento.


Hume defende dois tipos de conhecimento:

Relação de Ideias: está presente na ciência como a geometria, álgebra e matemática; Todos os
conhecimentos da lógica e da matemática apresentam-se como evidentes, analíticos,
necessários e baseiam-se no princípio da não contradição. - VERDADE NECESSÁRIA

Questões de facto: não são objeto da razão humana; Não têm a mesma natureza da Relação
de Ideias; Não se baseiam no princípio da não contradição; justificam-se pela experiência
sensível e são proposições contingentes pois é sempre possível afirmar o princípio contrário de
um facto - VERDADE CONTINGENTE
TIPOS DE CONHECIMENTO
Relações de Ideias Questões de facto
São conhecimentos a priori. São conhecimentos à posteriori
A verdade das proposições e a validade dos A verdade das proposições que se referem a
argumentos não dependem da experiência factos depende do exame empírico
As relações de ideias são verdades A verdade das proposições de facto é
necessárias contingente - verdades contingentes
É logicamente impossível a sua negação
As proposições que exprimem e combinam
relações de ideias não nos dão As proposições que se referem a factos
conhecimento sobre o que se passa no visam descobrir coisas sobre o mundo e dar
mundo – circunscrevem-se ao domínio das conhecimento sobre o que nele existe ou
entidades abstratas acontece
Exemplos Exemplos

O quadrado da hipotenusa é igual à soma Que o Sol não se há-de levantar amanhã não
dos quadrados dos dois lados é uma proposição menos inteligível e não
implica maior contradição do que a
Três vezes cinco é igual à metade de trinta afirmação de que ele se levantará.

6.- Desenvolver o problema da causalidade.


"Se afirmamos ter a ideia de ligação necessária devemos encontrar alguma impressão que
esteja na origem desta ideia" - David Hume, Ensaio sobre o Entendimento Humano;

Para Hume, como para outros filósofos, a ideia de causalidade não é uma conexão necessária,
nem um princípio objectivo das coisas, mas sim subjectivo pois é fruto do hábito ou costume
de associarmos continuamente certos factos a outros e de acreditarmos que o futuro será
semelhante ao passado, ou seja, há uma crença na regularidade da natureza;

Afirmar “Esta barra de metal dilatou por causa do calor” significa que os nossos sentidos nos
mostram que a barra de metal dilatou, mas não que dilatou por causa do calor. Através dos
sentidos vemos a barra de metal dilatada e descobrimos que está quente – mas os sentidos
não nos mostram que uma coisa aconteceu (dilatação) por causa de outra (calor).

A explicação da causalidade não pode ser encontrada na razão, nem nas próprias coisas, mas
sim na experiência humana. Não se trata de uma conexão necessária, mas apenas de uma
conjunção constante entre eles.

7.- Desenvolver o problema da indução.


Segundo Hume o conhecimento das QF começa pela experiência e se não temos experiência
do futuro e do desconhecido não podemos saber se no futuro os fenómenos se processam do
mesmo modo tal como no passado e no presente. Com a indução confundimos expectativas
psicológicas com certezas logicas.

Segundo Hume a indução fundamenta-se no PUN segundo o qual na natureza tudo se processa
sempre do mesmo modo, estando nos convictos de que o futuro repetirá o passado.

No entanto o PUN baseia-se num raciocínio indutivo levando a uma petição de princípio: a
indução fundamenta-se no PUN e este baseia-se numa indução.
8.- Desenvolver o problema da existência do mundo exterior.
Segundo Hume não podemos ter a certeza da existência do mundo físico exterior, mas
podemos acreditar que ele existe devido á aparente constância das coisas isto é o que vemos
hoje é mais ou menos semelhante ao que vimos ontem.

9.- Esclarecer o ceticismo mitigado de Hume.


 Não podemos considerar o conhecimento como absolutamente verdadeiro.

 Hume assume uma perspetiva de ceticismo moderado, rejeitando a atitude dogmática


(própria do realismo ingénuo do senso comum).

 Hume é CÉTICO porque acredita que a nossa capacidade de conhecimento tem limites e
porque a análise das nossas crenças mostra que muitas delas não têm justificação (exemplo:
as leis da natureza são generalizações incertas).

 É MODERADO porque pensa que apesar de não haver justificação ou fundamento para as
crenças na uniformidade da Natureza e na existência do mundo exterior, temos de acreditar
nelas para podermos agir.

 Apesar de não podermos saber se as nossas percepções correspondem ao mundo exterior,


não devemos abandonar a nossa crença intuitiva no mundo exterior e na causalidade entre
os fenómenos.

 Hume mostra-nos que o nosso conhecimento é limitado e devemos sempre evitar o


dogmatismo optando por uma posição crítica. Essa posição afasta-o de Descartes.

10.- Expor a teoria empirista da tábua rasa.


Hume sendo um empirista defende que não possuímos qualquer conhecimento á nascença a
mente é á partida vazia, uma tabua rasa ou uma folha de papel em branco onde a experiencia
vai inscrevendo informação á medida que esta vai sendo adquirida através da experiencia e dos
cinco sentidos, assim todo o conhecimento deriva da experiencia, não existem ideias inatas.

Você também pode gostar