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David Hume

PERCEÇÕES DA MENTE
Hume refere-se aos conteúdos da mente através de perceções, que são as impressões e as ideias. As
ideias são copias das impressões, sendo assim as ideias menos vividas e intensas que as impressões,
por exemplo, o momento em que nos magoamos (impressão) é mais vivido do que a nossa
representação memorial (ideia).
As impressões abrangem sensações externas (audição, paladar, tato,…) e sentimentos internos
(emoções, desejos,…)
Resumindo:

sensações
externas
Impressões
sentimentos
Perceções
internos
Ideias

PRINCÍPIO DA COPIA
Hume cria o princípio da copia para esclarecer a relação entre impressão e ideia, dizendo assim, que
as nossas ideias são todas copias das impressões, e por esse motivo é impossível existir ideias inatas,
uma vez que é impossível haver ideias que não sejam provenientes da experiência.
Este princípio é justificado através do argumento de que alguém é privado de ter alguma experiência,
esta jamais poderá ter uma representação mental, por exemplo, um cego de nascença não pode ter a
ideia de azul uma vez que nunca teve a impressão de azul.
Aqui surge a dúvida de que por exemplo nunca vimos um rio de ouro, mas temos essa ideia, isso é
explicado por Hume através das ideias complexas e simples, nós temos a ideia simples de ouro e de
rio, logo podemos criar na nossa mente a ideia complexa de rio de ouro .
Resumindo:
Impressões
simples
Impressões
Impressões
complexas
Perceções
Ideias simples
Ideias
Ideias
complexas

TIPOS/ MODOS DE CONHECIMENTO


Hume diz que o ser humano tem 2 modos de conhecimento, a relação de ideias e as questões de
facto.
 Relação de ideias: a soma de 2 mais 2 é igual á metade de 8
 Questões de facto: O calor e a luz são efeitos do fogo
Ao negarmos as relações de ideias entramos em contradição (um triangulo tem obrigatoriamente 3
lados), mas ao negarmos as questões de facto aí já não entraremos em contradição (não sabemos se
o fogo sempre foi quente e luminoso). Assim podemos que concluir que as relações de ideias leva nos
a verdades necessárias e as questões de facto a verdades contingentes.
As relações de ideias são provenientes do conhecimento á priori, e por esse motivo essas ideias nada
nos trazem de sabedoria sobre a realidade, uma vez que um triangulo tem 3 lados e o quadrado 4
independentemente de existir geometria ou não.
As questões de facto já são proveniente do conhecimento á posteriori, estas podem nos trazer
conhecimento sobre o mundo e aquilo que efetivamente existe, por exemplo, se estivermos no deserto
e virmos uma casa sabemos automaticamente que o ser humano esteve lá, mesmo não o tendo visto.
Estas têm uma relação de causa e efeito (relação de causalidade).

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CAUSALIDADE
Se nunca tivermos auxílio da experiência, já mais poderemos saber que, por exemplo, se atirar mos
uma pedra ao vidro ele pode partir, já que não temos qualquer tipo de conhecimento sobre vidro.
Chamaremos atirar a pedra ao vidro de “A” e o vidro partir de “B”. A relação entre A e B é que se A
(causa) acontece, inevitavelmente B (efeito) acontecer. Chamamos lhe de conexão necessária.
A conexão necessária não resulta das sensações externas, uma vez que não conseguimos “ver” o que
vai acontecer antes de acontecer, por isso esta é um sentimento interno, proveniente do hábito, uma
vez que se virmos consequentemente que B acontece após A acontecer, iremos associar estes dois
acontecimentos, como A a causa e B o efeito.

CONTIGUIDADE NO TEMPO E ESPAÇO


Quando duas ideias são contíguas no espaço e no tempo, a consideração de uma delas evoca a
consideração da outra. Por exemplo a recordação de uma festa de aniversário leva à recordação dos
amigos que estavam presentes.

SEMELHANÇA
Quando duas ideias são semelhantes, a consideração de uma delas conduz-nos à consideração da
outra. Por exemplo, uma ave desenhada num papel faz lembrar uma ave que vemos voar.
Resumindo:
Semelhança

Associação de
Causalidade
ideias

Contiguidade

CETICISMO METAFÍSICO
Eu: Hume acredita que a nossa crença pela nossa existência é fruto da imaginação, não podemos
afirmar a 100% que existimos.
Mundo: Hume diz que nós não temos impressão de uma realidade exterior á nossa. Apenas a
coerência e a constância de certas perceções nos podem levar a acreditar intuitivamente nessa
realidade externar
Deus: Pode existir como também pode não existir, por outro lado não podemos ter qualquer impressão
de Deus, logo o argumento iniciar deixa de fazer sentido

Objetivos
1. Identificar e explicar os elementos do conhecimento (slide 36)
Hume refere-se aos conteúdos da mente através de perceções, que são as impressões e as ideias.
As impressões abrangem sensações externas (audição, paladar, tato,…) e sentimentos internos
(emoções, desejos,…)

2. Explicar a relação entre os diferentes elementos do conhecimento (slide 39)


As ideias são copias das impressões, sendo assim as ideias menos vividas e intensas que as
impressões, por exemplo, o momento em que nos magoamos (impressão) é mais vivido do que a
nossa representação memorial (ideia).

3. Evidenciar a origem empírica do conhecimento humano (slide 36, 37, 38 e páginas do manual)
Todo o conhecimento provém da experiência e estamos limitados a ela uma vez que se não temos uma
impressão de alguma coisa, já mais poderemos ter uma ideia sobre ela, então sendo assim, não há
ideias inatas, não havendo ideias inatas todas as nossas ideias são cópias de impressões sensíveis,
isto é, todas elas têm uma origem empírica.

4. Identificar e explicar os princípios de associação de ideias (slide 40) explicando a formação da


ideia de Deus (slide 41)
Hume diz que existem dois tipos de ideias, as complexas e as simples. As ideias simples não admitem
qualquer separação ou divisão, já as ideias complexas resultam da combinação de ideias simples.
A ideia de Deus é uma ideia complexa, uma vez que nunca tivemos uma experiência com Deus, mas já
tivemos experiência com as suas características, isto é, ideias simples, como a bondade e sabedoria,
que na junção delas faz a ideia complexa de Deus.

5. Identificar e explicar os tipos ou modos de conhecimento (slide 42)


Hume diz que o ser humano tem 2 modos de conhecimento, a relação de ideias e as questões de
facto.
Ao negarmos as relações de ideias entramos em contradição (um triangulo tem obrigatoriamente 3
lados), mas ao negarmos as questões de facto aí já não entraremos em contradição (não sabemos se
o fogo sempre foi quente e luminoso). Assim podemos que concluir que as relações de ideias leva nos
a verdades necessárias e as questões de facto a verdades contingentes.

6. Explicar em que medida o conhecimento é contingente [problema de indução e fundamento psic. do


princípio de causalidade] (slide 43, 44 e caderno)
As questões de facto são verdades contingentes e são proveniente do conhecimento á posteriori, estas
podem nos trazer conhecimento sobre o mundo e aquilo que efetivamente existe, por exemplo, se
estivermos no deserto e virmos uma casa sabemos automaticamente que o ser humano esteve lá,
mesmo não o tendo visto. Esta associação é causada pelo hábito e costume, mas nada diz que
estamos corretos ou errados, apenas será uma expectativa. Estas têm uma relação de causa e efeito
(relação de causalidade).

7. Explicar em que medida Hume é um filosofo cético (slide 45, 46, 47 e caderno)
Hume tem em si um ceticismo metafisico, uma vez que não podemos conhecer as realidades
metafisicas como a nossa existência (cogito), Deus e o mundo, como explicação Hume diz que não
podemos ter uma impressão de uma realidade exterior á nossa, logo apenas a coerência e a
constância de certas perceções nos podem levar a acreditar intuitivamente nessa realidade externa.

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