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• INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 2
• GNOSIOLOGIA ......................................................................................................... 3
❖ Teorias do Conhecimento ...................................................................................... 4
❖ Teorias quanto á natureza ...................................................................................... 4
❖ Teorias quanto aos valores ou limites ................................................................... 4
• EMPIRISMO ............................................................................................................. 5
❖ Formas de adquirir conhecimento ......................................................................... 5
❖ Principiais defensores do empirismo: .................................................................... 6
• RACIONALISMO .................................................................................................... 7
• APRIORISMO .......................................................................................................... 9
❖ Fontes de conhecimento ...................................................................................... 10
❖ O Real: Fenómeno e Númeno ............................................................................. 12
• CONCLUSÃO ........................................................................................................ 14
• BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 15
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INTRODUÇÃO
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GNOSIOLOGIA
A Gnosiologia utiliza como método a fenomenologia que é a relação que existe entre o
sujeito (cognoscente) e o objeto (cognoscível). O cognoscente é aquele que conhece, que
adquire o conhecimento, enquanto que cognoscível é aquilo que é conhecido. Há uma
relação de interdependência entre o cognoscível e o cognoscente, um não existe sem o
outro. O Homem necessita de objetos para obter o conhecimento e os objetos existem
exatamente para isso dar conhecimento ao Homem.
-Uma pessoa pega um livro e começa a ler, através do livro vai adquirir o conhecimento.
O cognoscente é a pessoa que lê e o cognoscível é o livro. O primeiro momento que é
quando o sujeito sai de si é quando a pessoa pega no livro e começa a ler, ela está fora de
si enquanto está a ler o livro, pois está a adquirir o conhecimento, e regressa a si quando
termina de ler o livro, a pessoa já tem o conhecimento que estava no livro na sua
consciência.
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A filosofia desde o início vem refletindo sobre o que é o conhecimento e já foram
várias as explicações dadas pelos filósofos.
❖ Teorias do Conhecimento
➢ Racionalismo - acredita que o verdadeiro conhecimento é dado só pela razão;
➢ Empirismo - o conhecimento é adquirido pelos órgãos dos sentidos;
➢ Apriorismo - defende que o conhecimento pode ser dado tanto pela razão, como
pelos órgãos dos sentidos. Para essa teoria acredita-se que existem conhecimentos
que adquirimos utilizando somente a razão e outros que adquirimos utilizando os
órgãos dos sentidos.
❖ Teorias quanto á natureza
➢ Realismo – defende que o objeto predomina em relação ao sujeito. As perceções
que temos dos objetos são reais, ou seja, correspondem de facto às caraterísticas
presentes nesses objetos;
➢ Idealismo – defende que é o sujeito quem predomina em relação ao objeto. O
importante é a perceção da realidade, produzida pelas nossas ideias, pela nossa
consciência.
❖ Teorias quanto aos valores ou limites
➢ Dogmatismo – afirma a capacidade do Homem de atingir a verdade absoluta e
indiscutível;
➢ Ceticismo – afirma que não se pode obter nenhuma certeza absoluta a respeito da
verdade, prioriza sempre o conhecimento científico;
➢ Criticismo – critica as duas outras teorias, tendo concilia-las.
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EMPIRISMO
Segundo essa perspetiva, todo o nosso conhecimento é adquirido por meio da observação
e da experiência direta do mundo ao nosso redor, ou seja, acreditamos que as informações
que obtemos por meio dos nossos sentidos são essenciais para a construção do nosso
entendimento sobre o mundo.
Segundo os empiristas nada existe em nossa mente que não tenha sua origem nos sentidos,
não acreditando então em ideias inatas, ou seja, ideias que acreditamos que nascemos com
elas ou estão inerentes a nossa natureza.
“Nada existe no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos”
Exemplo: A justiça é algo que podemos refletir e desenvolver através da nossa capacidade
de analisar situações e tomar decisões baseadas em princípios éticos.
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❖ Principiais defensores do empirismo:
✓ John Locke
Filósofo inglês que acreditava que todo o conhecimento humano deriva da experiência
sensorial, isto é, a mente humana é uma “tábula rasa” na qual nada foi escrito nem
gravado, uma folha em branco pronta para ser preenchida com experiências que
adquirimos por meio da observação e da interação como mundo ao nosso redor.
✓ David Hume
Filósofo escocês que argumentava que todas as ideias são baseadas em impressões
sensoriais imediatas e que não podemos ter conhecimento absoluto sobre o mundo além
daquilo que podemos experimentar. Ele via a mente humana como passiva, sendo
moldada pelas experiências.
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ampla, considerando aspetos como a razão, intuição, espiritualidade e uma reflexão
mais profunda sobre o que somos como seres humanos.
RACIONALISMO
Esses filósofos defendiam o uso da razão e da dedução como meios para alcançar
verdades universais e irrefutáveis.
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Em contraste com o empirismo, que enfatiza a importância da experiência sensorial na
aquisição de conhecimento, o racionalismo sustenta que certos princípios e verdades são
conhecidos inaptamente e não dependem da observação do mundo externo.
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É importante notar que essas críticas não invalidam completamente o racionalismo, mas
destacam suas limitações e sugerem a importância de abordagens complementares para
uma compreensão mais completa do conhecimento e da realidade.
APRIORISMO
O apriorismo de Immanuel Kant é uma teoria filosófica do conhecimento que sustenta
que o conhecimento não é apenas derivado da experiência, mas também influenciado por
estruturas a priori da mente.
Segundo Immanuel Kant, para obter o conhecimento era necessário tanto a experiência
como a razão. Através dos sentidos se obtém a informação, e a mente organiza essa
informação, formando assim o conhecimento.
Sem sensibilidade, nenhum objeto nos seria dado; sem o entendimento, nenhum
seria pensado. Pensamentos sem conteúdos são vazios; intenções sem conceitos são
cegas. (Kant, 1994, p.89)
A mente sem as categorias da mente não teria capacidade de pensar. Da mesma forma
que uma mente com conceitos, porém sem dados obtidos pela experiência não teria nada
com o que pensar.
Então para Kant era necessária a experiência para obter o conhecimento, porém o que
determinava era a razão. Através da experiência o sujeito adquire os dados e para concluir
o processo do conhecimento se faz necessário que o sujeito organize e sistematize em sua
mente esses dados da experiência.
Para ele, os homens carregam dentro da mente categorias que funcionam como uma
espécie de processador de computador. Essas estruturas, a priori, são condições
necessárias para a experiência, mas não são derivadas dela. A palavra latina, a priori,
significa "anteriormente" ou "antes". O conhecimento, a priori, é aquele que não depende
da experiência. O conhecimento posteriori é aquele que depende da experiência.
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Como por exemplo um lápis. Para conhecer o lápis é necessário o vê-lo o, ou seja, são
necessários os sentidos, a experiência. No entanto, para transformar o que foi observado
em conhecimento são necessárias as categorias da mente para processá-la e transformá-
la em conhecimento.
❖ Fontes de conhecimento
➢ Impressões sensíveis
➢ Capacidade de conhecer
✓ Razão a priori- o conhecimento da razão a priori é aquele que não depende
da experiência. É um conhecimento que é independente da experiência
sensível, e que é justificado por meio da razão pura.
✓ Juízos analíticos- são juízos que são analíticos, isto é, não fornecem novas
informações. Por exemplo, um triângulo tem três lados, ele é um polígono com
três lados. Portanto, o fato de todos os triângulos terem três lados é uma
verdade lógica que pode ser conhecida a priori.
✓ Formas puras- são ferramentas que estão na nossa mente, e nos permite
conhecer o mundo melhor.
Kant ainda argumentou que a mente humana tem duas faculdades cognitivas
fundamentais: a sensibilidade e as categorias inatas ou de entendimento.
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➢ Sensibilidade
O espaço é a forma da intuição externa, que nos permite representar os objetos como
existentes no espaço. O tempo é a forma da intuição interna, que nos permite representar
os objetos como existentes no tempo.
Uma vez, que não são derivadas da experiência, elas são condições necessárias para a
experiência, pois são o que nos permite representar os objetos como existentes no espaço
e no tempo.
Kant vai afirmar que, para organizar a nossa experiência, nós precisamos dessas
categorias que a razão tem. Ele também dividiu o entendimento em doze categorias. As
categorias são conceitos como a causalidade, unidade, totalidade, possibilidade,
qualidade, negação, realidade. Sem a influência dessas categorias inatas não
conseguíamos fazer certas preposições.
Por exemplo, quando alguém diz que "todos os homens são iguais", só é possível
generalizar porque a pessoa está utilizando a categoria a priori de "Totalidade". Quer dizer
que com base em um conjunto limitado de ideias ela generaliza para toda uma classe de
evento. Só que essa generalização não está baseada em experiências, pois é impossível
conhecer todos os homens, mas mesmo assim somos capazes de pensar nessa totalidade.
Isso significa que o conceito de todo ou totalidade é inato, ele não depende de experiência
segundo Kant.
❖ Idealismo Transcendental
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Esta ideia estabelece que existe o sujeito (aquele que conhece) e o objeto (aquilo que é
conhecido). Antes havia a ideia de que o conhecimento advém do objeto, porém Kant
defende, com esta teoria, que o conhecimento advém do sujeito.
Kant afirmava que a razão humana não tem capacidade de alcançar puramente as coisas
do jeito que elas são. Não é possível determinar o que as coisas são em si mesmo, o que
chega até nós, é uma perceção intermediata, pela nossa maneira de conhecer as coisas.
Por exemplo, imagina que não existe nenhum ser humano no mundo, as coisas são o que
são, porque elas não precisam ser vistas e nem julgadas por ninguém. Quando
imaginamos o mundo somente com as coisas, essa realidade é a coisa, ou seja, númeno.
Porém nós nem por imaginação ou mesmo pela racionalidade ou por consciência,
conseguiríamos ver, entender, julgar, perceber essas coisas em si mesma, por isso que
númeno é incognoscível, pois não pode ser aprendido pelos sentidos ou pela razão. O
númeno é real, porém ele não depende do nosso julgamento, nem da nossa existência
para existir.
Kant afirma que a busca pelo conhecimento do númeno é uma tendência inevitável da
razão humana. Se conhecêssemos o númeno não havia evolução do conhecimento, nem
tínhamos dúvidas, nunca nos enganávamos.
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✓ O Fenômeno é aquilo que aparece para nós, e podemos perceber pelos sentidos.
É a coisa como se nos aparece, a realidade tal como é mediada pela nossa
perceção.
O fenômeno é o único que podemos conhecer, pois é o que é dado à nossa experiência.
Kant afirma que nós percebemos a realidade a partir do fenômeno, como a realidade se
apresenta para nós a partir dos nossos filtros (passa pelos nossos sentimentos e cai nas
categorias de entendimento).
Por exemplo, convenhamos que a nossa mente é como uma câmara fotográfica. A câmara
fotográfica entende a realidade a partir dos seus filtros, códigos, foco, qualidade e ainda
mais a câmara capta em duas dimensões da realidade. Fazendo essa comparação podemos
entender a nossa mente como uma espécie de câmara da realidade, nós captamos a
realidade, mas, à medida que a realidade passa pelos nossos filtros, ela já não é realidade
em si.
Quando a realidade em si passa pelos nossos filtros, isto é, passa pelo campo da
sensibilidade (sentidos), e ela cai no campo do entendimento, onde começa então a
organização dos nossos juízos.
Conhecemos a maça, através da maneira que ela se apresenta para nós. Tudo o que
podemos dizer sobre a maça é a partir da experiência que tivemos com ela: do seu sabor,
da cor que vemos, o seu formato, textura. Mas o que é a maça por ela mesma, nós não
temos como conhece-la. Então as coisas em si, a sua identidade não é possível conhecer.
Conhecemos aquilo que percebemos pelos sentidos, o que a nossa razão usando a
sensibilidade e as categorias do entendimento organiza.
Dessa forma, para Kant é impossível conhecer ideias como a liberdade, alma, Deus (…)
uma vez que essas ideias não constituem fenómenos, pois, não são percetíveis através dos
sentidos, uma vez que, não conseguimos cheirar a liberdade, nem ver a alma.
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CONCLUSÃO
Ele afirmava que era necessário ter experiências para depois utilizar a racionalidade
nessas experiências. Para ele primeiro temos a experiência, e é através da sensibilidade
que temos os objetos para conhecer (entendimento), ou seja, o raciocínio vai nos fazer
entender o que são e para que servem os objetos a nossa volta.
Kant vai dividir o real em dois, o fenômeno e o númeno. Ele afirma que o númeno é
aquilo que o ser humano não consegue alcançar, não é possível determinar o que as coisas
são em si. Já o fenómeno é aquilo que aparece para nós aquilo que entendemos como a
nossa realidade, os nossos filtros. Aqui pode-se ver que Kant afirma que só conhecemos
o fenômeno, mas esse conhecimento é verdadeiro.
Kant defende que o sujeito trás sim algo de si, o espaço, o tempo e as categorias, mas
que isso sem a experiência não é nada. Diante dos empiristas ele diz que o conhecimento
vem sim das experiências, mas não consiste em meras impressões.
Vendo as críticas que Kant, ele nos faz concordar com a sua teoria, pois não pode existir
conhecimento sem experiências nem experimentos sem uma reflexão profunda. Logo são
necessários esses dois itens para ter o conhecimento.
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BIBLIOGRAFIA
➢ https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.significad
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978449&ved=0CAYQn5wMahcKEwiIp7_0nPiDAxUAAAAAHQAAAA
AQCA
➢ https://www.todamateria.com.br/teoria-conhecimento/
➢ https://pt.wikipedia.org/wiki/Empirismo
➢ https://pt.wikipedia.org/wiki/Empirismo
➢ https://pt.wikipedia.org/wiki/Racionalismo
➢ https://www.jusbrasil.com.br/artigos/capitulo-xxvlll-o-apriorismo-
kantiano/1462854868
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