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Teorias do Filosofia

Prof. Deolinda Pereira

Conhecimento
A Teoria racionalista – René Descartes
Helena Marques
Hugo Soares
Maria Mata
Maria Miguel
Assuntos a abordar:
1. Argumento cético da regressão infinita;

2. O cogito;

3. Critério de verdade: a clareza e distinção;

4. Hipótese do génio maligno;

5. O papel da existência de Deus.


Quem foi René
Descartes?
René Descartes foi um filósofo, físico e matemático.
Nascido em La Haie (França) a 31 de março de 1596, é
considerado o inaugurador da época moderna da história
da filosofia e primeiro representante da corrente
racionalista, tendo colocado como núcleo da pesquisa
filosófica o problema do conhecimento.
René Descartes
Personagem de interesses diversos, Descartes notabilizou-se também
nas ciências, tendo sido o criador da geometria analítica.
Realizou diversas obras de enorme importância nas áreas da filosofia e
matemática. A sua principal obra é o livro “Meditações Metafísicas”,
lançado em 1641.
Morreu em Estocolmo em 1650. Ficou para a filosofia como o grande
impulsionador da autonomização do sujeito-razão.
O que é o Racionalismo?

- Teoria que defende que o nosso conhecimento deriva da razão e que a razão
é capaz de conhecer verdadeiramente as coisas.

- É a doutrina que considera que o único instrumento adequado ao


conhecimento verdadeiro é a razão: é ela que fornece as ideias normativas e
os princípios por meio dos quais conhecemos.
1. Argumento cético da regressão infinita

René Descartes contesta, primeiramente, este argumento e refugia-se


numa aldeia para tentar provar que o conhecimento é possível.

O problema surge porque é sempre legitimo pedir uma justificação. Para


cada uma das nossas crenças a justificação consiste noutra e esta também
precisa de ser justificada, ou seja, outra crença, e assim sucessivamente,
levando isto a uma cadeia de justificação*.
exemplo
Porquê?

Um exemplo muito utilizado para nos mostrar o argumento da


regressão infinita é o de um pai que diz ao filho “Come a sopa!” e
este lhe pergunta “Porquê?”. A pergunta “Porquê?” gera uma cadeia
de justificações que pode ser formulada através de um trilema
destrutivo.
Trilema Destrutivo

Em lógica formal, chama-se ”trilema destrutivo” a uma forma


argumentativa em que se assume a existência de três, e apenas três,
possibilidades alternativas. Neste caso em concreto, o trilema afirma
que a partir do momento em que uma cadeia de justificações se
começa a desenrolar, existem apenas três alternativas:
1
justifica-se com justifica-se com
A B C Se prestarmos atenção, constatámos que estas
três possibilidades têm o mesmo desfecho: as
Não se justifica nossas crenças não estão justificadas.
“Porque sim!”

3
B
2 A
justifica-se com
B
justifica-se com
C

A C justifica-se com
justifica-se com
...
Para percebermos em que consiste o
racionalismo cartesiano, temos que
analisar 3 questões importantes

1. Como procede o espírito para construir um conhecimento verdadeiro?

2. Qual o critério que permite identificar um conhecimento como verdadeiro?

3. Quem garante esse critério?


Como procede o espirito para construir um conhecimento verdadeiro?

- Descartes institui a dúvida como método, como instrumento de


trabalho na busca das verdades indubitáveis sobre as quais seja possível
fundar um edifício de conhecimento seguro.

- O objetivo de alcançar a verdade começa a cumprir-se a partir do


momento em que, como diz Descartes, duvidamos, pelo menos uma vez
na vida, de tudo aquilo em que encontremos a mínima suspeita.
Qual o critério que permite identificar um conhecimento como verdadeiro?

- Todo o conhecimento, para ser considerado verdadeiro, deve ser claro


e distinto, isto é, evidente.

- Estabelecida a primeira verdade, Descartes procura saber o que a fez


resistir à dúvida, encontrando na clareza e distinção das ideias o critério
que permite identificar as crenças verdadeiras.
Quem garante esse critério?

- Deus garante que tudo o que é claro e distinto é verdadeiro.


2. O cogito

Critério que torna a verdade absoluta.

“Cogito, ergo sum” René Descartes

“Penso, logo existo”


2. O cogito
– É um princípio evidente e indubitável, uma certeza inabalável.

– Obtém-se por intuição, de modo inteiramente racional e a priori.

– Serve de modelo do conhecimento: fornece o critério de verdade.


2. O cogito

- Enquanto primeira verdade, o cogito surge-nos como crença fundacional


ou básica, pois serve de alicerce a todo o sistema do saber.

- O “cogito” vai funcionar como modelo da verdade: serão verdadeiros


todos os conhecimentos que forem claros e distintos.
3. Critério de verdade: a clareza e distinção

- O critério de verdade assume uma dimensão nitidamente epistêmica, porque


torna produtiva uma regra de obtenção de conhecimentos verdadeiros.

- Descartes procurava obter vantagens epistemológicas muito específicas, como a


fixação de um parâmetro informativo (e não somente lógica) para a verdade, um
parâmetro que o levaria a definir faticamente o que podemos conhecer como
verdadeiro ou falso.
3. Critério de verdade: a clareza e distinção

- Clareza, diz respeito à presença da ideia ao espírito.

- Distinção, equivale à separação de uma ideia relativamente a outras, de tal


modo que a ela não estejam associados elementos que não lhe pertençam.

“As coisas que concebemos muito clara e distintamente são todas elas
verdadeiras” (DESCARTES, 1979)
4. Hipótese do génio maligno

- O génio maligno foi uma metáfora usada por René Descartes para evidenciar
que nenhum pensamento por si mesmo traz garantias de corresponder a algo do
mundo. Anuncia o génio maligno como um ente que coloca na cabeça
dele pensamentos bastante evidentes, contudo, falsos. O génio maligno estaria
continuamente a trabalhar para criar ilusões.
5. O papel da existência de Deus

- Deus é, para Descartes, quem garante o conhecimento absolutamente verdadeiro.


É Deus quem garante a verdade da clareza e distinção do conhecimento.

- Quando afirmámos que algo é imperfeito, percebemos que existe a ideia de


perfeição na nossa mente. Podemos afirmar que algo é imperfeito pois a perfeição
(Deus) existe e por comparação desta com as qualidades que possuímos, podemos
concluir que duvidámos e não conhecemos tudo, ou seja, somos imperfeitos.
5. O papel da existência de Deus

Como Deus é perfeito

Só conseguimos chegar Não se equivoca


a conhecimentos
verdadeiros devido à
influência de Deus. É, também, bondoso,
logo não nos engana.
Vídeo de consolidação das aprendizagens

https://www.youtube.com/watch?v=oslmHs0FhsY
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Webgrafia

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Descartes
https://www.infopedia.pt/$rene-descartes
https://www.infopedia.pt/$racionalismo
https://prezi.com/jmnvouenvukn/descartes-e-a-teoria-racionalista/
https://prezi.com/_ypknh1axf7l/rene-descartes-e-o-racionalismo/
https://moodle.madeiratorres.com/mod/book/view.php?id=4153&chapterid=113
https://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/viriato-soromenho-marques/a-hipotese-do-
genio-maligno-5755683.html
FIM
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