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A Teoria Racionalista
de Descartes
Guião de Trabalho
Carmo Nogueira, Matilde Viegas, Joana Bento

1º Slide - Matilde
Biografia

Descartes foi um filósofo francês que nasceu em 1596 e faleceu em 1650 com
53 anos, na Suécia. Procurou mostrar que há crenças imunes aos argumentos
céticos. É muito conhecido também por ser o autor da frase “penso logo
existo”.

2º Slide -Matilde
A perspetiva Fundacionalista (Racionalismo)

A perspetiva Fundacionalista do conhecimento é a perspetiva fundamentada


por Descartes, que considera o pensamento ou o raciocínio como justificação
da crença (assim sendo considerada racionalista) e, por isso, não precisa ser
justificada por outra crença, assim impedindo a regressão infinita da
justificação. (ou seja, não se repete o mesmo ciclo várias e várias vezes)
Exemplo:
Eu sei que fui à escola ontem, porque estive lá.
Crença: fui à escola ontem
Verdade: confirmada
Justificação: estive lá (justificação racional)

3º Slide -Joana
O objetivo de Descartes

O objetivo de Descartes era garantir que formava raciocínios válidos e sólidos


e que há crenças garantidamente certas, ou seja, indubitáveis.
Se surgir qualquer tipo de dúvida acerca de uma crença, Descartes considera
automaticamente falso e, logo, não existiria conhecimento.
Tomar como falso tudo o que for minimamente duvidoso, mesmo que seja
verdadeiro, era o seu principal fator para não ser enganado e cometer o
mesmo erro dos filósofos anteriores a si que não eram suficientemente
cautelosos acerca das suas definições de conhecimento.
Ele acreditava que estas definições posteriormente apresentadas eram pouco
explícitas, e muitas vezes induziam a erro.
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4º Slide -Carmo
A importância do método- regras

Foi então que, analisando os argumentos, fundamentados pelos céticos,


Descartes:
1. Começa por rejeitar as crenças que se apoiam nos sentidos. E recorre ao
argumento cético das aparências dos sentidos pois os nossos sentidos
podem enganar-nos e, portanto, nenhuma crença baseada nos sentidos é
indubitável. Então, os nossos sentidos podem corrigir-se mutuamente ou
não podemos distinguir quando estamos a ser enganados ou não?

2. Nem por isso, porque através do argumento do sonho, tudo que se passa
e tudo o que sentimos enquanto sonhamos é semelhante à experiência da
vida real. Sendo possível todos os nossos sentidos nos levarem a erro ao
mesmo tempo, surge a dúvida: Comos sabemos que estamos a sonhar?

Descartes conclui que não consegue provar que não estamos a sonhar
neste momento. Embora não saibamos certamente se estamos a sonhar
ou não, existem certas crenças que serão sempre verdadeiras
independentemente da situação onde nos encontramos, como por
exemplo as verdades matemáticas, que sempre serão consideradas
verdadeiras sem qualquer razão de dúvida

Exemplo: Eu sei que: 2+2=4

3. Descartes apresenta-nos a hipótese cética do génio maligno que remete


para a possibilidade de estramos sistematicamente a ser enganados por
um ser maligno, mesmo nos raciocínios mais simples e evidentes pelo que
nem as crenças baseadas neles passam no teste da dúvida.

5º Slide -Matilde
A importância da dúvida

Até aqui Descartes não encontrava nenhuma crença que passava no teste da
dúvida, porque tudo lhe parecia duvidoso. Duvidava que houvesse um mundo
físico à sua volta, duvidava se os seus raciocínios estavam corretos, a este
ponto até duvidada se 2+2=4.
Pensou então que só lhe faltava uma pergunta: será que eu próprio existo?
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6º Slide -Joana
O cogito

Descartes decide então criar o Cogito cartesiano: Eu penso logo existo.

Com este cogito Descartes inicia a refutação do ceticismo, dizendo que: os


céticos estão errados, não podem negar a sua existência pois o facto de eles
pensarem é uma justificação indubitável que prova que o conhecimento é
possível.
Daí o fundacionalismo racionalista que é o princípio de que temos um
fundamento racional, ou seja, uma crença autojustificada. Porque o que
justifica a crença de ser um ser pensante é o simples facto de eu pensar.

Portanto nem todas as crenças se baseiam em outras crenças assim


contrariando os que os céticos impunham ao apresentar a regressão infinita da
justificação, o fundamento reside no próprio pensamento.

O cogito é indubitável porque a crença de “eu penso logo existo” é por si


justificada. E mesmo que um tal génio maligno exista não seria suficientemente
poderoso para destruir a verdade do cogito.

O que faz Descartes absolutamente seguro da verdade do cogito é o critério da


verdade, que é simplesmente o facto de ver com toda a clareza e distinção.
Pode assim admitir como regra geral que é verdadeiro tudo o que concebemos
com clareza e distinção.

Então conclui, embora Descartes não tenha a certeza de nada, ele pelo menos
sabe sem qualquer dúvida que ele existe.

7º Slide -Carmo
A existência de Deus (provas) e do mundo

Posto isto, Descartes estava decidido a perceber o que há para alem do cogito,
ou seja, é certo que eu êxito, mas o que existe para alem e mim?
Decidido a “sair do cogito” Descartes decide investigar a existência de deus e o
mundo exterior a ele. Voltando ao critério da verdade, descartes admite então
que a clareza e a distinção não serão suficientes para descobrir mais para alem
do cogito. Precisará então de um fator adicional que o prove da verdade e de
que não será enganado.
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O filósofo só vê uma possibilidade, deverá existir um ser poderoso que não o


deixe induzir ao engano. “um deus benevolente nunca permitirá que me
engane. Ora esse ser só pode ser Deus.”
Deus existe- diz Descartes. Apresentados os seguintes argumentos para provar
a sua existência:

1. Argumento da marca:
Este argumento é sobre a nossa ideia de perfeição. Descartes pergunta-se qual
a razão para este nosso ideal de sermos perfeitos. Para ele e muito simples,
existe um deus que é um ser perfeito e que entende deixarmos uma marca, ou
seja um ideal da sua própria perfeição.

Ao concluir que deus existe Descartes consegue finalmente sair do cogito e


procurar sobre a existência do mundo exterior.

2. Argumento ontológico:
Este argumento foi inicialmente posto por Anselmo de Aosta
E este argumento diz nos que: a existência faz parte da perfeição isto é a
perfeição inclui a existência. Logo, um ser que não existe não pode ser
perfeito. Pois afirmar que Deus não existe seria uma contradição.

Conclusão:
Por fim Descartes conclui que: eu existo, Deus existe e o mundo exterior a
mim também existe.
Por isso, sim, segundo René Descartes o conhecimento é possível, e os céticos
estão errados.

Trabalho de Filosofia 11ºQ


Maria Nogueira n12
Matilde Viegas
Joana Bento

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