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CONHECIMENTO:

5. De acordo com a definição tradicional de conhecimento, (A) a crença é


condição suficiente do conhecimento.

7. O conhecimento vulgar distingue-se do conhecimento científico porque


(B) o primeiro tem por base a experiência do quotidiano e o segundo tem por
base a observação rigorosa dos fenómenos.

9. De acordo com a definição tradicional de conhecimento, (C) algumas


crenças verdadeiras não são conhecimento.

8. Em qual das opções seguintes se apresenta um exemplo de


conhecimento a priori? (C) Sei que nenhum irmão é filho único.

5. Considere as frases seguintes. 1. O italiano é a língua oficial da Itália. 2.


Todos os sólidos ocupam espaço. É correto afirmar que (C) 1 exprime
conhecimento a priori; 2 exprime conhecimento a posteriori.

9. De acordo com a análise tradicional do conhecimento, (C) muitas crenças


falsas são justificadas, mas a justificação dada, qualquer que seja, não as torna
verdadeiras.

GRUPO III 1. Atente no diálogo seguinte. Manuela – Sabes, Eurico, quanto


dá 356 euros a dividir por quatro pessoas? Eurico – Eu não sei, mas tenho
aqui uma pequena calculadora de bolso que sabe. Deixa ver: dá 89 euros.
Manuela – E confias nessa calculadora? Eurico – Claro que sim. O resultado
dado pela calculadora está justificado, porque é uma máquina programada
por matemáticos competentes.
No diálogo anterior, o Eurico afirma que a calculadora sabe quanto dá 356
euros a dividir por quatro pessoas. Será que a calculadora o sabe?
Justifique a sua resposta, tendo em conta a análise tradicional do
conhecimento.
-No diálogo apresentado, Eurico afirma que a calculadora sabe quanto dá 356
euros a dividir por quatro pessoas. De acordo com a análise tradicional do
conhecimento, a calculadora não "sabe" quanto dá 356 euros a dividir por
quatro pessoas. O conhecimento, nesse contexto, é geralmente definido como
crença verdadeira justificada. A calculadora simplesmente executa cálculos com
base na programação, sem ter compreensão ou consciência do significado da
pergunta. Portanto, a calculadora não possui crença, justificação ou verdade,
que são condições necessárias para o conhecimento na análise tradicional.
GRUPO V De acordo com a análise tradicional do conhecimento, o
conhecimento é crença verdadeira justificada. Será que as conclusões dos
argumentos indutivos fortes são conhecimento?
Na sua resposta, deve:
‒ clarificar o problema apresentado;
‒ apresentar inequivocamente a posição que defende;
‒ argumentar a favor da posição que defende.
-De acordo com a análise tradicional do conhecimento, as conclusões dos
argumentos indutivos fortes podem ser consideradas conhecimento, desde que
atendam à definição tradicional de conhecimento, ou seja, crença verdadeira
justificada. Argumentos indutivos fortes se baseiam em evidências empíricas e
inferem conclusões com base em observações passadas. Se essas observações
são verdadeiras, as conclusões dos argumentos indutivos fortes podem ser
consideradas conhecimento, desde que haja uma justificação adequada para a
inferência. No entanto, é importante lembrar que o conhecimento pode ser
revisto à luz de novas evidências, e a certeza pode variar dependendo do grau
de justificação e da natureza das evidências.
GRUPO IV 1. O facto de termos justificação para uma crença faz dela
conhecimento? Porquê? Ilustre a sua resposta com um exemplo adequado.
- O facto de termos justificação para uma crença não faz dela automaticamente
conhecimento na análise tradicional do conhecimento. De acordo com essa
análise, o conhecimento é definido como crença verdadeira justificada. Portanto,
ter uma justificação é uma condição necessária, mas não suficiente, para que
uma crença seja considerada conhecimento. A crença também deve ser
verdadeira para ser conhecimento. Por exemplo, se alguém acredita que hoje é
terça-feira e tem boas razões para acreditar nisso, mas na realidade é quarta-
feira, essa crença não é conhecimento porque não é verdadeira.

6. Considere as frases seguintes. 1. A relva é verde. 2. Se a relva é verde, é


colorida. É correto afirmar que (C) 1 exprime conhecimento a priori; 2 exprime
conhecimento a posteriori.
DESCARTES
GRUPO IV
Leia o texto seguinte.
Texto D
Assim, rejeitando todas aquelas coisas de que podemos duvidar de algum modo, e
até mesmo imaginando que são falsas, facilmente supomos que não existe nenhum
Deus, nenhum céu, nenhuns corpos; e que nós mesmos não temos mãos, nem pés,
nem de resto corpo algum; mas não assim que nada somos, nós que tais coisas
pensamos: pois repugna que se admita que aquele que pensa, no próprio momento
em que pensa, não exista. René Descartes, Princípios da Filosofia, Lisboa, Editorial
Presença,1995
1.1. Indique o primeiro princípio indubitável aceite por Descartes.
1.2. Explicite, a partir do texto, duas das características da dúvida cartesiana.
1.1. O primeiro princípio indubitável aceite por Descartes é o famoso "Cogito, ergo
sum" (Penso, logo existo). Ele chega a essa conclusão após duvidar de tudo o que pode
ser duvidado e, mesmo que duvide de tudo, não pode duvidar que ele está duvidando,
o que implica a existência do pensador, ele próprio. 1.2. Duas características da dúvida
cartesiana são: Metódica: Descartes emprega uma dúvida sistemática e metódica,
questionando todas as suas crenças e opiniões com o objetivo de encontrar princípios
indubitáveis. Hiperbólica: A dúvida de Descartes é exagerada e hiperbólica, o que
significa que ele considera a possibilidade de que tudo possa ser falso, até mesmo a
existência de um Deus enganador que o leva a duvidar de tudo.
6. Considere os seguintes enunciados relativos ao estatuto do cogito, no sistema de
Descartes. O cogito é 1. o primeiro princípio do sistema do conhecimento. 2. uma
verdade que se deduz de outras verdades. 3. uma verdade descoberta com o apoio
dos sentidos. 4. uma verdade puramente racional.
Deve afirmar-se que (D) 1 e 4 são corretos; 2 e 3 são incorretos

GRUPO IV
1Leia o texto seguinte. Dado que nascemos crianças e que formulámos vários juízos
acerca das coisas sensíveis antes que tivéssemos o completo uso da nossa razão,
somos desviados do conhecimento da verdade por muitos preconceitos, dos quais
parece não podermos libertar-nos a não ser que, uma vez na vida, nos esforcemos
por duvidar de todos aqueles em que encontremos a mínima suspeita de incerteza.
Será mesmo útil considerar também como falsas aquelas coisas de que duvidamos,
para que assim encontremos mais claramente o que é certíssimo e facílimo de
conhecer.
Descartes, Princípios da Filosofia, Lisboa, Editorial Presença, 1995
A partir do texto, esclareça o papel da dúvida cartesiana no «conhecimento da
verdade» (linhas 2 e 3). Na sua resposta, integre, de forma pertinente, informação do
texto.
A dúvida cartesiana desempenha um papel fundamental no "conhecimento da
verdade". Descartes acredita que nascemos com muitas crenças baseadas em
preconceitos adquiridos ao longo da vida, e essas crenças podem ser incertas. Para
atingir a verdade, é necessário duvidar de todas as crenças que tenham a menor
suspeita de incerteza. A dúvida serve como um método para purificar o conhecimento,
eliminando crenças falsas e incertas.
GRUPO IV
1. Leia o texto seguinte.
Se perguntar a mim próprio «Estou a beber?» ou «Está ele a pensar?», a resposta
pode ser «Sim», «Não» ou «Talvez». Mas se perguntar a mim próprio «Estou a
pensar?», a resposta apenas pode ser «Sim». Fazer essa pergunta a mim próprio é o
mesmo que eu pensar. Seria autorrefutante perguntar a mim próprio «Estou a
pensar?» e responder «Não».
T. Chappell, The Inescapable Self – An introduction to Western philosophy,
London, Weidenfeld & Nicolson, 2005, pp. 28-29 (adaptado)
1.1. Justifique, a partir do texto, que o cogito é uma certeza irrefutável.
1.2. Explique o argumento de Descartes para duvidar dos seus raciocínios
matemáticos mais evidentes. Questão 1.1: No texto apresentado, o autor defende que
o cogito (Penso, logo existo) é uma certeza irrefutável porque pensar, no próprio ato de
pensar, garante a existência do pensante. A dúvida é incapaz de negar o ato de pensar,
uma vez que duvidar requer pensar. Portanto, o cogito é uma certeza indubitável.
Questão 1.2: O argumento de Descartes para duvidar dos seus raciocínios matemáticos
mais evidentes é o "argumento do gênio maligno". Ele supõe a existência de um gênio
maligno ou Deus enganador que pode influenciar todas as suas crenças, incluindo
aquelas que parecem mais evidentes, como as verdades matemáticas. Isso levanta a
dúvida de que todas as suas crenças podem ser falsas, mesmo aquelas que parecem
indubitáveis.

9. Identifique o par de termos que permite completar adequadamente a afirmação


seguinte. A dúvida cartesiana é _______; por isso, Descartes não é um filósofo
_______. (A) metódica … cético

GRUPO IV
1. Leia o texto.
Desde há muito notara eu que, no tocante aos costumes, é necessário às vezes seguir,
como se fossem indubitáveis, opiniões que sabemos serem muito incertas […]. Mas,
porque agora desejava dedicar-me apenas à procura da verdade, pensei que era
forçoso que eu fizesse exatamente ao contrário e rejeitasse, como absolutamente
falso, tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida [...].
R. Descartes, Discurso do Método, Lisboa, Edições 70, 2000, p. 73 (adaptado)

Descartes decide rejeitar «tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida».
Partindo do texto, exponha as razões que justificam esta decisão.
Neste texto, Descartes explica o papel da dúvida cartesiana no "conhecimento da
verdade" indicando que, para alcançar a verdade, é necessário duvidar de todas as
crenças baseadas em preconceitos ou que possuam a menor suspeita de incerteza. A
dúvida cartesiana é uma ferramenta fundamental para purificar o conhecimento,
eliminando crenças falsas e incertas, permitindo que se encontre o que é certo e
indubitável. O autor enfatiza que a dúvida é essencial para se alcançar a verdade.

7. A principal finalidade do método proposto por Descartes é (B) estabelecer os


fundamentos do conhecimento.
GRUPO IV
1. Leia o texto seguinte.
Quantas vezes me acontece que, durante o repouso noturno, me deixo persuadir de
coisas tão habituais como que estou aqui, com o roupão vestido, sentado à lareira,
quando, todavia, estou estendido na cama e despido! Mas, agora, observo este papel
seguramente com os olhos abertos, esta cabeça que movo não está a dormir,
voluntária e conscientemente estendo esta mão e sinto-a: o que acontece quando se
dorme não parece tão distinto. Como se não me recordasse já de ter sido enganado
por pensamentos semelhantes!
R. Descartes, Meditações sobre a Filosofia Primeira, Coimbra, Livraria
Almedina, 1985, p. 108.
São apresentadas no texto as premissas do argumento do sonho. A que conclusão
chegou Descartes a partir delas?

A partir do texto apresentado, Descartes apresenta as premissas do argumento do


sonho. Ele menciona que frequentemente durante o sono noturno, ele é persuadido de
que está envolvido em atividades cotidianas, como estar sentado junto à lareira com
roupão, quando, na realidade, está deitado na cama, despido. Essas experiências do
sonho são tão convincentes que, ao acordar, ele duvida da confiabilidade dos sentidos.
A conclusão a que Descartes chega a partir dessas premissas é que não podemos
confiar nos sentidos para estabelecer a verdade, uma vez que os sentidos podem nos
enganar
2.Leia o texto seguintes de Descartes.
As coisas corpóreas podem não existir de um modo que corresponda exatamente ao
que delas percebo pelos sentidos, porque, em muitos casos, a perceção dos sentidos
é muito obscura e confusa; mas, pelo menos, existem nelas todas as propriedades
que entendo clara e distintamente, isto é, todas aquelas que, vistas em termos
gerais, estão compreendidas no objeto da matemática pura. R. Descartes,
Meditações sobre a Filosofia Primeira, Coimbra, Livraria Almedina, 1985, p. 210
(texto adaptado).

Haverá conhecimento a priori do mundo? Confronte as respostas de Descartes a esta


questão. Na sua resposta, integre adequadamente a informação do texto.
Quanto à questão de se há conhecimento a priori do mundo, Descartes acreditava que
era possível conhecer algumas verdades a priori, especialmente na matemática pura.
Ele argumenta que, embora a perceção dos sentidos seja obscura e confusa em muitos
casos, a matemática pura (que ele considera a mais clara e distinta) fornece
propriedades das coisas corpóreas que podem ser entendidas clara e distintamente.
Portanto, ele sugere que o conhecimento a priori, baseado na razão, pode ser obtido
sobre essas propriedades.
7. A dúvida cartesiana também se aplica às crenças a priori. O argumento que
permite pôr em causa as crenças a priori é o argumento (C) do génio maligno.

8. Imagine que submetia as suas opiniões ao teste da dúvida proposto por Descartes.
Qual das opiniões seguintes seria a mais resistente à suspeita de falsidade? (C) Neste
momento, não estou a sonhar.

GRUPO IV
1.Depois de ter superado o teste da dúvida, Descartes restabelece a confiança nos
sentidos. No texto seguinte, Descartes esclarece em que circunstâncias se justifica
confiar nos sentidos.
No que se refere ao bem do corpo, os sentidos indicam muito mais frequentemente a
verdade do que a falsidade. E posso quase sempre utilizar mais do que um sentido
para examinar a mesma coisa; e, além disso, posso utilizar tanto a minha memória,
que associa as experiências presentes às passadas, como o meu intelecto, que já
examinou todas as causas de erro. Por isso, não devo continuar a temer que seja
falso o que os sentidos me dizem habitualmente; pelo contrário, as dúvidas
exageradas dos últimos dias devem ser abandonadas como risíveis. […] E não devo
ter sequer a menor dúvida da sua verdade se, depois de apelar a todos os sentidos,
assim como à minha memória e ao meu intelecto, para examinar as indicações que
receber de qualquer destas fontes, não houver conflito entre elas.
R. Descartes, Meditações sobre a Filosofia Primeira, Coimbra, Almedina, 1976,
pp. 224-225. (Texto adaptado)
Explique, recorrendo ao texto, em que circunstâncias a informação proveniente dos
sentidos não deve ser aceite.
No texto de Descartes, ele explica em que circunstâncias a informação proveniente dos
sentidos não deve ser aceite, seguindo seu método de dúvida. Ele afirma que a
informação sensorial não deve ser aceite em caso de conflito entre os sentidos e
quando a perceção dos sentidos é obscura e confusa. Portanto, a informação dos
sentidos deve ser questionada quando há contradição entre os sentidos ou quando a
perceção sensorial é incerta e confusa. Este é um aspeto importante do método
cartesiano de busca pela verdade, que se baseia na dúvida metódica como uma
ferramenta para encontrar conhecimento indubitável.

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