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Ceticismo

Ceticismo: É uma corrente filosófica que nega, total ou parcialmente, a possibilidade


do conhecimento.
Põe em causa a justificação das nossas crenças. Temos crenças e algumas são
verdadeiras, mas saber se uma crença é conhecimento, se está justificada, está fora
das nossas possibilidades, nós não conseguimos. Logo, não temos conhecimento.
Suspendemos os nossos juízos em relação à verdade e falsidade, ou seja, não
sabemos se alguma coisa é verdade ou falsidade. Não sabemos nada.
Tipos de Ceticismo
Ceticismo Localizado (moderado): não podemos ter conhecimento sobre certas
categorias de factos (do futuro, de Deus, das outras mentes etc)
Ceticismo Global (radical): (ceticismo pirrónico ou pirronismo): Não podemos saber o
que quer que seja acerca do mundo. Nenhuma das nossas crenças está
suficientemente justificada para ser conhecimento.
Argumento do ceticismo

Se S sabe que P, então não é possível que S esteja enganado em relação a P.


É possível que S esteja enganado acerca de P.
Logo, S não sabe que P.

Modus Tollens
A B B .ˑ. A
Por exemplo: Sabemos que mudou a hora esta noite, olhamos para o relógio e
achamos que está atrasado uma hora. Se sabemos que o relógio está uma hora
atrasado, então não é possível estarmos enganados.
Segundo o ceticismo há boas razões para estarmos enganados: alguém pode ter
acertado o relógio sem nós sabermos ou afinal a hora só mudava no fim de semana
seguinte. Logo a crença pode ser objeto de dúvida. O sujeito cognoscente (o sujeito
que conhece) pode não estar em condições de afirmar que o relógio (objeto
cognoscível- que pode ser conhecido) está atrasado.
Tal como Gettier os defensores do ceticismo não questionam que para haver
conhecimento tem de existir crença verdadeira justificada (CVJ). Eles concordam,
mas:
 Gettier dizia que faltava uma 4ª condição, mas não dizia qual e só apresentou
contraexemplos.
 Os defensores do Ceticismo - Duvidam é da justificação das nossas crenças.
Nenhuma crença está suficientemente justificada, nenhuma crença é imune à
dúvida.
Argumentos a favor do ceticismo:
1º Argumento da regressão infinita
Para uma crença se tornar conhecimento ela tem de ser justificada. A própria
justificação também é uma crença, logo também necessita de justificação e assim
sucessivamente. Cria-se assim uma regressão infinita na justificação das nossas
crenças pois a cadeia não tem fim.
Por exemplo: O restaurante indiano da minha rua não está a servir o pão indiano
“puri”(crença A) esta crença é justificada por estarmos no Ramadão (crença B) e na
minha crença o cozinheiro não trabalha no Ramadão (crença C).Como é que sei que
estamos no ramadão? Porque no calendário diz que estamos no ramadão.(crença D)
Assim temos 3 alternativas quando pretendemos justificar uma crença por intermédio
de outras crenças:

Petição de princípio: é uma falácia informal -estamos a justificar a Crença A com a


Crença A.
Como nenhuma destas 3 alternativas resolve a questão logo nenhuma das nossas
crenças está justificada e logo não existe conhecimento.
Chama-se a esta situação Trilema de Münchhausen ou Trilema de Fries ou Trilema de
Agripa

Conclusão: “S não sabe que P porque nenhuma das suas crenças está justificada”
Se as nossas crenças não estão justificadas, não há conhecimento.

2º Argumento da ilusão dos sentidos (VISÃO AUDIÇÃO, TATO, PALADAR, OLFATO)


Habitualmente, nós confiamos nos nossos sentidos, mas, por vezes, eles enganam-nos.
Exemplo de ilusões:
 Às vezes parece que reconhecemos um amigo à distância, e descobrimos
depois que estamos a acenar a um desconhecido.
 Um lápis parcialmente submerso em água pode parecer curvo.
 Uma maçã pode ter um sabor amargo se acabámos de comer algo muito doce;
Pintura de Odeith parece que tem 3 dimensões, é uma ilusão.
Exemplos de alucinações:
 quando vemos coisas que não estão lá, exemplo ver água se estivermos
muitos dias no deserto.

Temos dois tipos de realismo;


1. Realismo direto ou ingénuo ou do senso comum : a maioria das pessoas
acredita que o mundo exterior existe e é real, há pessoas, casas, arvores etc e
esse mundo existe fora das nossas mentes e é mais ou menos como nós o
vemos e sentimos/percecionamos.
2. Realismo indireto ou critico
Os objetos existem independentemente das nossas mentes e continuam a
existir mesmo que ninguém os esteja a ver, mas não são exatamente como nós
os percecionamos/ vemos.

Conclusão:
O argumento da ilusão dos sentidos afirma que, porque os nossos sentidos nos
enganam por vezes, nunca podemos ter a certeza, que não nos estão a enganar num
dado momento, podem-nos levar à ilusão e ao erro.
Assim as crenças justificadas por intermediários percetuais (sentidos) não estão
justificadas.

3º Argumento do sonho
Chuang Tzu (filósofo chinês) sonhou que era uma borboleta a voar alegremente.
Depois de acordar, ele questionou se era um homem que teria acabado de sonhar que
era uma borboleta, ou se era uma borboleta que teria começado a sonhar que era um
homem.
 As ilusões dos sonhos parecem ser tão credíveis como a informação que
recebemos quando estamos acordados.
 As experiências que sentimos nos sonhos, são idênticas as que temos quando
estamos acordados. Se não é possível distinguir o sono da vigília (acordado)
então existe a possibilidade de engano.

Conclusão: o argumento do sonho permite concluir que não sabemos seja o que for
com base nos nossos sentidos (experiências sensoriais)

4º Argumento do cérebro numa cuba


Um cientista maluco poderia remover o cérebro de uma pessoa enquanto ela dorme
(tu por ex), deixá-lo num recipiente, num líquido que lhe dê nutrientes, e ligar os seus
neurónios a um supercomputador que lhes forneça impulsos elétricos idênticos aos
que o cérebro normalmente recebe. A pessoa a quem o cérebro pertence quando
acorda tem a ilusão de que tudo está perfeitamente normal, parece haver pessoas,
objetos, paredes, ruas, etc; mas realmente tudo isto é o resultado de impulsos
elétricos do computador para os terminais nervosos do cérebro.
A vítima do cientista maluco pode mexer o seu braço(ilusório), em direção ao manual
de filosofia também ele ilusório.

Conclusão: Como é que nós sabemos que o nosso cérebro não está numa cuba?
Parece que não sabemos o que quer que seja, nem a existência do nosso corpo, nem
do mundo.

Se S sabe P, então S sabe que não é um cérebro numa cuba.


S não sabe que não é um cérebro numa cuba.
Logo, S não sabe P

Quais são as objeções ao ceticismo?


O ceticismo é autorrefutante (refuta-se /contesta-se a sim próprio) – poderá alguém
afirmar ter conhecimento que não há conhecimento? Porque, se podemos afirmar que
nada sabemos é porque sabemos precisamente isso, ou seja, sabemos que nada
sabemos.

P: Enuncie o problema da possibilidade de conhecimento, justificando a sua pertinência


filosófica.
R: Poderemos afirmar que existe conhecimento? Podemos averiguar se temos
capacidade de entender e aprender o mundo, podemos afirmar que conhecemos? Ou
está fora das nossas possibilidades? É importante para a filosofia saber se
conseguimos justificar as nossas crenças verdadeiras. Para termos a possibilidade de
dizer que temos conhecimento.
De acordo com a teoria CVJ de Platão basta que tenhamos Crença Verdadeira e
Justificada para termos conhecimento. Para os Céticos, também para haver
conhecimento é necessária crença verdadeira e justificada, mas põem em causa a
justificação das nossas crenças. Temos crenças e algumas são verdadeiras, mas saber se
uma crença é conhecimento, se está justificada, está fora das nossas possibilidades, nós
não conseguimos. Logo, para os céticos, não temos conhecimento.
Para René Descartes “A Razão” é a única fonte capaz de garantir conhecimento, ou
seja, crenças verdadeiras e justificadas capazes de resistir a qualquer dúvida. Descarte é
um Racionalista, e o racionalismo pressupõe a natureza dedutiva do saber a partir
das crenças fundacionais ou crenças básicas. Estas crenças são os pilares a partir dos
quais se deve erguer todo o conhecimento. Estas crenças suportam as demais crenças.
Racionalismo e Empirismo
Qual a principal fonte de Racionalismo: é a Razão (o pensamento)

aquisição e justificação Empirismo: é a Experiência (sentidos e n/


experiência em do conhecimento?
relação ao mundo)

Racionalismo: teorias epistemológicas (do conhecimento) que identificam como


fonte do conhecimento o pensamento ou razão.
Teses do Racionalismo
 O Racionalismo defende que o conhecimento deve satisfazer dois critérios:
1. necessidade lógica
2. universalidade (válido para todos)

• O Racionalismo pressupõe a natureza dedutiva do saber a partir de primeiros


princípios ou crenças fundacionais ou crenças básicas :
1. Infalíveis (não podem estar erradas)
2. Indubitáveis (não podem ser postas em dúvida).
3. Irrefutáveis (são absolutamente verdadeiras)
 Estas crenças são os pilares a partir dos quais se deve erguer todo o
conhecimento.
 Estas crenças sustêm(suportam) as demais crenças (crenças não básicas)

• Os Racionalistas apoiam o Fundacionalismo e o Infalibilismo:

Fundacionalismo: O conhecimento é um sistema de crenças cuja justificação são as


crenças básicas ou fundacionais que são autojustificadas e suportam as outras crenças.
Infalibilismo: As crenças básicas ou fundacionais que suportam todo o sistema de
crenças têm de ser infalíveis, indubitáveis e irrefutáveis.

Relação entre o Fundacionalismo e Coerentismo


Para o Fundacionalismo a justificação de uma crença vem de uma relação de suporte das
crenças básicas para com as crenças não básicas
Para o Coerentismo a justificação de uma crença depende das relações de suporte mútuo que
uma crença estabelece com as outras crenças.
Ou seja, metaforicamente o conhecimento é para o Fundacionalismo um edifício construído
sobre alicerces sólidos
E para o Coerentismo é um barco ou um avião cuja força e estabilidade vem de todas as suas
Conhecimento à priori e a posteriori
a priori a posteriori
Baseia-se no pensamento e na razão. Temos de recorrer à observação e
experimentação
Racional Empírico
É um conhecimento certo Não é absolutamente certo (é
contingente)
Ex: Se A é maior que B e B é maior que C, Ex: A tem 5 m e 1 cm. (tem de se
medir)
logo A é maior que C. A língua oficial do Brasil é
portuguesa
O Diâmetro de um círculo é maior do que o raio Esta caneta é cor de rosa.

O Triangulo tem 3 ângulos Este bolo é de chocolate

Descartes (pai do Racionalismo)


René Descartes “A Razão é a única fonte capaz de garantir conhecimento,
absolutamente seguro, ou seja, crenças verdadeiras e justificadas capazes de
resistir a qualquer dúvida.

Método: A dúvida metódica


Tem como objetivo encontrar uma Crença Básica que servisse de fundamento ao
edifício do conhecimento. A Crença Básica tem de ser de tal modo evidente que nem
a mais extrema dúvida a pusesse em causa, recorre à própria dúvida como método
para provar a impossibilidade do ceticismo.
A dúvida é:
• Metódica • Voluntária • Provisória
 A dúvida cartesiana é distinta da dúvida cética. O objetivo de Descartes é
alcançar certezas e não permanecer em dúvida, é um meio para atingir a
verdade e a certeza e não um fim (método), como é para os céticos.
 Desconfiar de todas as crenças e considera-as provisoriamente falsas, até
encontrar uma crença indubitável.
• Universal(abrangente)• Hiperbólica (excessiva)• Sistemática(constantemente em
dúvida)
 Assim, o que não resistir à dúvida por ser falso ou duvidoso deve ser rejeitado.
Níveis da Dúvida
1º Nível de dúvida- Os sentidos enganam-nos
Se os nossos sentidos no enganam, ainda que apenas algumas vezes. Então o melhor é nunca
confiarmos neles: Os sentidos não são infalíveis.
2º Nível de dúvida-Vigília e sono não se podem distinguir
Não existem critérios seguros que nos permite distinguir as experiências que temos durante o
sono daquelas que temos quando estamos acordados(vigília): Os sentidos e a experiência não
são indubitáveis.
3º Nível de dúvida- A possibilidade de um génio maligno
A hipótese de estarmos a ser manipulados por um Cientista ou Génio Maligno / Deus
Enganador não pode ser afastada: As verdades da razão (conhecimento a priori) e a
existência do mundo físico não são indubitáveis.

Concluindo:
A dúvida metódica põe em causa as crenças baseadas nos sentidos (a posteriori) e
na razão (a priori). Duvidamos de quase tudo.

O método cartesiano tem uma certeza: A existência do sujeito que


duvida.
Duvidar é pensar,
Se penso, logo existo. Cogito ergo sum
Ou seja, pensar é uma condição suficiente para existir.

Cogito: substância pensante descoberta por intuição racional através do exercício da


dúvida. Primeira verdade indubitável do sistema cartesiano, a partir da qual é
construído, desde as fundações, por dedução, o conhecimento.

O Ceticismo o é abalado com a descoberta do Cogito.


Aquele que duvida pode estar a sonhar, a ser enganado pelos sentidos ou por um génio
maligno, mas não pode ser enganado acerca da sua existência, porque por exemplo o
génio maligno só me pode fazer acreditar em falsidades se de facto eu existir, eu só me
posso enganar pelos sentidos ou pelos sonhos se de facto eu existir, logo eu penso, logo
existo.
O cogito põe em causa o argumento da regressão infinita, como podemos ver abaixo. Penso
logo existo está justificado. Eu só posso ser enganado se eu existir.
Critério da Verdade Cartesiana
Clareza e Distinção
Só devemos considerar como verdadeiro aquilo que concebemos de forma
absolutamente clara e distinta. (à semelhança do cogito)
1. O cogito é uma verdade clara e distinta
2. O cogito é uma verdade absolutamente primeira
3. O cogito é uma verdade exclusivamente racional
4. O cogito é uma verdade autojustificada à priori
5. O cogito é uma crença básica ou fundamental
6. O cogito resiste aos argumentos céticos

O ceticismo foi refutado.

Dualismo cartesiano ou de sustâncias


O nosso corpo e a nossa mente são duas substâncias distintas
Mente: res cogitans (coisa pensante)
Substância mental (imaterial)
Indubitável
Corpo: res extensa(coisa extensa)
Substância física (material)
Dubitável
Nesta fase Descartes não está certo da existência do seu corpo como está da sua
mente.
Os argumentos céticos fazem nos duvidar sobre as crenças baseadas nos sentidos e
experiência.

Três tipos de ideias


A partir do seu critério de verdade, Descarte procura na sua mente ideias claras e
distintas e encontra 3 tipos de ideias:
Factícias- são ideias inventadas pela vontade e imaginação (ideias de sereias, dragões e
unicórnios)
Adventícias -ideias que não dependem da vontade e foram adquiridas através dos
sentidos (experiência) e vêm de objetos físicos exteriores à mente (pessoas, coisas,
situações) (ver o sol ou de sentir calor da lareira, ouvir ruido)
Inatas-ideias que dependem apenas da nossa capacidade de pensar, ou seja, como os
conceitos de matemática: números, triângulos círculos e conceitos metafísicos: como
os conceitos de verdade, liberdade, de Deus. (ideias de pensamento ou de verdade)
Descartes para poder prosseguir necessita de uma garantia externa e terá de afastar a
possibilidade de um Deus enganador e provar que aquilo que conhece com clareza e
distinção é absolutamente verdadeiro. Na ausência de garantia externa, o filósofo corre o risco
de cair no solipsismo – perspetiva epistemológica segundo a qual nada se pode conhecer, à
exceção do próprio e da sua mente.

Provas de existência de Deus


1. As duas provas que se seguem são baseadas exclusivamente na razão ( a priori).
2. Ambas têm como ponto de partida uma mesma premissa: ter em si uma ideia de
perfeição ou ideia de um ser perfeito.

1)Argumento da marca impressa


apoia-se na ideia da causalidade e de ser perfeito
Descarte tem em si a ideia de perfeição. Qual a causa de ter essa ideia?
Essa ideia virá de Descarte ou virá de Deus?
Descartes sabe que duvida, e se duvida não é um ser perfeito.
Logo, a ideia de perfeição vem de Deus que é um ser perfeito
Deus é ou existe e imprimiu na mente do filosofo a ideia de perfeição como uma marca inata
da ação do artista na sua obra.

P: A ideia de Deus é uma ideia inata e não uma ideia adventícia ou factícia.
R:Trata-se de uma ideia de um ser imaterial, não pode ser provocada por objetos materiais
exteriores à mente.
É uma ideia demasiado perfeita para ser criada por um ser imperfeito.

2)Argumento ontológico
apoia-se na ideia -ser perfeito
Deus é ou existe
Deus não é enganador
O que nos autoriza a afirmar que este ser perfeito-Deus- não é enganador?
R: A infinita bondade divina, incluída na sua perfeição, afirma Descartes.
Deus não é enganador
(P1) Um ser sumamente perfeito tem todas as perfeições.
(P2) A bondade é uma perfeição.
(C) Logo, Deus que é perfeito não pode ser enganador.

-- Deus como garante epistemológico –

A existência de Deus desempenha um papel crucial no fundacionalismo Cartesiano, porque é o


facto de Deus existir e não ser enganador que garante a verdade das nossas ideias claras e
distintas.

(P1) Posso confiar naquilo que concebo de forma clara e distinta se, e só se Deus existe e não é
enganador.
(P2) Deus existe e não é enganador.
(P3) Logo, posso confiar naquilo que concebo de forma clara e distinta.
 A partir daqui, Descartes, pode deduzir muitas verdades e construir com segurança o
edifício do conhecimento, apoiando-se naquilo que concebe com clareza e distinção.
 A existência de Deus é a segunda certeza descoberta por Descarte, mas a primeira em
grau de importância porque suporta a possibilidade de aquisição e justificação do
conhecimento.

O Mundo físico existe


(P1) Se nós temos sensações de alegados objetos materiais e os objetos materiais não existem,
então Deus é enganador.
(P2) Ora temos a sensação de alegados objetos materiais.
(P3) Mas Deus não é enganador
(P4) Logo os objetos materiais existem

Objeções ao racionalismo cartesiano


1. Descartes incorre numa petição de princípio-- Esta objeção é designada por círculo
cartesiano.
2. De acordo com David Hume, A dúvida cartesiana é universal e estende-se por isso a
todas as crenças e princípios, mas põe também em causa as faculdades mentais e as
operações do intelecto. Sendo assim, a dúvida Cartesiana é impraticável e incurável,
uma vez que não seria possível progredir na cadeia de raciocínios, apenas ficar em
estados de dúvida ou pensamento. Sendo assim, Descarte só poderia no máximo saber
a sua existência como sujeito pensante, mais nada.

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