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Shamballa

Onde a Vontade de Deus é Conhecida

Do Centro onde a Vontade de Deus é conhecida,


Guie o propósito as pequenas vontades dos homens;
O propósito que os Mestres conhecem e a que servem.

1 – Shamballa: O Centro onde a Vontade de Deus é conhecida.

2 – A Força de Shamballa.

3 – Seu uso e compreensão grupal.

1. Shamballa
O Centro onde a Vontade de Deus é conhecida

Definições

Shamballa é simplesmente uma palavra que dá a idéia de um vasto


ponto focal de energias aprovisionadas e reunidas pelo Logos Planetário,
com o fim de criar uma manifestação adequada de Sua intenção no
desenvolvimento e no serviço planetário.

Discipulado na Nova Era, vol. II pág. 404)

Shamballa é um estado de consciência ou uma sensível fase de


percepção onde existe uma aguda e dinâmica resposta ao propósito
divino – resposta possibilitada pela síntese do propósito e pela relação
espiritual entre Aqueles que estão associados a Sanat Kumara.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 276)

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O único lugar de completa “paz” é “o centro onde a vontade de Deus
é conhecida”. A Hierarquia espiritual de nosso planeta não é um centro
de paz, mas um verdadeiro vórtice de atividade amorosa, o lugar onde se
reúnem as energias provenientes do centro da vontade divina e da
humanidade, o centro de inteligência divina.

(O Reaparecimento do Cristo, pág. 28)

A paz, como expressão da vontade de Shamballa, produz equilíbrio,


síntese, compreensão e um espírito de invocação, sendo basicamente
uma ação que origina reação. Isto se manifesta como o primeiro grande e
mágico trabalho criador de que é capaz a humanidade, levando os três
aspectos divinos a uma atividade simultânea de acordo com a vontade de
Deus.

(A Exteriorização da Hierarquia, pág. 165)

Pensamentos-Chave

1. Shamballa é o lugar onde se acha o propósito, propósito que não


pode ser compreendido até que o plano seja seguido. Aqui há um
indício.

2. Shamballa não é um Caminho, mas um centro maior de estágios


relacionados e de uma energia relativamente estática – energia
que a intenção enfocada do Grande Conselho, atuando sob o
olho do Senhor do Mundo, mantém preparada para propósitos
criadores.

3. Shamballa é o ponto de maior tensão no planeta, tensão que


expressa vontade amorosa inteligente, livre de toda autovolição
ou prejulgamentos mentais.

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4. Shamballa é o principal agente receptor do planeta, do ângulo da
afluência solar, mas ao mesmo tempo é o principal ponto
distribuidor de energia, do ângulo dos reinos da natureza,
incluindo o quinto. A partir deste ponto de tensão o cânon da
vida e a Vontade do Logos planetário, através dos processos da
evolução, tomam corpo e finalmente amadurecem.

5. Shamballa recebe energia de distintas Entidades solares e extra-


solares, centros de vida concentrada e energética, ou seja, de
Vênus, do Sol Central espiritual, da atual constelação
condicionante pela qual pode estar transitando nosso sol, da Ursa
Maior e outros centros cósmicos. Sírio, que é o fator tão
importante na vida espiritual do planeta, faz com que suas
energias atuem diretamente sobre a Hierarquia e, portanto elas
não entram normalmente em nossa vida planetária por
intermédio de Shamballa.

6. Shamballa é o centro coronário, simbolicamente falando, de


nossa Vida planetária, enfocando sua vontade, seu amor e sua
inteligência numa grande e fundamental Intenção e mantendo
esse ponto enfocado durante todo o ciclo de vida de um planeta.
Esta grande Intenção personifica o atual propósito e se expressa
por meio do Plano.

(Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 519-520)

Shamballa, a Hierarquia e a Humanidade

Por trás deste centro de Amor e de Luz – a Hierarquia – encontra-se


outro centro, inominado para o Ocidente, mas que o Oriente lhe dá o
nome de Shamballa. Talvez o nome ocidental seja Shangri-La que está
sendo reconhecido em toda parte e representa um centro de felicidade e
propósito. Shamballa ou Shangri-La, é o lugar onde a Vontade de Deus
está enfocada e da qual são dirigidos Seus propósitos divinos. Ali são
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decididos os grandes movimentos políticos, o destino e o progresso de
raças e nações; do mesmo modo os movimentos religiosos, os
desenvolvimentos culturais e as idéias espirituais são enviados deste
centro hierárquico de Amor e de Luz. As ideologias políticas e sociais e
as religiões mundiais, a Vontade de Deus e o Amor de Deus, o Propósito
da divindade e os planos pelos quais esse propósito é levado à
criatividade, todos se enfocam através desse centro do qual cada um de
nós somos conscientemente parte, a própria Humanidade. Portanto, há
três grandes centros espirituais sobre o planeta: Shamballa, A Hierarquia
espiritual e a Humanidade.

(A Exteriorização da Hierarquia, pág. 407)

Em Shamballa, as Grandes Vidas que ali atuam, na sua totalidade,


não somente vêm à manifestação sem limitações de tempo, mas que
sentem todos os principais impulsos evolutivos que põem o mundo em
evolução em linha com a Vontade divina. Não personificam esses
impulsos em termos de movimento progressivo, mas de uma grande
reação divina e espiritual. Esta idéia talvez possa ser melhor
compreendida em termos do Eterno AUM, símbolo do Eterno AGORA.
Foi-lhes dito e demonstrado que o AUM está composto de um Som
maior, três sons menores e sete tons vibratórios subsidiários. Ocorre o
mesmo com a Vontade de Deus que está personificada e sintetizada
pelos Membros da Câmara do Conselho. Para Eles o “manter em solução
a Vontade de Deus constitui uma só e clara nota, quando vêem essa
Vontade em ação como três acordes unidos que se exteriorizam para os
três mundos do propósito DAQUELE que existirá durante eons; quando
impulsionam essa vontade a se manifestar, como sete tons vibratórios
que se estendem para os mundos refletidos na estrutura do Plano. Assim
a nota, os acordes e o tom produzem o Plano, revelam o Propósito e
indicam a Vontade de Deus”. Isto foi extraído de antigos arquivos que
constituem o estudo dos Mestres: referem-se à natureza de Shamballa,
seu trabalho e energias emanantes.

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Devido a que Shamballa constitui a síntese da compreensão no que
concerne à nossa Terra, é também o centro onde a Vontade Superior do
Logos solar impõe-se à Vontade de nosso Logos planetário, que, como
bem se sabe, é somente um centro de Seu corpo de manifestação. Com
este dado informativo nada têm vocês que fazer e os Mestres estão
aprendendo a conhecer a vontade do Logos planetário. Sem embargo, o
objetivo do esforço de Shamballa consiste em captar o Propósito solar,
cujo plano está se desenvolvendo nos níveis mais elevados do nosso
sistema planetário, assim como a Vontade, o Propósito e o Plano de
Shamballa, se desenvolvem nos três níveis inferiores do nosso sistema
planetário. Repito, este dado informativo somente serve para indicar os
objetivos hierárquicos, os quais surgem em tempo e espaço e penetram
na Mente do Próprio Deus.

Alguns sinônimos podem servir para desenvolver seu pensamento


sintético e trazer uma medida definida de iluminação.

SHAMBALLA HIERARQUIA HUMANIDADE


Síntese Unidade Separação
Vontade Propósito Plano
Vida Alma Aparência
Espírito Consciência Substância
Vivência Organismo Organização
Captação Polarização Foco de Atividade
Poder Impulso Ação
Energia Distribuição Força
Direção Transmissão Recepção
Cabeça Coração Garganta

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Será evidente que poucos podem compreender a intenção de
Shamballa se derem-se conta que não lhes torna fácil ver a diferença
entre unidade e síntese e, ao mesmo tempo, torna-me impossível aclarar
a diferença. Somente posso dizer que a síntese é, enquanto que a unidade
é construída e constitui a recompensa da ação e do esforço. À medida
que se progride no Caminho da Iniciação, aclara-se o significado da
unidade. Quando se dirige para o Caminho da evolução superior, surge a
síntese. Seria inútil dizer algo mais.

(A Exteriorização da Hierarquia, pág. 533-535)

O Propósito Divino

A energia que emana de Shamballa divide-se em duas correntes


diretas e características. Uma personifica o dinamismo do propósito e
está atualmente afluindo à Hierarquia e aos seus sete ashramas maiores.
A outra, que personifica a dinâmica da determinação ou da iluminada e
entusiasta vontade, chega diretamente à humanidade pelo conduto do
Novo Grupo de Servidores do Mundo. Até agora uma corrente maciça
tem afluído de Shamballa à Hierarquia, e o tem feito sem diferenciar o
tipo e a qualidade, a todos os grupos dentro da Hierarquia. A qualidade
da determinação ou o que a pessoa comum entende pela palavra vontade,
está atualmente afluindo ao Novo Grupo de Servidores do Mundo, e a
energia do propósito dinâmico, diferenciada em sete correntes
divergentes, verte-se em cada um dos “sete pontos de recepção”, os
ashramas dos Mestres dentro do “círculo não se passa” da Hierarquia.
Estas distintas classes de propósitos personificam as sete energias que
reorganizarão e voltarão a definir as empresas hierárquicas, inaugurando
assim a nova era. Os sete propósitos poderiam ser denominados da
seguinte maneira:

1. desconhecido, invisível e inaudível propósito de Sanat Kumara. É


o segredo da própria vida e conhecido unicamente por Ele. Na fase
inicial desta nova expressão atua por intermédio do Manu e do
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Mestre Morya; oculta o mistério central que todas as escolas
esotéricas – se ajustarem-se ao impulso inicial – eventualmente
revelarão. Quê pode ser não o sabemos, mas é insinuado na Regra
Treze.

2. O propósito que subjaz na revelação. Isto pode ser algo novo para
vocês porque tendem a considerar a revelação como uma meta em
si mesma. Raras vezes a conceituam como um efeito do propósito
interno de Sanat Kumara.

3. O propósito não reconhecido (ainda), que evocou a atividade


criadora do nosso Logos planetário. Pôs em atividade o terceiro
aspecto da divina Trindade. As razões geralmente apresentadas
pela mente finita do homem para justificar o que denominamos
“manifestação”, explicar o dualismo de tudo o que existe, a relação
espírito-matéria, de maneira nenhuma constituem explicações
válidas sobre o propósito divino, que tem seu fundamento na
própria dualidade essencial do homem. Estas são as explicações
mais elevadas da sua própria natureza divina que o homem pode
alcançar nesta época.

4. O misterioso propósito que fez necessária a atividade do Princípio


Dor. Sofrimento e dor são requisitos essenciais para realizar tal
propósito. A capacidade de sofrer, característica da humanidade,
constitui a reação consciente ao meio ambiente que sobressai do
quarto reino da natureza, o humano. Está vinculada com o poder de
pensar e de relacionar conscientemente a causa e o efeito.

5. O quinto grande segredo que subjaz no propósito de Sanat


Kumara está relacionado, num sentido peculiar, com a
manifestação cíclica de tudo o que existe nos três mundos da
evolução humana. Concerne àquilo que lentamente vai se
manifestando por intermédio da mente concreta inferior, quando
controla o desejo, e faz com que a substância e a matéria atuem em
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conformidade com o pensamento divino com respeito à linha
evolutiva.

A totalidade das idéias humanas, na sua fase mais elevada, em todas


as linhas de pensamento, afeta materialmente o que aparece no plano
físico em todos os reinos da natureza e a tudo aquilo que precipita as
civilizações e culturas, e expressa, nesse momento, a melhor resposta da
sensibilidade humana à Impressão cósmica.

O quinto propósito está estreitamente vinculado com todo o tema da


“vestidura de Deus” e com a manifestação de seu “manto de beleza”, na
medida que vai sendo criado e trazido à existência pela humanidade, a
qual atua como meio de expressão das idéias provenientes dos reinos
super-humanos, assim influenciando e induzindo os reinos subumanos a
uma cooperação criativa.

Torna-se-me difícil dar-lhes uma idéia do propósito que nos


concerne agora, porque está expressado na relação que existe nos
significados de Desejo, Vontade, Plano e Propósito. Estas palavras são
símbolos que o homem criou, na intenção de captar o propósito logoico.
Reconhece os impulsos do desejo e, no transcurso do processo evolutivo,
aprende a transmutá-los em aspiração; logo segue de forma vaga e às
apalpadelas, esforçando-se por compreender e acatar “a Vontade de
Deus”, como ele a denomina. Não obstante, enquanto a abordagem
humana com respeito a essa vontade permanecer negativa, submissa e
passiva (como está, devido à influência da abordagem teológica e ao
método inculcado pelas igrejas), nenhuma verdadeira luz será percebida
com respeito à natureza dessa vontade. Somente quando os seres
humanos entrarem em relação com a Hierarquia, forem gradualmente
absorvidos na vida hierárquica e começarem a receber as iniciações
superiores, poderão captar a real natureza da Vontade divina; e o
propósito de Sanat Kumara lhes será revelado quando valorizarem o
Plano e prestarem a conseqüente colaboração ao mesmo. Tudo se

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realizará mediante a transmutação do desejo em aspiração e logo numa
firme determinação.

É muito difícil dar indicações sobre a fase final do Propósito divino


e, ao dizer indicações, quero dizer exatamente isso, e não algo definido e
claro. Se lhes explico que o ritmo do cerimonial da vida cotidiana de
Sanat Kumara, implementado por música e som que são levados em
ondas de cores que batem nas margens dos três mundos da evolução
humana revelam - com as notas, tons e matizes mais puros - o segredo
mais profundo detrás do Seu propósito; lhes significaria alguma coisa?
Apenas o considerarão como um mero escrito simbólico que utilizei para
comunicar-lhes o incomunicável. Entretanto não escrevo
simbolicamente, somente dei uma exata versão da realidade.

Da mesma maneira em que a beleza, em qualquer de suas maiores


formas, irrompe na consciência humana, um tênue senso sobre o ritual da
vida cotidiana de Sanat Kumara é compreendido. Mais não posso dizer.

Portanto, temos aqui indícios sobre o Propósito divino; cada um dos


sete complementa e completa os outros seis. Somente quando intentamos
captar a totalidade da síntese interna chegamos a obter uma leve
insinuação da natureza dessa excelsa Consciência que trouxe à existência
o nosso planeta e tudo o que está contido nele e sobre ele.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 240-247)

Relações de Energia

O sétimo reino da natureza é o das Vidas Que colaboram com plena


capacidade compreensiva, com o Grupo de Seres que constituem o
núcleo do Conselho de Shamballa. Este grupo gira em torno do Senhor
do Mundo; sua consciência e estado de ser é apenas compreendido pelos
mais avançados membros da Hierarquia, e a relação destas Vidas com o
Senhor do Mundo é similar, embora fundamentalmente diferente, à
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relação dos membros da Hierarquia com os três Grandes Senhores – o
Cristo, o Manu e o Mahachohan. Através destes Senhores flui a energia
que emana de Shamballa, transmitindo o propósito e motivando o Plano
de Sanat Kumara – o Plano de sua vida. O que vocês denominam “o
Plano” é a resposta da Hierarquia à fluente vontade plena de propósito do
Senhor do Mundo.

Através de Sanat Kumara, o Ancião dos Dias (assim denominado na


Bíblia), flui a ignota energia cuja expressão são os três aspectos divinos.
Ele é o guardião da vontade da Grande Loja Branca de Sírio, e o peso
desta “intenção cósmica” é compartilhado pelos Budas de Atividade e
por esses Membros do Grande Conselho cuja consciência e vibração são
tão elevadas que somente uma vez por ano (por meio de seu emissário, o
Buda), podem, sem perigo, fazer contato com a Hierarquia.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 130)

No Festival de Wesak relacionam-se três fatores importantes para a


humanidade:

1. Pode-se entrar em contato com o Buda, que personifica ou é o


agente das Forças da Luz, e apropriar-se conscientemente daquilo
que estas forças tratam de transmitir à humanidade.

2. Pode-se entrar em contato com o Cristo, que personifica o amor e a


Vontade de Deus e o agente do Espírito de Paz, e treinar a
humanidade para se apropriar deste tipo extraplanetário de energia.

3. A humanidade pode estabelecer agora, por intermédio do Cristo e


do Buda, uma estreita relação com Shamballa e fazer sua própria
contribuição – como centro mundial – à vida planetária.
Compenetrada pela luz e controlada pelo Espírito de Paz, a
expressão da vontade para o bem da humanidade pode emanar
poderosamente deste terceiro centro planetário. Então a
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humanidade iniciará, pela primeira vez, a tarefa que lhe foi
designada como intermediária inteligente e amorosa entre os
estágios superiores de consciência planetária, os estágios super-
humanos e os reinos subumanos. Assim a humanidade chegará
oportunamente a ser a salvadora planetária.

(A Exteriorização da Hierarquia. pág. 162-163)

As massas humanas de todas as partes somente desejam


tranqüilidade. Não emprego a palavra “paz”, porque tem um significado
equívoco.

Os homens e mulheres reflexivos de todos os países determinaram


dar, se é possível, com maciça intenção esses passos que assegurarão a
paz na Terra mediante a expressão da boa vontade. Observem esta
fraseologia. Todos os discípulos ativos do mundo lutam com os meios
disponíveis para difundir o evangelho do sacrifício, porque somente
sacrificando o egoísmo pode estabelecer-se sem perigo a estabilidade
humana. Estas palavras resumem o chamado que se faz àqueles cuja
responsabilidade é determinar a política (nacional ou internacional) e dar
esses passos que estabelecerão retas relações humanas. A Hierarquia
permanece, não vigiando nem esperando, mas atuando hoje com a
sabedoria impulsionadora e a intenção firme, a fim de fortalecer as mãos
de Seus trabalhadores em todos os campos da atividade humana
(político, educativo e religioso) para que possam empreender a correta
ação e influir devidamente o pensamento humano.

Uma poderosa atividade de primeiro Raio -a atividade de vontade ou


propósito- está entrando em ação. Cristo, como Guia das Forças da Luz,
concedeu poder aos ashramas dos Mestres que pertencem a este primeiro
Raio de poder, a fim de fortalecer as mãos de todos os discípulos nos
campos governamental e político de cada nação; iluminar, se é possível,
os diferentes legisladores nacionais, qualquer que for o meio necessário,
para que o poder da sua palavra, a sabedoria do seu planejamento e a
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amplitude do seu pensamento, sejam tão efetivos que o “Ciclo de
Conferências e de Concílios” que iniciam agora os estadistas do mundo,
possa estar sob a guia direta (também se é possível) Daqueles que na
Câmara do Conselho de Shamballa conhecem qual é a Vontade de Deus.

O egoísmo das pequenas mentes nas diferentes legislaturas do


mundo deve ser combatido de alguma maneira. Tal é o problema.

Não esqueçam que a energia divina deve fazer impacto nas mentes
humanas, mentes que no seu efeito em conjunto são o único instrumento
disponível por intermédio do qual a Vontade de Deus pode expressar-se
e que respondem necessariamente aos resultados estimulantes e
energizadores desse impacto, e este evocará resultados adequados no tipo
de mente afetada. A resposta será compatível com a qualidade e a
intenção dessas mentes.

(A Exteriorização da Hierarquia, pág. 446-447)

2. A força de Shamballa

As relações subjacentes

Logicamente não é possível apresentar um verdadeiro quadro dos


sucessos e acontecimentos internos produzidos na vida do nosso Ser
planetário. Somente indicarei que a atual situação é simplesmente a
concreção da reação e a resposta da humanidade para grandes
acontecimentos iniciadores e paralelos que envolvem os seguintes
grupos:

1. Avatar emanante e Sua relação com o Senhor do Mundo, nosso


Logos planetário.

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2. Os Senhores da Liberação, enfocados no Seu elevado lugar, na
medida que adquirem consciência da invocação da humanidade e
se relacionam mais estreitamente com os três Budas de Atividade.

3. O Grande Conselho de Shamballa e a Hierarquia planetária.

4. O Buda e seus Arhats, na medida que colaboram de forma unida


com o Cristo e seus discípulos, os Mestres de Sabedoria.

5. A Hierarquia, personificação do quinto reino da natureza, e sua


relação atrativa e magnética com o reino humano, o quarto reino.

6. O efeito que produzem os mencionados grupos de Vidas sobre a


humanidade e as inerentes conseqüências ao manifestar-se nos
reinos subumanos.

Um estudo do exposto acima, em termos de força e energia,


proporcionará alguma idéia da síntese fundamental das relações e a
unidade do todo.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 13)

Cada aspecto divino tem três aspectos subsidiários e, em nosso


planeta e no plano físico cósmico é revelado o aspecto inferior do amor
(o que denominamos a vontade para o bem). Para a humanidade, que luta
neste plano físico cósmico, subdividimos inconscientemente esta vontade
para o bem em três aspectos; somente agora, recentemente, estamos
começando a compreendê-los como possibilidades existentes.

Chamamos boa vontade ao aspecto inferior, compreendendo muito


pouco a atitude que poderia estabelecer-se para obter a meta universal;
ao segundo aspecto chamamos vagamente amor, e esperamos
demonstrar que efetivamente manifestamos amor por meio da nossa
afiliação com a Hierarquia; ao aspecto mais elevado o denominamos
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vontade para o bem e não o definimos porque não é possível, até para
iniciados da quinta iniciação, compreender verdadeiramente a natureza e
o propósito da vontade para o bem que condiciona a atividade divina.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 536)

A respeito da própria Hierarquia, falando esotérica e tecnicamente,


muitos dos seus Membros “estão sendo retirados do ponto médio de
santidade e absorvidos no Conselho do Senhor”. Em outras palavras,
passam a um trabalho superior, convertendo-se em guardiões da energia
da vontade divina e não simplesmente em guardiões da energia do amor.
Daí em diante atuarão como unidades de poder, não somente como
unidades de luz. Seu trabalho se faz dinâmico em vez de atrativo e
magnético, e concerne ao aspecto vida e não unicamente ao aspecto alma
ou consciência.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 15-16)

A potência da Vontade de Deus

A energia de Shamballa é a demonstração da Vontade de Deus numa


nova e poderosa vivência.

(O Destino das Nações, pág. 17)

Esta energia subjaz na crise mundial do momento. A Vontade de


Deus é produzir certas mudanças radicais e transcendentais na
consciência da raça, que alterarão completamente a atitude do homem
para a vida e sua compreensão espiritual, esotérica e subjetiva, das
essencialidades do viver. Esta força trará (conjuntamente com a força do
segundo Raio) essa tremenda crise – iminente na consciência humana –
denominada segunda crise, a iniciação da raça no Mistério das Idades.

(O Destino das Nações, pág. 13)


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Esta energia da vontade é a mais poderosa em todo o esquema da
existência planetária. É denominada a “força de Shamballa”, que
mantém unidas todas as coisas na vida, sendo na realidade, a própria
vida. É a força vital ou vontade divina (que complementa a intenção
divina) por cujo intermédio Sanat Kumara alcança a Sua meta. Em
menor escala, é o emprego de um dos aspectos inferiores da vontade
(auto-vontade humana) que permite ao homem levar seus planos à
consecução e alcançar o propósito que foi fixado – se é que o fez. Onde
não há vontade o plano morre e o propósito não se realiza. Inclusive no
que corresponde à própria vontade, o que constitui na verdade a “vida do
projeto”.

Quando Sanat Kumara tiver alcançado Seu propósito planetário,


retirará Sua poderosa energia e (ao fazê-lo) sobrevirá a destruição. Por
temor a produzir-se um impacto demasiado grande sobre os reinos da
natureza, que não estão preparados, esta força de Shamballa está
firmemente dominada. Isto também se refere ao impacto sobre a
humanidade.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 715)

A primeira e mais poderosa força é a que flui ao mundo a partir de


Shamballa, o centro planetário onde a Vontade de Deus é conhecida.
Somente duas vezes em nossa história planetária fez-se sentir
diretamente esta energia de Shamballa: a primeira, quando aconteceu a
grande crise humana na individualização do homem na antiga Lemúria; a
segunda, nos dias atlantes, na grande luta entre os Senhores da Luz e os
Senhores da Forma Material, denominada também Forças Obscuras.
Atualmente a força de Shamballa flui do Centro Santo e personifica o
aspecto Vontade da crise mundial atual e seus dois efeitos ou qualidades
subsidiárias são:

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 A destruição do indesejável e dos obstáculos nas formas mundiais
atuais (governo, religião e sociedade).

 A força sintetizadora que une o que até agora havia estado


separado.

A força de Shamballa é tão nova e irreconhecível que é difícil à


humanidade conhecê-la pelo que é, a demonstração da benéfica Vontade
de Deus numa nova e poderosa vivência.

(A exteriorização da Hierarquia, pág. 71-72)

A energia do primeiro aspecto divino (o de vontade e poder) está


sendo aplicada agora escrupulosamente por Shamballa. Esta energia da
vontade é - como já ensinei – a potência da vida em todos os seres e no
passado somente pôde fazer contato com “a substância da
humanidade” através da Hierarquia. Recentemente foi permitido, de
forma experimental, fazer o impacto direto e disto a guerra mundial
(1914-1945) foi a primeira evidência, aclarando questões, apresentando
oportunidades, purificando o pensamento humano e destruindo a antiga e
caduca civilização. Esta é uma energia excessivamente perigosa e não
pode ser aplicada em plena medida enquanto a raça dos homens não
houver aprendido a responder mais adequadamente à energia do segundo
aspecto amor-sabedoria e, portanto, ao governo do Reino de Deus.

(A Exteriorização da Hierarquia, pág. 658)

Liberação da força de Shamballa

H.P.B. (um dos primeiros discípulos ativos que surgiu pelo impulso
da exteriorização e da energia do primeiro Raio que a impulsionava)
proporcionou o cenário para o Plano sob minha impressão; a estrutura
mais detalhada e o alcance da intenção hierárquica as expressei em meus

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livros que A.A.B. apresentou ao público com seu próprio nome
(fazendo-o de acordo com minhas instruções).

Pela primeira vez na história humana, o propósito dos


acontecimentos passados – históricos e psicológicos – pode ser
observado nitidamente, como que constitui a base de todos os
acontecimentos atuais, chamando facilmente a atenção do público sobre
a misteriosa Lei do Carma.

Pode se considerar que o presente indica o caminho do futuro,


revelando claramente que a Vontade de Deus anima todo o processo
evolutivo – um processo no qual a humanidade (também pela primeira
vez) participa e colabora inteligentemente. Esta participação cooperativa,
embora inconscientemente prestada, fez possível que a Hierarquia
aproveitasse a oportunidade de pôr fim ao longo silêncio em que
persistiu desde os dias atlantes. Agora os Mestres podem começar a
remover a antiga “participação nos segredos”, e preparar a humanidade
para uma civilização que se caracterizará pela constante percepção
intelectual da verdade e que colaborará com os ashramas, exteriorizados
em diversas partes do mundo.

A consolidação interna agora aflorou, se posso empregar uma


expressão tão inadequada, e a maioria dos Membros da Hierarquia não
põe muita atenção à recepção da impressão de Shamballa, e se orienta
agora de forma dirigida e totalmente nova, ao quarto reino da natureza.
Ao mesmo tempo, uma poderosa minoria de Mestres vai entrando numa
mais estreita associação com o Conselho de Sanat Kumara.

(A Exteriorização da Hierarquia, pág. 685)

Um intenso processo de treinamento acontece em cada ashram, em


idênticas linhas, dando por resultando o “isolamento”, ocultamente
compreendido, de certos Mestres e iniciados. Foram isolados assim a fim
de poderem trabalhar com Shamballa com maior facilidade e disposição;
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deste modo, podem forjar um depósito de energia, dinâmico e energético
(a energia da Vontade Divina), disponível para que os demais Membros
da Hierarquia a empreguem quando, em “unidade isolada”,
permanecerem nos elevados caminhos da Terra e assim “estar no mundo
e, sem embargo, não ser do mundo”.

Quando se aprende esta lição, ambos os grupos hierárquicos põem


em atividade sua vontade de sacrifício o que constitui o fio vinculador
entre Eles e esse aspecto do antakarana pelo qual pode fluir a energia de
forma nova e elétrica a partir de Shamballa, por conduto da minoria
hierárquica mencionada e um grande grupo de Mestres, iniciados e
discípulos, a quem é encomendada a tarefa de consolidação.

Tudo isto constitui – para os Membros da Hierarquia – um processo


definido de provas e ensaios, prévio a alguma das iniciações superiores e
preparatório para as mesmas.

(A Exteriorização da Hierarquia, pág. 687-688)

A energia que flui através da Hierarquia, atualmente – a energia do


amor – trata de mesclar-se com a que flui de Shamballa, e é necessário
aplicá-la na forma desejada.

O problema da Hierarquia nesta época é produzir uma sábia e


adequada fusão das energias de Shamballa e da Hierarquia, para assim
moderar a destruição e provocar o afloramento do espírito construtivo,
pondo em ação as forças de construção e de reabilitação da energia do
segundo Raio.

A energia de Shamballa prepara o caminho para a energia


proveniente da Hierarquia. Sempre foi assim desde o começo dos
tempos, embora os ciclos da Hierarquia, relativamente freqüentes, não
têm coincidido com os de Shamballa que são pouco freqüentes e raros.
Na medida que o tempo passa, o impacto da força de Shamballa será
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mais freqüente, porque os homens terão desenvolvido o poder de fazer
frente a ela e a ela resistir.

Atualmente está sendo tentada a experiência de se permitir ao


homem receber esta energia e o seu impacto livres da mediação da
Hierarquia. Talvez o esforço seja prematuro e abortivo, mas a questão
não foi determinada e o Senhor de Shamballa e aqueles que O assistem,
mais a ajuda dos observadores Membros da Hierarquia, não estão
desanimados pelos resultados iniciais. A humanidade está respondendo
inesperadamente bem.

Entretanto, novas formas vão sendo construídas e as potências de


Shamballa, mais a guia hierárquica, trabalham para fins definidamente
planejados que se realizam de forma favorável.

(O Destino das Nações, pág. 18-19)

A impressão dinâmica que emana de Shamballa abarca grandes


ciclos e ondas cíclicas, os quais são impulsionados de fontes extra-
planetárias, de acordo com a demanda ou invocação do Senhor do
Mundo e seus associados, emanando como resposta à “vontade
reconhecida” de Sanat Kumara na Câmara do Conselho.

(Telepatia e o Veículo Etérico, pág. 81)

Foi dito que esta força - no final deste século - fez o seu primeiro
impacto sobre a humanidade; até agora tem chegado ao gênero humano
nos três mundos, depois de ser atenuada e modificada em sua trajetória
através do grande centro planetário, ao que chamamos Hierarquia. Este
impacto direto se repetirá em 1975 e também no ano 2000, mas então os
riscos não serão tão grande como no primeiro, devido ao crescimento
espiritual do gênero humano. Cada vez que esta energia faz impacto na
consciência humana, aparece um aspecto mais pleno do plano divino.
Esta energia produz síntese, que retém todas as coisas dentro do círculo
19
do amor divino. Desde que fez impacto nos últimos anos, o pensamento
humano se ocupou mais em alcançar a unidade e conseguir a síntese em
todas as relações humanas como nunca o fez antes, e um dos resultados
desta energia foi a formação das Nações Unidas.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 716)

Cooperação com a força de Shamballa

Passaram-se dois mil anos desde o episódio de Getsemani e desde


que Cristo estabeleceu o primeiro contato com as forças de Shamballa.
Por este meio e para o bem da humanidade, estabeleceu uma relação que,
depois de vinte séculos, só é uma frágil e débil linha que conduz energia.

Entretanto, esta força de Shamballa está disponível para ser


empregada corretamente, mas o poder de expressá-la está em sua
compreensão (até onde for possível neste ponto médio da evolução
humana) e uso grupal. É uma força unificadora, sintética, mas pode ser
utilizada como uma força regimentadora, padronizante. Permitam-me
repetir as palavras chaves para o uso da energia de Shamballa: uso e
compreensão grupais.

A humanidade tem tido muita dificuldade em compreender o


significado do Amor. Se isto é assim, seu problema em relação com a
Vontade será, logicamente, mais difícil. Para a vasta maioria dos homens
o verdadeiro amor constitui só uma teoria. O amor (como geralmente o
interpretamos) se expressa como bondade, mas uma bondade para o
aspecto forma da vida, para as personalidades que estão ao nosso redor e
que se desenvolve em geral num desejo de cumprir com nossas
obrigações e sem obstruir de forma alguma essas atividades e relações
que tendem para o bem-estar de nossos semelhantes. Expressa-se num
desejo para terminar com os abusos e conseguir condições materiais
mundiais mais felizes. Demonstra-se no amor materno, amor entre
amigos, mas raras avezes como amor entre grupos e nações. O amor é o
20
tema do ensinamento cristão, assim como a vontade divinamente
expressada constituirá o tema da futura religião mundial, como tem sido
o impulso que subjaz na grande parte do bom trabalho realizado nos
campos da filantropia e do bem-estar humano, mas, na realidade, o amor
não foi nunca expressado, exceto por Cristo.

Talvez me perguntassem: por quê dou tanta importância sobre este


aspecto superior divino? Por quê não esperar até que saibamos algo mais
sobre o amor e como manifestá-lo em nosso meio ambiente? Porque, em
sua verdadeira expressão, a Vontade é necessária hoje como força
propulsora e expulsora e como agente clarificador e purificador.

(Astrologia Esotérica, pág. 581-582)

Os três aspectos emergentes da vida, a qualidade e a energia de


Shamballa são:

1. A Vontade que condiciona o aspecto vida.

2. A Vontade que traz o cumprimento de retas relações humanas.

3. A Vontade que, finalmente, conquista a morte.

Estes três aspectos estão relacionados com as três expressões divinas


de espírito, alma e corpo, ou vida, consciência e forma, ou vida,
qualidade e aparência. Este aspecto da expressão da vida de Cristo nunca
foi devidamente estudado, entretanto, embora seja uma pequena captação
e compreensão dele, ajudaria a humanidade a fazer retroceder o mal
(individual, grupal e planetário) para o lugar de onde veio e também
ajudaria a liberar a humanidade do terror que agora ameaça em todas as
partes, desafiando Deus e os homens.

Portanto, a energia de Shamballa é aquilo que está relacionado com


a vivência (por meio da consciência e da forma) da humanidade. Não é
21
necessário que consideremos sua relação com o resto do mundo
manifestado. Concerne ao estabelecimento de retas relações humanas e
constitui essa condição de ser que, oportunamente, nega o poder da
morte. Portanto, é o incentivo e não o impulso, é o propósito realizado e
não a expressão do desejo. O desejo sobe da e através da forma material;
a vontade desce à forma, obrigando-a conscientemente ao propósito
divino. Um é invocador, a outra evocadora. Quando o desejo está
acumulado e enfocado, pode invocar a vontade; quando a vontade é
evocada, dá fim ao desejo e se converte numa força imanente, propulsora
e impulsora, estabilizando, clarificando e finalmente – entre outras coisas
– destruindo. É muito mais que isto, mas, na atualidade, é tudo o que o
homem pode compreender, para o que já possui o mecanismo de
compreensão. Esta vontade – despertada pela invocação – deve ser
enfocada na luz da alma e dedicada a servir os propósitos da luz e
estabelecer corretas relações humanas, que devem ser aplicadas (com
amor) para destruir tudo o que obstaculiza a livre afluência da vida
humana e está produzindo a morte (espiritual e real) da humanidade. Esta
vontade deve ser invocada e evocada.

(Astrologia Esotérica, pág. 583-584)

Só existe uma maneira pela qual a vontade maligna enfocada,


devido a que pode responder à força de Shamballa, poderá ser superada,
ou seja, opondo uma vontade espiritual igualmente enfocada,
demonstrada por homens e mulheres de boa vontade que respondam e
possam treinar-se para chegar a ser sensíveis a este novo tipo de energia
entrante e que aprendam a invocá-la e evocá-la.

Em conseqüência, poderão ver que em minha mente havia algo mais


que o uso casual de uma palavra comum, quando considerei os termos
boa vontade e vontade para o bem. Mantive em meus pensamentos não
só a bondade e a boa intenção, mas a enfocada vontade para o bem que
pode evocar a energia de Shamballa para ser empregada para deter as
forças do mal.
22
Compreendo que esta idéia é relativamente nova para muitos
leitores. Para outros significará pouco ou nada. Alguns poderão ter
débeis vislumbres desta nova abordagem e serviço a Deus que pode e
deve ser feita, repito, para reconstruir e reabilitar o mundo. Quero indicar
aqui que só se entra em contato com o aspecto vontade a partir do plano
mental e, portanto, só aqueles que estão trabalhando com a mente e por
intermédio dela, podem começar a se apropriar desta energia. Aqueles
que tratam de evocar a força de Shamballa estão se aproximando da
energia do fogo. O fogo é o símbolo da qualidade do plano mental,
também um aspecto da natureza divina, e foi o aspecto fundamental da
Guerra. O fogo é produzido por meios físicos com a ajuda do reino
mineral, sendo o escolhido e ameaçador grande meio de destruição nesta
guerra. É o cumprimento da antiga profecia de que a tentativa de destruir
a raça Ariana seria por meio do fogo, assim como a antiga Atlântida foi
destruída pela água, mas, a ardente boa vontade e o uso enfocado e
consciente da força de Shamballa, podem contrapor o fogo com o fogo e
isto deve ser feito.

Não posso lhes dizer mais sobre este tema, até que o hajam estudado
durante um tempo, tratando de compreender o emprego da vontade, sua
natureza, propósito e relação com o que vocês entendem por vontade
humana. Devem refletir sobre como deveria ser empregada e de que
maneira os aspirantes e discípulos, mentalmente polarizados, poderiam
enfocar essa vontade e tornarem-se encarregados, sem perigo, da
responsabilidade de seu uso inteligente. Depois, quando souberem mais
sobre isso, lhes proporcionarei maior conhecimento sobre a matéria.
Entretanto, quero fazer uma sugestão prática. Não se poderia organizar
um grupo que tomasse esta questão como tema de meditação e tratasse
de capacitar-se – por meio da correta

compreensão – para fazer contato com a energia de Shamballa e aplicá-


la? Não seria possível elaborar gradualmente o tema da revelação da
vontade divina, para que o tópico geral possa estar preparado para ser
23
apresentado ao público quando chegar verdadeiramente a paz? Muitas
coisas hão de ser consideradas a este respeito. Temos a demonstração
dos três aspectos da vontade, tal como foram enumerados anteriormente,
a preparação do indivíduo para expressar esta energia, uma madura
consideração da relação da Hierarquia com Shamballa, realizada na
medida que os Mestres tratam de desenvolver o propósito divino, para
serem Agentes distribuidores da energia da vontade. Ademais, à parte de
todo o centro hierárquico, temos que fazer o esforço para compreender
algo da natureza do primeiro aspecto e seu impacto direto sobre a
consciência humana, feito sem nenhum processo de absorção nem de
atenuação a que é submetido pela Hierarquia. Em outra parte me referi a
este contato direto. Poderá ser mais direto e completo quando houver
maior segurança, como resultado de uma abordagem humana mais
compreensiva.

(Astrologia Esotérica, pág. 586-588)

Qualidade e efeito da força de Shamballa

Há três grandes energias enfocadas em Shamballa, o assento do


fogo:

1. A energia purificadora. O poder inato no universo manifestado


que, gradual e constantemente, adapta o aspecto substância ao
aspecto espiritual através de um processo que denominamos
purificação, no que concerne à humanidade. Envolve a eliminação
de tudo o que impede a plena expressão da natureza divina.

2. A energia destruidora. Destruição que elimina todas as formas que


aprisionam a vida espiritual interna e que oculta a luz interna da
alma. Tal energia, portanto, constitui um dos principais aspectos da
natureza purificadora da Vida divina e por esta razão mencionei a
purificação antes da destruição.

24
É o aspecto destruidor da própria vida, assim como analogamente
existe um agente destruidor da própria matéria. Duas coisas devem ter-se
presente em conexão com o aspecto destruidor da Deidade e com os
aspectos responsáveis por sua aparição.

 A atividade destruidora é iniciada pela vontade Daqueles que


constituem o Conselho de Shamballa, os agentes encarregados de
pôr as formas dos reinos subumanos em linha com o propósito
evolutivo. De acordo com a lei cíclica, esta energia destruidora
entra em atividade e destrói as formas de vida que impedem a
expressão divina.

 Também é posta em atividade por determinação da humanidade,


que, de acordo com a lei do Carma, converte o homem em senhor
do seu próprio destino, levando-o a iniciar as causas que são
responsáveis pelos acontecimentos e conseqüências cíclicas, nos
assuntos humanos.

Logicamente existe uma estreita relação entre o primeiro Raio de


Vontade ou Poder, as energias concentradas em Shamballa e a Lei do
Carma, particularmente com respeito à sua potência planetária e em
relação com a humanidade avançada. Dois fatores precipitaram subjetiva
e espiritualmente a atual crise mundial: o crescimento e desenvolvimento
da família humana e, como já foi dito, a afluência da força proveniente
de Shamballa nesta época particular, resultado da lei Cármica e da
planejada decisão do Grande Conselho.

3. A energia organizadora. Energia que pôs em atividade as Grandes


Vidas de Raio e iniciou o motivo e o impulso daquilo que produz a
manifestação. Assim vieram à expressão as sete qualidades de raio.
A relação entre espírito e matéria produz este processo ordenado
que, por sua vez, ciclicamente e de acordo com a lei, cria o mundo
manifestado, como campo de desenvolvimento da alma e zona
onde se cumpre o propósito divino por intermédio do plano.
25
Tais energias precipitaram a crise mundial e é importante reconhecer
a real natureza das forças de Shamballa na medida que atuam sobre
nossa vida planetária e desenvolvem o destino humano.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 84-86)

A luz pode ser considerada como um sintoma, uma resposta para a


união e a conseqüente fusão do espírito com a matéria.

Portanto, quando aparece em tempo e espaço um grande ponto de


fusão e crise solar (pois isso é, mesmo quando produz uma crise
planetária), a luz aparece imediatamente e é de tal intensidade que só
quem conhece a luz da alma e é capaz de suportar a luz hierárquica, pode
ser treinado para penetrar e formar parte da luz de Shamballa e
freqüentar essas "radiantes salas onde atuam as Luzes que realizam a
Vontade de Deus".

Trazendo o conceito para mais perto de nós, direi que a luz da alma
domina a luz material da personalidade somente quando, evocada pelo
amor, a vontade da personalidade e a vontade da alma se unem. Esta é
uma afirmação importante. Somente quando a vontade da mônada e a
vontade da Hierarquia de almas se unem e se fundem nas “camadas
superiores” (se posso utilizar um moderno termo de negócios), a radiante
luz da Vida domina as luzes fundidas da Humanidade e da Hierarquia.
Tenuemente esta união e fusão grupal pode ser observada acorrendo
agora.

Este é também o primeiro toque da radiação proveniente de


Shamballa que está revelando o mal de maneira universal, produzindo
inquietude mundial e o alinhamento do bem e do mal. Este toque de
radiação é o fator condicionante que está por trás do denominado
planejamento de pós-guerra e das idéias de reestruturação e reconstrução

26
mundiais que predominam nos melhores pensamentos humanos na
atualidade.

Deve se ter muito em conta que o mal (o mal cósmico ou a fonte do


mal planetário) está mais próximo de Shamballa que da Humanidade. As
Grandes Vidas atuam livres de toda fascinação. Sua visão é
extremamente simples, ocupam-se unicamente da grande e simples
dualidade de espírito e matéria e não das inumeráveis formas que a fusão
de ambas traz à existência. O que constitui o mal é o domínio do
espírito (e seu reflexo, a alma) pela matéria, e esta afirmação se aplica
também ao desenvolvimento do indivíduo ou do grupo. As “Luzes que
realizam a Vontade de Deus” atuam livres da fascinação do mal. A Luz
em que Elas atuam As protege, e Sua própria, inata e inerente radiação,
rechaça o mal, mas “atuam junto do mal, ao qual todas as formas
menores estão propensas”. Formam parte de um grande Grupo de
observadores que “vão adiante em tempo e espaço”. Seus membros
observam como prossegue na Terra a grande guerra e conflito entre as
Forças da Luz e as Forças do Mal. Liberam as Forças da Luz sobre a
Terra em tal quantidade que as Forças do Mal são inerentes à sua própria
substância, da qual estão construídas as inumeráveis formas de vida.

Na atualidade o Grande Conselho de Shamballa, que havia atuado


através da Hierarquia, trabalha com a vida dentro da forma e, ao
trabalhar assim, devem proceder com muita cautela porque estas Luzes
sabem que o perigo de estabelecer prematuramente um contato direto
com a humanidade e o conseqüente sobreestímulo é muito grande.

Uma das causas da atual hecatombe está no fato de que a


humanidade foi considerada capaz de suportar e receber um “toque de
Shamballa”, sem que fosse necessário atenuá-lo por meio da Hierarquia,
como era feito habitualmente. A determinação de aplicar este toque
(como um grande experimento) surgiu em 1825, quando o Grande
Conselho celebrou a sua costumeira reunião centenária. Os resultados já

27
são de conhecimento de vocês, pois estão se desenrolando ante seus
próprios olhos.

Faz cem anos o movimento industrial começou adquirir forma e,


devido a esse toque, recebeu um grande impulso. O mal existente nas
nações – a agressão, a cobiça, a intolerância e o ódio – despertou-se
como nunca e desencadearam as duas guerras mundiais, uma delas ainda
em andamento (isto foi escrito em outubro de 1943). Paralelamente a isto
produziu-se o levantamento do bem, em resposta ao “toque” divino,
dando por resultado o crescimento da compreensão, da difusão do
idealismo, a purificação de nossos sistemas educativos e o
estabelecimento de reformas, em cada setor da vida humana. Tudo foi
acelerado e não se viu, antes de 1825, um progresso em tão ampla escala.
O conhecimento sobre a Hierarquia também está sendo difundido pelo
mundo. Os fatos sobre o discipulado e a iniciação estão sendo de
propriedade comum e, em conseqüência, a humanidade tem avançado
para uma maior quantidade de luz.

O bem e o mal destacam-se com toda clareza. A luz e a obscuridade


encontram-se numa justaposição mais brilhante. As questões do bem e
do mal aparecem mais claramente definidas e toda a humanidade vê em
escala mundial os grandes problemas da retidão e o amor, do pecado e a
separatividade.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 143-146)

3. Seu uso e compreensão grupal

Há duas palavras chaves para o uso da energia de Shamballa: uso e


compreensão grupais.

(Astrologia Esotérica, pág. 581)

28
Iniciação Grupal

O iniciado sempre foi um iniciado. O divino Filho de Deus sempre


foi conhecido pelo que é. Um iniciado não é resultado do processo
evolutivo mas a causa do processo evolutivo.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 61)

O trabalho que Shamballa e a Hierarquia realizam agora para o bem


da humanidade tenderá também a desenvolver a consciência grupal e a
formar numerosos grupos que serão organismos vivos e não
organizações. Tornará possível a iniciação grupal e permitirá que certos
aspectos da vontade floresçam corretamente e sem perigo.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 95)

A iniciação grupal significa que os membros do grupo acham-se


devidamente orientados. Estão dispostos a aceitar a disciplina que os
preparará para a seguinte grande expansão de consciência e que nenhum
deles se desviará de seu propósito (observem esta palavra em suas
implicações de Shamballa ou de primeiro raio), não importando o que
está sucedendo em seu meio ambiente ou vida particular. Devem refletir
sobre isso se querem conseguir o progresso necessário.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 36)

Abordando este tema de outro ângulo, é algo até agora desconhecido


que a polarização mental do discípulo, que trata de entrar na esfera
hierárquica do trabalho, está unificando o esforço iniciático que é novo
na história espiritual do planeta e o primeiro passo que se está dando
neste momento nos planos internos e sutis para criar certas grandes
“Crises de Iniciação”, envolvendo simultaneamente os três centros
planetários principais. Até o ano de 1875 a iniciação foi um processo
seqüencial, assim como também, geralmente, individual. Isto vai
29
mudando lentamente. Os grupos estão sendo aceitos para a iniciação
devido à reconhecida relação sentida, que não é a de discípulo e Mestre
(como até agora), mas baseada na relação iniciática grupal que existe
entre a Humanidade, a Hierarquia e Shamballa. Esta relação espiritual e
sutilmente sentida está se expressando hoje no plano físico como esforço
mundial para estabelecer retas relações humanas.

( Discipulado na Nova Era, vol. II, pág. 351-352)

“As quatorze Regras ou fórmulas de Acesso” que concernem


principalmente ao aspecto vida ou de Shamballa... e a expressão do
aspecto vontade... dizem respeito ao desenvolvimento da consciência
grupal porque somente em forma grupal pode-se extrair, por agora, força
volitiva de Shamballa... Só o grupo, guiado pelo novo sistema de atuação
e de iniciação grupais propostos, é capaz de invocar Shamballa.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 35)

A VONTADE GRUPAL

O grupo reconhece e atua regido pela compenetrante influência do


propósito; o iniciado individual atua com o plano. A expressão grupal,
até onde é possível num dado momento, em tempo e espaço, está de
acordo com a vontade Daquele em quem vivemos, nos movemos e temos
o nosso ser, a Vida de tudo o que existe.

O grupo pode responder, e freqüentemente responde, ao “brilhante


centro” Shamballa, onde o iniciado por si mesmo e em sua própria e
essencial identidade não poderia responder. O grupo deve proteger o
indivíduo da terrível potência que emana de Shamballa, que deve ser
amenizada para ele através do processo de distribuição, a fim de que o
seu impacto não se centralize em alguns ou em todos seus centros, mas
compartilhada com todos os membros do grupo. Aqui temos a chave do
significado do trabalho grupal. Uma de suas principais funções consiste,
30
esotericamente falando, em absorver, compartilhar, circular e depois
distribuir energia.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 68)

Como já foi dito, a característica de um grupo de discípulos deve ser


a razão pura, que constantemente substitui o motivo e se funde
oportunamente com o aspecto vontade da Mônada, seu aspecto principal.
Tecnicamente falando, Shamballa está em relação direta com a
Humanidade. Portanto, qual é a vontade do grupo em algum ashram ou
grupo de um Mestre? Existe de forma suficientemente vital como para
condicionar as relações grupais e unir todos num conjunto de irmãos –
que avançam para a luz? A vontade espiritual das personalidades
individuais possui tal força que nega a relação pessoal e conduz ao
reconhecimento, interação e relação espirituais? A causa das temporárias
limitações grupais é permitir ao discípulo introduzir no grupo
sensibilidades mentais pessoais. Isto é devido a que somente é
considerado ser de efeito fundamental permanecer como grupo na “clara
luz da cabeça”.

( Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 6-7)

1. A mônada relaciona o iniciado com a Vontade de Deus, com


o Conselho de Shamballa, com as forças ativas do planeta
Plutão e de outro planeta que deve permanecer inominado e
com o Sol Espiritual Central.

2. A alma relaciona o iniciado com o Amor de Deus, com o


aspecto consciência da Deidade, com a totalidade da
Hierarquia, na qual penetra por intermédio do ashram do
Mestre que o ajudou a receber a iniciação, com os planetas
Vênus e Mercúrio, com o Sol Sírio e com o Coração do Sol.

31
3. A personalidade relaciona o iniciado com a Mente de Deus,
com o princípio inteligente da Vida planetária, com a
totalidade da humanidade, com Saturno e Marte e com o Sol
físico, por intermédio do seu aspecto prânico.

4. O aspecto Vida do planeta, ou esse grande oceano de forças


onde os três aspectos vivem, movem-se e têm o seu ser,
relaciona o iniciado com essa Vida que atua através de
Shamballa, da Hierarquia e da Humanidade, formando assim
parte da grande totalidade da manifestação.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 96-97)

As mudanças que ocorrem nas “mutáveis e cambiantes realidades”


da consciência da alma e da percepção espiritual dos Membros da
Hierarquia, são responsáveis pelas novas tendências da vida do espírito e
dos novos métodos de treinamento de discípulos, como por exemplo o
experimento da exteriorização dos Ashramas dos Mestres. Esta nova
abordagem das condições da vida, como resultado da afluência de novas
energias, está produzindo a tendência universal para a percepção grupal,
cujo resultado mais elevado permitirá à família humana dar o primeiro
passo para a iniciação grupal. Até o presente nunca se havia falado da
iniciação grupal, exceto em conexão com as iniciações superiores que
emanam do centro Shamballa. A iniciação grupal tem como fundamento
uma unida e uniforme vontade grupal, dedicada ao serviço da
humanidade, baseando-se na lealdade, na colaboração e na
interdependência.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 17)

Na medida que o discípulo individual constrói o arco-íris, o


antakarana, e o grupo de discípulos, o antakarana grupal, é possível obter
a “percepção triádica” mencionada. Quando o discípulo tiver projetado
um fio de luz vivente (pelo poder do amor magnético) através do espaço
32
que separa a Tríada da personalidade, descobre que forma parte do
grupo. Este reconhecimento do grupo – no princípio de forma defeituosa
e pouco inteligente – é o fator que lhe permite entrar, por meio do fio
projetado, no ashram de um Mestre.

Segundo reza o antigo ensinamento, o ashram do Mestre e o enfoque


da Hierarquia encontravam-se nos níveis superiores do plano mental,
mas hoje não é assim. Encontram-se nos planos do amor espiritual, da
intuição e de budi. A Hierarquia retrocede do centro superior de
Shamballa e ao mesmo tempo avança para o centro inferior, a
Humanidade. O homem tornou possível ambas atividades e a crescente
percepção intuitiva da humanidade, nos setores superiores, lhe permite
atuar no caminho do discipulado e em níveis mais elevados do que antes.
A Hierarquia o reconhece. A crescente aspiração da massa está
aproximando, hoje como nunca, os Mestre com a humanidade. Este é o
exemplo da habilidade que possui a consciência iniciática para funcionar
simultaneamente nos níveis iniciáticos e nos três mundos. A atividade
dual da mente é um símbolo; atua como sentido comum e se ocupa de
todos os assuntos relacionados com os três mundos e, ao mesmo tempo,
como mente espiritual, das questões relativas à alma de forma
esclarecida e iluminada.

A segunda demanda, da qual o sentido de síntese deveria ser a meta


do treinamento dos aspirantes na nova era, evidencia com fidelidade o
novo contato com Shamballa, porque a síntese é atributo da vontade
divina e a qualidade relevante da Deidade. Inevitavelmente a inteligência
e o amor deverão ser os objetivos evolutivos do planeta e os dois
primeiros aspectos divinos a se desenvolver, pois são qualidades da
vontade; tornam possível a manifestação da vontade divina; garantem
sua inteligente aplicação e seu poder magnético, a fim de atrair para si
todo o necessário para expressar ou manifestar o propósito divino visado,
visualizado sinteticamente e motivado, complementado, dirigido e
tornado factível pelo aspecto dinâmico da própria vontade.

33
É interessante observar que no mundo existe uma infinidade de
certezas de que a energia de Shamballa está fazendo impacto diretamente
sobre a consciência humana e conseguindo resultados diretos.

O aspecto destruidor do primeiro Raio de Vontade ou Poder está


produzindo destruição mundial através do emprego do primeiro reino da
natureza, o mineral. O que está construído de metal e de elementos
químicos produz catástrofes e destruição na Terra, principalmente no
reino humano. Analogamente o segundo atributo da vontade, a síntese,
evoca uma resposta igualmente ampla. Este sentido de síntese tem
produzido um efeito de massa mais que individual e isso se deve a que é
algo interessante e de importância e deve ser observado na atualidade.
Posteriormente o dinamismo inerente à vontade, manejado pelo Novo
Grupo de Servidores do Mundo e os discípulos e iniciados do mundo,
converterão essa resposta instintiva de massa em verdadeira experiência
e farão “aparecer” na Terra a nova e desenvolvida “qualidade” da vida,
que a nova era trata de demonstrar.

Em outro local chamei a atenção sobre três aspectos divinos: Vida,


Qualidade e Aparência, que estão agora em processo de aparecer de
forma definitiva para este ciclo particular.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 119-120)

O gênero humano evoluiu tão bem que atualmente as metas e


teorias, os objetivos e determinações e os escritos que agora expressam o
pensamento humano, demonstram que o aspecto vontade da divindade,
em sua primeira manifestação embrionária, começou a fazer sentir a sua
presença. Interpretaram esta insinuação? Perceberam que a subversão
das massas e sua decisão de vencer todos os obstáculos e impedimentos
para um melhor estado mundial indicam isto? Compreenderam que as
revoluções dos últimos duzentos anos são sinais das lutas que libera o
aspecto espírito? Esse espírito é vida e vontade e o mundo atual
manifesta sinais de uma nova vida. Reflitam sobre isto em suas
34
modernas e imediatas implicações e vejam a maneira em que o mundo
está sendo inspirado pela Vontade espiritual.

( Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 278)

O Treinamento Grupal

Quais são estas mais novas verdades de que me responsabilizei,


perante o mundo, como agente transmissor dos estudantes de ocultismo?
A seguir as exporei de forma abreviada e na ordem de sua relativa
importância:

Ensinamento sobre Shamballa. Muito pouco havia sido divulgado


sobre este tema. Só o nome era conhecido.

O ensinamento inclui:

 Informação concernente à natureza do aspecto vontade.

 Indicações sobre os subjacentes propósitos de Sanat


Kumara.

 Indicações para a construção do antakarana, primeiro


passo para o Caminho de Evolução Superior.

O Ensinamento sobre o Novo Discipulado. Tem sido de caráter


revolucionário, no que concerne às outras antigas escolas de ocultismo.

O Ensinamento sobre os Sete Raios.

O Ensinamento sobre a Nova Astrologia.

A informação sobre o Novo Grupo de Servidores do Mundo e seu


trabalho.
35
A tentativa de formar um ramo exotérico dos ashramas internos,
evidenciada no trabalho que realizei com um grupo especial de
aspirantes e discípulos aceitos, cujas instruções, emanadas do meu
ashram, foram publicadas no livro “O Discipulado na Nova Era” tomos I
e II.

O Ensinamento sobre a Nova Religião Mundial, com sua ênfase


posta sobre os três períodos principais da Lua Cheia (Áries, Touro e
Gêmeos, que em geral caem em abril, maio e junho respectivamente), e
os nove (ocasionalmente dez) períodos menores de plenilúnio de cada
ano.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 251-254)

Os estudantes esotéricos dificilmente poderão compreender por quê


as futuras Escolas de Iluminação porão a ênfase sobre o aspecto vida e
não sobre o contato com a alma. A meta é a transferência e não a união.
Na atualidade os aspirantes e discípulos são o resultado da antiga ordem
educativa e a frutificação dos processos a que foi submetida a
humanidade. Este é um período de vital transição. Figuradamente
falando, os discípulos e aspirantes do mundo acham-se na mesma etapa
do grupo em consideração – etapa onde se transfere a vida da forma
externa ao ser interno. Daí a dificuldade que vocês enfrentam e a árdua
tarefa que significa chegar a compreender de forma realista o que estou
tratando de ensinar. O problema do contato com a alma é algo que
podem captar ou captam, pelo menos teoricamente. O problema de
transferir a vida do ponto mais elevado de realização alcançado hoje para
um vago enfoque espiritual e místico, não é tão fácil de compreender.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 221-222)

O discípulo individual que busca a iniciação funde-se


deliberadamente no grupo com pleno e livre consentimento; realiza esta
36
fusão por próprio esforço individual, sendo (através de todo o processo)
um agente totalmente livre, que avança e vai sendo mentalmente
includente de forma rápida ou lenta segundo sua preferência.
Determinará por si mesmo qual será o acontecimento e quando ocorrerá,
sem interferência ou obstrução de alguma força externa. É uma técnica
espiritual relativamente nova e aceita por iniciados e discípulos de todos
os graus nos três centros divinos.

(Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 353)

A etapa onde se reconhece a revelação outorgada ao iniciado nos


Mistérios maiores divide-se em fases menores e pode se dizer que são
três, embora depende muito da iniciação que vai ser recebida e do raio a
que pertence o discípulo preparado. Estas são:

A Etapa de Penetração, consiste em perfurar o mundo da fascinação


de um lado a outro, conseguindo assim dois objetivos:

 A afluência de Luz da Tríada espiritual na consciência do iniciado


através do antakarana, de maneira que sejam cada vez mais claros o
Plano para a humanidade e o Propósito divino em relação com o
planeta. Isto inicia a relação com Shamballa.

 A dissipação parcial da fascinação mundial a fim de clarificar o


plano astral e servir, em conseqüência, a humanidade. Cada
discípulo que reconhece a revelação iniciática libera luz e dissipa
parte da fascinação que cega a massa humana. O discípulo de sexto
raio emprega muito mais tempo na etapa de penetração que os
discípulos de outros raios, mas somente neste ciclo mundial.

A Etapa de Polarização, onde o iniciado, ao deixar entrar e penetrar a


luz através das densas brumas da fascinação mundial, repentinamente se
dá conta do que foi feito e adota uma posição firme, corretamente
orientada para a visão (ou em outras palavras, para Shamballa).
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Uma das coisas que devem entender é que o iniciado é um ponto de
vida hierárquica (seja na periferia da Hierarquia, dentro do círculo ou no
centro), é parte definitiva do esforço hierárquico. Esse esforço está
orientado para o maior centro de vida, Shamballa. Os estudantes tendem
a crer que a orientação da Hierarquia é para a humanidade. Mas não é
assim. Sendo os Mestres da Hierarquia os guardiões do Plano, Ela
responde à necessidade humana quando a demanda é efetiva, mas a
orientação de todo o grupo hierárquico é para o primeiro aspecto que
expressa a vontade do Logos e se manifesta por intermédio de
Shamballa.

Assim como o discípulo deve realizar duas coisas, ou seja: polarizar


sua posição por estabelecimento de retas relações humanas e, ao mesmo
tempo, ser um membro consciente e ativo do reino de Deus – a
Hierarquia, assim também o iniciado – numa volta mais elevada da
espiral – deve estabelecer retas relações com a Hierarquia e ser
simultaneamente consciente de Shamballa.

A única coisa que posso indicar aqui é o ansiado e desejado ponto de


realização, mas a fraseologia não tem relativamente significado, exceto
para aqueles que têm experiência em maior ou menor grau nos processos
iniciáticos, de acordo com as iniciações já recebidas. Esta polarização,
este ponto de esforço e esta orientação obtida, é a idéia básica subjacente
na frase “o Monte da Iniciação”. O iniciado “põe seus pés sobre o cimo
da montanha e desta altura percebe o pensamento de Deus, visualiza o
sonho da Mente de Deus, segue o olho de Deus desde o ponto central até
a meta externa e se vê a si mesmo como tudo que é e, sem embargo,
dentro do todo”.

A Etapa de Precipitação. Tendo identificado a si mesmo com o


Plano e com a Vontade de Deus (a chave de Shamballa), por meio da
penetração e a polarização, segue então – como resultado de seu tríplice
reconhecimento – desempenhando sua parte para materializar o Plano e
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trazer à manifestação e à expressão externa tudo que pode desse Plano.
Desta maneira converte-se primeiro, numa vanguarda da Hierarquia
(que necessariamente significa sensibilidade à energia de Shamballa) e,
depois, vai sendo cada vez mais um Agente da Luz – a Luz universal ou
a Luz da Mônada.

Hoje nada mais tenho a dizer sobre a iniciação. Reflitam sobre o que
foi dado e captem até onde lhes seja possível imaginativamente, a
magnificência do processo iniciático, que é vastamente mais includente
que o indicado em qualquer ensinamento dado até agora.

Quando a guerra terminar e o novo mundo, com sua civilização e


cultura vindouras, começar a tomar forma, pôr-se-á crescente ênfase
sobre o propósito da Deidade controladora, ou a Vida, ou Energia básica,
ao atuar através da humanidade. Isto será feito pelos esoteristas
treinados. Grande parte do que dizem os dirigentes mundiais e os
trabalhadores servidores em todas as nações, indica que respondem
inconscientemente à energia de Shamballa.

Para o final do século e nas primeiras décadas do Século XXI, se


proporcionará ensinamento sobre Shamballa. A mente abstrata do
homem se esforçará por compreendê-la, assim como na atualidade o
discípulo se esforça por estabelecer contato hierárquico. A fascinação vai
desaparecendo, as ilusões vão se dissipando, a etapa de penetração numa
nova dimensão, numa nova fase de esforço e de realização, está sendo
alcançada rapidamente. Isto se realiza apesar de todo o horror à agonia e
será um dos primeiros resultados da trégua da guerra. A própria guerra
vai destruindo ilusões, revelando a necessidade de mudar e produzindo a
demanda de um futuro novo mundo e de uma vindoura beleza da vida,
que será revolucionária e também uma resposta ao intenso processo
iniciático em que podem participar todos os discípulos e para o qual
podem preparar-se os aspirantes avançados.

(Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 259-262)


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A vontade rege o Caminho que leva à Shamballa e é a base para toda
aproximação, apreciação e identificação com o Ser.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 46)

O segredo das iniciações maiores está no emprego treinado da


vontade superior, não na purificação, ou na autodisciplina, ou nos meios
empregados no passado e que serviram de estorvo para a verdade. Todo
o problema da vontade de Shamballa está em processo de revelação e,
oportunamente, alterará totalmente o acesso do discípulo à iniciação na
nova era.

O tema do “caminho para Shamballa” requer um estudo reflexivo e


uma compreensão esotérica. Este conceito da nova e futura seção (se
posso denominá-la assim) do Caminho ou Senda, que enfrenta o
discípulo moderno, encerra o segredo da futura revelação e da
dispensação espiritual que emergirá quando a humanidade construir a
nova civilização mundial e começar a dar forma à nova cultura. Os
efeitos consumidores, purificadores e destruidores da vontade monádica,
sobre seu distorcido reflexo, a vontade individual, merece uma profunda
consideração.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 30)

Falando de forma figurada, Shamballa possui três portas:

1. A porta da razão, da percepção da verdade pura. Cristo deu a


chave deste ensinamento quando disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e
a Vida”.

Muito sabemos sobre esse Caminho, porque nEle foi distribuído um


grande acúmulo de ensinamento, que, se é aplicado, conduz o homem à

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Hierarquia. Então chega a formar parte efetiva dos membros da
Hierarquia.

Dessa Verdade sabemos (como aspirante) relativamente pouco. A


Verdade – tal como a entendemos ao dar os primeiros passos no caminho
do discipulado – concerne a essas grandes verdades que somente
constituem (da percepção interna dos Seres Iluminados) o a b c da vida
que são:

- A manifestação da divindade no plano físico.

- A doutrina dos Avatares, revelada pela história religiosa.

- A natureza da consciência, pelo desenvolvimento da


psicologia.

- A doutrina da trindade, quando expressada por meio dos


aspectos e atributos.

Como verão, estas quatro expressões da verdade comportam todo o


conhecimento que de deve estar dotado o iniciado quando sobe ao Monte
da Transfiguração, na terceira iniciação, proporcionando-lhe uma
percepção espiritual do Plano.

Dessa Vida não sabemos absolutamente nada. A reflexão sobre seu


significado corresponde àqueles que podem atuar à vontade dentro dos
“recintos do Senhor da Vida” na própria Shamballa. Tudo o que
podemos conhecer é seu degrau inferior. Isto nos permite estudar o
impulso ou instinto que faz atuar todas as formas de vida que corporifica
em si os princípios da resposta aos contatos e ao meio ambiente,
incorporando-se ao alento da vida, relacionando-se com o ar e também
com o fogo de forma misteriosa. Dizer algo mais sobre este tema
resultaria inútil.

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2. Depois temos a porta da vontade. Esta é uma força penetrante
que relaciona o Plano com o Propósito, contendo a faculdade de
persistência coerente. A razão desta persistência está em que não
depende do conteúdo da forma – seja a de um átomo, de um homem ou
de um planeta – mas o propósito vital, dinâmico e imutável, latente na
consciência do Ser planetário, que “havendo compenetrado todo o
universo com um fragmento” de Si mesmo, Permanece grandioso, mais
imutável e de “intenção mais firme” do que qualquer de Suas criações,
mesmo as mais avançadas e próximas a Ele. Somente os que não
pertencem à nossa humanidade terrestre possuem uma clara percepção
de Seu divino propósito; são essas Vidas que vieram com Ele para este
planeta e permanecerão com Ele como “prisioneiros de intenção
amorosa”, até que o último “cansado peregrino tenha encontrado o
caminho de retorno ao lar”.

A humanidade nada conhece sobre a vontade espiritual que se


encontra oculta e velada pela própria vontade do indivíduo e pela
vontade grupal da alma. Por estas experiências o ser humano avança até
que sua vontade individual se desenvolva e enraíze, se centralize e
reorinte, como também desenvolva sua vontade grupal a fim de incluir e
absorver a consagrada e consciente vontade individual. Quando
acontecer esta fusão (na terceira iniciação) aclara-se uma grande
revelação e o iniciado pela primeira vez pressente a vontade universal e
faz contato com ela. Nesse momento o iniciado exclama: “Pai, não a
minha, mas a Tua Vontade seja feita”.
Uma ínfima porção do que esta vontade inclui surgirá na medida que
estudarmos esta regra e algumas das seguintes.

3. A porta da dualidade essencial do sentido monádico.


Denominei-a assim por falta de termos apropriados, pois não encontro
palavras para definir a natureza desta terceira porta. Corpo e vida, alma e
personalidade, Tríada espiritual e sua expressão, o Cristo encarnado –
todas estas dualidades têm desempenhado sua parte.

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O homem passou de uma expansão de consciência a outra. Chega
agora à ultérrima dualidade de espírito e matéria, antes de se transformar
nesse algo para o qual os termos “unidade isolada” e “síntese universal”
somente proporcionam tênues e inadequados indícios. O iniciado que
possui o grau de Mestre de Sabedoria e também o que possui (numa
volta mais alta da espiral) o grau de Cristo, enfocam todos Seus esforços
a fim de desenvolver este sistema de identificação. Até a quarta iniciação
o termo “sistema de expansão” parecerá iluminador; depois desta grande
iniciação, o termo “sistema de identificação” seria mais apropriado.

Quando o iniciado cruza as três portas, falando simbolicamente,


enfrenta então a totalidade da vida, seus acontecimentos,
predeterminações, sabedoria, atividade e tudo o que o futuro puder
proporcionar-lhe como serviço e progresso, do ângulo da razão pura
(infalível e imutável), da verdadeira vontade espiritual (totalmente
identificada com o propósito do Logos planetário) e da mais elevada e
enfocada relação possível. É-lhe revelado o mistério da relação. Então é-
lhe aclarado todo o esquema da evolução e a intenção Daquele em Quem
vive se move e tem seu ser; nada mais tem que aprender neste esquema
planetário; sua atitude para com todas as formas de vida se converteram
em universal, identificando-se também com a “unidade isolada” de Sanat
Kumara.

Muito pouco das Grandes Vidas que formam o grupo interno da


Câmara do Conselho em Shamballa são mais avançadas que ele. O
“Supremo Três”, o “Sete Radiante”, as “Vidas que personificam os
quarenta e nove Fogos”, os Budas de Atividade e certos “Espíritos
Eternos”, provenientes de centros de vida espiritual dinâmica, como
Sírio ou uma constelação, que em qualquer momento dado forma um
triângulo com nosso Sol, Sírio e um representante de Vênus, estão mais –
muito mais – evoluídos que ele. Assim, todos os iniciados de sexto grau
e alguns Mestres que receberam um treinamento especializado, porque
pertencem ao primeiro Raio de Vontade ou Poder (raio que condiciona a
própria Shamballa), formam parte do Grande Conselho. Entretanto,
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muitos Mestres e Chohans, depois de prestar serviço, desempenhando
distintas capacidades no planeta e trabalhando com a Lei de Evolução,
retiram-se totalmente de nossa vida planetária.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 139-142)

A chave do trabalho esotérico que Shamballa solicita encontra-se no


desenvolvimento da Arte da Visualização. Através da visualização é
possível conseguir três expressões da consciência humana:

1. Pode construir-se o antakarana e também perceber-se


definitivamente o fulgor da Tríada. Isto constituirá a nova
visão – efeito do desenvolvimento do sentido da visão.

2. Poderão visualizar-se grupos, grandes totalidades e sínteses


maiores, o que conduzirá a uma definida expansão de
consciência. Assim se desenvolverá o sentido de síntese.

3. Através deste treinamento se fomentará toda arte criadora, e a


nova arte do futuro, em todos os setores da criatividade, se
desenvolverá rapidamente na medida que prossegue o
treinamento. O desenvolvimento do sentido de visão e de
síntese, por meio da visualização, conduzirá ao sentido de
vivência na forma.

(Os Raios e as Iniciações, pág. 123)

A iniciação pode ser recebida agora de forma grupal. Isto é algo


totalmente novo no trabalho da Hierarquia. Os candidatos não se
apresentam um por um ante o Iniciador, mas muitos simultaneamente.
Pensam em conjunto e em completo acordo. Juntos são provados e juntos
chegam “ao ponto de triunfo”, que substitui o “ponto de tensão”. Juntos
vêem “brilhar a Estrela” e a energia que emana do Cetro da Iniciação os
capacita juntos para receber a energia especializada que será empregada
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mais adiante em seu futuro serviço mundial. Esta aproximação grupal,
intenção grupal, “reticência silenciosa e reconhecimento vocal grupal” e
esta dedicação e visão grupais, já não pertencem à etapa experimental.
Esta realização grupal (não me refiro ao grupo particular de vocês que
não conseguiu um êxito relevante) assinala o ponto onde se poderá
inaugurar uma nova fase da criatividade de Shamballa. Isto permitirá ao
Senhor do Mundo converter-se no Regente de um Planeta Sagrado, o que
até esta data não havia acontecido. Agora nossa Terra pode converter-se
em planeta sagrado, se forem cumpridas as condições impostas.

A expressão de uma nova qualidade divina (ainda não revelada e, se


apresentada, não a reconheceríamos) está se cristalizando lentamente,
através do processo acelerado da iniciação. Atualmente os discípulos são
testemunhas do surgimento de uma característica solar, por intermédio
de seu Logos planetário, assim como as “Vidas de Intenção afins” –
como são chamadas esotericamente – foram também testemunhas, faz
muitos eons. A esta misteriosa e desconhecida qualidade se refere o
“fulgor” da Estrela.

(Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 286)

Não existe nada no mundo de Shamballa de natureza igual à


natureza do mundo fenomênico do homem nos três mundos, nem sequer
no mundo da alma. É um mundo de energia pura, de luz e de força
dirigida. Pode ser visto como correntes e centros de forças, formando
tudo um desenho de consumada beleza, que invoca poderosamente o
mundo da alma e o mundo fenomênico. Constitui, portanto, em sentido
muito real, o mundo das causas e da iniciação.

(Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 258)

O Caminho para Shamballa é percorrido através de Atma (Vontade e


Propósito divinos). O Caminho para Atma, o “altar do sacrifício”, é
percorrido através do “átrio interno” de Budi (razão pura, Amor divino) e
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do “átrio externo” (mente abstrata, Luz divina). Este é o domínio da
Tríada, à qual chega-se através do átrio da alma (a simplicidade) – a jóia
no lótus – e das três ante-salas, as pétalas do conhecimento, do amor e do
sacrifício.

A simplicidade é conseguida rapidamente na medida que nos


aproximamos da meta do espírito. A vontade ocupa-se sempre do
essencial e não dos detalhes da manifestação. O amor ocupa-se dos
fundamentos transitórios e evolutivos, enquanto a inteligência ocupa-se
dos detalhes e da sua coerente coordenação, em resposta ao impulso e à
força atrativa do amor divino e do impulso dinâmico do espírito.

Um grupo de discípulos deve caracterizar-se, como já foi dito, pela


razão pura que constantemente substitui o motivo, fundindo-se
finalmente com o aspecto vontade da Mônada, seu principal aspecto.
Tecnicamente falando, Shamballa diretamente relacionada com a
Humanidade.

Djwahl Khul.

“O Antigo Comentário” diz:

Quando a luz ilumina as mentes dos homens e agita a luz secreta


dentro de todas as demais formas, então Aquele em Quem vivemos,
revela Sua Secreta e oculta Vontade iluminada.

Quando o propósito dos Senhores do Carma já não tiver mais


aplicação, e todos os planos estreitamente entretecidos e relacionados se
tiverem cumprido, então Aquele em Quem vivemos poderá dizer: “Muito
bem! Só o que é belo permanece!”.

Quando o mais baixo do inferior, o mais denso do sólido e o mais


elevado do superior, forem todos elevados pelas pequenas vontades dos
homens, então, Aquele em Quem vivemos poderá elevar a vívida e
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iluminada esfera da Terra e convertê-la em radiante luz. Então outra Voz
mais excelsa lhe dirá: “Muito bem! Segue em frente. A Luz brilha!”.

(Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 277)

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