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JESUS TEM ATÉ 2048 PRA VOLTAR?

JESUS DOES YOU HAVE UNTIL 2048 TO BACK?

Joabe Ornieski de Lima1


Resumo
O presente artigo tem, por objetivo, discutir o surgimento de uma teoria, que,
fundamentada na idéia que a restauração do estado de Israel em 1948, seria o
cumprimento da renovação da figueira, como citado em Mateus 24: 32-34, e tambêm no
Texto paralelo de Lucas 21: 29-36, e na interpretação dá expressão: “não passará essa
geração”, no verso 34 de Mateus, como sendo o periodo de tempo, depois de 1948, em
que Jesus voltaria, e baseado em uma interpretação de Gn 15:13, onde Deus diz que o
povo passaria 400 anos no egito, e que seriam liberto na quarta geração, fazendo assim
deste cálcuo a base da ideia, de que pra Deus, uma geração seria 100 anos, somando
assim ao ano de 1948, a geração que viu a restauração do estado Judeu, dando 2048
a data máxima que Jesus, teria em Tese para Voltar.

Palavras-chaves: Escatologia, Arrebatamento , Vinda de Cristo.

Abstract

This article aims to discuss the emergence of a theory, which, based on the idea that the
restoration of the state of Israel in 1948 would be the length of the renewal of the fig tree,
as mentioned in Matthew 24: 32-34 and also in the Text parallel to Luke 21:29-36, and
in the interpretation gives the expression: "that generation shall not pass away", in
Matthew 34, it would be the period of time, after 1948 that Jesus would return, and based
on an interpretation of Gen. 15: 13, where God says that the people would spend 400
years in Egypt, and that they would be freed in the fourth generation, thus making this
calculation the idea that for God, a generation would be 100 years, thus adding to the
year 1948, the generation that saw the restoration of the Jewish state, giving 2048 the
maximum date that Jesus would have in Thesis to Return.

Keywords: eschatology, Rapure, Coming of Christ.

1
Graduando em Teologia, pela Faculdade Teológica Sul Americana, FTSA. Formado no Curso
Extensão e Formação ministerial, Perguntas Escatológicas, e do Curso de formaçãopara
Jovens Pentecostais, do Centro Educacional Teológico das Assembleias de Deus no Brasil,
CETADEB.
INTRODUÇÃO

Este Artigo buscará organizar, e separar toda a teoria, nas afirmações que levam
a conclusão final, embora, a conclusão final, seja a idéia de que Jesus, teria até
o ano de 2048 para o seu retorno, ela é feita, sobre uma série de afirmações e
interpretações de textos anteriores, que levam a este caminho, e linha de
interpretação, sendo assim, organizo este artigo, no modelo de perguntas e
respostas, sendo as perguntas, as afirmações feitas, que levam a tal conclusão,
já adiantando de antemão, que este artigo tomará a posição de refutar a
interpretação da teoria, a partir do momento que analisa cada afirmação feita na
mesma, sendo assim, organizo esta teoria nas seguintes questões a serem
respondidas:

1. O que Significa Geração no Texto Escatológico de Mt 24: 34?


2. O Florescimento da Figueira Citado no Texto de Matheus 24: 32, Faz
Menção ao Ano de 1948?
3. O que são: “todas essas coisas” citada no Texto de Mateus 24:33
4. Uma Geração para Deus, dura 100 anos? Essa afirmação pode ser feita
a luz de Gn 15:13?
5. Jesus possui então a data máxima para sua vinda Fixada até 2048?
6. A Igreja precisa se preparar para essa Vinda citada em Mt. 24:33?

Ao todo, estas 6 questões, nos ajudará a entender, todo o corpo


hermenêutico desta teoria, a partir da resposta destas 6 questões,
poderemos ao fim do artigo, tomar algumas conclusões, a luz a hermenêutica
biblìca,e da boa regra de interpretação, e a luz da doutrina escatológica
biblìca esposada na Declaração de Fé das Assembléias de Deus no Brasil.
1. O que significa Geração no Texto Escatológico de Mt 24: 34?

2.1 Geração
γενεα genea2
de (um suposto derivado de) 1085; TDNT - 1:662,114; n f
1) paternidade, nascimento, natividade
2) aquele que foi gerado, homens da mesma linhagem, família
2a) os vários graus de descendentes naturais, os membros sucessivos de uma
genealogia
2b) metáf. grupo de pessoas muito semelhantes uns com os outros nos dons,
ocupações, caráter
2b1) esp. em um mau sentido, uma nação perversa
3) totalidade das pessoas que vivem numa mesma época
4) época, (i.e. espaço de tempo normalmente ocupado por cada geração
sucessiva), espaço de 30 - 33 anos

Primeiro Ponto a ser destacado, é que esta teoria, ao citar o texto de Mateus, diz
o seguinte: “Jesus disse que a geração que vê estas coisas acontecerem, não
passará”, algumas escolas interpretativas, forçam o texto para idéia que que a
expressão, “esta geração”, como sendo a geração do período apostólico, todavia
tal interpretação não se fundamenta no próprio contexto de Mateus, pelo fato dos
eventos que antecedem o periódo testemunhado pela, “geração”, ainda não
terem acontecido, como, A Grande Tribulação e a Perseguição do povo que
habita na Terra, logo a teoria acerta na maneira com que interpreta a expressão
como sendo algo projetado para o futuro, todavia, erra na definição, do que
realmente seria esta geração, pois a mesma associa, “esta geração”, com o
grupo de pessoas que viram israel voltar a ser um estado em 1948, sendo
incoerente esta associação, como será esposado mais a frente, nas questõs
seguintes.

2
Concordância Exaustiva de Strong G01074
Essa teoria se equivoca ao associar a expressão: “esta geração”, com eventos
errados, assim quando Jesus diz esta geração não passará, tal expressão deve
ser lida a luz das expressões escatógicas, utlizadas em toda a bíblia, e que nem
sempre carregam um sentido único, mais muitas vezes são expressões gerais,
que enlgobam uma série de eventos, como a expressão últimos dias, descrito
por Paulo em , 2 Timóteo 3:1-5: “Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos
terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes,
blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família,
irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem,
traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de
Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se desses
também.”, toda esta descrição pode ser identificada desde o primeiro século,
pois: “Últimos Dias”, se refere a todo o perido a dispensação da graça, assim
como diz Pedro em At 2: 16 – “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre
toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos
jovens terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos;”.

Ora, Pedro se referiu ao dia de Pentecoste como sendo os últimos dias, e


tambem fazendo referencia a Profecia de Joel, Toda Via a Profecia de Joel
tambem fala sobre o final da grande tribulação e o Juizo das naçoes, tambem
chamado de Dia do senhor At 2: 20: “O sol se converterá em trevas, E a lua em
sangue, Antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor;”.

Logo mesmo estando, nos “Últimos Dias”, nem tudo o que vai acontencer nos
Ultimos Dias, aconteceu, logo tal expressão é uma expressão Geral a abarca
toda uma série de eventos, assim a expressão “essa geração não passará”, deve
ser entendida com o mesmo cuidado, de entendermos que dentro das
expressões escatólicas, há uma serié de pontos a serem observado, afim de não
termos uma interpretação precipitada.
A luz de tudo isso, no geral, algumas expliações são dada acerca deste texto,
pela limitação deste artigo, citarei duas explicações, que geralmente são dadas
afim de entendermos, ou interpretarmos a expressão: “esta geração” em Mt
24.34

A primeira explicação, é que tal expressão: “está geração”, se refere a geração


que estará viva na grande tribualção, e que não passaria, ou seja, não deixaria
de existir até o final daquele périodo, essa posição se baseias basicamente na
idéia, de que todoo texto anterior fala da grande tribualção, ele começa o capitúlo
falando dos princípio das dores, que acarreta na Grande Tribulação que por fim
culmina na Volta de Cristo em Poder e Grande glória, logo como o texto diz que:
“esta geração”, não passará antes que aconteça todas estas coisas, todas essas
coisas é portanto, Pincipios das Dores, Grande Tribulação e Volta de Cristo,
sendo a única geração que conseguirá testemunhar todos estes eventos, a
geração que estará viva na grande tribualção, quando Jesus diz, esta geração
não passará, ele estaria falando do futuro, e não do presente dele, mais sim
usando uma expressão para se referir aquelas pessoas que estariam vivendo
tal período.
Entre os proponentes desta interpretação, cito aqui, Jhon MacArthur, ministro e
escritor evangélico norte-americano, que comentando o texto de Mateus diz:
3“Ficamos então com a interpretação simples e mais razoável que as folhas da
figueira representam as dores de parto e outros sinais de sua vinda Jesus tenha
mencionado neste capítulo e que esta geraçãorefere-se às pessoas que vivem
no fim do tempo que vai ver esses sinais. Em resposta parcial à pergunta dos
discípulos, relativo à quando da sua vinda, Jesus disse que vai ocorrer logo após
esses sinais são testemunhadas, antes da geração que vê-los tem tempo para
passar. Ele está falando ao mesmo profeticamente distante " você "Ele tem
abordado ao longo do capítulo (ver vv. 4, 6, 9, 15, 25). Como mencionado
anteriormente, Jesus estava falando como alguns dos profetas do Antigo
Testamento muitas vezes falava, como se eles estavam de pé directamente
perante as gerações futuras (ver, por exemplo, Isaías 33: 17-24; 66: 10-14.; Zc
9: 9. ). Mateus 24:34 é uma explicação da parábola da figueira. A idéia é que,

3
The MacArthur New Testament Commentary – p,1281.
assim como o brotamento de folhas de figueira significa que não é longo até o
verão, por isso a geração viva quando ocorrem os sinais não terá muito tempo
para esperar a aparição de Cristo. Aqueles que testemunham as dores de parto
vai testemunhar o nascimento. Como os livros de Daniel e Apocalipse deixam
claro, o tempo total da Tribulação vai ser, mas de sete anos, e o período da
Grande Tribulação, no qual os sinais aparecerão, só será de três anos e meio
(cf. Dan. 12: 7; Apocalipse 11: 2-3; 12: 6).”

A Segunda Explicação, estaria fundamentada na ídeia, de que, a expressão


graga que aparece no texto de Mt, γενεα genea , seria e deveria ser interpretado
como um derivado do subtantivo γενος genos , o próprio dicionário de strong,
associa as duas expressões, como possivelmente a palavra genea sendo um
suposto derivado de genos.

Sobre a expressão γενος genos, diz o dicionário:


4
G01085 γενος genos
de 1096; TDNT - 1:684,117; n n
1) parentes
1a) prole
1b) família
1c) raça, tribo, nação
1c1) i.e. nacionalidade ou descendência de um pessoa em particular
1d) o agregado de muitos indivíduos da mesma natureza, tipo, espécie

Ou seja, tal expressão deve ser entendida como, nação, ou seja, quando Jesus
diz, “esta geração não passará”, ele estaria se referindo a nação de Israel, de
que aquele povo, o povo Judeu, não deixaria de existir sobre a terra, antes que
todas aquelas coisas acontecerem, isto está em total consonância com o que
diz todo o capitulo 24 de Mateus, pois todo o capítulo fala da perseguição que o
povo Judeu sofrerá, a todo contexto esta de alguma forma ligado a cidade de
Jerusalém, sendo assim quando Jesus disse: “essa geração não passará”, ele

4
Concordância Exaustiva de Strong G01085
estaria dizendo que: “este povo Judeu continuara a existir ate que todas essas
coisas, sendo elas, a destruição do templo, o prinpio das dores, a Grande
Tribulação e a Vinda do Senhor em Poder e Grande Gloria aconteça”, pois Jesus
vem no final da grande tribualçao justamente para salvação de Israel, como
citado por Paulo aos Romanos 11: 25 – 27: “ Irmãos, não quero que ignoreis
este mistério para que não sejais presunçosos: Israel experimentou um
endurecimento em parte, até que chegue a plenitude dos gentios. E assim todo
o Israel será salvo, como está escrito: “Virá de Sião o redentor que desviará de
Jacó a impiedade. E esta é a minha aliança com eles quando Eu remover os
seus pecados”.”

Entre os Proponentes desta interpretação cito Dwight L. Moddy, evangelista


arminiano e editor norte-americano que fundou a Igreja Moody, a Escola
Northfield, a Escola Mount Hermon em Massachusetts, o Instituto Bíblico Moody
e a Moody Press, que no seu comentário a respeito de Mt 24:34 diz: 5“Para
explicar geração (genea) aqui como sendo o período da vida dos discípulos
obriga a pessoa a buscar o cumprimento de todos estes acontecimentos em 70
A.D. Mas isto é manifestamente impossível a não ser que se espiritualize a
segunda vinda de Cristo. Entretanto, genea também pode significar "raça" ou
"família", isto concede um bom sentido a esta passagem. Apesar da terrível
perseguição, a nação judia não será exterminada, mas continuará existindo a
fim de participar das bênçãos do reino milenar. Sustentando este ponto de vista,
Alford destaca que os cristãos de antigamente continuaram esperando a vinda
do Senhor mesmo depois dos apóstolos e seus contemporâneos terem morrido”

Sendo assim, “está geração”, um referência a o povo Judeu como nação, sendo,
na minha opinião, a melhor forma de entender este texto.

5
New Testament for English Readers, pág. 169
2. O Florescimento da Figueira Citado no Texto de Matheus 24: 32, Faz
Menção ao Ano de 1948?

Alguns Téologos e grupos, citam que o florescimento da figueira, citado em


Mateus 24:32, teria seu cumprimento em 1948, quando a ONU, Organização das
Nações Unidas, reconheçeu o Estado Israel como um Estado Soberado, essa
linha de interpretação reconheçe a a Figeira como sendo uma analogia com
Israel, e o florescimento da figueira como o retorno do povo Judeu a Israel no
ano de 1948, logo a teoria acima, se alimenta dessa interpretação, para dizer
que a última geração e a geração de 1948, pois foi a geração que viu a figueira
florescer, e esta geração não passaria, segundo o que Jesus disse no livro de
Mateus, capítulo 24 verso 34.

Primeiro Ponto a ser destacado, é que a descrição da Figueira e seus frutos é


acima de tudo uma parábola, ao definir parabola, O Novo comentário Biblico do
Antigo Testamento diz: “Uma parábola é uma verdade apresentada por meio de
uma história marcante ou destacada figura de linguagem. Pode ser fantasia, um
drama ou resultado de uma visão. Muito do ensino de Jesus se desenvolveu
mediante parábolas. Não poucos profetas do Antigo Testamento usaram do
mesmo recurso”6

Logo uma parábola não deve ser interpretada minuciosamente em seus detalher,
não é este o propósito desde gênero literário, e sim os ensinos gerais, a moral
por tras e que deve ser levado em consideração, considerando isto, citaremos
junto ao texto de Mateus, o texto paralelo de Lucas, que nos ajudará na real
compreensão deste texto.

Mt: 24: 32: “Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos
se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.”

Lc: 21: 29-31: “E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira, e para todas as
árvores; Quando já brotam, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto
está já o verão. Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei
que o reino de Deus está perto.”

6
O Novo comentário do Antigo Testamento, p,1395.
Vemos que o texto de Lucas, cita a figueira e as árvores no plural, já não uma
expressão tao singular como a de Mateus, vemos claramente na parábola da
figueira uma associação entre: “Quando já brotam, vós sabeis por vós mesmos,
vendo-as, que perto está já o verão” e “quando virdes acontecer estas coisas,
sabei que o reino de Deus está perto.”, mostrando que o florescer da figueira,
esta relacionado com todos aqueles sinais referente ao fim do mundo e sua
segunda vinda citados anteriormente por Jesus, vemos aqui que o florescer da
figueira esta relacionado com os sinais escatólógicos, são eles, o princípio das
dores e a Grande Tribulação, citada por Jesus anteriormente, logo a analogia
esta diretamente ligada, quando ao citar a fuigeira e seu florescer, com sendo
um sinal de mudança de estação, dando a expressão: “que perto está já o
verão”, assim os sinais demostrando a mudança de estação escatologica sendo
esta mudança a vinda do reino de Deus como dito no texto: “sabei que o reino
de Deus está perto”

Assim, uma simples leitura da parábola da figueira, já é o suficiente para


identificar que seu florescimento em nada está relacionado com a, “restauração”
de Israel em 1948, e sim com os sinais citados anteriormente por Cristo, sendo
eles: o princípio das dores e a Grande Tribulação, mesmo Israel recebendo o
direito de voltar a sua terra em 1948, eles não foram restaurados a luz das
profecias biblicas, pois os mesmos, ainda não creem no messias e negam sua
vida, morte e ressureição, sabemos que Israel será restaurado no final da grande
tribualçao, por intermédio da segunda vinda, com descrito por Paulo aos
Romanos 11:26: “E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião
virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades.”

E vemos nos próprios evanelhos, esta mesma linguagem aplicada por Jesus,
onde para dizer a respeito da chegada de novos tempos, Jesus faz analogias
com, eventos climáticos ou questões relacionadas a agricultura, que sempre
ajudaram os povos antigos a dicernirem a chegada do verão ou da chuva, vemos
o Texto de Lucas:
Lc: 12 24 -56 ” E dizia também à multidão: Quando vedes a nuvem que vem do
ocidente, logo dizeis: Lá vem chuva, e assim sucede. E, quando assopra o sul,
dizeis: Haverá calma; e assim sucede. Hipócritas, sabeis discernir a face da terra
e do céu; como não sabeis então discernir este tempo?”

Vemos aqui, que mais uma vez, Jesus usa a nuvem que vem do ocidente como
uma analogia de mudança climática, que permite entender a mudança do tempo,
sendo assim a parabola da figueira deve ser entendida, como sendo uma
analogia, e seu florescimento como sendo uma relação direta com os sinais que
antecedem a segunda vinda, sendo eles citados no texto: o princípio das dores
e a Grande Tribulação, sendo implausível associa-lá ao qualquer evento
relacionado a 1948, o texto não permite essa associação pela própria natureza
do genêro empregado, o genêro parabólico.
3. O que são: “todas essas coisas” citada no Texto de Mateus 24:33

Ao lermos o texto de Mateus vemos que ao citar a parábola da figueira, Jesus


no verso 34 diz: “não passará esta geração sem que todas essas coisas se
cumpram.”, vemos que o cumprimento de : “todas essas coisas” está interligado
como a expressão: “não passará essa geração”, logo ao que se refere todas
essas coisas?

Para entendermos tal expressão, basta analisar o contexto anterior que começa
no capitúlo 24, do verso 1 ao 2 de Mateus, vemos aqui uma discussão a respeito
do templo de jerusalem, na época, que estava sendo construindo com a benção
de Herodes, e os discipulos foram até Cristo para mostrar os avanços na
construção do templo: Mt: 24: 1-2: “Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se
retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem
os edifícios do templo. Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade
vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. ”,
a primeira profecia que Jesus faz no capitulo 24, é a destruição do templo, logo
vemos aqui o primeiro elemento que engloba a expressão: “todas essas coisas”.

A partir do verso três, Jesus começaresponder a pergunta tripartida dos


discipulos, éla e tripartida, pois possui três perguntas em uma: Mt 24: 3: “E
estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus
discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e
que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo.”

Vemos aqui, três perguntas contida no verso 3, elas são: quando serão essas
coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo, então vemos que
Jesus é questiano sobre diferentes temas a príncipo, a primeira pergunta:
“quando serão essas coisas”, está claramente se referindo a destruição do
templo profetizada por Jesus no verso 2, do verso 4 até o verso 14 Jesus fala
do Princípio das dores, dizendo que haveria perseguição todavia ainda não seria
o fim, Mt 24:6:” E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos
perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim”, vemos
então um esforço da parte de Jesus em responder a perfunta tripartida dos
discipulos dizendo que a perguição que eles sofreriam, não signficaria que seria
o fim, apenas o principio das dores, toda via este princípio das dores tambêm
faz parte da expressão: “Todas essas coisas”.

Do verso 15 ao 28, Jesus já fala da Grande Tribulação, aqui Jesus estabele o


sinal que identificaria o inicio desta grande tribulação, o sinal é descrito como
sendo o momento em que o abominável da desolação estiver situado no lugar
santo, Mt 24: 15: “Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de
desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda),”, então entende-se
que o período mais intenso, denominado como Grande Tribulação, será quando
o Anti Cristo, tomar o Lugar de Deus, habitar no lugar Santo e exigir adoração,
sendo este um dos sinais, que esta presente na expressão: “Todas essas
coisas”.

E do verso 29 ao 31 é a própria descrição da Vinda do Filho do Homen, sendo


sucedida logo após, no verso 32 pela parábola da figueira, que faz uma analogia
a respeito desta volta, sendo assim quando no verso 33, Jesus diz: “Não passará
esta Geração, sem que todas estas coisas aconteçam”, todas essas coisas, só
pode fazer menção a todos os eventos narrados pelo próprio Cristo acima,
sendo eles: A destruição do Templo de Jerusalém, O Prncípio das Dores e a
Grande Tribualção, sem que haja acontecido todas essas coisas, Cristo não
voltara de maneira final e visivel, no fnal do período tribulacional, vale destacar
que aqui quando citamos, “Vinda de Cristo”, não nos referimos ao
Arrebatamento da Igreja, que não depende de nenhum destes sinais para se
cumprir, mais a distinção destes dois eventos será comentada mais adiante,
sendo assim é implausivel, associar, o cumprimento de todas essas coisas, com
a restauração de Israel em 1948, já que o próprio texto, não apresenta a
restauração de Israel como um dos sinais da Segunda Vinda, muito pelo
contrário, a segunda Vinda de Cristo, quando este pisar no monte das Oliveiras,
e que causará a restauração de Israel, e não o contrário, sendo assim, a
restauração do Estado de Israel em 1948, não possui qualquer relação com o
retorno ou a segunda vinda de Cristo.
4. Uma Geração para Deus, dura 100 anos? Essa afirmação pode ser feita
a luz de Gn 15:13,16?

Uma das argumentações da teoria, é a de quee uma geração, para Deus, duraria
100 anos, isso baseado em um informação de Genesis 15:13,16, onde ali é
descrito que o povo ficaria cativo por 400 anos, mais que na quarta geração
seria liberta, sendo assim 400 anos dividido por quatro, daria o numero de tempo
referente a cada geração, 100 anos seria o periodo que cada geração duraria
para Deus, e para seus cálculos escatologicos, assim sendo a geração de 1948
a geação que viu o sinal da figueira: “já demonstrado acima, não ser o caso, a
parábola da figueira em nada tem haver como a restauração do estado de israel
em 1948”, mas segundo essa visão, sendo a geração de 1948 a última, teria
então um período de 100 anos até que a vinda de Cristo viesse, mas essa
afirmação pode ser realmene feita? Uma geração realmente dura 100 anos?
Vamos analisar alguns texto afim de refletirmos um pouco acerca desta
afirmação.

Afim de Analisarmos, citarei três textos, ondo geração, aparece sendo usado
como uma medida de tempo, e veremos que não há um consenso entre eles,
no que se refere a quantia de tempo de cada geração, sendo assim cada
contexto, a palavra geração possui um interpretação única, relacionado aquele
periodo histórico.

Os textos que serão citados são:

• Gn 15: 13,16
• Jó 42:16
• 1º Cr 16:15
O primeiro Texto a ser citado será o de Gn 15:13,16, sendo ele a base
fundamental da teoria.

4.1 - Gn 15: 13, 16

13: “Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência
será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por
quatrocentos anos;”
16: “Na quarta geração, porém, voltarão para cá; porque a medida da iniquidade
dos amorreus não está ainda cheia”

O Texto fala no verso 13, que o povo ficaria 400 anos, e no verso 16, diz que na
quarta geração voltariam, comenando esse texo, o comentário Série Cultura
Biblica diz: 7“Não há conflito entre o número redondo, quatrocentos anos (13) e
a quarta geração (16), visto que geração (heb., dôr) poderia significar “ duração
da vida” .23 No contexto patriarcal, um século é-lhe um equivalente conservador.
Êx 12:40 dá 430 anos ao período.”

O comentário resalta o contraste entre o período dado por Deus, e o periodo


citado como sendo o tempo que o povo realmente ficou no egito, citado no texto
de Exodo 12:40” Ora, o tempo que os filhos de Israel moraram no Egipto foi de
quatrocentos e trinta anos.”, o comentário sabiamente resalta que o termo
Geração, e relativo a espectativa de vida das pessoas viventes na época,
mesmo assim vemos aqui uma dificuldade em definir uma data cerca, pois de
acordo com Exodo o povo ficou 430 anos no deserto, o que já alteraria o cálculo
primario 430 divido por 4, daria 107 anos e meio, ou seja quase uma década a
mais, sendo assim precipitado dizer que neste contexto uma geração dura
exatamente 100 anos, pois os dois relatos mostra, que o objetivo dos textos e
dar um contexto aproximado do cumprimento da promessa e não uma afirmação
matematicamente exata.

7
Comentário Série Cultura Biblíca, Genesis, p,116.
4.2 - Jó 42:16

O Texto de Jó e semlhante com o de genesis, na medida que tenta organizar de


maneira cronólogica a vidade Jó, através da ideia de gerações, como medida
de tempo, assim diz o Texto:

Jó 42:16: “E depois disto viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos, e
aos filhos de seus filhos, até à quarta geração.”

A Expressão Quarta Geração aparece novemente como em Genesis, toda via


aqui os números, são menores, e bem mais próximos do contexto atual em que
vivemos, é dito que Jó viveu 140 anos, e que viu até a quarta geraçao de seus
filhos, dando assim o tempo para cada geração 35 anos, vemos aqui uma
diferença grande nos tempos de cada geração, onde na primeira era acima dos
100 anos, e já nessa esta por volta dos 35 anos, sendo assim a melhor
explicação, que geração como tempo de medida, está relativo a expectativa de
vida do povo que vive naquele contexto, em Genesis, os Homens viviam mais,
sendo assim temeroso, querer definir de maneira dogmatica quanto tempo dura
cada geração.
4.3 - 1º Crônicas 16:15

1 Cr 16:15 ”Lembrai-vos perpetuamente da sua aliança e da palavra que


prescreveu para mil gerações;”

Aqui Vemos Geração Sendo usa no sentido exagerado, metáforico, dito que a
aliança e a palavra de Deus dura por Mil gerações, ora, sendo dogmatico,
poderiamos dizer que a palavra de Deus dura 100*1000, já que 100 anos, e
fixado pela teoria como sendo o período de uma geração, logo a palavra de
Deus duraria 100.000 mil anos, toda via vemos que a palavra de Deus não tem
um limitide fixo de duração, pelo contrário ela é descrita como eterna, Segundo
1 Pe 1:25 : “mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a
palavra que vos foi evangelizada” , sendo aqui Geração um sinônimo de
eternidade.

4.4 – Conclusão

Sendo assim, é impossivel fixar uma geração como durando 100 anos, baseado
apenas no texto de Gênesis, pois vimos que a expressão e bem ampla e varia
em cada contexto, em Jó ela so é 35 anos, e em cronicas ela é eterna, sendo
assim implausivel dizer que uma geração dura 100 anos.

Logo a teoria não se sustenta em fixar 2048 como sendo uma data aproximada
para a vinda de Jesus, baseando-se na idéia que uma geração dura 100 anos,
partindo de 1948 como a última a geração, pois se olharmos a luz do texto de
Jó por exemplo, onde uma geração e 35 anos, Jesus teria que ter voltado em
1983, qual justificativa estes apresentam em escolher o texto de genesis como
sendo o padrão de tempo para uma geração, e deixando de lado o de Jó, qual
texto e mais palavra de Deus que outro?, sendo assim devemos ter cuidado em
sermos dogmaticos, com aquilo que não pode ser demonstrado exegeticamente
de maneira clara nas esxrituras, sendo assim entendermos que afirmar que uma
geração dura 100 anos,que não pode ser confirmada nas esxrituras.
5. Jesus possui então a data máxima para sua vinda Fixada até 2048?

Sendo assim fica claro, que é impossível fixar tal data como sendo a data para
a volta de Cristo, nenhum dos argumentos utilizados é realmente plausível, tal
conclusão procede de uma série de erros interpretativos, utilização de textos
isolados, afim de construir alguma estrutura que sustente tal idéia, todavia como
claramente demonstrado no artigo, não há nenhuma possibilidade desta data
ser a data fixada como a volta de Cristo, ou até mesmo uma data máxima ou
aproximada, a respeito de datas, diz alguns textos bíblicos:

Mt 24:36 “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem
o Filho, senão só o Pai”.

At 1:7: “Respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas,


que o Pai reservou à sua própria autoridade.”

Logo, não embarquemos em ventos de doutrinas, de pretenciosos especialistas,


que dizem poderem calcular a data da volta de cristo, isto não é novidade, seitas
como as Testemunhas de Jeová, se tornaram especialistas em fazerem isto, já
marcaram diversas vezes a volta de Cristo ou o fim do mundo, como
demonstrado a seguir:

"...com o fim de 1914 A.D., aquilo que Deus chama Babilônia, e aquilo que os
homens chamam Cristandade, já terá passado, como já mostrado a partir da
profecia." 8

"...o fim pleno do tempo dos Gentios... será alcançado em 1914 A. D... esta data
será o último limite para o domínio dos homens imperfeitos... a Igreja [será]
levada para casa em um arrebatamento... porque cada membro reinará com
Cristo..."9

8
Estudos das Escrituras III, 1891, p. 153 (em inglês).
9
Estudos das Escrituras II, 1888, pp. 76,77 (em inglês).
"A data para o encerramento desta 'batalha' está definitivamente marcada nas
Escrituras como sendo outubro de 1914. Ela já está em progresso, seu início
datando de outubro de 1874."10

"...a completa destruição dos poderes... deste mundo maligno - político,


financeiro, eclesiástico - por volta do fim do Tempo dos gentios, outubro de
1914." 11

"A 'batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso' (Rev. 16: 14)... terminará em
1915 A.D., com a vitória completa sobre o governo terrestre...... consideramos
uma verdade estabelecida que o final dos reinos deste mundo, e o completo
estabelecimento do reino de Deus, se cumprirão próximo do fim de 1915 A.D."
12

"A data apresentada... à luz das Escrituras precedentes, prova que a primavera
de 1918 trará sobre a cristandade um espasmo de angústia maior ainda do que
aquele experimentado na chegada de 1914." 13

"Parece conclusivo que as 'dores de aflição' da Sião Nominal estão fixadas na


passagem de 1918... há razões para crer que os anjos caídos invadirão as
mentes de muitos da igreja nominal, levandoos a uma conduta excessivamente
tola e culminando com sua destruição às mãos de massas enfurecidas...
Também, no ano de 1918, quando Deus destruir as igrejas e seus membros aos
milhões..." 14

"Seja como for, há evidência de que o estabelecimento do Reino na Palestina


será provavelmente em 1925, dez anos mais tarde do que nós uma vez tínhamos
calculado [isto é, 1915]."15

10
Torre de Vigia de Sião de 15/1/1892, pp. 52,53 (em inglês).
11
Estudos das Escrituras IV, 1897, pp. 604,622 (em inglês).
12
Estudos das Escrituras III, 1915, editorial 101 e 99 (em inglês).
13
O Mistério Consumado, 1917, p. 62 (em inglês).
14
O Mistério Consumado, 1917, pp. 128,129 e 485 (em inglês).
15
O Mistério Consumado, 1917, p. 128 (em inglês).
"Por conseguinte, nós podemos esperar confiantemente que 1925 marcará o
retorno de Abraão, Isaque, Jacó e os profetas fiéis da antiguidade... um cálculo
simples dos jubileus traz-nos a este importante fato." 16

"Devemos presumir, à base deste estudo, que a batalha do Armagedom já terá


acabado até o outono de 1975 e que o reinado milenar de Cristo, há muito
aguardado, começará então? Possivelmente... A diferença talvez envolva
apenas semanas, ou meses, não anos."17

Logo, está evidentemente claro na história, que marcar datas para volta de
Cristo, ou para o fim do mundo, e prélúdio de decepção, e caminho do desvio
doutrinário, qualquer teologia que tenha na sua pretensão, chegar a uma data
aproximada que seja, dos eventos destinado apenas ao saber do senhor, é
falsificação da Doutrina, e não deve ter espaço em nos meios, pois tais ensinos,
se mostraram da história, terem um alto poder corruptor, e nuca da frutos
saudáveis.

16
Milhões que Agora Vivem Nunca Morrerão, 1920, pp. 88-90 (em inglês).
17
A Sentinela de 15/2/1969, p. 115 em português.
6. A Igreja precisa se preparar para essa Vinda citada em Mt. 24:33?

Por fim, chegamos a última pergunta a ser respondida, em Mt 24:33, depois de


falar de todos os sinais referentes a sua Volta, sinais estes trabalho ao longo do
artigo, Jesus diz: “Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele
está próximo, às portas.”, muitas pessoas, equivocadamente interpretam essa
expressão como sendo o Arrebatamento da Igreja, e de que nós estamos
esperando este evento, todavia não devemos confundir, este evento citado em
Mt 24:33, em nada esta relacionado com o Arrebatamento da Igreja, sabemos
que existe diversas escolas de interpretação escatológicas, devido a limitação
deste artigo não citaremos todas elas, mais a rigor, no que se refere as fases da
volta de Cristo, duas visões são defendidas ao longo da historia da teologia
cristã.

A primeira escola é aquela que defende uma vinda em uma única fase, ou seja
Jesus só vem uma única vez, para cumprir todos os eventos relacionadas a sua
segunda vinda, essa posição é academicamente chamada de pós-
tribulacionismo, pois entende ser, a Segunda Vinda, um evento único, e fazendo
desse presuposto seu meio de leitura, entende a luz do sermão escatológico de
Jesus, que ele vem para buscar a Igreja só no final da Grande Tribulação, pois
o texto é claro em dizer que, todas essas coisas devem acontecer antes da vinda
do senhor, sendo assim a Igreja aguarda essa volta, no final do periodo
tribulacional.

A segunda escola é aquela de tradição dispensacionalista, que faz uma


distinção entre Israel e Igreja, e entende ser a Segunda Vinda de Cristo, um
evento descrito em duas etapas, sendo a primeira, o Arrebatamento da Igreja,
antes do início da grande tribulação, um evento iminente que pode acontecer a
qualquer momento, onde os salvos são raptados e vão ao encontro do senhor
nos ares, já o segundo, a Vinda do Senhor em Poder e Grande Glória, ocorre
sim no final do periodo tribulacional, onde Cristo vem com a Igreja, e desce no
monte das oliveiras, sendo este evento sim, dependente de todos os sinais
citados.
Sobre a Volta de Cristo, as Assembléias de Deus no Brasil, defendem, em sua
Declaração de Fé, no item 13 do seu Credo a seguinte posição: “Na segunda
vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para
arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e
corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil
anos (1 Ts 4.16, 17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 1.14);”18

A fim de não nos alorgarmos em assutos profundos e complexos, como é a


escatologia bíblica, vou exemplificar a diferença entre esses eventos, baseano
na doutrina da iminência , aquele que ensina que o Arrebatamento da Igreja é
Iminente pode acontecer a qualquer momento e não depende de sinais para
acontecer.

A: Segunda vinda

Ainda Sobre a Segunda, diz a Declaração de Fé: “CREMOS, professamos e


ensinamos que a Segunda Vinda de Cristo é um evento a ser realizado em duas
fases. A primeira é o arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação,
momento este em que “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados” (1 Ts
4.17); a segunda fase é a sua vinda em glória depois da Grande Tribulação e
visível aos olhos humanos: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até
os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre
ele. Sim! Amém!” (Ap 1.7). Nessa vinda gloriosa, Jesus retornará com os santos
arrebatados da terra: “na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os
seus santos” (1 Ts 3.13).”19

Logo, entendemos que quando a biblia fala de arrebatamento, ela esta se


referindo a um evento distinto a daquele citado no texto de Mt 24:33, onde diz:
“Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às
portas.”, ora, como vimos, ”todas essas coisas”, se refere a todos aqueles
sinais que Jesus citou, entre eles a Grande Tribulação, o Anti Cristo se

18
Declaração de fé das Assembléias de Deus, p,23
19
Declaração de fé das Assembléias de Deus, p,185
assentando no templo de Jerusalém, logo Neste contexto A Vinda Jesus
depende de sinais, onde é possivel saber que ele está próximo.

Pois de acordo com o texto, Jesus não, “volta”, sem que todas estas profecias
se cumpram, sem que venha a grande tribulação, que os sinais cosmicos
apareçam, como citado em Mt: 24:29: “E, logo depois da aflição daqueles dias,
o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as
potências dos céus serão abaladas.”, ou seja sem que estas coisas aconteçam,
a segunda vinda citado neste contexto não pode aconteçer, pois depende de
sinais.

B: Arrebatamento

Encerrando o assunto do final dos dias, Jesus entra no verso 37, falando de
iminência, vemos o Texto de Mt 24: 37,38: “E, como foi nos dias de Noé, assim
será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias
anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até
ao dia em que Noé entrou na arca,”, ou seja aqui o contexto já é outro, neste
contexto a volta de cristo ela é iminente e ninguem está esperando, e feita uma
analogia com os dias de noé, onde ninguem teve um sinal sequer sobre a vinda
do diluvio ate que este o veio, vemos aqui um total contraste com a parabola da
fugueira cita logo acima no texto, onde Jesus diz que os sinais da sua volta
poderiam ser percibos, como entender esta contradição?

Simplesmente não há contradição, pois os sinais dizem respeito a Vinda do


Senhor em poder e Grande Glória, e está associada ao final dos tempos, com a
derrota do Anti-Cristo e o julgamento das Nações, e o Arrebatamento da Igreja
citado por Paulo, tem haver com a retirada dos santos de Cristo da Terra, para
receber prêmios, ou Galardões nos Céus, a Segunda vinda Cristo vem na Terra
para reinar, no Arrebatamento, a Igreja sobre até os ares, vemos o texto de
Paulo, 1 Ts 4: 16-17 : “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande
brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em
Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos
arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares,
e assim estaremos para sempre com o Senhor.”

Vemos uma diferença entre a Segunda Vinda em Poder e grande Glória, onde
os objetivos são totalmentes diferentes, sendo assim a Igreja não espera aquela
Segunda Vinda, citada em Mt 24:33, e sim espera o Arrebatamento da Igreja
que não depende daquels sinais, a Parabola da Figueira não se aplica ao
Arrebatamento, pois este é Iminente e não depende de sinais, pode aconteçer
a qualquer momento, será como nos dias de noé, e a partir disso, sim os sinais
se tornaram cada vez mais claro, para os que ficarem, saberão, que o fim desta
dispensação se aproxima.

Conclusão:

Vimos claramente, que a teoria que marca a volta de Cristo para 2048, em nada
se fundamenta na Biblia, vemos que todos os argumentos citados, são
facilmente refutados, a luz da análise do texto sagrado, e vimos que a essa volta
a qual a teoria se refere, nem se quer é algo aguardado pela Igreja, muito pelo
contrário, a Igreja espera já estar com Cristo quando esta volta vier, pois terá
escapado da Grande Tribulação, e terá participado das bodas do cordeiros com
Cristo nos céus, devemos tomar cuidado com modismos e teorias que buscam
marcar datas, e prever o que Cristo nos ordenou que não prevessemos, marcar
datas e o caminho da Heresia, e nesta estradas muitos se perderam, fiquemos
com a Escatologia Biblica, que se contenta naquilo que nos foi revelado, e o que
não foi, nos esperamos pela fé, que Cristo nos revele nos céus.

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