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Perspetiva epistemológica que nega total ou parcialmente possibilidade de conhecimento;

Ceticismo localizado: reconhece se a falibilidade de alguns juízos e se defende que não podemos ter conhecimento sobre certas categorias
Ceticismo de factos (as outras mentes, Deus ou o futuro, por exemplo);
Ceticismo global: afirma-se que não podemos saber o que quer que seja acerca do mundo. Nenhuma das nossas crenças está
suficientemente justificada para poder contar como conhecimento.
Argumento Se S sabe X, então não pode estar enganado por X. A B Mo. Tollens
central Mas S pode estar enganado sobre X. llB
(ceticismo) Logo, S não sabe X. ( não é possível conhecer)
llA
Dissemos que há conhecimento quando as nossas crenças verdadeiras estão justificadas, isto é, quando temos boas
razões para acreditar que as crenças que temos são verdadeiras. Acontece que apelar a boas razões para justificar uma
Os
dada crença é suportá-la em outras crenças que possuímos.
principais
argumentos
Quando pretendemos justificar uma crença por intermédio de outras crenças estão disponíveis três alternativas
céticos:
mutuamente exclusivas e igualmente desconcertantes (trilema de Agripa).
Conhecimento Argumento da ➔ Ou regredimos infinitamente na cadeia de justificações.
regressão da
justificação ➔ Ou paramos arbitrariamente numa crença não justificada.

➔ Ou raciocinamos em círculo (petição de princípio).

Nenhuma destas três alternativas (as únicas possíveis, afirmam os céticos) resolve o embaraço da regressão da
justificação.

Argumento da Estamos cientes de que os sentidos por vezes nos enganam e que tal pode acontecer em qualquer ocasião e com
ilusão dos qualquer uma das modalidades sensoriais – visão, audição, tato, paladar e olfato.
sentidos
Por isso, nenhum de nós ficará surpreendido com a afirmação cética de que a nossa perceção dos objetos fora das
nossas mentes pode, por vezes, conduzir-nos à ilusão e ao erro.

Se não nos é possível distinguir o sono da vigília, então existe a possibilidade de engano.

Argumento do Não podemos estar seguros de que as nossas perceções atuais representam adequadamente a realidade.
sonho
Enquanto dormimos, não estamos a ser enganados pelas representações deste ou daquele sentido particular.

Todos os nossos sentidos estão, simultaneamente, a ser iludidos.


 Podes estar seguro de não seres um cérebro numa cuba?
 Há boas razões para excluíres como falsa esta possibilidade?
 Se a hipótese, por ínfima que seja, de sermos cérebros numa cuba não pode ser rejeitada, então parece que
não podemos saber o que quer que seja.

Os Argumento do Se S sabe que P, então S sabe que não é um cérebro numa cuba.
principais cérebro numa
Conhecimento S não sabe que não é um cérebro numa cuba.
argumentos cuba
céticos: Logo, S não sabe que P.

 Com estes argumentos, o ceticismo global defende que nenhuma crença está suficientemente justificada e,
portanto, imune à dúvida.
 Mas afirmar que não podemos conhecer o que quer que seja é problemático, autorrefutante.
Conhecimento é o ato de conhecer, é ter ideia ou a noção de algo através de informações que lhe são apresentadas. Definição tradicional/
platónica. (Teoria CVJ);

a) Crença (acreditar em alguma convicção) - condição necessária; Teoria C V J


b) Verdade (proposição corresponde á realidade) - condição necessária;
Conhecimento é… Crença Verdadeira Justificada
c) Justificada (razão que sustenta a proposição) - condição necessária;

Tipos de conhecimento…

Saber que se expressa em conteúdos ou Sei que Bordalo lI tem obras em


Saber-que ou conhecimento pensamentos que são portadores de valor vários lugares do pais e do mundo.
proposicional de verdade (conhecimento de factos ou
de verdades).
Conhecimento que implica estar ou ter estado Conheço varias obras de Bordalo lI.
Conhecimento por contacto em contacto direto com o objeto
(conhecimento de coisas ou lugares).

Saber-como ou conhecimento Saber relacionado com aptidões ou Bordalo II sabe aparafusar,


Conhecimento habilidades intelectuais, físicas ou práticas soldar e colar desperdícios de grandes
por aptidão
(saber-fazer). dimensões.
A crença é condição necessária para o conhecimento: todo o conhecimento é crença, mas nem todas as crenças são conhecimento; (ex:
S sabe que O lince-ibérico é uma ave? Não, dado que S possui uma crença evidentemente falsa. Como terás aprendido, o lince-ibérico é
um mamífero e não uma ave; todo o conhecimento é crença, mas nem toda a crença é conhecimento.
Teoria CVJ
A verdade é condição necessária para o conhecimento: todo o conhecimento é crença verdadeira, mas nem todas as crenças
(Crença,
verdadeiras são conhecimento; Para haver conhecimento, é necessário que as nossas crenças sejam verdadeiras. (ex: A crença de S de
Verdade e
que O lince-ibérico é uma ave - ou qualquer outra crença - tem conteúdo proposicional, já o dissemos, podendo, por essa razão, ser
Conhecimento) considerada verdadeira ou falsa. Será verdadeira se, e só se, for um facto que o lince-ibérico é uma ave, como não é estamos perante
uma crença falsa.)
Uma justificação - ou seja, uma razão para acreditar - é geralmente constituída por uma premissa ou conjunto de premissas que
aumenta(m) a probabilidade de a crença - a conclusão - ser plausível.

Em 1963, a publicação de um artigo da autoria do filósofo Edmund Gettier abalou este cenário, trazendo a definição de conhecimento
para o âmbito das discussões e dos problemas filosóficos. Recorrendo a um conjunto de contraexemplos, Gettier mostrou que crença,
Contraexemplos verdade e justificação podem, afinal, ser insuficientes para definir conhecimento.
de Gettier Gettier não questiona que crença, verdade e justificação sejam condições necessárias .
( exemplo: pág.14)

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