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O ceticismo pode ser resumido no argumento: Se S sabe que P, então não é possível que S
esteja enganado acerca de P; É possível que S esteja enganado acerca de P; Logo, S não sabe
que P.
Esta é a forma lógica que expressa o ceticismo: se o sujeito conhece P, então há conhecimento.
Contudo, os céticos afirmam que andamos enganados, iludidos ou baseados numa cadeia de
justificações infinitas, logo, não há conhecimento.
Se para tudo temos uma justificação, nessa cadeia, a associação que fazemos entre causas e
justificações não faz sentido, pois, ou ela é infinita (logo não chegamos a qualquer
conhecimento), ou se a regredirmos na sua ordem, não faz sentido. Exemplo: As maças são
frutas, porque nascem das árvores. As árvores são naturais porque crescem do chão. Logo as
maçãs são naturais e crescem do chão. - errado.
Argumento da ilusão
Sentimos que sabemos, contudo o que há mais para conhecer é muito mais amplo, por isso,
nada verdade, não conhecemos nada. Exemplo: conheço o bairro de Paris nº66. Mas conheço
Paris? Não, apenas uma parte que não dá conhecimento.
Argumento do sonho
Podemos estar a viver algo que pensamos ser realidade e, na verdade, ser um sonho. Assim, o
que sabemos nesse sonho não é real, logo não conhecemos. Se um dia acordássemos,
veríamos que não conhecíamos, pois não encontraríamos o conhecimento (do sonho) na
realidade.
Havendo um conhecimento que não nos chega, isso não faz com que conheçamos o que quer
que haja. É como se o conhecimento estivesse no nosso cérebro, mas este apenas no dê
estímulos sobre algo, sem que, de facto, o tenhamos experienciado para conhecer.