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cartesiano
Uma teoria acerca da origem, possibilidade
e limites do conhecimento.
Racionalismo
Um dos mais ilustres representantes do
racionalismo é René Descartes (1596-1650).
René Descartes foi filósofo, físico e
matemático francês. Designado como
fundador da filosofia moderna e «pai» da
matemática moderna, foi um dos pensadores
mais influentes da história da cultura
ocidental.
O PROJETO CARTESIANO
Racionalismo
Descartes combateu o ceticismo reinante e reabilitou a razão
como meio para alcançar a verdade.
O MÉTODO CARTESIANO
Racionalismo
A DÚVIDA CARTESIANA
OU DÚVIDA METÓDICA
Racionalismo
Metódica e Universal e
Hiperbólica Voluntária
provisória radical
O ARGUMENTO:
A indistinção vigília-sono
A indistinção vigília-sono
Com efeito, quantas vezes me acontece que, durante o repouso noturno, me
deixo persuadir de coisas tão habituais como que estou aqui, com o roupão
vestido, sentado à lareira, quando, todavia, estou estendido na cama e
despido! Mas agora, observo este papel seguramente com os olhos
abertos, esta cabeça que movo não está a dormir, voluntária e
conscientemente estendo esta mão e sinto-a: o que acontece quando se
dorme não parece tão distinto. Como se não me lembrasse de já ter sido
enganado em sonhos por pensamentos semelhantes! Por isso, se reflito
mais atentamente, vejo com clareza que vigília e sono nunca se podem
distinguir por sinais seguros.
René Descartes (1641). Meditações sobre a Filosofia Primeira.
ERROS DE RACIOCÍNIO
ERROS DE RACIOCÍNIO
Enquanto a hipótese do Génio Maligno não for afastada, não podemos estar
certos de nada, de que quer as crenças que têm origem na experiência
sensível, quer as que têm origem no raciocínio, não sejam mais do que
maquinações do Génio Maligno. Eis o argumento:
A indistinção vigília-sono
Erros de raciocínio
Hipótese
Falta de critério da existência de
Ilusões e Enganos e
para distinguir um
enganos dos erros de
o sonho da deus enganador
sentidos raciocínio
vigília ou
génio maligno
Mas, logo a seguir, notei que, enquanto assim queria pensar que
tudo era falso, era de todo necessário que eu, que o pensava,
fosse alguma coisa. E notando que esta verdade: penso, logo
existo, era tão firme e tão certa que todas as extravagantes
suposições dos céticos não eram capazes de a abalar, julguei que a
podia aceitar, sem escrúpulo, para primeiro princípio da filosofia
que procurava.
René Descartes (1637). Discurso do Método.
O ARGUMENTO:
O COGITO é:
Uma verdade absolutamente primeira, a primeira certeza
de Descartes;
Uma verdade estritamente racional;
Uma verdade exclusivamente a priori;
Uma verdade indubitável;
Uma verdade evidente, uma ideia clara e distinta;
O COGITO
Funções do cogito:
Permite ultrapassar o ceticismo radical e demonstrar
que é possível conhecer;
Funda na razão a origem do conhecimento seguro;
Ideia-chave do texto:
Somos essencialmente uma alma, ou coisa pensante.
O dualismo cartesiano está na afirmação de que mente/alma – natureza
imaterial - e corpo – natureza material ou física - são coisas distintas.
Também se designa por dualismo mente-corpo.
P3 - Se posso conceber que existo sem ter um corpo, mas não posso
conceber que existo sem ter uma mente/alma, então a mente/alma não é
igual ao corpo.
Substância extensa
Substância pensante
(desprovida de
(desprovida de extensão)
pensamento)
DUALISMO
SUBSTANCIAL
Apesar de o cogito se assumir como modelo de verdade,
saber que existimos como mente não é ainda suficiente para
fundarmos o conhecimento de outras verdades claras e
distintas. Como se fundamenta, por exemplo, a existência do
mundo exterior e do meu corpo? E a hipótese do Génio
Maligno não está afastada!!
TIPOS DE IDEIAS
As ideias que estão presentes no pensamento de
qualquer sujeito possuem um conteúdo que representa
alguma coisa.
5) Logo, existe outra coisa (além de mim) que é o ser perfeito e que
deu origem à minha ideia de perfeição.
Deus é a
Imperfeito, Não pode
causa Deus existe
finito e ser a causa
Cogito criadora e e é causa
contingente de si
conservador sui.
. próprio.
a do cogito.
Provas da existência de Deus
1-Se duvido sou imperfeito, logo não posso ser a causa da ideia de
perfeição.
DEUS
Princípio fundante
COGITO DEUS da verdade objetiva
e de toda a
realidade
solipsismo da
res cogitans
Existência do
.Afasta-se a hipótese corpo, dos outros
do génio maligno. e do mundo
físico.
.Podemos confiar na
razão quando esta
concebe ideias claras
e distintas.
Racionalismo
Dúvida metódica
Primeira evidência, a
partir da qual Descartes
Eu (cogito) deduz a existência de
Deus.
Do cogito e de Deus
deduz os princípios das
Mundo
coisas físicas: extensão,
forma e movimento.
Racionalismo
SUBSTÂNCIA
DIVINA
O conhecimento da existência de DEUS.
Exercícios p.43
Críticas ao racionalismo cartesiano:
EXCLUSIVISTA (a razão como a única fonte de conhecimento. Mas uma
mente vazia de conteúdos da experiência pode ser ponto de partida para
conhecimento significativo? Descartes acha que sim.).
Por outro lado, considerar que o menos perfeito não pode originar o
mais perfeito e, portanto, a ideia de Deus foi colocada pelo próprio
Deus, isso contraria, por exemplo, a evolução por seleção natural em
que organismos muito simples deram origem, ao longo de milhões de
anos, a variados organismos cada vez mais complexos.
Consequentemente, se o menos complexo origina o mais complexo na
natureza, então a ideia de Deus pode ser factícia (fruto da imaginação do
ser humano) com todas as perfeições de que nos consigamos lembrar
como o é a ideia de Super-Homem com capacidades extraordinárias.
Crítica ao dualismo cartesiano.
Descartes existe segundo pensamento e não segundo corpo. Do corpo
continuo a duvidar e afirmar que nada existe. Mas, o pensamento
assenta em quê?
Dizem que esse dualismo, existir como pensamento e não como corpo,
pode representar uma falácia: a falácia do mascarado.
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