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Desconfiança dos sentidos:

Ideias inatas: Os racionalistas não negam a


As ideias existência do conhecimento
fundamentais do empírico, mas este não pode ser
conhecimento já considerado universal e
nascem connosco. necessário. As crenças e
informações que se obtêm
através dos sentidos são, muitas
vezes, confusas ou incertas.
RACIONALISMO

Intuição e dedução:
As ideias fundamentais
Otimismo racionalista:
descobrem-se por
Há uma correspondência
intuição intelectual. O
entre a ordem do
conhecimento constrói-
pensamento e a ordem da
se de forma dedutiva
realidade, existindo
(privilegia-se o raciocínio
conhecimentos a priori
dedutivo).
acerca do mundo
Desvalorização do
conhecimento a priori:
Rejeição do inatismo: Embora neguem os
Nada, à nascença, se conhecimentos inatos, os
encontra escrito na empiristas não negam o
mente; só com a conhecimento a priori.
experiência isso se Esse conhecimento existe,
tornará possível. só que nada nos diz de
importante ou de
substancial acerca do
EMPIRISMO mundo.

Primazia da
indução:
Privilegia-se o Significado da
raciocínio indutivo. experiência:
É nela que o
conhecimento tem o
seu fundamento e os
seus limites.
FUNDACIONALISMO

O conhecimento deve ser concebido como uma estrutura que se ergue e se


desenvolve a partir de fundamentos certos, seguros e indubitáveis.

RAZÃO Combinação da EXPERIÊNCIA


RAZÃO e da
EXPERIÊNCIA

RACIONALISMO EMPIRISMO
1.2.2. Descartes, a resposta racionalista
RENÉ DESCARTES
(1596-1650)

Filósofo racionalista

A razão a fonte principal do conhecimento:


fonte de um conhecimento caracterizado pela
universalidade e pela necessidade.

Descartes procurou na razão os fundamentos do conhecimento.

Há crenças que a razão, e apenas a razão, é capaz de justificar.

Tentativa de superação dos argumentos dos céticos radicais.


Proposições da matemática

Têm origem racional e a priori.

Método inspirado na matemática.

REGRAS DO MÉTODO

Evidência Análise Síntese Enumeração /


revisão

Não aceitar nada Dividir cada uma Conduzir por Fazer enumerações
como verdadeiro das dificuldades ordem os tão completas e
se não se em tantas partes pensamentos, revisões tão gerais,
apresentar à quantas as começando pelo que tivesse a
consciência como necessárias para mais simples e certeza de nada
claro e distinto, melhor as resolver. fácil de omitir.
sem qualquer compreender e
margem para subir
dúvidas. gradualmente para
o mais complexo.
REGRAS DO MÉTODO

Permitem guiar a razão (o bom senso),


orientando duas operações fundamentais:

Intuição Dedução

Representação da mente pura e «O que se conclui


atenta, tão fácil e distinta que necessariamente de outras coisas
nenhuma dúvida nos fica acerca do conhecidas com certeza.»
que compreendemos. Ato Encadeamento e sucessão de
puramente intelectual ou racional intuições, implicando um
de apreensão direta e imediata de movimento contínuo do
noções simples e indubitáveis. pensamento, desde as ideias
simples e evidentes até às
consequências necessárias.
Metódica e provisória Universal e radical

É um meio para atingir


um conhecimento Incide sobre o
seguro, a certeza e a conhecimento em
verdade, não geral, sobre os seus
constituindo um fim fundamentos e suas
em si mesma. raízes, pondo em
Mantém-se apenas até causa a possibilidade
se descobrir algo de o construir (as
CARACTERÍSTICAS faculdades do
indubitável. DA DÚVIDA conhecimento são
postas em causa).

Hiperbólica Voluntária

É uma dúvida levada Não é uma dúvida


ao extremo. Considera sofrida em termos
como falso tudo aquilo psicológicos, mas sim
em que se note a artificial e
mínima suspeita de estabelecida
incerteza. livremente.
SABEDORIA HUMANA

Permanece una e idêntica: a filosofia é comparada a uma árvore:

moral

mecânica medicina

física

metafísica
DÚVIDA
Se alguma crença
resistir à dúvida,
Recusar todas as crenças em que se note a então ela poderá
mínima suspeita de incerteza. ser a base ou o
fundamento para
É um instrumento da luz natural ou razão, posto as restantes.
ao serviço da verdade e da procura de uma
justificação para as nossas crenças.

RAZÕES QUE JUSTIFICAM A DÚVIDA – dúvida metódica

Por causa dos Porque os Porque não Porque alguns Porque pode
preconceitos e sentidos são dispomos de um seres humanos se existir um Deus
dos juízos muitas vezes critério que nos enganaram nas enganador ou um
precipitados que enganadores: permita discernir demonstrações Génio maligno,
formulámos na convém fazer de o sonho da vigília. matemáticas. que nos iludem,
infância. conta que nos fazendo com que
enganam sempre. estejamos
sempre
enganados.
Deus enganador e/ou Génio maligno

Não existe consenso entre os comentadores no tocante a


saber se se trata ou não da mesma figura.

A hipótese da existência do Deus enganador e a hipótese da


existência do Génio maligno conferem um carácter
metafísico à dúvida.

Trata-se de admitir que o entendimento humano é de tal


natureza que se engana sempre, mesmo quando pensa
captar a verdade.
DÚVIDA

SUSPENSÃO DO JUÍZO

Tem uma função catártica, já que liberta o espírito dos erros que o
podem perturbar ao longo do processo de indagação da verdade.

Abre caminho à possibilidade de reconstruir, com fundamentos sólidos,


o edifício do saber.
Dúvida – ato
livre

Ser que «Penso, logo


Cogito –
pensa e existo.»
verdade
duvida («Cogito,
incontestável
ergo sum.»)

Afirmação da
minha
existência

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