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UMA SÍNTESE COMPARATIVA

DESCARTES HUME
O racionalismo – esta tese defende que O empirismo – esta tese defende que a
a razão (conhecimento a priori) é a experiência (conhecimento a posteriori) é a
única forma de justificar as crenças forma de justificar as crenças básicas e é desta
TESE CENTRAL básicas e é desta (razão) que o (experiência) que todo o conhecimento acerca
conhecimento se origina. do mundo se origina.

Descartes defende que a justificação Hume considera a justificação do conhecimento


para as crenças básicas é infalível, pois acerca do mundo (conhecimento substancial)
QUE JUSTIFICAÇÃO? temos um principio racional falível.
indubitável, o Cogito.

A razão é a única justificação para o O fundamento mais confiável utilizado para as


conhecimento em que podemos justificações é a experiência.
FUNDAMENTO confiar. Impressões – são as perceções que produzem o
O Cogito – é uma crença básica e é conhecimento mais confiável.
indubitável.
PRINCIPAL TIPO DE Raciocínio dedutivo (intuição). Raciocínio indutivo (previsão e generalização).
RACIOCÍNIO
a priori/a posteriori A priori. A posteriori.
Temos as ideias inatas (ideias que As ideias dividem-se em simples e complexas.
nascem connosco), ideias factícias Hume defendia que não existiam ideias inatas,
(ideais criadas pela nossa imaginação) pois para ele as ideias não passam de cópias
QUE IDEIAS TEMOS? e ideias adventícias (adquiridas com a enfraquecidas de impressões. Logo uma ideia
experiência da nossa vida). que vem connosco à nascença é impossível.

É uma ideia inata, no caso colocada na É uma ideia complexa formada a partir de
nossa mente por Deus à nascença. Para outras ideias mais simples, essas sendo reflexões
isso, Deus tem de existir fora da nossa do ser humano do que, ao seu ver, é um ser
mente, o que implica o Argumento da infinitamente sábio e bondoso. Deus não tem de
DEUS Marca (defende que Deus criou se a si existir realmente para que possamos ter a ideia
mesmo, pois só um ser perfeito pode de Deus.
criar um ser perfeito).

Não. Descartes a partir da dúvida Em parte, sim. O ceticismo parece irrefutável:


metódica chega ao Cogito. O Cogito não há justificação racional para a indução nem
«Eu penso, logo existo» é a prova de para a causalidade Mas esse ceticismo tem de
que o conhecimento é possível, ser moderado, pois é impraticável no dia a dia.
HÁ LUGAR PARA PARA refutando em parte o ceticismo radical. Sabemos muito menos do que julgamos saber,
O CETICISMO? Descartes ainda refere que é possível pelo por isso devemos ter cuidado e recorrer
alcançar conhecimentos indubitáveis sobretudo à experiência no nosso dia a dia.
(ideias claras e distintas) que são
justificadas com a existência de Deus.

Manuel Cabral nº 23 11º A

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