Você está na página 1de 4

Interpretações dos textos

Caibalion

São sete as principais leis herméticas, estas se baseiam nos princípios incluídos no livro "O Caibalion"[1] que
reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion seria um
derivado grego da mesma raiz da palavra Cabala, que em hebraico significa "recepção". O livro descreve as
seguintes leis herméticas:

 Lei do Mentalismo: "O Todo é Mente; o Universo é mental".


 Lei da Correspondência: "O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é
como o que está em cima".
 Lei da Vibração: "Nada está parado, tudo se move, tudo vibra".
 Lei da Polaridade: "Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são
a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos
podem ser reconciliáveis".
 Lei do Ritmo: "Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a
compensação".
 Lei do Gênero: "O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero
manifesta-se em todos os planos da criação".
 Lei de Causa e Efeito: "Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos
de causalidade mas nada escapa à Lei".

Sete princípios[editar | editar código-fonte]


De acordo com o Caibalion, todo o Hermetismo se basearia em Sete Princípios Herméticos.[3]

O Princípio de Mentalismo[editar | editar código-fonte]


"O Todo é mente, o Universo é mental."
De acordo com este princípio, o Universo é uma criação mental do Todo, existindo em sua mente.

O Princípio de Correspondência[editar | editar código-fonte]


"O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima."
Existe uma correspondência entre as leis e fenômenos de todos os planos de existência e de vida.
O microcosmo humano é governado pelas mesmas regras que o macrocosmo universal e vice-versa.

O Princípio de Vibração[editar | editar código-fonte]


"Nada está parado, tudo se movimenta, tudo vibra."
A diferença entre as várias manifestações de matéria, energia, mente e espírito resulta principalmente de taxas
variáveis de vibração. Quanto maior a vibração, mais elevada a posição na escala. Tudo, desde o átomo e
a molécula até mundos e universos, está em movimento vibratório.

O Princípio de Polaridade[editar | editar código-fonte]


"Tudo é duplo; tudo tem polos; tudo tem seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são
idênticos em natureza, mas diferentes em graus; extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades;
todos os paradoxos podem ser reconciliados."
Os opostos são apenas extremos de uma mesma escala, apenas diferenciados por graus distintos de vibração. É
possível realizar a "alquimia mental" dos sentimentos e dos pensamentos, avançando gradativamente na escala.

O Princípio de Ritmo[editar | editar código-fonte]


"Tudo flui, para fora e para dentro; tudo tem suas marés; todas as coisas se levantam e caem; a oscilação do
pêndulo se manifesta em tudo; a medida da oscilação à direita é a medida da oscilação à esquerda; o ritmo
compensa.”
Existe uma oscilação natural, não apenas nos fenômenos da natureza, mas na vida humana. O ruim sucede o
bom, a alegria segue-se à tristeza, períodos de animação são precedidos e sucedidos por períodos de retração.

O Princípio de Causa e Efeito[editar | editar código-fonte]


"Toda causa tem seu efeito, todo efeito tem sua causa; tudo acontece de acordo com a lei; o acaso é
simplesmente o nome dado a uma lei desconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à lei.”
Existe uma causa para tudo o que acontece; nada ocorre aleatoriamente. É possível aprender a trabalhar sobre
as causas para obter os efeitos desejados.

O Princípio de Gênero[editar | editar código-fonte]


"O gênero está em tudo; tudo tem seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em
todos os planos da existência.”
Tudo e toda pessoa contém os dois elementos, masculino e feminino. Este princípio não tem relação com
incentivos à luxúria ou à libertinagem.

Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia

“Os lábios da sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do entendimento.” – O Caibalion

Nos primeiros tempos existiu uma compilação de certas Doutrinas básicas do Hermetismo, transmitida de
mestre a discípulo, a qual era conhecida sob o nome de “Caibalion”. A palavra “Caibalion”, na linguagem
secreta significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima.

Esta palavra tem a mesma raiz que a palavra Cabala, vida ou entre manifestado, com o acréscimo do “íon” ou
“eon” dos gnósticos. Este ensinamento é, contudo, conhecido por vários homens a quem foi transmitido dos
lábios aos ouvidos, desde muitos séculos.

Estes preceitos nunca foram escritos ou impressos até chegarem ao nosso conhecimento, sendo uma coleção
de máximas, preceitos e axiomas, não inteligíveis aos profanos, mas que eram prontamente entendidos pelos
estudantes do hermetismo.

Do velho Egito saíram os preceitos fundamentais esotéricos e ocultos que tão fortemente tem influenciado as
filosofias de todas as raças, nações e povos, por vários milhares de anos. O Egito, a terra das Pirâmides e da
Esfinge, foi a pátria da Sabedoria secreta e dos Ensinamentos místicos. Todas as nações receberam dele a
Doutrina secreta.

No antigo Egito viveram os grandes Adeptos e Mestres que nunca mais foram superados, e raras vezes foram
igualados, nos séculos que se passaram desde o tempo do grande Hermes, que entre os Grandes Mestres do
antigo Egito era conhecido como o Mestre dos Mestres, que foi o pai da Ciência Oculta, o fundador da
Astrologia e o descobridor da Alquimia.
Supõe-se que Hermes viveu pelo ano 2.700 a.C., quando o Egito já estava sob o domínio dos Reis Pastores.
Em todos os países antigos, o nome de Hermes Trismegisto foi reverenciado, sendo esse nome considerado
como sinônimo de “Fonte de Sabedoria”.

“Os Princípios da Verdade são Sete; aquele que os conhece perfeitamente, possui a Chave Mágica com a qual
todas as Portas do Templo podem ser abertas completamente.” – O Caibalion

Autoria[editar | editar código-fonte]


Como o livro é atribuído a "três Iniciados", que decidiram se manter anônimos, há muita especulação sobre quem
escreveu o Caibalion. A teoria mais comum é que o livro teria sido escrito por William Walker Atkinson, tomando
como evidências principais o fato do escritor ter sido dono da Yogi Publication Society, ser conhecido por publicar
livros sob diversos pseudônimos, a estrutura dos Sete Princípios Herméticos ser similar às Sete Leis Arcanas
de The Arcane Teaching, e, finalmente, a edição de 1912 de Who's Who in America atribuir Atkinson como o
autor, enquanto a tradução francesa de 1917 indicar a autoria como sendo do "mestre psíquico estadunidense W.
W. Atkinson".
Outras teorias incluem como coautores: Paul Foster Case, fundador dos Builders of the Adytum; Michael Witty e
Charles Atkins, chefes da Loja Thoth-Hermes da Ordem Alpha et Omega em Chicago; Claude Alexander, mágico
e escritor de Novo Pensamento; Claude Bragdon, teósofo e arquiteto; Harriet Case, esposa de Paul Foster Case;
Mabel Collins, escritora teósofa; e Marie Corelli, escritora de romances metafísicos.[4

Autor(es) Os Três Iniciados

Idioma Inglês

Assunto Hermetismo

Editora Yogi Publication Society

Lançamento 1908

Edição brasileira

Tradução Rosabis Camaysar (Pensamento)


Hugo Ramírez (Arcanum Editora)

Editora Pensamento
Isis
Arcanum Editora

Lançamento Década de 1920 (Pensamento)


2014 (Isis)
2017 (Arcanum Editora)

Páginas 128 (Pensamento)


148 (Isis)
160 (Arcanum Editora)
Hermes Trismegisto[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Hermes Trismegisto

A divindade de Hermes Trismegisto provêm da introdução do deus Toth na religião grega. Toth é um deus
egípcio o qual simboliza a lógica organizada do universo. Ele é relacionado aos ciclos lunares a qual em suas
fases expressa a harmonia do universo. E também como deus do verbo e da sabedoria foi naturalmente
identificado com Hermes. Como o deus da sabedoria o Toth foi atribuído como escritor de uma série de textos
sagrados egipcíos os quais descrevem os segredos do universo. Os textos Herméticos antigos podem ser
considerados também retentores de ensinamento e de uma base de iniciação a antiga religião egípcia.
Como todos os deuses egípcios o Toth inicialmente era adorado localmente, mas depois a adoração a ele
espalhou-se por todo o Egito. Uma das localidades de adoração ao Toth era na Grande Hermópolis. Com o
estabelecimento da dinastia ptolomaica naquela região Gregos imigraram também para a cidade sagrada de
Toth. Desta imigração de gregos advém a identificação de Hermes com Toth.

Hermes Trismegisto (em latim: Hermes Trismegistus; em grego Ἑρμῆς ὁ Τρισμέγιστος, "Hermes, o três vezes
grande") era um legislador egípcio, pastor e filósofo, que viveu na região de Ninus por volta de 1.330 a.C. ou
antes desse período; a estimativa é de 1.500 a.C a 2.500 a.C. Teve sua contribuição registrada através de trinta e
seis livros sobre teologia e filosofia, além de seis sobre medicina, todos perdidos ou destruídos após invasões ao
Egito. O estudo sobre sua filosofia é denominado hermetismo.[1]
Pela diversidade de temas, é pouco provável que todos esses livros tenham sido escritos por uma única pessoa,
mas representam o saber acumulado pelos egípcios ao longo do tempo.
A literatura Hermética hoje em dia foi quase perdida. Estima-se que Hermes Trismegisto fora a inspiração para
diversos pensadores da Antiguidade que o sucederam, como Sócrates, Platão e Aristóteles.

Você também pode gostar