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é uma palavra forte e que carrega toda a emoção do povo português ao longo da
História., No entanto, muitas pessoas utilizam-na de uma forma desinteressante e a
banalizam-na, pois é uma forma simpática de mostrar afeto. Mas , em boa verdade, a saudade
é muito mais do que uma palavra, é um sentimento profundo da falta de alguém ou de algo
de grande importância para nós.
À medida que fui crescendo, os meus pais deram- me uma bicicleta que também tinha
rodinhas atrás, pois eu gostava de saber andar, mas ou ninguém tinha tempo para me ensinar,
ou o tempo não era o mais favorável, ou seja, havia sempre algum contratempo. Muitas
vezes, ficava triste, dado que pois todos os meus colegas sabiam andar, todos os meus primos
sabiam andar, todos, todos, todos, menos eu... Isso ora me entristecia, ora me revoltava um
pouco. Depois, com a entrada no 1.º ano, a dificuldade começava a aumentar e nunca voltei a
ter a essa oportunidade. Eis-nos, então, anos mais tarde, em pleno confinamento. Como
sabemos, o mundo entrou em quarentena e o nosso tempo de lazer foi alargado.
Tínhamos mais horas de tarde para ver filmes, ouvir música, continuar a estudar e
quiçá, andar de bicicleta. Foi neste contexto que decidi que ia aprender a fazê-lo sem
rodinhas. Todas as noites, depois de fazer as tarefas e de jantar, ia para rua perto da casa da
minha avó aprender e, como não tinha nenhuma bicicleta para o meu tamanho, tive de
pedir uma emprestada e, finalmente, consegui. Já sei pedalar e não ando nada mal.
Ainda assim, a bicicleta não era minha e, naquele momento, pois o tempo estava agradável e
estávamos em pleno Verão, o dono precisou dela. Fiquei mais deque três meses sem andar.
Aquele ritual fazia-me mesmo falta, fiquei tão triste, pois acabava as tarefas e não podia sentir
essa liberdade única que permitia sentir a brisa na cara! que Constatei que estava
com saudades de o fazer .