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História 11º Ano – Absolutismo Joanino

– Foi no reinado de D. João V, que o absolutismo em Portugal atingiu o seu ponto alto. Inspirado em Luís XIV, o Rei-
Sol, o monarca português realçou a figura do rei, ou seja a sua própria figura, através do luxo, do ouro e diamantes
vindos do Brasil, da sua autoridade, nos banquetes e nas festas sumptuosas;
– Por outro lado, D. João V destacou-se com outras “encenações de poder” como:
• Participação militar no combate aos turcos que ameaçavam a Itália;
• Subordinação das Ordens Sociais;
• Apoio às artes, criação da Biblioteca da Universidade de Coimbra;
• Envio de embaixadas ao estrangeiro, no qual se destaca a embaixada enviada ao Papa em 1709;
• Distribuição de moedas de ouro pela população;
• Política de grandes construções, como exemplo temos o Palácio-Convento de Mafra.
– O estilo que predominava na Europa era o Barroco, que tinha como principais características a ostentação e a
riqueza. Foi no reinado de D. João V que este estilo chegou a Portugal. O Barroco Joanino, como ficou conhecido,
tinha como características:
• influência italiana, Nicolau Nasoni e a “sua” Torre dos Clérigos;
• Talha dourada, azulejo, ourivesaria, mobiliário;
• Decoração: riqueza e abundância dos materiais;
• exuberância visível na escultura, pintura, moda, música.

História 11º Ano – Criação do aparelho burocrático do Estado absoluto no século XVII

– Nos séculos XVII e XVIII, os reis portugueses criaram uma nova organização do aparelho do Estado, tendo
como base a centralização do poder.
– O regime absolutista fez uma reforma na estrutura administrativa, com a criação de novos órgãos e a redefinição
de funções nos órgãos existentes;
– Em Portugal, a reestruturação burocrática ficou dividida da seguinte forma:
• No Século XVII, após o domínio filipino, D. João IV teve a necessidade de reestruturar os órgãos da administração
central:
→ Secretário de Estado;
→ Secretarias das Mercês e expediente, da Assinatura;
→ Conselhos: da Guerra, de Estado, da Fazenda, Ultramarino;
→ Junta dos três Estados;
→ Tribunais: do Desembargo do paço, Casa da Suplicação, Relação do Porto, Mesa da Consciência e Ordens.
• No Século XVIII, o absolutismo estava no seu auge e o Rei D. João V remodelou as secretarias criadas por D. João IV
e rodeou-se de colaboradores de confiança:
→ Secretários de estado do reino da confiança pessoal do monarca;
→ Reforma das secretarias: Secretaria de Estado dos Negócios Interiores do Reino, Secretaria de Estado dos
Negócios Estrangeiros e da Guerra, Secretaria de estado da Marinha e dos Domínios Ultramarinos;
→ Conselhos, juntas e tribunais, mantêm-se os mesmos.

História 11º Ano – Antigo Regime e a Sociedade por Ordens

Conceitos essenciais para a unidade: Estratificação social e poder político nas sociedades do Antigo Regime – A
Sociedade de ordens assente no privilégio e garantida pelo absolutismo régio de direito divino:
– Antigo Regime: período histórico compreendido entre o século XVI e os finais do século XVIII, no qual a sociedade
estava constituída por ordens ou estados;
– Ordem ou Estado: categoria social definida pelo nascimento e pelas funções sociais que os indivíduos pertencentes
a essa ordem desempenhavam, independentemente da sua riqueza. A categoria social perpetuava-se pela via
hereditária (com excepção do Clero) e conferia aos seus membros determinados direitos e deveres, tinham estatuto
jurídico próprio, eram distinguidos pela sua forma de vestir, tinham formas de tratamento diferente e outros
factores diferenciadores;
– Os três estados eram: Nobreza, Clero, Terceiro Estado;
– Ordens Privilegiadas: Nobreza, Clero;
– Ordens Não Privilegiadas: Terceiro Estado;
– Sociedade por ordens tinha como base: desigualdade social, diferença natural, desigualdade jurídica, sociedade
hierarquizada, fraca mobilidade social;
– Antigo Regime: o regime politico instalado era a Monarquia Absoluta;
– Características da Monarquia Absoluta:
• Sagrado, paternal, absoluto, racional;
• O poder era pessoal, pois o Rei não podia delegar o seu poder noutra pessoa;
• Não reuniam com as Cortes (Portugal) ou Estados Gerais (França);
• Poder ilimitado (só respeitando as leis de Deus, as leis do Reino);
• Tinham o Direito Natural e o Direito Consuetudinário;
• Rei era o garante da ordem social estabelecida;
• Sociedade de Corte.

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