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História (apontamentos da aula)

19/09

Recorda:

-Periodização da História (livro 1)

Época antiga ou época clássica- invenção da escrita (4000 a.c.- 476, séc. V)

Época medieval- séc. V - séc. XV (1453)

Época moderna- séc. XV - séc. XVIII (1789)

Época contemporânea- séc. XVIII – atualidade

Fontes Históricas:

Herança cultural da civilização grega:

- A democracia;
- A filosofia;
- A arte (arquitetura);
- A matemática;
- O teatro e os jogos olímpicos.

Os limites da democracia:

- As mulheres não podiam votar;


- Os escravos;
- Um reduzido corpo cívico.

Império:

Herança cultural da civilização romana:

- O latim;
- O direito;
- A numeração romana;
- A arte.

O direito: (a codificação de leis)


(a arquitetura dos romanos era muito avançada, porém todo o templo
construído era sobre as ordens dos gregos; ordem jónica, dórica...)

A cultura Romana:

- Pragmatismo (prática) e influência helénica (influência dos gregos);


- As termas (espaço de lazer e de cultura);
- Os mercados públicos;
- Os edifícios utilitários- pontes, aquedutos, termas, circos, anfiteatros
(coliseu de Roma, por exemplo.), mercados públicos, biblioteca, etc.
- Edifícios decorativos: arcos de triunfo, colunas e estátuas.

Romanização: processo de transmissão de cultura romana aos diversos povos


dos impérios.

- O mesmo urbanismo;
- As mesmas instituições;
- A mesma estrutura social;
- O latim (a mesma língua);
- O direito (as mesmas leis);
- Os mesmos Deuses.

O império romano-cristãos

- Imperador Constantino- édito de Milão (314)

(decretou a liberdade aos cristãos)

- Imperador Teodósio- édito de Tessalónica (380)

(o cristianismo tornou-se a religião oficial do império romano)

O fim do império romano (do ocidente- 476)

- Crise interna- disputas políticas entre imperadores e entre estes e o


exército;
- Crise externa- as grandes invasões dos povos bárbaros.
O Fim da antiguidade clássica e o início de uma nova época:

- A idade média, época medieval.

- A multiplicidade de poderes (livro 2)

− Os senhorios (clero, nobreza, rei);


− Os principados e os ducados;
− Os reinos;
− As comunas;
− O sacro império romano-germânico.

A reconquista cristã: termo utilizado para designar as campanhas militares


que os reinos cristãos da Península Ibérica dirigiam contra os muçulmanos
que a invadiram em 711.

- 1143: Tratado de Zamora (D. Afonso Henriques como rei);


- 1179: Bula Manifestis Probatum (o papa Alexandre III reconhece o rei
D. Afonso Henriques, tornando-o vassalo da igreja, libertando-o assim
das obrigações de vassalidade com Afonso VII, reconhecendo também
que Portugal é independente);
- 1249: Com Afonso Henriques, a reconquista chega ao Algarve;
- 1297: O Tratado de Alcanises: entre D. Dinis e Fernando IV de Castela,
fixou ou estabeleceu os limites territoriais dos dois reinos hispânicos.

22/09

Os estados europeus após os tratados de Vestefália (1648): A paz de Vestefália


é frequentemente apontada como o marco da diplomacia moderna, pois deu
início no sistema moderno de estado-nação. Pela primeira vez reconheceu-se
a soberania de cada um dos estados envolvidos. As guerras seguintes já não
tinham como principal causa a religião, mas giravam em torno das questões de
estado e isso permitiu que os católicos e os protestantes se pudessem aliar. O
tratado também deu a outro resultado de não fazer com que o sacro-império
romano-germânico pudesse dominar o mundo cristão por inteiro. As divisões
internas no território, que atualmente é a Alemanha, foram impedidas de se
formar um estado-nação, o que assim foi até ao final do século XIX.
26/09

Estratificação social e poder político nas sociedades CO Antigo Regime

A sociedade de ordens- uma sociedade estratificada

No antigo Regime, a sociedade estava organizada em ordens rigidamente


diferenciadas por estatutos jurídicos próprios reconhecidos paro direito.

As ordens sociais da Antigo Regime eram três. Tinham origem na divisão


tripartida da sociedade medieval em clero, nobreza e povo, que ao longo do
tempo, se foi institucionalizando, de forma aceite e incontestada, como
organização natural do tecido social, tal como os fundamentos da sua
diferenciação.

- Vontade divina: A desigualdade social é um designo do Deus, que


atribui uma função a cada um dos Homens. A distinção era necessária
para manter a ordem (necessidade de ordem). Não poderíamos viver
todos em igualdade de condição;
- O nascimento ou privilégio do nascimento conferido pela linhagem
familiar e que se perpetua por via hereditária;
- A posse da terra/ riqueza, elemento de prestígio e diferenciação social;
- As funções que desempenhavam;
- O estatuto jurídico próprio (leis civis, leis penais e foro próprio). Os
privilégios constituíam-se, então, como uma forma de posicionamento
na estrutura social, na medida em que a determinados os grupos eram
atribuídas direitos particulares (isenção de impostos, monopólios
econômicos, acesso a determinadas ocupações) que eram, pelo
contrário negados a outros. este estatuto jurídico próprio implicava
que os seus membros se distinguissem pelo traje e pelas formas de
tratamento e dignidades a que tinham direito e impunham um conjunto
de comportamentos predefinidas de atuação pública.

Desta diferenciação da condição de cada ordem resultaram como:


principais características da sociedade do antigo Regime:

- A desigualdade de cada ordem social perante a lei;

-A rígida divisão da sociedade em privilegiados e não privilegiados


- A hierarquização das ordens considerando a sobrevalorização da função
religiosa e a preponderância dos que combatiam e governavam relativamente
aos que trabalhavam;

- A hierarquização no interior de cada ordem: de acordo com a origem, a


riqueza e os diferentes níveis de vida que a integravam;

- A difícil mobilidade social entre as ordens. A alteração da condição social


podia, ainda assim, ser conseguida por concessão régia a indivíduos que se
mostrassem merecedores, quer por mérito quer por serviços prestados. Muito
burgueses ascenderam na sociedade atingindo a condição de nobres.

29/09

As vias da mobilidade social: Ao longo do Antigo Regime, a mobilidade social


era muito reduzida. Porém, lentamente, a burguesia conseguiu ascender
socialmente. As vias de mobilidade ascendente da burguesia eram, de uma
forma gera:

- O dinheiro/riqueza (os lucros do grande comércio);


- O estudo/instrução;
- A declinação aos cargos do estado;
- O casamento de conveniência com filhos da velha nobreza,

Esta última via deu origem à chamada nobreza de toga, através da concessão
de títulos nobiliárquicos. Já na época, alguns autores demonstravam saber
que a esperança na mobilidade social era o garante da ordem social e da
resignação dos grupos considerados inferiores. Mas a verdade é que, em
pouco tempo, também a burguesia passou a adotar uma atitude ofensiva e
perdulária e a evidenciar um comportamento elitista.

Desta forma, acabou por se verificar alguma mobilidade social, saldando-se


ela, a médio prazo, na ascensão do terceiro estado e na progressiva
decadência dos critérios de diferenciação social baseados no nascimento, não
obstante ou preconceitos e as resistências terem subsistido ainda por muito
tempo, com o apego à hierarquia e aos “bem-nascidos”. Em regiões como a
Holanda e a Inglaterra, contudo, as estruturas sociais foram mais dinâmicas,
como veremos adiante.
Poder dos Reis:

- Sagrado;
- Paternal;
- Absoluto (legislativo, executivo e judicial);
- Submetido à razão (dotados de sabedoria e de capacidades).

06/10

A corte como instrumento de poder: O termo corte aparece ao longo do seu


estudo com dois sentidos. “Corte”, normalmente no plural, pode ser a reunião
dos representantes da nação convocada pelos monarcas (convocar cortes;
reunir cortes; ouvir as cortes) e pode ser o nome dado ao local de residência
de um rei, da sua família e do grupo de aristocratas que o rodeavam (a corte
de Versalhes; a nobreza que vivia na corte era a nobreza cortesã). Com este
sentido, a corte era um dos mais importantes instrumentos do poder que se
serviam os monarcas absolutos.

A corte, centro político-administrativo: A corte constituía o centro de onde


irradiava a autoridade régia. Era na corte que se centralizava todo o aparelho
político-administrativo constituído por um grande número de altos
funcionários e pelas altas hierarquias do poder com o monarca
supercontrolador colocado no seu topo. Era ainda na corte régia que se
concentravam as delegações e embaixadas de outros países e onde decorriam
todas as receções e atividades diplomáticas.

A corte, no meio de dominação social: Por outro lado, a corte foi utilizada
para controlar o alto clero e a alta nobreza da província de onde poderia advir
a maior contestação ao processo de centralização do poder régio.

A aspiração a uma vida faustosa e às honrarias que a vida cortesã


proporcionava, levou as altas hierarquias sociais, sobretudo a nobreza rural
decadente, a aceitar passivamente as frequentes chamadas à corte a pretexto
de eventos políticos ou sociais importantes, acabando por se instalar na
preferia do rei durante longos períodos.

Na corte, a vida quotidiana impunha encargos na maior parte das vezes


incomportáveis com a sua condição económica, passando a depender de
novos títulos e de pensões concedidas pelos monarcas por exercício de cargos
meramente honoríficos. Era assim que esta nobreza era mantida sobre
controle, acabando por se tornar submissa e obediente a pactuar com a
absoluta concentração dos poderes do rei.

A corte como encenação do poder: A corte servia, ainda para encenar e


publicitar a imagem de grandeza do chefe de estado. Esta grandeza e poder
acabava por se manifestar na estrutura arquitetónica do palácio real,
marcada pela sumptuosidade das suas dimensões, pela profissão dos
elementos decorativos e pela magnificência do espaço envolvente, onde
sobressaíam os esplendorosos jardins.

Na corte, a nobreza gravitava em torno do rei à semelhança das estrelas em


trono do sol. Luís XIV, considerado o Rei-Sol, configurava esta imagem pois
toda a magnificência e luxo tinham como objetivo fazer brilhar a sua figura.
O seu palácio em Versalhes era o firmamento onde ele cintilava rodeado de
um universo de estrelas.

Em Portugal, D. João V, entre 1706 e 1750, no Palácio Nacional de Mafra,


pretendeu ser a imagem do Rei-Sol.

Nas manifestações públicas, a imagem do monarca sentado num trono


sumptuoso era dominada pela monumentalidade do seu manto e pela imensa
riqueza da sua coroa. Nas relações com os seus súbditos e no relacionamento
dos cortesãos entre si, a solenidade e o rigor do protocolo vincavam bem a
distância que existia entre os diversos estratos sociopolíticos que conviviam
na corte e evidenciam o brilho e a sumptuosidade da vida cortesã, em
frequentes festas, bailes, banquetes, saraus culturais, caçadas,
transformadas em momentos privilegiados para exibição de poder e de fausto
do rei e dos cortesãos que rivalizavam entre si na ostentação de luxo e
riqueza.

10/10

A dinastia de Bragança: Sociedade e poder em Portugal, no Antigo Regime.

- O cavaleiro mercador;
- A criação do aparelho burocrático do estado absoluto.
Caracterizar a sociedade portuguesa do Antigo Regime:

Questões orientadores:

- Quais as particularidades da sociedade portuguesa dos séculos XVII e


XVIII?
- De que forma a reorganização dos órgãos governamentais permitiu um
reforço do poder do rei?

Sociedade e poder em Portugal: Preponderância da nobreza mercantilizada e


fundiária, em Portugal.

- Quando, no século XVI, que se pensava que a expansão ultramarina e


consequente mercantilização da economia portuguesa viria a provocar
o crescimento de uma burguesia de negócios dinâmica e
empreendedora, verificou-se que o novo quadro político e económico
constituiu mais um instrumento a que os monarcas recorreram para
reforçar a posição social das ordens privilegiadas.
- Já no século XVII, o contexto da restauração da Independência de
Portugal viria proporcionar um novo alento ao reforço do papel político
da nobreza. O papel desempenhado pelos nobres na restauração da
independência de Portugal, quer, depois, na longa guerra com Castela
que se seguiu à Restauração (a paz só foi assinada em 1668) reforçou o
papel político da nobreza, o que leva o historiador Oliveira Marques a
afirmar que nos fins do século XVII os grandes proprietários detinham
finalmente as rédeas do poder. Na realidade, com D. João, duque de
Bragança, à cabeça, foi a fragilizada nobreza nacionalista portuguesa
que se ergueu contra o rei espanhol e levou a cabo o movimento que
haveria de restaurar a independência do reino.

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