História do Direito e

Introdução ao
Estudo do Direito
Leticia Galan Garducci
2º Semestre/2022
História do Direito. Os
sistemas jurídicos do
Ocidente
Professora Ms. Leticia Garducci
HISTÓRIA DO DIREITO

• Relembrando a aula passada:

 Antiguidade: escravagismo = direito incipiente (o domínio

físico e não a normatividade impera sob as relações
sociais);

 As leis no Egito – Mâat;

 Direitos cuneiformes (Código de Hamurabi / Babilônia –

olho por olho, dente por dente – lei de talião);

 Hebreus – Bíblia, Thora, Tamulde;

 Grécia antiga: Justiça em Aristóteles (justiça universal e

justiça particular);
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• História do direito no mundo ocidental

Idade Antiga Grécia, Roma, escravagismo

Idade Média Europa, servidão

Idade Moderna Estado Absolutista, transição para o

capitalismo

Idade Contemporânea Estado de Direito, capitalismo

HISTÓRIA DO DIREITO

l i a, T hora,
Bíb
ld e
Tamu Direitos
Cuneiformes

Maât
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Hamurabi, rei da Babilônia, recebendo as leis das mãos de

Shamash, o deus Sol. Museu do Louvre, Paris.
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• O DIREITO ROMANO NA ANTIGUIDADE;

 Século VII a.C. até o século VI d.C. (no tempo de

Justiniano);

 Se origina com populações de pastores no leste e sul do

Tigre que tinham em comum como língua o latim;

 No Ocidente o direito romano é resgatado a partir do século

XII, retomando força com o período do Renascimento (séc.
XIV-XVII na Europa);

 Roma Antiga: Monarquia/ Realeza; República e Império

(Alto e Baixo);
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 Monarquia (ou Realeza);

 Formação de aldeias ocupadas por grandes famílias de pastores;

 Por vezes havia um chefe em comum nas aldeias, que era imposto
pela força ou habilidades;

 Os chefes se reuniam em assembleias, que mais tarde deram

origem ao Senado romano;

 A escolha do rei não é hereditária, se dá por forças religiosas,

políticas e populares;

 A realeza é laica e cabe ao rei não impor o direito, mas dar

instruções;
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 República

 O domínio etrusco se enfraquece e o poder da monarquia também,

o poder passa a ser organizado a partir de dinastias (dois
cônsules);

 Nesse momento há muitas assembleias e magistraturas;

 As magistraturas são um órgão da cidade que é titular de poder; há

a designação de geralmente dois magistrados para o exercício
desse poder por um ano; há a designação dos cônsules;

 Os cônsules dispõe do comando militar da cidade e governo,

presidem assembleias, podem propor leis;

 Os magistrados judiciais são chamados pretores; eles organizam

os processos e designam juízes;
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 República

 Entre as assembleias havia a centuriata comitia, que apenas na

aparência eram democráticas; confirmavam a escolha dos cônsules
propostos pelos seus predecessores, os pretores e votavam as
leis;

 Os concilia plebis eram assembleias próprias da plebe, sem

participação de patrícios, e escolhiam as leis reservadas aos
plebeus;

 Senado: tinha os seus membros desginados pelos cônsules e eram

recrutados entre os antigos magistrados; tinha como atribuição a
formulação dos princípios de uma nova lei, autorizar despesas
públicas, relações externas, controle dos magistrados;

 Apenas os cidadãos romanos estavam submetidos ao direito

romano =, o ius civile; os peregrinos estavam submetidos ao ius
gentium (direito comum a todos os homens);
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 República

 Lei das XII Tábuas: “foi um dos fundamentos da ius civile (teria sido
redigida a pedido dos plebeus que, ignorando os costumes em vigor
na cidade e sua interpretação pelos pontífices, se queixavam do
arbítrio dos magistrados patrícios (...) a redação teria sido confiada a
dez comissários (...) o texto original, gravado em doze tábuas, teria
sido afixado no fórum (...) a sua redação tendeu a resolver um certo
número de conflitos entre plebeus e patrícios, mas a sua
interpretação permaneceu secreta, porque confiada aos pontífices”
(pg. 86-87)

 “No conjunto, a Lei das XII tábuas revela um estádio da evolução do

direito público e privado (...) A solidariedade familiar é abolida, mas a
autoridade quase ilimitada do chefe de família é mantida; a
igualdade jurídica é reconhecida teoricamente; são proibidas as
guerras privadas e instituído o processo penal; a terra, mesmo das
gentes, tornou-se alienável; é reconhecido o direito de testar” (pg.
87);
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 Alto Império

 As vastas conquistas políticas provocaram uma crise e Octávio

consegue centralizar todo o poder em suas mãos, sendo
proclamado imperador (não estava submetido às leis);

 As assembleias e magistraturas caem em decadência;

 O Senado subsiste mas a sua composição depende do Imperador

e as suas prerrogativas são reduzidas;

 Há a conquista de vastos territórios que foram progressivamente

romanizados, alguns conservando os seus costumes locais;

 Há a concessão de cidadania romana a todos os cidadãos que se

encontravam sob os limites do Império;
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 Alto Império

 Nesse momento o Imperador se tornou progressivamente o único

órgão legislativo; a legislação imperial se tornou abudante, e
compreendia os éditos (disposições de ordem geral), os decretos
(precedentes para os juízes inferiores seguirem), restrictos
(respostas do imperador a um funcionário, magistrado ou particular
e instruções (orientações do imperador aos governadores da
província);

 Apesar da submissão absoluta ao imperador, havia grande

liberdade sobre os bens privados por parte dos cidadãos (grande
desenvolvimento do chamado direito das coisas e das obrigações
formava um sistema jurídico completo e coerente);

 No vasto império permaneceram numerosas as regiões onde o ius

civile não penetrou;
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 Baixo Império

 Há uma crise política, econômica e religiosa;

 Reorganiza-se o império e a sua administração;

 Constantino reconhece oficialmente a religião cristã;

 O Império romano se divide em dois, o do Ocidente e do Oriente;

 Justiniano foi o último imperador do baixo império;

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 Baixo Império

 Há uma crise política, econômica e religiosa;

 Reorganiza-se o império e a sua administração;

 Constantino reconhece oficialmente a religião cristã;

 O Império romano se divide em dois, o do Ocidente e do Oriente;

 Justiniano foi o último imperador do baixo império;

 Nesse momento se assiste os primeiros esforços de codificação: a

legislação passa a ser a principal fonte do direito, e tinha por objetivo
compilar as leis existentes;

 “Justiniano fez empreender por uma comissão de dez membros uma

vasta compilação de todas as fontes antigas do direito romano,
harmonizando-as com o direito do seu tempo. O conjunto de recolhas
publicadas por Justiniano, se deu o título de Corpus juris civilis”;
História do Direito

Referências

GILISSEN, John. Introdução histórica ao direito. Lisboa:

Fundação Calouste Gulbenkian, 1988.