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HISTÓRIA DO

DIREITO
Prof.ª:
Dra. Aynne Flores

Acadêmicos
André Serzedelo, Adriene
Coutinho, Geandeson Rodrigues,
Luís Carlos e Renan Dantas
S u m á rio
I - Introdução;
II - Contexto Histórico e Período Classico;
III- Principais Institutos Jurídicos;
IV - Legado e Influência;
V - Conclusão.
Introdução
Iremos oferece um panorama abrangente do Direito Romano, explorando seu contexto
histórico, institutos jurídicos fundamentais, legado e relevância atual. Inicia-se com um
mergulho no ambiente social, político e cultural da Roma Antiga, onde o sistema
jurídico teve suas raízes. Em seguida, abordaremos conceitos chave como "persona",
propriedade e contratos, que influenciaram não apenas o direito romano, mas também
os sistemas jurídicos subsequentes. A obra destaca o impacto duradouro do Direito
Romano, especialmente através do Corpus Juris Civilis, que serviu de base para o
direito europeu ocidental. Conclui-se com reflexões sobre a importância contínua do
Direito Romano nos sistemas jurídicos modernos, sublinhando seu papel como um
campo de estudo vital para entender as bases e evoluções das leis contemporâneas.
Contexto Histórico
O direito romano clássico foi o sistema
jurídico em vigor no Império Romano
durante sua "época clássica", que durou
aproximadamente do século II a.C. ao século
III d.C. Este período foi marcado pela
sistematização e consolidação das leis,
culminando na compilação do Corpus Juris
Civilis por Justiniano I no século VI d.C.
Este corpus se tornou a fonte primária para
o estudo do direito romano e inclui leis,
decisões e doutrinas da época.
Contexto Histórico
O sistema era fundamentado em princípios racionais e
pragmáticos, como igualdade perante a lei, aplicação
consistente das normas e proteção dos direitos
individuais. Sua influência foi tão significativa que
moldou a base do direito civil em muitos países da
Europa Ocidental. Até hoje, elementos do direito
romano clássico são encontrados em sistemas jurídicos
globais, incluindo países que seguem o modelo do
Direito Civil, como o Brasil. A durabilidade e
relevância desse sistema jurídico atestam sua
importância histórica.
Período Clássico
- A República Romana foi um período da civilização
romana que durou 500 anos, de 509 a.C. a 27 a.C.,
quando foi governada por senadores e magistrados.
- Roma organizou suas instituições e realizou
importantes conquistas militares que lhe garantiram o
domínio do Mar Mediterrâneo.
- A República Romana tem sua origem no ano de 509
a.C., quando o último rei etrusco é deposto e o Senado
assume as funções de governo.
- Após a experiência monárquica, os romanos optam por
não deixar o poder nas mãos de um só indivíduo. Por isso,
eliminaram a figura do rei e todos os cargos deveriam ser
exercidos por duas ou mais magistraturas.
Monarquia

Cidadania dividia em O povo possuia a


grupo: Soberania (maiestas);

Cúri: Grupos de homens O Rei foi o grande


com poderes políticos-
responsável pela
militares;
jurisdição durante a
monarquia;
Senado: Conselho do Rei na
Guerra e na Paz;
Sistema das Ações da Lei;
Rei: Era eleito por
assembleia sabatinado Fim da
pelo Senado e legitimado Monarquia/Eleição dos
pelos augures. primeiros Cônsules.
A República Romana

Em 509 a.C., o rei Tarquínio o Soberbo, de


origem etrusca, foi derrubado pelos patrícios
que queriam por fim a dominação etrusca, em
seu lugar surgia uma nova estrutura
administrativa na qual o poder máximo era
exercido pelo Senado principal órgão da
República Romana (res = coisa + publica = do
povo). Os patrícios que controlavam o Senado
administravam as finanças, decidiam sobre a
guerra ou pela paz e somente sua classe social
tinha acesso a esse órgão legislativo (que faz as
leis).
O Senado Romano Assassinando Júlio César
A mais importante delas era
dividida em centúrias, isto é, em
grupos de cem soldados cidadãos, os
chamados centuriões, cuja função
era votar os projetos apresentados. Assembleia Centurial
Havia 98 centúrias patrícias e 95
plebeias, e como o voto aos projetos
eram contados por centúrias, os
patrícios controlavam as decisões.
Elegia

Nomeavam em
épocas de crises

Censor – faziam o censo Pretor – Administrava a Cônsules - em número de


(contagem) da população, o justiça. dois e eleitos pela
critério usado era a renda do Assembleia Centurial pelo Ditador – em épocas de
cidadão, que fornecia a lista período de um ano, graves crises, como
dos Senadores propunham as leis e calamidades e guerras, era
presidiam o Senado e as escolhido um ditador pelo
Assembleias. período máximo de seis
meses, que governava com
plenos poderes.
Era composta por tribos,
que eram uma divisão
territorial do território
romano. Essas tribos
Assembléia Tribal
decidiam sobre a eleição
dos edis e dos questores.
Elegia

Questor – cuidava do tesouro Edil – era encarregado da


público conservação da cidade, do
policiamento, do
abastecimento etc.
Tribunos da Plebe

Eram representantes políticos da


plebe. Era uma oposição plebeia ao
Senado, mas com muito menos
influência e poder. Entretanto, com
a crise da república, alguns tribunos
se tornaram mais populares e
chegaram até a se tornar cônsules.
Processo Formulário

Se desenvolvia em duas etapas:

In luri: Perante o Pretor ;


Apud ludicem: Perante o Juiz
Delegado.
Principais
Institutos
Jurídicos
Lei das XII Tábuas;
Persona e Propriedade;
Contratos e Obrigações;
Responsabilidade Civil;
Lei das XII
Tábuas É impossível precisar o momento
exato da gênese do sistema jurídico
romano. O primeiro texto legal, cujo
conteúdo chegou até os dias de hoje
com algum detalhe, é a Lei das Doze
Tábuas. Terentílio Arsa propôs que a
lei fosse redigida de forma a evitar que
fosse aplicada indiscriminadamente
pelos magistrados patrícios.
Lei das XII
Tábuas

TÁBUA I TÁBUA II TÁBUA III TÁBUA IV TÁBUA V TÁBUA VI


Estabelece as normas Acredita-se que Expõe os poderes do chefe de Esta descrevia como deveria
Ao contrário da anterior, esta tábua Caracteriza as heranças e tutelas.
dos processos, como se continuava descrever os família, conhecido como ser a compra e a venda de
possui trechos completos. Fala Indicava que se uma pessoa morresse
procedimentos no direito “pater familias”. O pai detinha propriedades. Como as
deve fazer a abertura e sobre o julgamento e das penas que sem herdeiros ou testamento, quem
processual, como a o direito de matar um filho mulheres eram vistas como
o encerramento de um deveriam ser aplicadas aos receberia a herança seria o parente
presença obrigatória do que nascesse com alguma objetos, também aqui se
julgamento, a devedores. Uma das punições, por mais próximo.
juiz durante o julgamento. deformidade, por exemplo. explica as condições pelas
obrigação do réu exemplo, afirmava que os credores
Também tratava sobre o Da mesma forma, podia quais o marido deve
poderiam vender o devedor para
comparecer ao furto e suas punições. proceder ao rejeitar a
saldar a dívida contraída vendê-lo como escravo.
julgamento, etc esposa.

TÁBUA VII TÁBUA VIII TABUA IX TÁBUA X TÁBUA XI TÁBUA XII


Aborda os delitos Estabelecia as medidas entre as Assegurava as regras do Estabelecia as leis onde se Determinava a proibição do A última tábua versava sobre
cometidos contra a propriedade vizinhas e regras direito público, por isso garantia o respeito aos casamento entre patrícios e plebeus. questões do direito privado como
propriedade, seja um bem de convivência entre os acredita-se que era uma túmulos e aos mortos. Esta lei buscava garantir que os furtos ou a apropriação de objetos
imóvel ou um escravo. Se vizinhos. Igualmente continuação da anterior. privilégios continuariam nas mãos de forma indevida (invasões ou
alguém destruiu algo, determinava as distâncias que Proibia a entrega de um dos patrícios e não seriam perdidos durante a ausência dos
deverá pagar a deveriam ser deixadas livres concidadão ao inimigo e a através das alianças matrimoniais. proprietários, por exemplo). Neste
reconstrução ou ser para construção de caminhos realização de assembleias Esta proibição acabaria com a Lei último estavam incluídos os
punido por esta ação. entre as propriedades. noturnas. Canuleia, em 445 a.C. escravos.
Lei das XII Importância da Lei das Doze Tábuas

Tábuas
A Lei das XII Tábuas foi importante porque, pela
primeira vez na história de Roma, as normas estavam
escritas, e assim, não corriam o risco de ser
manipuladas.
No período monárquico, como as leis eram transmitidas
de forma oral, somente os patrícios a conheciam. Desta
forma, os plebeus estavam sempre em desvantagem,
pois não havia nenhuma garantia de um processo justo.
Por isso, os plebeus exigem mudanças neste sistema. Em
primeiro lugar, conseguem a criação da figura do
"tribuno da plebe", um cargo político para defender seus
interesses.
Persona e
Propriedade O Direito Romano Clássico é uma das principais bases do
direito ocidental e foi o sistema jurídico desenvolvido em
Roma e seus territórios desde sua fundação até o Império
Bizantino. Este sistema de direito é muito estudado não
apenas por seu valor histórico, mas também porque muitos
de seus conceitos e institutos jurídicos têm influência direta
na formação de diversos sistemas jurídicos modernos, como
o direito civil em muitos países europeus e na América
Latina.

Os conceitos de pessoa jurídica e propriedade privada que


influenciaram nosso entendimento moderno de direitos e
obrigações.
Contratos e
Obrigações Contratos: O Direito Romano tinha uma teoria
contratual altamente sofisticada, incluindo
contratos de compra e venda (emptio venditio),
locação (locatio conductio), empréstimo (mutuum),
entre outros.osso entendimento moderno de direitos
e obrigações.

Obligações (Obligationes): Os romanos tinham um


sistema complexo para regular as relações
obrigacionais entre as partes, decorrentes tanto de
contratos como de delitos.
Responsabilidade
Civil
O desenvolvimento da responsabilidade por ato
ilícito e danos a terceiros, uma pedra angula da nossa
crompreensão atual da responsabilidade civil.

Em diversas situações uma pessoa é considerada


responsável por danos causados por um terceiro. Os
juristas romanos, como era seu hábito, não
desenvolveram uma doutrina geral acerca de tal
responsabilidade vicária, a qual eles apenas
tratavam caso a caso.
Legado e Influência

O direito romano é plural, não estatal, formalista e tecnicista. Também conhecido como
lei quiritária ou ius civile, é a lei da cidade. Segundo Capella (2002), o direito romano foi
fundamental para a formação do direito. Justiniano I resgatou e adaptou a era clássica
do direito romano ao nosso sistema legal. O dir. privado romano marcou a cultura
jurídica ocidental. Conceitos e métodos usados hoje têm origem nele. A posse era um
fato e a propriedade um direito. Podiam recair sobre a mesma pessoa. Usufruto é
quando alguém tem o direito de usar algo e receber seus frutos, sem ser o proprietário.
O arrendamento de longo prazo de um imóvel público para uso privado, com
pagamento de aluguel.
Influência na Idade Média

Na Idade Média europeia foi essencialmente exercido o direito romano, já implantado


na zona dominada pelo Império, sendo apenas a língua, o latim, alterada gradualmente
para a língua vernácula.
Surgiram contudo inúmeras dificuldades, uma vez que a legislação não estava
totalmente codificada. No século XII surgiu o Decretum de Graciano, incidindo
unicamente no direito canónico, enquanto que o direito civil não respeitante a crimes
graves estava a cargo dos reis, variando por conseguinte segundo os monarcas. Os
criminosos perigosos eram julgados por tribunais autónomos, havendo uma grande
variedade destes.
Formação do Direito Moderno

Sistema Legal Moderno: Domínio Público: Alguns Prática Jurídica: Os


Muitas características do princípios fundamentais do advogados e juízes
sistema legal moderno Direito Romano foram modernos continuam a
são derivadas do Direito incorporados ao domínio estudar e aplicar princípios
Romano. público e influenciaram a do Direito Romano.
legislação moderna.
Desenvolvimento da
Jurisprudência

Durante o direito romano clássico, a


jurisprudência se desenvolveu por meio dos
rescripts emitidos pelo imperador, das
opiniões jurídicas dos juristas renomados e da
análise e interpretação de casos pelos
magistrados. Embora não fosse vinculante, a
jurisprudência contribuiu para a evolução do
direito romano fornecendo orientação e
princípios seguidos pelos juristas e aplicados
nos tribunais
Conclusão
O Direito Romano Clássico envolve a compreensão dos principais institutos
jurídicos desse período e o legado que deixou para a evolução do direito ao longo da
história. O Direito Romano Clássico, que se estendeu aproximadamente do século
III aC até o século III dC, é caracterizado por uma série de elementos jurídicos
fundamentais que moldaram o pensamento jurídico e político do mundo ocidental.
Aqui, vamos resumir esses elementos e destacar seu legado.
Em resumo, o Direito Romano Clássico desempenhou um papel crucial na formação
do pensamento jurídico e político ocidental. Seus institutos jurídicos e princípios
continuam a ser relevantes até hoje, e seu legado está enraizado em muitos
sistemas legais contemporâneos.

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