Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
As instituições políticas.
2. Resumo:
Introdução
a)- Vamos tentar, nas páginas que seguem, apresentar um quadro sucinto da
evolução da instituições políticas de Roma através das diferentes épocas de sua
História – Pg. 87.
5. Tese (s) do autor (es): nem sempre a tese está explicita, nem mesmo no
início do texto; ela pode estar nas entrelinhas ou no final do texto.
Introdução
a)- Encontramos nessas instituições a explicação do êxito obtido pelos romanos
na sua expansão pela bacia mediterrânea e, principalmente, no domínio, na
administração e no governo, durante tantos séculos, de povos localizados nas
mais variadas e distantes regiões do vasto Império, povos esses os mais
diversos sob o ângulo de vista racial e cultural – Pg. 87.
b)- As instituições políticas acompanham essa expansão, influindo-lhe o ritmo e,
reciprocamente, sentindo-lhe os efeitos, codificando-se e tomando um caráter de
universalidade, um valor absoluto – Pg. 87.
6. Ideias
a)- O rei (rex), o senado (senatus) e os comícios curiatos (comitia curiata), eis as
vigas mestras dos órgãos governamentais da Realeza, tais como são
apresentados por Tito Lívio, Cícero, Plutarco. Examinemos-lhes as respectivas
estruturas e atribuições – Pg. 87.
c)- Por volta do século VI a.C., as insígnias reais eram a toga de púrpura, a coroa
de ouro, o cetro e a cadeira curul (sella curulis). Precediam-no doze litores
(lictores) que transportavam feixes de varas (fasces) e machadinhas
simbolizando a elevada autoridade de que o rex estava revestido. Quando o rei
falecia, seus poderes eram restituídos ao Estado, representado, então, pelo
Senado que escolhia um dos seus membros para governar – Pg. 88.
c)- Magistrados cum imperio – Cónsules. Abolida a realeza, o mais alto poder
político do Estado foi confiado a dois magistrados eleitos anualmente e
chamados, no início, pretores ou cônsules, e posteriormente, somente cônsules
– Pg. 90.
f)- Tribunos da plebe (tribuni plebis) – A instituição dos tribunos da plebe remonta
aos primórdios da República. Eram antes representantes ou chefes da plebe que
propriamente magistrado, pois não tinham o direito de auspícia, nem possuíam
imperium ou potestas. Nunca puderam usar a toda adornada de púrpura, nem a
cadeira curul. Os tribunos da pleve eram escolhidos somente entre plebeus e,
segundo a tradução, desde 476 a.C., pela assembleia tributa. Os patrícios que
desejassem desempenhar o cargo de tribuno deviam fazer-se adotar
previamente por algum plebeu. Temos um exemplo clássico na atitude de Clódio,
inimigo mortal de Cícero – Pg. 95.
i)- Assim, por exemplo, Cícero pretendia que o senado tivesse o direito de
condenar os cidadãos à morte, no que era energiamente contestado pelo partido
popular. O senado era, antes de tudo, uma assembleia consultiva: publicum
consilium populi romani. Embora não fosse obrigado seguir seus conselhos, a
responsabilidade dos magistrados crescia de um modo considerável ao se
oporem aos mesmos; em troca, é verdade que nunca bastava aduzir a decisão
formal do senado para desculpar perante o povo o funcionário que ao executá-
la, obtinha resultados prejudiciais – Pg. 98.
j)- A sessão era presidida pelo magistrado que a tinha convocado: após um
sacrifício, expunha a ordem do dia (relatio ad senatum), passando, em seguida,
a interrogar os senadores. O princeps senatus era o primeiro interrogado. Os
senadores gozavam de liberdade absoluta da palavra. Cada um manifestava sua
opinião e podia fundamentá-la longamente. As sessões eram animadas com
duelos oratórios (altercatio) – Pg. 99.
k)- As assembleias do povo [...] O conciluim plebis era uma reunião que só
tomavam parte os plebeus sob a presidência dos tribunos da plebe. Foram as
primeiras assembleias da plebe. Essa assembleia, composta exclusivamente de
plebeus, em virtude do mesmo princípio que havia presidido a organização
separatista da plebe, possuía, como as assembleias do Estado, uma tríplice
competência: eleitoral, legislativa e judiciária – Pg. 100.
m)- Comícios tributos – a antiga divisão das três tribos (composta somente por
patrício) foi substituída por uma nova distribuição dos cidadãos em quatro tribos
urbanas: suburbana, palatina, esquilina e colina. As circunscrições territoriais
das três primeiras correspondiam ao domínio das três tribos primitivas; a quarta
abrangia as aldeias sabinas do Quirinal e do Viminal recentemente anexadas.
Esta criação das quatro tribos urbanas constituía uma inovação duplamente
interessante: 1º aplicava-se ao mesmo tempo aos patrícios e aos plebeus, dando
assim, pela primeira vez, quadros comuns às duas grandes classes da
população estabelecidas sobre o solo romano; 2º introduzia na organização da
cidade um princípio novo, o de domicílio, que devia ter na História constitucional
de Roma um destino particularmente brilhante – Pg. 102.
f)- A construção de estrada foi um dos meios utilizados pelos romanos para
assegurarem as comunicações através do seu vasto domínio. Na Itália, podemos
citar a Via Latina, a Via Salaria, a Via Appia, a Via Flaminia, a Via Aurelia, e a
Via Aemilia. Nas províncias encontramos a Via Domicia e a Via Egnatia na
Macedônia – Pg. 107.
7. Problematizações principais
Tito Lívio
Cícero
Tácito
Plutarco
O texto em apreço, embora seja curto e sucinto, contribui para uma visão
rápida e organizada a respeito das instituições políticas de Roma. A divisão e
explicação dessas instituições conforme o seu período de funcionamento na fase
da Realeza, República e Império, ajuda enormemente o leitor a situar as
instituições dentro do correto recorte temporal ao qual pertencem. Além disso, o
texto trata das instituições à luz da tradição textual que é um imprescindível
fundamento para se compreender essas instituições.
A única ressalva a ser feita sobre o texto é a ausência da cultura material
que se, trazida para o contexto da discussão sobre as instituições políticas
romanas, poderia lançar luz sobre várias dessas instituições. Embora se
reconheça que não foi a pretensão do texto trabalhar com a cultura material,
esse tratamento certamente comporia um quadro ainda mais profundo das
diferentes instituições políticas romanas.