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DIREITO ROMANO

Qual a lenda que dá origem a formação do povo romano?

Segundo a mitologia romana Rômulo e Remo são dois irmãos gêmeos, um dos quais, Rômulo, foi o
fundador da cidade de Roma e seu primeiro rei. Conta a lenda, que Rômulo e Remo, eram filhos do deus
grego Ares, ou Marte seu nome latino, e da mortal Réia Sílvia (ou Rhea Silvia), filha de Numitor, rei de Alba
Longa.

Segundo aponta Moreira Alves, em sua obra Direito Romano, a lenda de Rômulo e Remo, na qual aquele
assassina este, sendo posteriormente o fundador da cidade, é fruto da simbologia da representação de dois
grupos etruscos rivais que disputavam o poder. Segundo várias teses foi esse povo, que já dominava várias
partes da Europa, que fundou Roma, após derrotar a liga dos povos locais.

A evolução do Direito Romano ocorre mais tarde em relação ao direito dos povos egípcios e a dos povos
gregos.

Nos séculos VI a V a.C, Egito e Grécia já dispunham de um direito individualista, Roma ainda decidia suas
demandas pelos clâs (Chefes Tribais).

Para alguns estudiosos a história do Direito Romano perfaz 22 séculos, ou seja, dista do século VII a.C ao
século V d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente, considerando que durante o Império
Bizantino (Oriente) continuou a utilizar a legislação romana até o século XV, época em que se deu a Queda
de Constantinopla.

Segundo Wolkmer (2012, p. 196) a história da civilização romana, e consequentemente a de seu direito,
abrange um período de cerca de 12 séculos, cujo marco inicial remonta à fundação da cidade de Roma em
753 a.C. e vai até a queda do Império Romano Ocidental em 476 de nossa era.

Roma no ano de 753 a.C nada mais era que um pequeno centro rural no século VIII a.C. Menos de dez
séculos depois passa a ser o centro de vasto império que se estende da Inglaterra, da Gália e da Ibéria à
África e ao Oriente Próximo até os confins do Império Persa.

O motor do desenvolvimento do Império Romano estava nas grandes propriedades apropriadas pela
aristocracia patrícia que, controlando os meios de produção, as terras e as ferramentas necessárias ao
trabalho agrícola, dominavam as classes pobres e livres dos plebeus.

Já os escravos eram classificados como res (coisa), eram uma espécie de propriedade instrumental
animada.

JUSTIÇA ROMANA
JUSTIÇA era dar a cada um o que lhe era de direito. – Justiça Distributiva.

O direito romano é a raiz do sistema de justiça denominado civil law.

-A LEI É O CENTRO DO DIREITO

-OS CÓDIGOS DE LEIS ESTRUTURAM O RACIOCÍNIO JURÍDICO

-O JUIZ RECORRE PRIMEIRO À LEI, DEPOIS ÀS OUTRAS FONTES.

O CIVIL LAW é o sistema de justiça mais difundido no mundo.

AZUL - CIVIL LAW


VERMELHO – COMMON LAW
AMARELO – DIREITO BASEADO EM ESCRITURAS SAGRADAS
OUTROS – SISTEMA MISTO.

ESTRUTURA SOCIAL

PATRÍCIOS: Proprietários de terras – possuíam direitos políticos e cargos públicos.


PLEBEUS : Possuíam alguns direitos de liberdade, porém não possuíam direitos políticos. Eram
trabalhadores livres.

ESCRAVOS: povos conquistados ou plebeus endividados. Não possuíam nenhum direito social e político.

DIVISÃO DA HISTÓRIA ROMANA

Comumente a história romana é dividida por seus estudiosos em três períodos políticos:

• I – Realeza (753 a.C a 529 a.C) - Vai da fundação de Roma até a substituição do rei por dois
cônsules.

• II – República (529 a.C a 27 a.C.) - Esse fato inaugura o período republicano que se estende até a
sagração de Otávio Augusto como imperador.

• III- Império (27 a.C a 565 d.C). – O período imperial, por sua vez, é dividido em dois subperíodos: o
alto império ou principado, que vai de Otávio Augusto até o início do governo do imperador
Diocleciano , em 284 d.C., e o baixo império ou “dominato”, que se estende de Dioclesiano até a
morte do imperador bizantino Justiniano em 565 d.C.

FINAL DA REALEZA

■ O último Rei da Roma antiga, chamado Lúcio Tarquínio, o Soberbo.

■ Taquínio sofreu um golpe do Senado pois passou a ser odiado por instaurou uma época de terror
em Roma. O rei ordenava assassinato e perseguia seus rivais políticos com desapropriação.

TRANSIÇÃO PARA A REPÚBLICA (510 a.C)

■ Após os abusos cometidos pelos reis anteriores, os romanos demonstraram verdadeira aversão à
esta forma de governo.

■ omo exemp o de ta a- e a ei apro ada o o ap a in taura o da ep b i a


.

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA REPÚBLICA ROMANA

■ SENADO – Aprovavam (ratificam) as leis, exerciam o controle político e econômico

■ ASSEMBLEIAS - Patrícios - Elegiam os cônsules, e outros magistrados.

■ ASSEMBLEIAS DA PLEBE – Inicialmente direcionada a um grupo específico, situação que foi


modificada depois da Lex Hortensia (~ 280 a.C).

■ CÔNSULES – (2) Escolhidos pelo SENADO para governar. Chefes do poder Executivo.

■ (PRETOR/EDIL/CENSOR/QUESTOR) – Os pretores eram responsáveis pelo julgamento, pela


elaboração das leis e pelas questões administrativas. Ao assumir o cargo deveriam revelar como
pretendiam agir durante o ano de seu exercício.

Já o direito desse povo segundo Wolkmer (2012, pp. 203 a 209) fica assim dividido:

■ ARCAICO – 750 a.C – 100 a. C (alguns autores defendem que foi até 400 a. C).
■ CLÁSSICO – 100 a.C - 100 d. C

■ PÓS-CLASSICO (JUSTINIANO)– 100 d. C – 560 d.C

• I - Direito primitivo ou arcaico - abrange toda a época da Realeza e parte do período Republicano. É
um direito essencialmente consuetudinário, pouco se conhecia da escrita nessa época:

- solidariedade clânica.

- formalismo e rigidez.

- saber jurídico na mão dos pontífices = sacerdotes (direito ritualístico ex.: formalismo para o
casamento presente até a nossa época). Não havia uma nítida diferenciação entre o direito e a religião.

- defesa grupal, Estado ausente, geralmente governados por governo estrangeiro.

- Lei das Doze Tábuas – escritas por volta de (451-449 a.C)

 II – CLÁSSICO –

Fase onde se intensifica a elaboração de leis das mais diversas áreas do Direito.

O Direito passa a ter caráter de laicidade, ou seja, desvincula-se, de certa forma, da religião.

 III – PÓS-CLÁSSICO –

CORPUS JURIS CIVILIS:

-Compilação de todas as fontes antigas do direito romano e sua harmonização com o direito então vigente.

-Composição:

 Codex – leis imperiais de Justiniano


 Digesto – vasta compilação de trechos escritos por jurisconsultos da época.
 Instituições – espécie de manual destinado ao ensino do direito nas academias romanas.
 Novelas – constituições promulgadas por Justiniano após a publicação do Codex.

Segundo Wolkmer (2012, p. 204) o propósito da Lei das Doze Tábuas era o de resolver certos conflitos
entre plebeus e patrícios. Esse texto não foi traduzido a partir do original que foi destruído em 390 a.C e
reconstituído por meio de fragmentos e citações de Cícero e Gélio, tribunos Romanos.

Essa Lei foi um dos resultados da luta por igualdade levada a cabo pelos plebeus em Roma.

O rex (chefe comum, rei) era geralmente um estrangeiro imposto para comandar Roma, sendo na sua
grande maioria de origem etrusca. A Etrúria era, nessa época, a potência política e econômica mais
importante do território que hoje vem a ser a Itália. Com o enfraquecimento do domínio etrusco o poder
do rei também diminui, abrindo caminho para o período historicamente conhecido como República.

Lei das XII Tábuas, ano 450 a.C.

• Os magistrados, patrícios, conheciam e aplicavam o direito, o direito arcaico era cheio de fórmulas
que teriam de ser ditas na hora certa e só quem as conheciam eram os pontífices.
• Os plebeus reivindicam a redução a escrita dos costumes romanos, saem de Roma e vão para as
montanhas, primeira greve na história da humanidade, os romanos privados da mão de obra dos
plebeus, cedem, e formulam a Lei das XII Tábuas, inspiradas em parte, nas leis de Sólon, de Atenas,
Grécia.
Lei das XII Tábuas fica em vigor por mais de mil anos no Império Romano
• A solidariedade familiar é abolida, (sociedade patriarcal) mas a autoridade do chefe é mantida.
• Proibição das guerras privadas.
• Instituído o processo penal.
• A terra me mo a da “ ente ” tornou-se alienável.
• Reconheceu-se o direito de testar.
• Direitos de vizinhança (poda de galhos de arvores, frutos etc).
• Inquérito Policial - origem remota da Polícia Judiciária atual.

Do chamamento a juízo

• Se alguém for chamado a Juízo compareça.


• Se não comparecer, aquele que o citou tome testemunhas e o prenda.
• Se procurar enganar ou fugir, o que o citou poderá lançar mãos sobre (segurar) o citado.
• O pôr-do-sol será o termo final da audiência.

Dos julgamentos e dos furtos

• Se alguém cometer furto à noite e for morto em flagrante, o que matou não será punido.
• Se o furto ocorrer durante o dia e o ladrão for flagrado, que seja fustigado e entregue como
escravo à vítima. Se for escravo, que seja fustigado e precipitado do alto da rocha Tarpéia.
• Se ainda não atingiu a puberdade, que seja fustigado com varas a critério do pretor, e que indenize
o dano.
• Se o ladrão durante o dia defender-se com arma, que a vítima peça socorro em altas vozes e se,
depois disso, matar o ladrão, que fique impune.
• Se alguém, sem razão, cortar árvores de outrem, que seja condenado a indenizar à razão de 25
esses por árvores cortadas.
• A coisa furtada nunca poderá ser adquirida por usucapião.
• Se alguém colocar o seu dinheiro a juros superior a um por cento ao ano, que seja condenado a
devolver o quádruplo.

Império Romano - época clássica do Direito, cerca de 150 a.C 284).

Da República.

• A) Sociedade evoluída (lex em detrimento aos costumes);

• B) individualismo fixado por juristas;

• C) ciência jurídica coerente e racional laica;

• D) Pretores (elaboram fórmula dos julgamentos) e importantes juristas;

• E) Diminuição da liberdade dos cidadãos e aumento da liberdade contratual;

Esse novo regime, Republicano, capitaneado pelo Senado Romano, é caracterizado pela pluralidade das
assembleias e magistraturas, anuais e colegiais. Vale dizer que o magistrado romano era um órgão da
cidade, um titular do poder, ou seja, não era um juiz como é hoje, mas sim o detentor de importantes
cargos públicos, como era o caso do pretor e do Cônsul.
Havia normas distintas para cada classe social.

Havia distinção nos tratamentos entre os Patrícios (fundadores de Roma) e outros habitantes da cidade,
composta pela plebe e pelos peregrinos (estrangeiros), inclusive para questões jurídicas, havendo normas
distintas para cada classe social.

Os concilia plebis, por exemplo, assembléias próprias da plebe, que não contavam com a participação dos
patrícios, elegiam os tribunos da plebe e votavam os plebiscitos, leis reservadas à plebe.

Para entrar em vigor, essas leis deveriam passar pelo crivo do Senado, órgão composto exclusivamente
pelos patrícios. Somente a partir de 287 a.C., com a lei denominada Lex Hortência, os plebiscitos foram
assimilados às leges (leis) e passaram a ser aplicados também aos patrícios.

Somente os cives, os cidadãos romanos, gozavam do direito dos romanos, do ius civile. Os estrangeiros, os
peregrini, estavam submetidos apenas ao ius gentium, o direito comum a todos os homens.

Todo o Poder estava nas mãos dos Patrícios.

Império Romano, época dos Imperadores.

Império.

• Alto Império 27 a.C a 284.

• Surgiu com a crise política provocada pelas dificuldades sociais, pelas vastas conquistas e má
administração do progresso econômico.

• Poder concentrado na mão dos generais, dentre eles Octavio Augusto, época do esplendor da
civilização romana.

• Baixo Império – em 284, início da decadência com Diodeciano até o término do Império de
Justiniano I.

• Constantino foi um dos governos mais marcantes: religião cristã reconhecida oficialmente, fundou
Constantinopla, sede do Império Romano do Oriente, governou entre 527 e 565, foi o último
imperador desse período.

Vamos nos falando.

Espero mesmo que vocês e seus familiares estejam bem.

Se cuidem, por favor, vocês fazem falta no meu dia, tô com saudade!

Bjus da prô!

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