Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1.º semestre
Monarquia (período do qual não se tem muito conhecimento devido às múltiplas lendas,
à ausência de fontes, etc.)
República
Principado (período marcado pelos ideais de Cícero)
Império
Dominado (período iniciado por Diocleciano)
Monarquia
Em 753 a.C. começa, assim, o primeiro período da história política e de Direito de Roma, com
uma forte influência grega, não fossem os gregos os grandes fundadores da política, e Etrúria, já
que foram os etruscos que governaram Roma durante a monarquia (1.º rei – Tarquínio Prisco).
Em termos sociais, Roma encontrava-se dividida entre:
Um outro órgão que existia era a Comicia Centuriata (comícios das centúrias) que tinha a
função de decidir a guerra e a paz.
Existiam também mais dois órgãos (mas que não são de poder) que ilustram o sintetismo
religioso, a estreita conexão entre o Direito e a Religião:
- o Colégio Sacerdotal, composto por pontífices que são intermediários entre os deuses e os
homens;
- o Colégio dos Augres, que interpreta os sinais dos deuses (por exemplo, através das entranhas
dos animais) de modo a comunicar ao Rei as suas vontades.
República
Quando a Monarquia cai, o poder fica entregue a magistrados, mais particularmente a dois
cônsules que só poderiam ser patrícios. O poder encontrava-se dividido por duas pessoas para
que não houvesse o seu exercício não fosse absoluto, sendo que qualquer um deles poderia
exercer o poder de intercessio contra o outro (possibilidade de revogar os efeitos de uma
decisão tomada por alguém que está no mesmo “patamar”).
Nesta época, verifica-se a ascensão dos plebeus que aumentam a sua riqueza devido à atividade
comercial. Isto manifesta-se, por exemplo, no exército: a infantaria é tão numerosa e quase tão
importante quanto a cavalaria. Por outro lado, o mesmo não acontecia com o poder político: os
plebeus não podiam, por exemplo, ascender a cônsules, como já foi dito. Progressivamente, os
plebeus foram apercebendo-se deste contraste, o que resultou numa luta pela paridade em
relação aos patrícios. A partir de 367 a.C., a paridade desejada é tendencialmente alcançada e a
divisão entre plebeus e patrícios desvanece-se – todos passam a ser cíveis.
Com esta “Revolução Plebeia” foram criados vários novos institutos:
509 a.C. – Tribuno da Plebe (surge este novo tipo de magistrado que é eleito pelo
Consilium Plebis e tem como objetivo salvaguardar os interesses dos plebeus)
509 a.C. – Provocatio Ad Populum (consiste numa interpelação à Assembleia Popular
por parte de um plebeu para que esta abrisse um processo e evitasse uma condenação à
morte, uma vez que os cônsules, patrícios, podiam condenar à morte plebeus)
450 a.C. – Lei das 12 Tábuas (resulta da exigência plebeia de que o Direito passasse a
ser escrito para que houvessem certezas e segurança; de facto, gerava-se uma
desconfiança em relação à aplicação da justiça que provinha dos mores maiorum
interpretados pelos patrícios sacerdotes através da leitura dos auspícios; assim, em 451
a.C., 10 patrícios, aos quais se juntam mais tarde alguns plebeus, ficam encarregues de
redigir as leis em 12 tábuas; a Lei das 12 Tábuas não é, em si, inovadora no conteúdo,
mas apenas a expressão dos princípios fundamentais à vida jurídica, para que já não
fosse preciso recorrer aos deuses)
367 a.C. – Legis Liciniae Sextiae (estas leis principiam a República; algumas delas: 1.
um dos cônsules pode ser plebeu; 2. redistribuição da terra – cada Pater familias pode
possuir apenas 500 jeiras de terra, para que os plebeus também possum usufruir dela; 3.
os juros de um emprestémio – chamado de “mútuo” – ficam limitados a 1%, uma vez
que, na maioria dos casos, os plebeus ficavam quase numa situação de escravidão; 4.
permite-se que metade dos guardiões dos “Livros Sibilinos” – de caráter religioso –
possam ser plebeus)