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MONARQUIA
FAMÍLIA ROMANA - Base da estrutura romana, era um agregado de coisas e de pessoas
submetidas a um chefe, o PATER FAMILIAS - senhor ou soberano da família, não ‘’pai da
família’’. O vínculo que liga as pessoas ao pater familias não é o do sangue, mas o da sujeição ao
seu poder (absoluto, de vida e de morte, sobre todas as coisas e pessoas), caracterizado pela
ligação a cultos religiosos específicos. O pater familias g arantia a unidade da família, que se
mantinha mesmo após a sua morte, pelo carácter progressivamente institucional dos laços
familiares. Era ele que geria o fundo familiar, administrava as propriedades da família, decidia
da admissão de novos membros e da saída dos que estão, e cuidava dos sacra familiae.
cURIA - Existe quando certo número de comunidades familiares celebram, juntas, cerimónias
religiosas em honra de uma divindade superior às divindades domésticas, nomeando um chefe -
curião.
CIVITAS - Surge quando as tribus, por acordo ou por necessidade de se unirem para se
defenderem, se coligam e escolhem um chefe - rex -.
REX - No topo da pirâmide hierárquica das estruturas religiosas, políticas e militares
romanas estava um rex. A monarquia postula a organização através de um rei, que comanda o
exército, administra a cidade, é sumo sacerdote, juiz supremo, diretor da civitas (chefe da
confederação de aldeias) e penaliza os criminosos. Era o rex o titular dos poderes políticos
supremos na relação com a comunidade porque estava investido de poderes religiosos
superiores na relação com as divindades. Detinha a chefia do exército, resolvia os aspetos da
vida coletiva na relação das pessoas com a comunidade e dirimia os litígios entre as pessoas -
inha um poder de mediação entre homens e deuses,
através da aplicação das leges regiae. T
que era fundamental, pois era a base do seu poder político e tinha poder religioso. A primeira
grande função do rex é a de sumo sacerdote. → Para os romanos, a religião era o vínculo que
originava e mantinha a união entre os seus membros. Era o titular do imperium militae - para
defender militarmente Roma -, do imperium domi - para administrar a cidade - e do poder de
mediação divina. Garante a pax deorum. Ostenta símbolos de poder - manto púrpura. É
transportado - trono - enaltecendo a sua dignidade. O seu cargo é vitalício, mas não hereditário:
cada rei podia designar o sucessor (este só era considerado rei depois de investido pelo povo
reunido no comício das cúrias). O rei de Roma não era eleito em processo político normal, nem
designado pelo predecessor, ou aclamado pelos soldados; mas escolhido pelos deuses que
revelavam a sua escolha através de sinais, nomeadamente o voo das aves
(AUGURATIO - o futuro era perscrutado nas vísceras dos animais, voos das aves, ...) ao
interrex, que indicava o nome do escolhido e isso era respeitado pelos membros das
o suffragium. O
comitia curiata n rei era empossado nos seus poderes de imperium com
autorização do Senado. Quando o rei morria, o seu poder sagrado de ler os auspícios ia para o
Sendo, como assembleia de anciãos com poderes de aconselhamento ao rei, que elegia entre os
seus membros um interrex pelo prazo de cinco dias. Era o I NTERREx (membro do senado
que havia de exercer o poder supremo durante o interregnum e xistente entre a morte de um rei
e a proclamação do sucessor) que, lendo os auspícios, indicava o nome do novo rei, de entre
os senadores, a propor aos comitia curiata. S ubmetida a votação, o nome proposto era
aprovado (creatio) , procedendo-se à inauguratio que era uma cerimónia religiosa de
uma investidura nos poderes sagrados supremos e
aceitação pelos deuses do novo rex e
no poder político ‘’soberano’’ (imperium).
AUCTORITAS - Saber socialmente reconhecido: não se impõe pela Razão da força, mas pela
força da Razão.
REPÚBLICA
POTESTAS - Poder de representar o populus romanus; era comum a todos os magistrados.
LEI DAS XII TÁBUAS - Segundo tradição, efetuou-se em Roma, nos anos 451 a 449
a.C., uma obra codificadora de grande evergadura. Foi elaborada por um organismo
especialmente constituído para esse fim; depois, aprovada nos comícios das centúrias; afixada
publicamente no forum e finalmente publicada em 12 tábuas de madeira. Daí a sua designação -
é o documento de maior relevo do Direito Antigo. Esse documento teve origem nas
reivindicações jurídicas dos plebeus. A ciência do Direito - iurisprudentia - , a princípio,
constituía um privilégio dos sacerdotes pontífices, e estes eram só patrícios. Os plebeus eram
tratados quase sempre desfavoravelmente. Esta situação de tratamento desigual - para os
patrícios tudo ram facilidades e direitos, para os plebeus tudo eram dificuldades e
deveres - criou um ambiente de clamores sucessivos por parte dos plebeus a exigirem uma lei
escrita: um regime de igualdade. Depois de várias campanhas sem êxito, os plebeus sempre
conseguiram que se iniciasse a preparação da elaboração da reforma do ordenamento jurídico
até aí vigente e baseado apenas nos mores maiorum, que os patrícios sacerdotes-pontífices
ultimamente vinham interpretando com bastante arbitrariedade. Em 451 a.C., o povo reunido
nos comícios das cúrias e das centúrias nomeia uma magistratura extraordinária, composta de
dez cidadãos patrícios. Estes, durante um ano, gozariam de plenos poderes, mas teriam de fazer
o tão desejado código. Redigiram as 10 Tábuas ou capítulos de leis, que foram aprovadas pelos
comícios das centúrias. Como essas 10 Tábuas não foram suficiente, foi constituído para o ano
seguinte (450 a.C.) um novo decenvirato - formado por patrícios e plebeus - para que se
terminasse o código. Estes elaboraram as duas Tábuas restantes, mas foram expulsos,
terminado o prazo do seu mandato, por uma revolta popular. Para o ano de 449 a.C., foram
eleitos pelo povo os dois cônsules (já duma forma normal), Valério e Horácio. Estes mandaram
afixar no Forum as XII Tábuas.
SENADO - Órgão político por excelência da República. Constituído pelas pessoas mais
influentes da civitas, t inha um verdadeiro carácter aristocrático. Neste órgão, encontravam-se
reunidas a autoridade, a riqueza e o saber técnico. O Senado não possuía imperium mas a
tinha a auctorita: g ozava duma influência social extraordinária. No aspeto jurídico, as suas
decisões (senatusconsulta) tinham a forma de conselho, mas eram verdadeiras ordens. Sendo
uma instituição antiquíssima, com cerca de 300 membros escolhidos pelo rex e ntre os patres,
chefes dos grupos gentílicos, o Senado continuou a ser um dos mais importantes órgãos na
nova organização constitucional republicana. Agora não como estrutura representativa da
classe patrícia, mas como assembleia política da aristocracia de Roma, patrícia ou plebeia,
escolhida de início pelos cônsules e os tribunos militares consulares e depois por via dos
censores. Pela sua natureza e pelas suas características, garantia a Roma estabilidade,
continuidade institucional e conhecimentos suficientes para orientar as magistraturas e
a vontade popular. Cabia-lhe conduzir a política externa e receber as embaixadas dos outros
povos, aprovar tratados e fazer declarações de guerra, aprovar as despesas para operações
militares, organizar as províncias, ficar os cultos públicos permitidos, auxiliar o trabalho dos
cônsules. Para exercer esses poderes, o Senado dispunha: do INTERREGNUM, da
AUCTORITAS PATRUM, do sENATUSCONSULTUM.
AUCTORITAS PATRUM - Consentimento concedido pelo Senado às deliberações dos
comitia. Materializava-se no poder santorial de confirmar as deliberações de outras assembleias.
O magistrado que apresentava uma proposta da lei ou o nome de um candidato para um cargo,
deveria remeter a decisão da assembleia popular para análise pelo Senado. Assim a assembleia
odia apor a sua auctoritas, confirmando o decidido na assembleia popular. A
dos patres p
auctoritas patrum dava ao Senado um poder efetivo de controlo e de ratificação das
deliberações das assembleias populares, tomadas com base nas propostas dos magistrados.
ASSEMBLEIAS DO POPULUS
cOMITIA CURIATA- Neste período, o Populus, como conjunto dos cidadãos, exercia o seu
poder reunido em assembleias designadas comitia. Aí decidia da guerra e da paz, da escolha
das magistraturas, da feitura das leis. As assembleias reuniam de forma separada, consoante
os grupos politicamente relevantes. Os cidadãos estavam organizados em cúrias, centúrias e
tribos para exercerem os seus direitos políticos, nomeadamente votarem as leis propostas
pelos magistrados, em assembleias por eles convocadas. As assembleias mais antigas eram
sua principal função era elegerem o rei, para um cargo vitalício, e os
os comitia curiata. A
stas assembleias tinham poderes militares e
100 membros do Senado, designados patres. E
integravam uma maioria significativa de patrícios e alguns plebeus. As curiae tinham
normalmente 30 membros e reuniam em grupos de 10 - cada grupo de 10 era uma tribus.
Tinham a sua importância circunscrita às questões do direito sacro, deixando a decisão política
para os comitia centuriata. Com a república, os comitia curiata e ntram em decadência.
cOMITIA CENTURIATA - S ão uma expressão do poder crescente da plebe após a
introdução das reformas no exército. Cada cidadão votava na respetiva centúria - era por
maioria que se obtinha o resultado final dos comitia centuriata. Foram as mais importantes
assembleias populares da república. Convocadas por um magistrado cum imperio, estas
assembleias tiveram como primeira grande competência aprovar as declarações de guerra -
leges de bello indicendo. Com a progressiva afirmação da sua força política, foram estabilizadas
como suas competências: o poder de eleger cônsules, pretores, ditadores e censores;
confirmar os censores; aprovar as leis propostas pelos magistrados; formalizar
declarações de guerra e tratados de paz; e dar veredictos sobre a vida ou morte dos
acusados.
cIVES - A
designação mais antiga dos cidadãos romanos é quirites. O cives era o romano
integrado no ordenamento centurial. Podia ser cidadão romano aquele que: nascesse em Roma
de pais romanos ou de pai romano e mãe estrangeira, desde que esta tivesse adquirido o direito
de casar-se com um cidadão romano, unidos por um um matrimonium iustum; nascesse de mãe
romana mesmo fora de um casamento válido; tivesse autorização de um magistrado para tal; ou
a quem fosse concedida a cidadania pela comunidade; por ter sido libertado da escravatura.
Desde muito cedo, em Roma, a aquisição da cidadania e dos direitos e deveres inerentes era uma
questão jurídica, o que abria a cidade ao exterior e a um grande número de pessoas que podiam
adquirir o estatuto de cidadão, fosse qual fosse a sua origem geográfica, étnica, religiosa, ou
outra. O cidadão romano participava na vida da cidade através da escolha dos magistrados e da
votação de propostas da lei apresentadas pelos magistrados, contribuía com serviço público
para a comunidade, servia nas legiões, contribuía em assembleia, com um tributum.
MAGISTRATURAS ORDINÁRIAS
MAGISTRATURAS MAIORES
cENSOR - O titular é eleito pelos ‘’comitia centuriata’’ para um mandato com exercício
efetivo de funções de 18 meses. Tem como exceção a duração do seu mandato, que é de 5 anos
(ao contrário das restantes magistraturas, que exercem o cargo por 1 ano). Sem imperium, mas
com a titularidade dos auspicia m ais importantes, as suas funções são a de proceder ao
recenseamento, repartindo a cives em classes e tribos; proceder à Lexio Senatus (escolha dos
membros do Senado); afastar o nome dos indignos - vigilância sobre os costumes dos cidadãos
(nota censória → ignomínia); arrendar por adjudicação a arrecadação de impostos, os
fornecimentos e a reparação das obras públicas por 5 anos. No final dos 5 anos, fazia-se uma
cerimónia de confirmação de tudo o que tinha sido feito pelo censor - lustrum -, que era uma
cerimónia de cariz religioso. Em 339 a.C., a lex Publilia Philonis veio obrigar que um dos censores
fosse plebeu. Os censores agiam sempre em conjunto. O registo dos cidadãos e do respetivo
património era feito a partir das declarações prestadas pelos patres, sendo o juízo do censor em
relação à inscrição (por tribo e por centúria) livre e descricionário, na recusa da inscrição (a
‘’nota censória’’ tinha natureza infamante), na mudança dos registos, nas exclusões e inclusões.
A importância política da censura reforça-se com o plebiscito Ovíneo, de 312 a.C., que
institucionalizou como função do censor a nomeação dos senadores (lectio Senatus) .
cÔNSUL - Os titulares eram eleitos, todos os anos, pelos ‘’comitia centuriata’’ - Assembleias
Populares. O imperium do pretor estava subordinado ao dos cônsules, que podiam vetar as
decisões do pretor, ao abrigo do ius intercessionis; O cônsul exercia todas as competências
residuais que não cabiam expressamente aos outros magistrados. Desde a coertio para a
pena de morte até às sanções mais insignificantes, os censores, os questores, desprovidos de
imperium tinham de recorrer ao cônsul para dar efetividade às suas ordens. Exercem o seu
cargo por 1 ano. Prestam contas às Assembleias Populares. São dois: o mais velho e o mais
votado. I NTERCESSIO: q ualquer um dos cônsules pode anular/revogar a decisão do colega.
Emissão dos senatusconsulta. I niciativa legislativa. Competência, a princípio, ilimitada. Comando
supremo militar. Manutenção da ordem pública interna.
PRETOR - Com as leges liciniae sextiae, em 267 a.C., passa a haver a distinção/nova
magistratura do pretor. Era um magistrado maior (embora menor face ao cônsul), nomeado
nos comícios centuriais a que o cônsul presidia. O pretor encarregava-se de administrar e
aplicar a justiça e substituir o cônsul nos seus impedimentos no governo civil da cidade. Tinha
iurisdictio (poder de dizer o Direito). Existiam 2 fases de julgamento, em que participava o
pretor: 1. in iure - o pretor examinava o enquadramento jurídico do caso (questão de
Direito) → qual o Direito aplicável?; 2. apud iudicem - o pretor fazia a prova dos factos
(questão de facto → subsume-se à questão de Direito: "Se aconteceu da forma A, a solução
e aconteceu da forma B, acontece y." - ordem condicional e lógica binária). O pretor
é x. S
faz um enquadramento hipotético dos factos e dá o enquadramento ao iudex (juiz). O pretor fixa
os parâmetros do Direito e o iudex a plicava o Direito. E
ra ele que convocava os comícios para a
eleição dos magistrados menores e apresentava propostas de lei para aprovação aos comícios.
Por vezes, o Senado encarregava o pretor de comandar o exército fora da cidade. A pretura era
uma magistratura monocrática, ordinária, permanente e, inicialmente, unitária. Em 242 a.C.
juntou-se ao pretor urbano (que resolvia os conflitos entre cidadãos romanos) e o pretor
peregrino (que intervinha nos conflitos entre cidadãos e peregrinos). Com o aumento do
território e das funções, os pretores passaram a ser seis. Deve apresentar-se perante os comitia
com o seu edicta ( conjunto de medidas, programa, preocupações). Era o magistrado que tinha os
três poderes: potestas imperium iurisdictio.
MAGISTRATURAS MENORES
EDIL CURUL - É uma magistratura com colegialidade, pois são 2 edis, e privativa, porque
só os patrícios é que a podiam exercer. Senta-se no assento curul (símbolo de poder que dá
dignidade à magistratura). As suas principais funções são de fiscalização da limpeza da via
pública e da cidade - cura urbis; superintendência e policiamento dos mercados - cura
annonae; organização das festas públicas da cidade - cura ludorum; Ajuda os tribunos e fica
com a guarda dos arquivos e a gestão do tesouro. Com a república, ergueu-se como uma
magistratura patrício-plebeia que estendeu a sua jurisdição de polícia a toda a cidade. Passou a
superintender a atividade dos mercados e o controlo do abastecimento de cereais; e a organizar
as festas e os espetáculos públicos, importante elemento da propaganda política; assegura a
segurança interna; tem poder de coertio e iurisdictio entre as pessoas no mercado (resolve os
conflitos e eles não chegam ao pretor).
MAGISTRATURAS EXTRAORDINÁRIAS
dITADOR - Tem um papel fundamental desde os primórdios da República até às guerras
púnicas. Indicado pelo cônsul, com base em parecer do Senado, governa por um período de 6
meses - um dos cônsules, com o acordo do colega e do Senado, escolhe o ditador, pela sua dictio.
O Senado deliberava sobre a situação (grave perigo externo ou interno) a enfrentar e o perfil
adequado do cidadão que deveria exercer o cargo, e um dos cônsules indicava o nome da pessoa
que ficava ditador. Consoante os casos, nomeia-se uma pessoa específica com capacidades
adequadas à resolução do problema em causa; é afastada a ordem ordinária durante a sua
magistratura, para fazer frente a situações de emergência. Pelo menos até 300 a.C., a coertio do
ditador não estava sujeita nem à intercessio tribunício nem à provocatio ad populum. O Senado
não exercia qualquer controlo político sobre a sua atividade; e, no fim do mandato, não tinha de
responder pelas suas ações e pelas somas gastas na defesa militar, como faziam os outros
magistrados. O imperium do ditador impunha-se a todas as outras magistraturas; não está
e nenhuma magistratura; não presta contas dos seus atos no final. Num
sujeito à intercessio d
período de instabilidade, vem repor a ordem. Era criada em momentos de iustitium, com
suspensão da normalidade legal e da aplicação normal da justiça. Tinham vários poderes:
supremo comando militar: poder coercitivo (imperium militae) ; direito de convocar e presidir
aos órgãos colegiais; praticar atos coercivos a fim de se fazer obedecer pelos cidadãos e pelos
magistrados menores; direito de emanar e fazer publicar no forum os seus edicta; possibilidade
de assumir os auspícios maiores. No fim do seu exercício, retomava a ordem normal. O mandato
do ditador termina no dia em que termina o do cônsul que o escolheu.
TRIBUNO DA PLEBE - Eleito pelos comitia tributa, mais tarde pelos concilia plebis, com
vista a garantir os interesses da plebe, tinha imunidade absoluta e o direito de se opor às
decisões de todos os outros magistrados, interseccionando os seus atos. O tribuno da plebe
acabou por constituir uma nova aristocracia política, com um poder imenso que advinha dos
efeitos da sua intercessio na justiça civil e criminal. Acabou por ser reconhecida aos tribunos da
plebe uma potestas coercendi q ue saiu das baias em que nasceu, isto é, deixou de ser apenas um
pressuposto de facto do poder imanente ao ius intercessio, para passar a ser, de forma
institucionalizada, um poder próprio, desligado da intercessio, e sem qualquer controlo. Poder
de convocar o Senado e os comitia. Era um chefe revolucionário, com uma função cada vez mais
institucionalizada. Na época das XII Tábuas, fixaram-se 1o tribunos da plebe. Ele não se pode
afastar da cidade - os limites da sua atuação eram o POMERIUM - espaço sagrado onde não
se podia construir, onde se podiam tirar os auspicia e os magistrados exerciam a sua autoridade.
O tribuno não tem imperium, não é um magistrado, não tem auspicia. A uxilia os plebeus,
exercendo, por meio de veto por iniciativa própria ou por apelo plebeu - appelatio) - pode
paralisar qualquer ato do governo, pode opor-se aos senatusconsulta. Não se pode opor aos
comitia. Dispõe de intercessio - tem contrapoder face a todas as magistraturas. Os edis passam a
ser seus auxiliares, tendo como funções guardar os arquivos da plebe. Vigilância dos bairros
plebeus. É eleito pelos concilia plebis ( a deliberação dos concilium é o
PLEBISCITUM/PLEBISCITA ; nos primeiros tempos, estes plebiscita s ó vinculam os
plebeus, mais tarde abrangem a civitas) . Têm, mais tarde, c oertio extra pomerium e intercessio.
Em 287 a.C., com a Lex Hortensia de Plebiscitis: e quiparação de plebiscitos às leis (vinculação de
patrícios e plebeus), os tribunos da plebe passam a ser membros do Senado.